Destinos Cruzados escrita por Suh Pevensie


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Oooooolhaaaa queeeeeem voltou ❤ Gente MIL DESCULPAS, eu sei que demorei, sumi de novo, dessa vez foi motivos pessoais, mas o que importa é que eu estou de volta... Espero que gostem... Eu estava naquela fase de não saber o que escrever, e eu estava no ônibus e escorada na janela, pensei nesse capitulo, e criei essa intriga kkkkkk... Gente está ótimo, aquela né kkkkkk... Não esqueçam de comentar, é muito importante para mim ❤
Sem mais delongas
Boa leitura amores ❤



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POV. Susana
 Hoje fazia uma semana que eu fico com o rosto praticamente colado no celular, esperando alguma mensagem, ligação ou simplesmente algum sinal de vida dele, eu sei que parece bobagem, e que só conversamos por poucos minutos, mas foram marcantes, cada minuto, cada palavra, o singelo toque através da nossa curta dança, a maneira como se expressava, o jeito como me olhava com seriedade e diversão, o seu sorriso encantador, ele em si é encantador na verdade. Mas pelo o que vejo, não sou tão importante assim, talvez ele só tenha pedido o meu número por educação. Porém, contudo, sou grata a ele por ter me devolvido a minha pulseira, não é de grande valor físico, mas para mim é muito valiosa, uma herança de família.
 Vi que chegou uma mensagem no meu celular, meu coração dispara, uma pequena chama de esperança acende em mim, destravo o meu celular, e mais uma vez não era quem eu esperava, mas não deixa de ser uma pessoa importante, era Lúcia.
“Oi mana, como estão as coisas por aí? ”
“Está tudo normal mana, cansou de vim aqui foi? ”  – Digitei
“Claro que não amiga, ainda estou chateada com o Pedro. ”
“Imagino Lúh, mas tenta olhar pelo lado dele. ” – Pedro aprontou uma daquelas, quase briga com o amigo da Lúcia, o Edmundo, e isso quem me contou foi a Naty, pois na hora eu estava com o Thomas.
“Mana eu juro que tento, o pior nem foi o ato que ele cometeu, mas foi por ele ter ido embora, sem se despedir de mim, só virou as costas e foi embora, sabe como eu fiquei? Me senti a pior pessoa do mundo, eu esperava por essa atitude ridícula de todos, menos dele. Mana pelo amor de Deus, era meu aniversário! ”
“Aí mana, eu nem sei o que falar, peço desculpas de novo por ele, ele agiu sem pensar, se eu estivesse por perto, juro que não tinha permitido que ele fizesse isso. ”
“E onde você estava Susana? Depois de um tempo, não ti vi mais. ”
 Obviamente meu rosto se enrubesceu, em segundos lembrei da minha pequena felicidade particular naquela noite.
“Estava tomando champanhe, meio que me perdi no meio do povo, me distrai com as danças, e acabei me esquecendo de voltar. Mas enfim como ficou o seu amigo? ” – Mudei logo de assunto se eu falar dele, e do meu drama particular dos três dias, com certeza não será somente eu que me achará a trouxa do ano.
“Ah... o Ed está bem, zangado na verdade, disse que não esperava vim de tão longe para discutir com um estranho. E como ele está? ”
“Pedro está bem, não toca no assunto, aparentemente ele age como se nada tivesse acontecido. ”
“Nossa, por aí que a gente vê o quanto eu sou importante para ele. :/”
“Mana não é bem assim, ele é orgulhoso só isso :/, ele vai falar com você, quando estiver preparado. Eu vou tentar conversar com ele. ”
“Amiga deixa para lá, não precisa, não quero que ele pense que estou te pedindo para falar com ele por mim. ”
“Deixa disso Lúh, falarei por mim mesma, vai ficar tudo bem. ”
“Tudo bem então, mana vou me ocupar agora, tenho que estudar, tenho prova daqui a pouco. Beijos, até depois. ”
“Tá bom mana, beijos, até depois. ”
 Olhei as outras mensagens, nada fora do normal, travei o celular, deixei em cima da cama, e fui na direção do quarto do Pedro, bati duas vezes na porta.
— Pedro? – Chamei-o
— Entra Su – Respondeu
 Adentrei, vi ele jogado na cama, mexendo no notebook, ao lado da cama tinha uma mesinha, com um prato sujo com restos de pizza com um copo de refrigerante, fora no chão, que tinha embalagens de doces, e outras coisas. Meu Deus, mais porco que isso, só isso.
— O que está fazendo? – Perguntei sentando ao lado dele.
— Um trabalho da faculdade, relaxei demais, enrolei demais, e agora estou aqui, tentando terminar isso o mais rápido possível – Ele falava concentrado na tela do notebook. – O que foi? – Perguntou sem prestar atenção em mim.
— É que... eu queria conversar com você, mas estou vendo que está muito ocupado – Falei levantando da cama, e me dirigindo em direção da porta.
— É muito urgente? – Ainda não me encarava, com certeza se eu falasse do assunto ele não prestaria atenção.
— Depois conversamos – Disse
— Tudo bem – Falou-me
 Sai e fechei a porta, deixando em paz com o seu trabalho por enquanto.

