Casada com Edward Cullen II escrita por Catiele Oliveira


Capítulo 20
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Oi, eu tô aqui! Viva, leiam as notas finais! E vamos lá...



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Capítulo 19

Pov Lauren.

Esperando que a porcaria da briga comece.

A impaciência me cercava, subia pela minha cerca de limites. Era a quarta ou quinta carta que eu escrevia para atrapalhar a vida de Edward. Ele simplesmente ficava irritado quando lia, mas depois, esquecia. Nem se quer questionava Bella sobre isso. As cartas vinham sempre com títulos de quem queria oferecer ajuda. E sempre diziam a mesma coisa: você está sendo traído em baixo dos seus olhos. Ele as recebia, sabia disso. Ele me ligava após ler ou vinha ao meu encontro e isso facilitava minhas investidas. A cada dia piores... Edward fugia delas facilmente, porém.

Obcecado. Ele é obcecado pela esposa. E quando mais eu escrevia, mais os unia. E os malditos telefonemas ameaçando a vida de Isabella e do bebê não ajudavam nada, mas bom, esses não são de minha autoria. Edward disse que se trata de Tânia. Sua ex-noiva. Que soube por fontes seguras que se tornou uma “garota de luxo”. Pague e leve para festas ou eventos.

Taylor, a quem Edward pensava que eu estava envolvida romanticamente, esteve fazendo uma longa investigação para mim. Era o meu maior aliado em todo o jogo.

— Por que você não saí dessa? Deixe o cara, Lauren — Argumentou ele, enquanto eu escrevia outra carta no computador.

— Não Tay. É questão de honra agora.

— E por acaso você gosta dele?

Taylor arqueou suas sobrancelhas ao questionar. Parei de responder para pensar na sua pergunta. Depois disso eu respirei fundo, voltando a digitar.

— Tudo isso começou há muitos anos, Taylor. Antes de Isabella aparecer. Bem antes. E eu vou tê-lo, nem que seja por um dia. Será o suficiente para ele ser meu então.

Taylor negou pausadamente. Vi pela minha visão periférica o quanto ele estava agitado quando me ouvia falar. Taylor era um bom parceiro de negócios e cama. Mas ele nunca seria um homem para mim. Não um homem que pudesse me domar – na vida, na cama.

— Veja se ficou bom — O chamei.

Ele saiu do sofá andando para mim.

“Caro Edward,

Já estou perdendo meus argumentos, amigo. Os dias se passam e eu o vejo junto da maior traidora que conheço. E pior, vejo-a feliz com seu amante. Então agora resolvi te mandar algumas provas. Eles se encontram após as aulas, na cafeteria do prédio de administração. Onde sua mulher tem aulas com ele.

Espero que dessa vez a vadia não escape, senhor Cullen. Boa sorte.”.

— Ficou diferente. Mas por que você colocou a mentira? — Ele me perguntou.

— Não é mentira. Ouvi Alice falar no telefone com ela no sábado. Eles vê seus amigos regularmente na cafeteria.

— E ele não conhece todos os amigos dela? — Respirei fundo.

— Ele conhece — Disse.

— Então eu não entendi qual é o seu plano, Lauren... — Taylor estava confuso — Não seria eficaz mandar as cartas para ela?

— Tay, amor, o inseguro da relação é ele. Isabella tem o bebê, seu trunfo. Ela não vai acreditar em cartas. Ele é o único idiota a ser manipulado nessa equação.

— Você me assusta, Lauren — Ele respirou.

— E aliás, eu já descobri outra forma de incomodá-la — Disse. Me levantando.

— O que fará?

— Edward vai me ligar daqui a pouco, após receber a carta. E eu vou chama-lo para sair.

Eu contei meus planos para ele, que pareceu engasgado com o que falava. No final, entreguei as cartas com todas as instruções dadas. Taylor hesitou um pouco, mas foi, quando eu disse que o recompensaria bem.

Continuei sentada, esperando o telefonema. Já estava pronta e arrumada... Então o telefone tocou. Como um coelhinho atraído pelas cenouras, Edward me ligou.

— Hey homem — Fingi uma voz de sono.

— Lauren, está acordada?

