Casada com Edward Cullen II escrita por Catiele Oliveira


Capítulo 19
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Nós voltamos!!!



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Capítulo 18

 

Pov Edward.

Desconfianças.

 O telefone tocou. Ela levantou, saiu e não voltou. Quarenta minutos. Quarenta minutos depois, ela não votou. Não tenho certeza, mas acho que Isabella pensa que quando ela não está na cama, ao contrário dela, eu não sinto. Mas eu sinto. Cada vez que ela se revira, em seu mal estar. Quando ela se levanta para ir ao banheiro. Quando ela simplesmente desse para beber água. Eu acordo junto.

Agora fazia quarenta minutos. E ela ainda não havia voltado. O que diabos ela está fazendo? Quem ligou? Perguntas...

Eu não iria levantar. Era algo decidido. Mas deu sede e eu simplesmente fui. E ela não estava em lugar nenhum do andar de baixo. Bella não estava em casa. Me sentei no sofá, no escuro, e me adaptei a escuridão. Foi quando ouvi o barulho de motor e passos. Isabella adentrando nossa casa. Ela acendeu a luz e encostou-se na porta, antes de dar um meio grito de susto quando me percebeu.

— Edward! — Ela gritou.

Eu visualizei seu robe que não cobria a parte superior de suas coxas. O que ela estava fazendo na rua, vestida assim?

— Eu te assustei, boneca? — Perguntei sarcasticamente.

— Obvio! — Rosnou andando para mim — Eu vou contar, não fica fazendo perguntas. Nem me olhando assim.

— Com detalhes — Disse em tom sarcástico.

Eu estava irritado. E ela não iria querer me ver bravo. Não mesmo.

— Eu recebi uma ligação quase agora... — Ela comentou, mordendo o lábio inferior.

— Quarenta e cinco minutos atrás — Corrigi.

— Era o... — Travou.

— Não me diga que era o...

— Jared — Dissemos juntos.

— O quê? — Eu gritei, apertando seus ombros — O que aquele filho de uma boa puta estava aqui, a essa hora da manhã? Você anda comendo merda, Isabella? — Eu estava sendo agressivo verbalmente, minha raiva assumiu o controle. E meu lado possessivo pediu passagem.

— Ele pediu para falar comigo! — Ela respondeu — Ele finalmente contou o motivo de tanta repulsa... Sobre mim.

— E qual é motivo, Isabella? A morte da namorada? — Ainda enfurecido eu gritei, ela assentiu — Eu disse que queria detalhes, Isabella!

— Ele contou tudo, Edward. Ele estava perturbado e queria conversar. É o eu amigo. Foi só isso.

Sua voz era chorosa e lágrimas ameaçavam a descer. Só assim eu percebi que estava magoando-a. O louco ciumento estava torturando a esposa por causa disso. A desconfiança estava maltratando a mulher que eu amo. Então a soltei, rapidamente, levando-me e indo para o outro lado da sala, enquanto Isabella soluçava.

Aquilo só podia ser uma piada de mal gosto.

— Por que você não me acordou? — Gritei novamente.

— Eu... Não sei, Edward. Você não me deixaria falar com ele.

— Não, sua tonta! Eu deixaria você falar com ele, mesmo sem gostar. O que você não pede e eu não dou? — Então, sem realmente entender, me vi ajoelhado em sua frente. Isabella não pareceu entender nada. E eu, sem entender menos ainda. Ajoelhado aos pés de uma mulher — Bella, você me traiu? Por favor, diga-me a verdade... Por favor.

— Edward, claro que não! Eu nunca farei algo do tipo! Eu amo você mais que tudo!

—Deus, Bella. Você não conhece esse homem. Não sabe o que ele fez enquanto esteve de luto. Não sabe. — murmurei, afastando-a de mim e me levantando — Ele fez besteiras. Ele foi internado. Você foi imprudente indo falar com ele sozinha. Você não pensou em mim, ou no nosso filho. E que inferno! Se você quisesse mesmo saber dessa maldita história, eu teria lhe dito! Ainda mais vestida dessa forma, que inferno, Isabella!

Meus gritos transpassavam e estavam fora do meu controle. Enquanto ela chorava ainda mais.

— Não sei o que deu em mim, Edward. Eu só queria saber. Ele não fez nada. Ele jamais faria. — Disse segura de si.

