— Marshmallow? — Perguntou Damon.

— Marshmallow é perfeito!

— Frutas?

— Frutas são para os fracos os fortes comem chocolate. — Gargalhei.

Sim, esse é o primeiro encontro. Nós vamos fazer um piquenique no parque.

Nós ainda não contamos para os nossos pais, vamos contar depois do piquenique, aproveitando que nossos pais marcaram um jantar.

Vamos usar esse primeiro encontro para nos conhecer melhor.

(…)

— Nome completo? — Riu.

— Elena Gilbert Petrova. — Revirei os olhos.

— Idade?

— Quatorze anos... — Suspirei — isso é mesmo necessário?

— Sim! Bem, eu sou Damon Joseph Salvatore e também tenho quatorze anos.

— Dam, você gosta de ler? — Fiquei atenta.

— Olha, pra ser sincero... Eu tenho um pouquinho de preguiça. — Fiz careta.

— Você sabe... Nerd suprema, estou lendo praticamente o tempo todo. — Sorri.

— Você é Gamer? — Disse, enquanto fazia carinho na minha mão.

— Não muito, mas as vezes jogo! — O encarei. — Não sei o que fazer esse é o meu primeiro encontro, tenho vergonha de te tocar, não sei o que falar nem como agir.

— Não precisa ter vergonha... Mas pra ser sincero eu também tenho lá minhas inseguranças, porém não é como se fosse...

— Não. Não fale isso Damon! — Abaixei a cabeça, apertando os olhos.

— Não falar o que? — Me perguntou, pondo a mão no meu queixo fazendo pressão para que eu levantasse a cabeça.

— Não fale que esse não é seu primeiro encontro, isso apenas me deixa mais insegura. — Encostei meu rosto em seu ombro.

— Eu ia dizer que não é como um bicho de sete cabeça, ou um tipo de missão impossível, Elena. — Gargalhou. — E sim, esse é meu primeiro encontro.

— Serio? — Mirei seus olhos.

— Sim, Elena! — Me abraçou.

— Obrigado! — O apertei.

— Pelo que? — Cheirou meu cabelo.

— Por simplesmente ser o que é, por existir. — Ele me beijou.

(…)

— Acho que prefiro morrer. — Disse Damon, enxugando as mãos por culpa do suor.

— Não exagera! — Gargalhei.

— Você viu o interrogatório que seu pai fez, só porque percebeu que eu te olhava muito? — Arregalou os olhos.

— Você estava me olhando? — Sorri.

— Ah, Elena... Eu te sequei tanto, nem sei como você não desidratou.

— Quem está desidratando é você de tanto suar... — Brinquei — Damon, só vamos contar depois do jantar, então pode agir naturalmente até lá.

— Agir naturalmente? Eu desconheço essa palavra Elena... Qual é o meu natural? — Sorriu malicioso. — Meu natural é ser lindo? Porque lindo eu já estou.

— Convencido! Aja naturalmente e tenta não enfartar. — Arqueei as sobrancelhas.

— Hm, que movimento sexy. — Revirei os olhos.

— O que é sexy? — Perguntou meu pai assustando nós dois.

— Sexy? Ah, eu estava contando pra Elena que... a música “Eu me remexo muito” de madagascar, deve ser sexy... pras fêmeas de lêmures.

— Sei... — Bufou, revirou os olhos e entrou em casa.

— essa foi por pouco! — Suspirou Damon.

— O que foi por pouco? — Perguntou Alaric, pai de Damon.

E lá vamos nós de novo.

(…)

— Elena tem um grande futuro pela frente. — Vangloriou minha mãe.

— E os namorados? — Perguntou Alaric.

Ah, eu tenho muitos, mas a maioria está nos livros, seu filho é o principal.

— Elena ainda é muito nova pra pensar nisso! Só vai namorar depois dos dezoito anos! — Disse meu pai sério.

— Pai...

— E o seu filho Alaric? — Rebateu a pergunta, me ignorando completamente.

— Damon é um garanhão, ele não tem uma namorada porque tem muita opção e fica difícil escolher — Gargalhou.

— Posso falar uma coisa? — Perguntou Damon.

— Ah, então ele pega todas? — Perguntou meu pai.

— Claro, todas! Zero compromisso... — Alaric se vangloriava.

— Posso falar? — O ignoraram. — Alguém me deixa falar? — Gritou Damon. — Eu quero falar!

— Fale querido! — Disse minha mãe.

— Eu tenho uma notícia! — Gritou.

— Damon, não grita filho! — Disse Lily, sua mãe.

— Vocês vão me ouvir? — Perguntou mais calmo.

Todos assentiram.

— Eu e a Elena estamos desenhando um destino juntos. — Todos o encaramos.

Acebei revirando os olhos.

— Como assim Damon? — Perguntou seu pai.

— Somos namorados! — Acabei soltando.

Simplesmente.

Silencio, respirações pesadas e um pai desmaiado.

(…)

Bem, o tempo passa pra todo mundo, a gente cresce e envelhece.

Duas semanas é muito tempo.

Eu e Damon estamos a três semanas juntos. Tudo o que sobrou ao meu pai foi aceitar, não havia muitas opções. Com todo o resto foi muito fácil, tão fácil quanto chorar.

Caroline está com Klaus, como esperado.

Bonnie está com Jeremy, seu namorado da internet.

Matt está como sempre, a solidão me fez rockeiro, gotico, dark sei lá o que...

Rose se transformou em uma grande vadia que fica com todos e da em cima de Damon.

Perdi contato com muitos, conheci outros.

Esse não é o fim,

É o começo.

(…)

— Damon? — Perguntei.

— O que é?

— Qual é o seu problema com banheiros?

— Nenhum.

— Então porque é tão difícil me dar privacidade dentro deles?

— Sei lá Elena, mas a culpa é sua, totalmente sua.