— Eu estou. O que está te afligindo?

— Carta. Outra carta. Essa é diferente. — Ele me respondeu, pelo seu tom, estressado.

— Certo, só se acalme, Edward. Está tudo bem?

— Não sei — Me disse — O que eu faço?

— Acho que você precisa falar, Eddie. Quer me encontrar? Podemos ir ao nosso bar de sempre.

Edward permaneceu em silêncio, um pouco pensativo, até finalmente concordar. Após desligarmos, me levantei de onde estava e pensei nas últimas desculpas que ele havia dado para não se ausentar de casa hoje. Como sempre, sua adorável esposa, grávida e incapaz de se cuidar sozinha, era todo o problema. Ele sempre era a babá então, controlando de hora em hora a pressão arterial de Isabella e se culpando prematuramente se algo acontecesse com algum dos dois. Ele me ignorava nesses momentos, mas era só precisar que vinha correndo como um cão confuso.

Edward é o culpado dos próprios problemas... Só ele. Se não tivesse feito aquela promessa... Se tivesse simplesmente cortado o contato quando podia, eu teria ido embora e o deixaria com a esposinha perfeita. Mas ele quis ficar e ser meu amiguinho, me ferindo mais. Meu ego, minha autoestima. Quem nunca viu o perigo de uma mulher rejeitada oferece? Agora eles iriam pagar por isso. E a melhor parte é que sua adorável ex-noiva também está pronta para ter sua vingança por deixa-la plantada no altar. Pelo que soube, Tânia está muito abaixo do poço que sempre esteve. Voltando as velhas rotinas de transar por dinheiro, precisando vender seu próprio corpo. Ela era uma mulher bonita que tinha o que queria, até Edward acabar com ela. Ele a usou e a deixou.

Meu assunto não é com a Isabella, era única e exclusivamente com Edward, mas ela tinha que estar no meu caminho? Então ela acaba se tornando parte do assunto também. E se o casamento estava difícil, então que ela espere, as coisas vão ficar pior.

(...)

— Desculpa a demora — Eu sorri para Edward assim que o vi acenando, ainda que de longe.

Quando deixei o apartamento rumo ao bar para encontrar Edward, combinei com Taylor que ele deveria deixar o apartamento para mim e passar a noite no hotel. Que hoje o plano seria executado.

Edward segurava um copo de uísque quando eu beijei sua bochecha, ele me apontou a cadeira ao seu lado e eu a puxei.

— Não tem problema — Ele me respondeu alguns segundos depois — Eu sou casado, se esqueceu? Sei lidar perfeitamente com atrasos femininos.

Permaneci em silêncio, mordendo um lábio, enquanto o via dar uma risada meio mórbida. Ele estava com uma aparência terrível. Olhos inchados, cabelo bagunçado. Roupa estranha... Simplesmente acabado, triste e com cara de quem havia chorado por horas.

— Você me acompanha? — Apontou o copo na minha direção, falando novamente.

Eu peguei seu copo enquanto ele pedia ao barman bebidas para nós dois. Eu engoli o liquido quente e amargo, que queimou minha garganta, estalando algo na minha cabeça.

Edward não queria conversar, eu percebi isso quando eu já estava na minha terceira dose, e ele já tinha perdido as contas de quantas havia tomado.

— Nós estamos competindo? — Ele perguntou, dando uma risada e me encarando os pequenos copos. Havíamos alternado as bebidas. Agora tomávamos tequila.

Molhando um pouco a boca com limão e lambendo o sal do meu dedo, dei uma risada cínica propositalmente. Minha cabeça estava um pouco turva pela bebida, mas perfeitamente sóbria.

— Não estamos não. Mas se fosse uma competição, você ganharia — Eu ri e ele também, dando de ombros.

— Eu já não sei mais se isso é só uma brincadeira — Disse ele, agora adotando uma postura séria.

— Geralmente essas coisas anônimas são uma farsa — Ressaltei, ele assentiu.

— Por que a insistência? É a quinta carta no mês, tenho muitas preocupações, Isabella não apresentou nenhuma barriga até agora e ainda temos essa fase delicada pela gestação de alto risco.

Virei mais um copinho. Edward virou dois.

