A Seleção de Arendelle escrita por Ana Carolina Lattaruli


Capítulo 35
Wicked Game


Notas iniciais do capítulo

EU TO MUITO PUTA COMIGO MESMA POR TER DEIXADO VOCÊS TANTO TEMPO SEM CAPÍTULO NOVO, POR ISSO DECIDI LANÇAR HOJE E CONTINUAR ESCREVENDO PARA LANÇAR O PRÓXIMO AINDA HOJE DE NOVO.
Eu to brava REAL, mas se serve de consolo eu passei na faculdade, coisa que eu pensei que não aconteceria, porque deixei muitas provas para repor aaaaaaaaaa
Enfim, espero que gostem e que não tenham desistido de mim ♥



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Nos capítulos anteriores de A Seleção de Arendelle:

 

 

Lia consegue pegar a carta da gaveta de Jack, Anna lê a carta. 

".... —“Ele sabe sobre nós. – Ela começa fazendo-me ficar sentada de súbito. — As paredes do castelo não podem mais nos esconder, e os olhos estão por todas as partes.

Não me deixam mais entrar pela cozinha e o guarda que me ajudava foi executado.

E., me escute. Eu preciso lhe agradecer. Não tenho muito tempo, posso senti-los se aproximando.

Eu te amo, hoje, amanhã e na eternidade. Eu sei que nunca terei a chance de acordar ao seu lado pela manhã, e sei que nunca terei a chance de lhe dizer adeus. Mas apenas saber que tive a chance de te conhecer, de te ter, de ser tocado na alma pela sua risada e de sentir seu sabor em meus lábios já me basta. Não sei se essa carta chegará até você, não sei se sobreviverei até amanhã, mas preciso que você seja forte.

Salve-nos. Salve o seu povo. Erga sua voz, lute pelo que considera justo e não se esqueça das montanhas. Não se esqueça da morte da sua mãe nem da morte do meu pai.

E, por favor, jamais se esqueça de mim, porque eu jamais me esquecerei de você. Calma, nos encontraremos novamente, mesmo que seja apenas em seus sonhos. Perdoe-me, sei que está torcendo o nariz nesse momento, mas é a verdade.

E lembre-se:

Que o céu me envolva e o frio se torne parte de mim. Que a tempestade vire abrigo e que o coração jamais congele.

O nosso adeus não existe, E., sempre nos encontraremos novamente.

Para sempre seu, F.” ....."

 

Muita coisa ainda vai acontecer, precisam descobrir quem matou a rainha, quem o Rei é de verdade, se Jack realmente é especial e se Elsa lembra do que aconteceu, se Elsa lembra de Finch. 

E se lembra, ela é capaz de seguir em frente e amar novamente? 

 

 

Isso foi o que você já viu em A Seleção de Arendelle!

 

***

 

Wicked Game: I never dreamed that I'd meet somebody like you. And I never dreamed that I'd lose somebody like you.

No, I don't want to fall in love

with you.

 

***

 

 

Pov. Jack

 

Ainda está escuro, ainda é a madrugada do Baile, quando me dou conta.

Alguém mexeu nas minhas coisas. A luz da lua ilumina a gaveta entreaberta, que não estava assim quando eu saí. Sei disso pois nunca cheguei a abrir essa gaveta depois de ter colocado a carta dentro.

Um pensamento passa tão rápido pela minha cabeça que eu dou um pulo da cama e puxo a gaveta com tudo, sentindo meus dedos tremerem sobre a madeira. Observo a carta e dou um suspiro longo de alívio e confusão.

Jogo-me na cama, ainda respirando rápido por causa da adrenalina.

—Por que você nunca leu a carta do seu melhor amigo? Você deve estar se perguntando, meu caro Finch. – Falo, olhando para o teto. Não consigo conter um sorriso, apesar de estar triste.

Me sinto imbecil por ainda crer que ele pode estar me ouvindo neste exato momento.

—Mas é que... eu tenho medo do que posso ler, tenho medo de ser um adeus. Não consigo suportar a ideia de uma despedida porque, na minha mente, você ainda está vivo.

Levanto da cama, sentindo uma raiva emergir de mim e me tomar por completo. Sei que há algo de errado comigo, consigo sentir isso em minhas veias. Esse sentimento cresce como uma tempestade, minha vontade é quebrar tudo que vejo pela frente, mas, ao invés disso, escolho fazer algo que quebrará o meu coração.

Eu abro a gaveta, lentamente. Toco o papel com meus dedos trêmulos.

Xingo Finch de todos as formas possíveis, e, logo em seguida, leio a carta. Arrependo-me imediatamente.

 

Pov. Lia

 

—Deixou a gaveta entreaberta, como pedi? – Pergunto, depois de dispensar os guardas, que saíram do quarto e ficaram postados no corredor. Fecho a porta logo em seguida.

—Sim, Alteza. – Responde, olhando para o chão. Parece que vai fazer uma reverência a qualquer minuto e correr daqui.

Começo a desfazer o penteado dos meus cabelos, mas continuo olhando para ela.

—Lia, o que houve? – Minha voz sai baixa, ela escuta e me encara, balançando a cabeça.

—Não é nada, Alteza.

Dou a volta na cama e paro na sua frente, analisando o rosto que tanto conheço.

—Você sabe que para você é apenas Anna. – Digo, querendo entender, sem êxito, o que se passa na mente dela.

—Eu sei. – Ela responde, virando o rosto para o lado e encarando algum ponto aleatório.