— Como você pode ter tanta certeza? — Estreitei meu olhar sobre ela — Qual parte da história você está se esquecendo de me contar?

O que ela estava fazendo? Pelo o que eu estava sendo castigado? Será que havia sido a ameaça que eu havia ouvido hoje cedo, no telefone entrando em vigor? A pessoa disse que tiraria tudo de mim. Que a mataria. Uma voz feminina... E eu conhecia bem. era Tânia.

A culpa é minha? Eu sou um mentiroso da relação? Esconder isso fez ela fazer isso comigo? Não ter contado sobre o oferecimento de Lauren, fez isso comigo?

— Não tem mais nada. Eu já contei tudo. Ele veio desabafar sobre a namorada morta. Você não entende? Se acontecesse isso conosco ou nosso filho? — Agora ela estava apelando — Não acredita em mim?

— Vá dormir, Isabella — Rugi para ela.

Eu não era idiota. Bella continuou parada, sustentando seu olhar em pânico. Ela me escondia algo. Que eu ainda iria descobrir.

— Vá para cama, Isabella! Cuide do meu filho!

Ela finalmente andou. E eu me joguei no sofá. Ouvi seus passos subindo rapidamente. O que aconteceria com meu casamento agora? Minha esposa estava me escondendo algo... Algo importante. E eu não sou de deixar as coisas passar. Eu resolveria tudo. Com Jared. Com Tânia e com quem ousasse atrapalhar minha vida.

Vi o dia amanhecer diante dos meus olhos, perdendo minhas horas pensando constantemente, o que me fez ligar em desespero para que alguém me ouvisse. Eu sabia que não estava sendo irracional, afinal... Ela tinha estado de madrugada, em um carro, com outro homem. Que sofre de problemas emocionais.

Na empresa, Jasper e Lauren estavam esperando por mim. Eu vi a mulher deitada no meu sofá, com a mão em seu rosto, e Jasper largado na cadeira em frente a minha mesa.

— Se não aconteceu algo grave, juro que mato você, Cullen — Jasper disparou.

— O mundo não acabou, nada de grave aconteceu Jazzie — Bufou Lauren.

— Eu recebi uma ligação na tarde de ontem... Alguém me ligou ameaçando matar Isabella... — Disse de uma vez, obtendo a atenção dos dois — E isso é só o começo.

(...)

— Como ela pôde fazer isso? — Lauren gritou depois que eu detalhei toda a história.

Jasper se remexeu na cadeira, a verdade é que eu sabia que ele estava se lembrando da própria mulher nesses momentos. Eu nunca os via em crise, sempre acho que Alice e Jasper são os sinônimos de casal perfeccionista. Mas há algo no olhar dele, que de repente, me faz pensar que talvez não seja isso.

— Só se acalme, Edward. Isabella não é como as outras mulheres. Você deve confiar na sua esposa.

— E esse é o conselho de quem foi enganado pelo golpe mais antigo do mundo — Atacou Lauren — Acredite, irmãozinho, mulheres são capazes de tudo... Mas, eu não estou acusando a santa Bella de nada. Só quero que seja cauteloso, Edward.

— Talvez ela tenha razão — Jasper desistiu de argumentar quando sua irmã lhe sustentou um olhar sombrio.

— Não confie, mas não demonstre desconfiança. Observe até que possa tirar suas próprias conclusões Eddie.

— E agora você que não está o ajudando, Lauren — Jasper a cortou — Você tem o meu conselho e o dela. Faça o que achar melhor, Edward.

Vi meu amigo jogar sua cabeça pra trás, como se estivesse exausto. Lauren soltou uma risada fria encarando seu irmão. Como se estivesse penalizada com a situação do homem.

— Não deixem que suas mulheres os façam de bobo, garotos.

Nós permanecemos em silêncio após isso até decidir que o sensato era tomar café da manhã, num perfeito silêncio, de preferencia. Ouvimos Jasper falar sem cessar sobre como estava feliz sendo pai, e que tinha certeza que Bella iria acertar as coisas. Já Lauren, não via a maternidade com bons olhos e disse sentir pena de nós dois por termos nenéns chorões em nossas cabeças. Aquilo chegava a ser engraçado. Sua repulsa com bebês. Ela sinalizava sobre as fraldas sujas e a capacidade que as mulheres têm de acordar a cada dia pior do que foi dormir... Lógico que ela estava vendo pelo lado horrível. E eu até entendia, ela não tinha se quer um marido, como ela entenderia sobre filhos e família?