— Você deveria simplesmente ir e conferir então — Disse.

— E se for mentira? Eu prometi confiar na minha esposa, Lauren.

— Veja só, você está aqui desconfiando da sua esposa. Vá e veja; depois você inventa uma desculpa, seja o que Deus quiser, Edward — Incentivei, ele relaxou um pouco os ombros, meio pensativo.

— Ok — Concordou, um pouco cansado — Mas agora eu tenho que ir para casa. Deixei Bella sozinha e eu nem avisei para onde estava indo.

Ele tentou se levantar, mas eu o segurei pelo braço, tentando impedi-lo.

— Entendo que precise ir, amigo, mas eu não vim aqui só por você não — Edward me olhou com um ponto de interrogação no rosto — Preciso de um conselho.

Sorriu brevemente, voltando a se sentar. Estava um pouco tensa, pensando que iria perder o controle, mas quando ele pediu outra bebida, relaxei um pouco. Inventei uma história triste sobre Taylor, brigas e desconfianças falsas sobre mim, tendo um caso com Edward, então eu o vi sentir-se culpado. Foi o suficiente para ele concordar que deveria passar mais um tempo comigo, comprar umas bebidas e ir até a praia.

— Eu gosto disso, boas recordações... — Murmurou quando nos sentamos na areia.

Edward me ofereceu uma garrafa de cerveja e eu aceitei de bom grado, ignorando o fato de que ele estava atingindo seu nível máximo de álcool para o dia.

— As estrelas são diferentes daqui, não são? — Comentei, ele assentiu — Apesar do frio... E de estar tarde. Você me leva para casa depois disso?

— Certo. Alguma possibilidade de você ainda conseguir dirigir meu carro, sem multas? — Eu dei uma risada, assentindo.

— Eu acho que sim — Disse.

— Deveríamos ter chamado o Jasper, sei lá, ele tem sempre um bom conselho para esses momentos.

— Um momento bem bosta — Dei uma risada, concordando com ele — Mas você sabe que ele diria para Alice, então minha boa cunhadinha diria para Bella. Estamos tentando evitar problemas maiores, certo?

— Certo — Concordou Edward — Acho que tomarei um táxi da sua casa. Eu não me sinto muito bem, Lauren.

Me levantei, um pouco cambaleando e ajudando Edward. Quando o coloquei sentado confortável no seu banco de couro do Volvo, sentei-me no lugar do motorista, ligando o carro. O motor roncou suavemente e eu acelerei um pouco, entrando na rodovia, seguindo o caminho do apartamento de Taylor.

Edward entrou em um sono pesado. Apesar de tê-lo chamado diversas vezes quando estacionei, ele não acordava. Bati em seu rosto, quando ele entreabriu seus olhos, e os fechou novamente.

— Você não pode voltar para casa assim — Bufei, falando em tom alto — Vamos Edward, me ajude a te ajudar, ou Bella arrancará seus olhos hoje mesmo.

Desci do carro dando a volta, abrindo sua porta.

— Vamos Edward — Tirei seu cinto, tentando puxá-lo.

Ele desceu com dificuldade, passando seu braço pelo meu ombro. O homem era gigante, cobria meu corpo e quando fazia isso, deixava todo seu peso cair como toneladas em mim.

Andamos por alguns minutos no térreo, até alcançar o elevador do prédio. Apertei o botão que correlacionava ao terceiro andar e esperei, enquanto via ele amparar-se nas paredes de aço do espaço 4x4 que estávamos.

Quando nós entramos, ele já não era mais ele. Não conseguia nem se quer me responder. Como se simplesmente o sono o fizera ainda mais bêbado que a própria bebida. Como eu abusaria de um homem bêbado? Impossível.

O levei para o quarto, tirando seu maldito celular do bolso, o qual não havia parado de tocar desde que estacionamos. Desliguei o aparelho e fiz o trabalho sozinha. Deixei Edward na cama, apenas de cueca, enquanto fazia o impossível para tirar suas calças e camisa sem nenhuma ajuda. Por fim, me despi de minhas próprias roupas para então me deitar ao seu lado. Tentando imaginar a reação de Edward quando acordasse e nos visse praticamente nus na cama...

