Obsessão - A Batalha do Ministério escrita por Diéssica Nunes Sales


Capítulo 9
Capítulo 9




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— Harry – Hermione falou o nome do amigo num suspiro cansado e preocupado. – Vamos dar um jeito de resolver isso. – Ela disse mesmo sem saber o que seria possível fazer.

O trio estava na Sala Precisa esperando por Draco na madrugada seguinte a conversa de Harry e Draco. Harry e Ron estavam sentados em um sofá de dois lugares e Hermione estava sentada num sofá igual, que se localizava de frente para o que os dois garotos estavam sentados.

— Hermione, não se tem muito o que fazer. Preciso que Ron avise aos pais e que estes avisem ao Sirius e aos outros. Seja lá o que Voldemort fizer, terei que encarar sozinho.

— De forma alguma. – Ron protestou. – Somos seus amigos, Harry, não vamos deixar você sozinho nessa.

— Não quero que ninguém se machuque por mim. – Harry disse para os amigos.

— Harry, isso não é apenas sobre você. – Hermione disse. Harry olhou para a amiga. – Você pode ser o alvo de Voldemort, mas não é sobre você. Você é o alvo dele porque você é o único que pode mata-lo de verdade, para sempre, mas a briga não é só sua. É nossa. É de todo o mundo bruxo. Todos nós estaremos mais tranquilos e salvos se ele morrer.

— Ela tem razão. – Disse Draco entrando na sala.

— Draco. – Hermione disse se virando para trás para olhar para o namorado.

— Desculpe a demora. – Ele pediu se sentando ao lado de Hermione.

— Tudo bem. – Disse a garota.

— Isso não é só sobre você, Potter. Não seja convencido. – Draco disse, mas sem soar prepotente como soava ao se referir a qualquer pessoa que ele não considerasse digno de seu respeito antes de namorar Hermione. – Isso é sobre todos nós. Ninguém está realmente a salvo enquanto Você-Sabe-Quem não for morto de verdade. Essa briga não é só sua, é de todos nós. Se ele o está atingindo através das pessoas que ama é porque sabe que você preferiria morrer ao ver alguém que ama morrendo por sua causa. O ponto aqui é que você esquece e, Você-Sabe-Quem sabe disso, que enfrenta-lo e mata-lo não é algo pessoal seu e sim de toda a comunidade bruxa.

— O que vou fazer, então? Deixar que pessoas inocentes morram?

— Mais cedo ou mais tarde entraremos numa guerra, Potter. E querendo ou não, gostando ou não, sendo justo ou não, pessoas inocentes morrem em uma guerra. A pergunta é: o que fazer para que estas mortes não sejam em vão?

— E qual o seu plano? – Ron perguntou com um tom de voz e uma expressão de desafio.

— Eu não tenho plano, Weasley. Só estou dizendo que Potter tem que entender que tudo isso é maior que ele e não deixar seu altruísmo o cegar.

— E você acha que é fácil deixar as pessoas que amamos morrerem?

Draco olhou para Hermione e engoliu em seco. Em seguida, olhou para Ron.

— Não é fácil, Weasley. – Fez uma pausa e olhou para Hermione novamente. – É um sentimento desesperador – voltou seu olhar para o Harry e Ron – só de pensar na possibilidade, mas entenda, isso é que Você-Sabe-Quem quer que aconteça. E não podemos deixar que isso aconteça. Ele sabe que amor é o ponto fraco das pessoas e ele só foi capaz de tantas crueldades porque nunca amou. Não estou dizendo que Potter deve deixar as pessoas morrerem, estou dizendo que é preciso pensar estrategicamente e não deixar que este sentimento de desespero tome conta dele, até porque, ele é quem pode matar Você-Sabe-Quem. Este é um fardo dele e se ele não tiver claro para si que quem morrer não estará morrendo por causa dele, ele fará exatamente o que Você-Sabe-Quem quer e nos entregará de bandeja para ele.

— Draco tem razão. – Hermione disse tentando ocultar o orgulho de sua voz.

Silêncio se instaurou no local.

— O que faremos, então? – Ron perguntou.

— Vamos avisar aos seus pais, Ron. – Harry disse novamente. – Arrume o jeito de falar com eles e peça que avisem aos outros.

— E depois?

— E depois, esperamos. – Harry completou.

*****

Após a conversa, Harry e Ron foram embora para seus dormitórios deixando Hermione e Draco sozinhos.

— Estou tensa. – Hermione disse ao namorado.

— Imagino. – Ele disse colocando uma mecha do cabelo de Hermione atrás de sua orelha.

— E preocupada. – Ela completou. – Harry se faz de forte, mas ele está com medo.

— Quem não estaria?

Hermione sorriu para o namorado.

— Obrigada.

— Pelo que? – Ele levantou uma sobrancelha.

— Por estar nos ajudando.

Draco sorriu.

— Obrigado por me mostrar o caminho certo.

Hermione sorriu novamente, dessa vez de forma espontânea. Draco pegou o rosto da namorada, acariciou sua bochecha com seu dedo polegar e se inclinou para frente, iniciando um beijo.

Os dois ainda estavam sentados no mesmo sofá. Draco se inclinou mais, fazendo que os dois se deitassem no sofá. Levou sua mão direita para a cintura de Hermione e, ela mantinha suas mãos nos ombros do namorado. À medida que os segundos iam passando, o beijo ficava mais intenso. Ambos apertaram seus corpos contra o outro não deixando qualquer espaço – mesmo que mínimo – entre os dois.

Draco, que ainda estava vestido com a camisa branca do uniforme, distanciou-se da namorada por tempo suficiente para desabotoar os botões. Hermione aproveitou a distância para tirar sua blusa. Enquanto se beijavam, Hermione desabotoava a calça de Draco, que a tirou sem desgrudar os lábios dos da namorada.

Em meio aos beijos e o ato de se despirem, caricias eram feitas por ambos ascendendo ainda mais o desejo que sentiam. O sofá era estreito e, até mesmo desconfortável, mas isso não era impedimento para os dois. A paixão dos dois era como um fogo aceso em meio ao vento, impossível de ser apagada, apenas se alastrava.

*****

— Escrevi uma carta para a mamãe. – Ron contou a Harry sussurrando. Ambos estavam sentados na cama de Harry.

— O que você disse na carta?

— Apenas que estava com saudades. E usei para me despedir a expressão “Fique em segurança”. Papai usou uma vez conosco, queria dizer que precisávamos conversar sobre algo importante que estava acontecendo na comunidade bruxa. Tinha a ver com Fudge não acreditando que Você-Sabe-Quem voltou e ficando paranoico. Espero que ela perceba a indireta. Vou no corujal amanhã bem cedo.

— Ok. – Harry disse se encostando na cabeceira da cama.

— Agora é esperar. – Ron disse com uma expressão de desgosto.

Harry assentiu preocupado.


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