POV. Pedro
— É muito urgente? – Perguntei ignorando a presença dela
— Depois conversamos – Falou
— Tudo bem – Respondi
 Estava mais do que claro para mim o que Susana veio fazer aqui, especificamente do que queria conversar comigo. Lúcia tem me atormentado com frequência nesses últimos dias, alguma coisa dentro de mim mudou em relação a ela, não sei bem ao certo o que. Talvez o fato de não conseguir mais enxerga-la como a pequena Lúh, vê-la vestida daquela maneira, valorizando as curvas que jamais pensei que ela tivesse, com a face mais madura, confesso que mexeu um pouco comigo, e por alguma razão isso influenciou no que eu fiz naquela noite, vê-la dançando, sorrindo da maneira mais encantadora para aquele cara que nem sei quem é ou de onde saiu, naquela hora me subiu uma raiva, um instinto “protetor” de “irmão” talvez, não sei, não aguentei ver aquilo, fui em direção dos dois...
 Flashback on 
 Caminhei em passos apressados na direção deles, assim que me aproximei, Lúcia olhou para mim e viu minha expressão indecifrável, sem entender, sorriu assim mesmo, e eu claro retribui empurrando o tal cara.
— PEDRO! – Lúcia me repreendeu assustada, as pessoas que estavam próximas pararam para olhar o que estava acontecendo.
— NÃO ENCOSTA NELA TA ME OUVINDO? – Falei irado apontando o dedo na cara dele. Ele me encarou e revidou o empurrão.
— Porque hein? Quem é você? Tá louco cara? – Ele me enfrentou.
 Não pensei em mais nada, fechei minhas mãos com força, fui para cima dele e dei um murro na cara dele, minha intenção naquele momento era só enchê-lo de porrada, se eu queria brigar? Não, eu queria matar ele.
— PEDRO PARA POR FAVOR – Lúcia pedia chorando, senti braços me puxando e me separando dele.
— É fácil bater no cara desprevenido, agora vêm, BOTA PRA CIMA PLAYBOY – Me desafiou, e a raiva só subia.
— Ed para, por favor, deixa ele – Lúcia foi para a frente dele tocou no rosto dele, ainda tremula, e tentou acalma-lo, e ele encarou ela, pude ver a chegada da tranquilidade em seus olhos, e aquilo aos poucos foi me acalmando, não da maneira certa, em vez de raiva, no lugar ficou a decepção, me senti meio que trocado.
— Me soltem, eu tô bem, eu tô bem – Falei
— Pedro o que foi isso? – Naty perguntou para mim, me abraçou preocupada.
— Nada demais Naty – Respondi encarando eles, principalmente a Lúcia. – Cadê a Susana? – Perguntei
— Eu não sei Pedro – Naty estava nervosa – Quer que eu procure ela?
— Não, só avisa ela que eu já fui para casa – Falei encarando Lúcia
— Pedro... por favor – Lúcia lagrimou e vinha na minha direção. Ignorei-a, virei de costas e fui embora, não olhei para trás.
 Flashback off 
 Abri meus olhos lentamente, lembrar dessa cena ainda era doloroso para mim, e ainda não me sentia preparado para conversar com ninguém em relação a isso, muito menos com ela. Por isso venho evitando contato.