Por volta das oito meu celular tocou.

Isabella.

E depois da primeira ligação, outras vieram, e outras e outras, acompanhadas de recados. Cliquei para ouvir um deles.

“Desisto. Não quer me ouvir, apenas não ouça. Só imaginei que quisesse estar na primeira consulta do seu filho... Já que não... (silêncio)”

Cliquei na próxima.

“Quer... Enfim, você sabe que devemos conversar, não é? Então pare de me ignorar e me atenda. Estou preocupada. Ligue-me de volta quando ouvir... Por mim e pelo bebê”.

Estava me sentindo horrível. Estava falhando com meu filho, não estando em sua primeira consulta. Queria que o orgulho não me afetasse tanto, para que eu pudesse estar junto com ele nesse momento. Mas me vejo tão...  Alto em meus sentimentos, que prefiro manter distância. Não conseguirei olhar para Bella, e duvidar de qualquer palavra que saia de sua boca.

— Não deveria trabalhar hoje — Lauren disse, quando o silêncio fez-se maior.

— Nem conseguira, se quisesse.

— Nós podemos sair. Te animar um pouco. Relaxar as ideias.

Tentei negar, enquanto ela segurou meu ombro e sorriu, me persuadindo. Assenti, sabendo que não conseguiria discutir com ela.

— Beber? — Perguntei, Lauren sorriu assentindo.

— Podemos fazer isso para começar. Vamos lá, amigão... Você vem, Jazzie?

— Eu acho que oito da manhã não é bom horário para beber, crianças — Disse Jasper, quando deixamos nossas mesas.

Nós saímos da cafeteria em frente para o prédio em que eu era dono. Olhei a movimentação de carros pela cidade. Sim, estava cedo. Mas não, hoje eu não pensaria sobre isso.

— Você virou tão certinho depois de se tornar um pai, Jazzie. Apenas tédio. Eu vejo você depois, Vamos Eddie?

— Vejo você depois também, Jazzie — Debochei, Jasper comprimiu seus lábios, fazendo questão de nos ignorar.

— Você é aquele quem sabe, Eddie. Vão!

Andamos sentido contrário. Lauren fazia questão de listar planos para o nosso dia.

Beber até a saída da faculdade.

Socar Jared Halle.

Beber um pouco mais.

Entramos em um bar tradicional um quarteirão depois de nosso prédio. Sentamos no balcão, pedindo duas canecas de cerveja. Até que Lauren pediu também shoots de vodca e limão.

A primeira, desceu bem. Estomago forrado e um pouco de sede. Mais cerveja, e mais vodca... Aí não desceu tão bem assim.

— Isso é ruim para diabo — Ela rugiu em minha direção — São o quê, nove e quinze?

Quando olhei o relógio, marcava mais de dez horas... Me surpreendi em ter perdido tanto o tempo.

Lauren grito pedindo petisco ao nosso barman.

— Que tal um pouco de sinuca? — Ela sugeriu, dando uma risada alta.

— Uma partida.

Ela evidentemente perdeu. Estava alterada e talvez mais que, enquanto minha visão estava turva. Minha resistência para bebidas sempre havia sido meu forte. Eu era aquele que nunca ficava bêbado nas festas da faculdade. Mas tinha que admitir que dizer que eu estava sóbrio seria eufemismo.

— Eddieeeeeee — Lauren atropelou suas palavras — Se eu tirasse a roupa aqui, o que você faria? — Eu soltei uma risada, quando percebi sua intenção e segurei seu braço.

— Temos uma missão ainda hoje. Você se esqueceu?

— Mas seria tão rapiiiiiidinho Eddie — Continuou rindo, dando ênfase em cada vogal que dizia — Aí você poderia até me beijar... e... — Lauren jogou seu corpo para mim, a amparei antes que nós dois caíssemos.

Sim, o nível alcoólico era grande. Mas não, eu não sou nenhum idiota-retardado-canalha que trairia a esposa gravida.

Ela é uma mulher atraente, diabo, atraente demais até. E enquanto ela se joga, e eu sinto seu hálito soprando nas minhas bochechas. Eu sei que devo empurrá-la agora mesmo e andar para longe.