—Por favor, me diga o que aconteceu. – Eu chego a sorrir, um pouco nervosa. – Você não estava estranha assim no Baile.

—Anna, eu só não acho que vai dar certo, entende? – Sorrio de ponta a ponta, e começo a andar pelo quarto, parando ao sentar na minha cama.

—Você devolveu a carta, ele vai ler e nós vamos ver o que se desenrolará de tudo isso. Vai dar certo.

Olho-a e faço menção para que ela venha sentar-se comigo. Ela sequer se move.

—Não, não é sobre a carta que estou falando.

Respiro fundo.

—E é sobre o quê?

—Nós. – Consigo até sentir as paredes vibrando, o teto querendo desabar sobre mim. Consigo ver onde isso vai dar, e, por isso, quero correr.

Mas não consigo me mexer.

—E o que tem nós?

—Não nascemos para ficarmos juntas, sabes bem disso.

Ela despeja as palavras de uma só vez, um banho de água fria.

—Ninguém aqui nasceu para ficar junto, estamos todos perdidos, vagando pelo mundo até aparecer alguém que vale a pena.

—Eu não valho a pena.

—Por que diz isso?

—Eu não gosto mais de você. Digo isso com respeito, pois ainda é a minha Alteza, é melhor que eu em vários sentidos e continuarei a fazer tudo por você. Apenas não sinto mais.

—Você não me ama mais? – Faço menção de levantar da cama, mas continuo nela porque há um peso em meus ombros e esse peso está me afundando.

—Claro que amo, mas não nesse sentido.

—É o Watt, não é?

Ela fica desconcertada e por um momento eu vejo que sim, é por causa dele.

—Não, nós mal nos falamos...

—Eu lembro muito bem do beijo e você dançaram juntos e riram juntos e ficaram juntos durante quase todo o baile.

—Assim como você e Kristoff. – Ela fecha a cara, ficando séria.

—Mas eu só consegui olhar para você, enquanto você sequer sabia que eu estava por perto, enquanto você nem se importava com isso.

—Eu faria tudo por você.

—Tudo menos ficar comigo. 

—Eu já fiz isso por você, e continuei fazendo por muito tempo. Mas não posso mais, eu preciso seguir o que estou sentindo e nesse momento, por você... eu não sinto mais nada.

É então que percebo que as palavras mais tristes da humanidade são ditas diariamente, e que “eu não sinto mais nada” deveria entrar em primeiro lugar na lista de palavras que te despedaçam.

Quero gritar, ao invés disso sussurro:

—Saia.

—Anna, eu não quero que você fique com raiva de mim porque não faz sentido. Todos sabemos que você vai se casar com um homem, ter lindos filhos e me esquecer. É o que o reino espera, e isso não seria ruim para você, você gosta dos dois.

Tenho nojo dela, nojo das sentenças que saem de sua boca em avalanches.

—Eu não gosto dos dois, eu gosto de você. – Dói, mas é a realidade. – Você também não gosta “dos dois” você gosta de mim.

—Eu gostava de você. – Há algumas lágrimas em ambos os rostos e tudo que quero fazer é empurrar Lia para longe de mim nesse momento.

—Saia, por favor.

—Anna...

—Vá embora! – Grito tão alto que os guardas batem à porta, e eles entram logo em seguida.

Ficam esperando o meu comando, mas minha garganta simplesmente não funciona.

Lia faz uma longa reverência, um adeus silencioso que parece quebrar todos os órgãos dentro de mim como se estes fossem feitos de vidro.

E sai com os guardas, deixando-me sozinha.

 

Pov. Elsa

 

Não consigo pregar os olhos. Fico observando o reino pela janela, todos dormindo.

Fico imaginando como seria viver assim, lá fora. Como seria poder correr pelas ruas sem ser parada e mandada de volta ao castelo. Como seria poder fugir e morar nas montanhas, em meio ao frio no qual eu sempre pertenci. Fico imaginando como seria ser livre e tenho a impressão, dentro de mim, de que um dia fui assim.

É uma sensação boba, que cresce em meu peito todas as noites e morre todos os dias. É uma sensação de pertencer a algum lugar diferente daqui, longe daqui.

Tudo foi trazido à tona quando vi a sombra, ali, quietinha na janela. Ela parecia me encarar, uma silhueta grande e aterrorizante. Por que eu tenho a impressão de já tê-la visto antes?

No Baile em que minha mãe morreu, eu cheguei a ver uma sombra, na mesma janela. Mas era diferente, era uma sombra que logo se tornou nítida bem em frente aos meus olhos.

Consigo lembrar de pouca coisa do que aconteceu depois, mas o pouco que lembro é o suficiente para me enlouquecer se eu deixar.

O sangue jamais sairá da minha mente.

Nem o par de olhos cinzas, me encarando no escuro.

É por isso que, em um impulso, todo o meu cansaço é deixado de lado e eu coloco a minha capa, pronta para simplesmente ir embora. 

Pronta para deixar tudo para trás. 

E pronta para descobrir a verdade por trás das sombras, mesmo que isso me mate. 

 

***

 


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Notas finais do capítulo

Se gostou deixa o seu like KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
Gente eu to no chão com a reviravolta que essa história vai dar, se eu fosse vocês já começava a me preparar desde já.
Lembrando que já tenho o roteiro da história completinho e sei exatamente o que vai acontecer, mas mesmo assim eu mudo muito no decorrer da história, então vamos ver no que vai dar.
Deixa a vida me levar, vida leva eu.
Desculpa, hoje eu to musical.