Quando eu deitei em seu ombro, ele automaticamente se virou para mim, colocando suas mãos em minha cintura. Balbuciou alguma coisa, quando por fim chamou por “Bella” antes de silenciar-se novamente, dormindo profundamente.

— O quê? — Ouvi o grito.

O sol atravessa timidamente as cortinas do quarto. Enquanto eu duramente empurrada para um canto frio da cama, minha cabeça torceu um pouco e eu odiei o tanto de vodca que eu havia tomado. Enfim, forcei minha expressão surpresa, puxando o lençol para o meu corpo.

— O que... Diabos? — Edward nem se quer conseguia formular a frase.

— Eddie, eu... — Levei minhas mãos até a boca, fingindo vergonha.

Em silêncio eu o vi se vestir tão rapidamente. Fechei meus olhos, tentando me concentrar em algo bem triste, até conseguir chorar. Então, ele ouviu meus soluços.

— Céus, Lauren... — Murmurou baixo — Pare de chorar... O que aconteceu? Aqui, o que houve? Minha cabeça parece que vai explodir.

Ele colocou as próprias mãos na cabeça, sentando-se na ponta da cama, me encarando com atenção.

— Você não se lembra? — Eu perguntei, querendo saber até onde eu poderia ir.

— É tudo... Praia e... Nada — Murmurou novamente.

— Edward, nós... — Tentava dizer, mas ele me interrompeu.

— Isso está um pouco óbvio, Lauren. Eu só quero saber como foi que eu transei com você.

Ele estava começando a ficar puto. Seu nariz inflava um pouco, enquanto seus olhos me fuzilavam com ódio. Sim, ele estava me odiando.

— Eu te avisei, Edward. Eu te falei. Eu expliquei. Eu gritei! Mas você não parou! — Forcei o choro, então ele recuou um pouco.

— Eu... Abusei de você?

— Não, Edward. Eu quis — Confessei em voz baixa — Mas, eu disse que era errado. Eu só queria que você se lembrasse de... — Silêncio. Eu o vi abaixando a cabeça, xingando em voz baixa — Você me disse que nada importava além de nós dois. E eu estava carente, contei sobre Taylor e eu...

— Eu só saí de casa para um maldito conselho — Ele disse mais para si mesmo que para mim — Por que meu celular está desligado?

Perguntou a si mesmo, quando achou o aparelho no bolso da própria calça.

— Você o desligou. Ela não parava de ligar — Sussurrei, Edward me encarou em pânico.

— Meu Deus. Meu filho... — Balbuciou — Lauren, nós...  Nós tomamos cuidado ontem?

— Sim... — Eu disse.

Peguei o preservativo em cima do criado mudo, ao meu lado da cama. Pronto para o momento. Então, seus olhos pousaram no objeto na minha mão. Cheio e com um nó na ponta. Eu vi seus olhos marejarem, enquanto ele soltava uma grande quantidade de ar.

Nota mental: lembrar-me de agradecer ao Taylor por isso.

— Eu devo ir — Disse, pegando suas chaves e saindo definitivamente do meu campo de visão.


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Notas finais do capítulo

Primeiramente, não está revisado, peço que compreendam. E vamos lá...
Desculpas, para começar. Não abandonei a fic, para deixar claro. Vou terminá-la, assim como terminarei todas as fics ainda pendentes. Agradeço a todas vocês que não abandonaram e ainda esperam o desfecho da história. Como já disse anteriormente, essa fic é de 2010/2011, então imagem o desastre que é a primeira versão. Tem me dado trabalho para adaptar e tem me faltado tempo para postar. Por isso estou esclarecendo aqui. Vou tentar me organizar no final de semana para adaptar mais capítulos e postá-los no mesmo dia. Quero concluir essa fic para começar outros projetos... Então eu peço que vocês tenham um pouquinho de paciência, isso vai sair, mas pode ser que demore mais um pouco. E agradeço muito pelos comentários. Leio todos e me divirto muito com as teorias de vocês! Continuem comentando, digam o que estão achando e façam sugestões... Nessa loucura de adaptação sempre pode se encaixar mais uma ceninha! Um beijão, meninas. Obrigada por tudo!