— Preciso que você se recomponha para cumprimos o plano — Disse a ela.

— Ok — Rindo ainda, ela tentou se manter de pé — Você vai chegar lá e... Socar a cara dele?

— Isso mesmo — Assenti.

— Aquela vaca sortuda... — Ela grunhiu — Queria ter dois de você brigando por mim também.

Lauren fez um muxoxo em lamento e eu soltei uma risada.

Nós deixamos o bar, caminhando para um ponto de táxi.

— Bebemos demais, Lauren — Disse, enquanto ela cismava de jogar seu corpo no meu.

No caminho, eu a encarava, enquanto ela dizia obscenidades. O olhar do taxista era de pura decepção.

Chegamos na hora certa. Eu vi Rosalie e Emmett saírem pelo longo portal principal. Paguei o táxi, arrastando Lauren para fora comigo.

— Ali está o gato do Jared! — Lauren gritou.

Eu caminhei alguns passos para Emmett, com Lauren agarrada em meus braços.

— E esse é o cara que gosta de conversar na madrugada com mulheres casadas — Rosnei sarcástico. Lauren riu ao meu lado.

— Edward... — Rosalie tentou dizer.

— Meu papo é com ele — Retruquei.

— Não se meta, baixinha — Jared disse para sua irmã — Qual é o seu problema, Edward?

— Não está se achando muito, garoto? Meu problema? Você não é um problema — Disse, e antes que ele pudesse responder, eu acertei o primeiro soco, vendo-o cambalear e cair — O que eu preciso fazer para você nos deixar em paz?

Pessoas se aglomeravam em torno de nós, enquanto Jared, ao chão, tentava limpar seus lábios que sangravam;

— Edward! Bella me ligou assustada essa manhã com medo da sua reação. Mas não aconteceu nada entre eles! — Rosalie gritou rapidamente, enquanto Jared se recuperava.

— Sei que não. Se tivesse, seu irmão seria um homem morto!

— Certo, Edward, essa doeu... Você tem razão — Ele disse, quando se levantou — Também ficaria muito irritado se alguém procurasse minha mulher na madrugada para dizer que está apaixonado por ela.

E foi aí que a merda da briga começou.

Socos e pontapés sendo trocados, pela merda da história que eu sabia que estava sendo ocultada de mim.

Delegacia foi o fim dessa história. Com uma mulher irritada tendo que ir pagar fiança para que eu fosse solto.

— Bêbado com a Lauren — Ela disse um pouco atônita, quando voltávamos para casa.

— E com raiva.

— Com a Lauren, Edward? — Perguntou, olhando-me profundamente.

— Qual é a sua moral na história? Mentiu para mim! — Gritei.

Bella respirou fundo, tentando manter uma calma invisível. E eu soube qe era fundamental um de nós respirar fundo. Esse nunca seria eu.

O sinal abriu e ela continuou a dirigir. E dessa vez, num profundo silêncio.

Entramos em casa em silêncio. Eu subi e ouvi seus passos atrás de mim. Enquanto eu tirava a roupa, eu percebia que ela observava.

— Apenas fale, Edward. Sei que só ficará bem quando gritar.

— Estou com tanta raiva... Que eu quero matar ele, Isabella! E matar você também!

— Eu AMO você — Disse ela, trazendo a voz da razão — E para mim isso que importa. Só existe você, e sempre foi assim. Dane-se o que o Jared disse. Dane-se o resto. Porque eu sou sua. E essa é a coisa mais certa no mundo, Edward.

Eu cedi. Estava me sentindo patético, enquanto seus olhos marejados diziam com tanta veemência o quanto me amava.

Matei nossa distância de corpos, aproximando-me dela para abraça-la. Do meu jeito possessivo a apertei contra meu corpo, beijando o topo da sua cabeça. Eu sabia que ela estava chorando, mas não queria ver seus olhos decepcionados comigo.

— Você não pode me largar nunca... — Sussurrei para ela.

O clima ficou estranho quando eu a soltei e fui para o banho.

Eu deixei o quarto no final, entrando no escritório e analisando o bolo de correspondências na mesa. E vi as cartas sem remetente. Era isso que não me tirava à paz. Cartas anônimas que tentavam envenenar minha relação. Destruir meu casamento e acabar com minha paz.

E no fundo, começavam a surtir efeito.


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