POV. Caspian
 Com o corre da semana, nem tive a oportunidade de pensar em falar com ela, Susana deve me achar o maior idiota do mundo, que tipo de cara pede o número da moça e nem manda mensagem? Pois é, essa semana foi bem difícil, tive que me virar para conseguir os assuntos que eu perdi por causa da viagem, fora o trabalho e o problema da Lúcia em casa, ainda não conversei com o Pedro, nem cheguei a vê-lo também, claro que eu entendo o comportamento dele, ele é praticamente irmão da Lúh, e como não conhecia o Edmundo, agiu daquela maneira, que irmão não agiria assim? Eu mesmo cansei de implicar com os “amigos” dela, eu sei bem como é isso, a desconfiança e tudo o mais.
 Finalmente terminei a última prova, assim como os trabalhos que eu perdi, fui na lanchonete, ver se encontrava o Pedro por lá, nenhum sinal dele, sentei, pedi a garçonete o de sempre, e enquanto esperava, peguei meu celular, e fiquei em dúvida para quem eu ligava, Susana ou Pedro? Pedro com certeza me colocaria em primeiro lugar se eu tivesse com problemas, por mais linda que fosse a “segunda opção” para dar atenção, no caso, a paquera. Não tem jeito, talvez ele precise de mim, Susana já deve me achar um idiota mesmo, mais alguns minutos, não fará diferença. Disquei o numero dele, chamou, chamou, chamou, deu na caixa postal.
— Pedro? Você...
— Estou aqui Caspian – Olhei para trás e vi ele em pé ao lado da mesa, cancelei a chamada, meu Deus imagina se ele me pega falando com a irmã dele, olha a merda que ia dar. 
— Pedro – Me levantei e abracei ele – O que aconteceu? Não ti vi mais por aqui. Ele me mostrou um imenso trabalho que segurava dentro de uma pasta.
— Cara na moral, quase que eu me ferro, jurava que a data marcada para entregar esse trabalho era para a outra semana.
— Sei bem como é, essa semana foi bastante trabalhosa, mas e aí como você está?
 - Levando e você?
— Levando também – Respondi
— Cara, eu queria me desculpar, pelo o que fiz no dia do níver da Lúh – Começou
— Olha, não é comigo que tem que se desculpar, mas mano, eu te entendo – Falei – Não tiro a tua razão.
— Sério?
— Sim, que irmão não agiria assim? E você é praticamente irmão dela – Afirmei
— Sim... Claro, foi exatamente isso – Coçou a cabeça – Como ela está?
— Chateada, mas vivendo – Disse – Drama adolescente, coisa de menina, sabe como é – Falei
— Sei sim – Falou sorrindo
— Hey – Ele olhou para mim – Você deu uma vacilada! – Falei
— Tô Sabendo – A garçonete voltou com os meus pedidos
— Com licença – Pediu e colocou os pedidos na mesa
— Meu amor fique à vontade, se quiser a gente pode ter um particular, só nós dois – Pedro deu em cima da moça, ela revirou os olhos e se retirou – Ô MULHER DIFÍCIL MEU DEUS. – Comecei a gargalhar da cara dele
— Ainda tá aqui? Depois desse fora eu já tinha ido embora – Nós dois gargalhamos - Você não muda Pevensie, por isso está solitário – Brinquei
— E você não está muito diferente de mim amigão – Revirei os olhos. Pedro se levantou.
— Você vai embora mesmo? Era só brincadeira – Disse
— Não é por causa do trigésimo fora, tenho que entregar esse trabalho, depois nos falamos, acho que daqui vou passar lá na tua casa, Lúcia já deve estar em casa, tenho que falar com ela.
— Se eu não tivesse outras coisas para fazer iria com você, mas acho melhor vocês dois conversarem sozinhos. – Falei, trocamos toques de mãos e ele se foi. Esperei alguns minutos, caso ele fosse voltar, não voltou, peguei meu celular, procurei na lista de contato o número dela, mandei uma mensagem pelo whatsapp.
— Oi, desculpe a demora, essa semana foi cruel comigo / Thomas – Ainda era estranho usar o meu segundo nome, pior ainda usar Price, que não sei de onde tirei isso, mas para falar a verdade, não sei como desfazer essa mentira. Ela ficou online.

POV. Susana
— Mas você já falou com ele? – Perguntou Naty
— Eu tentei mana, mas ele estava ocupado, fazendo um trabalho da faculdade – Respondi, escuto o toque de mensagem do meu celular, abro o whatsapp.
“Oi, desculpe a demora, essa semana foi cruel comigo / Thomas. ”
 Quase cai dura, encarei a mensagem não acreditando que ele realmente tinha mandado mensagem, fiquei sem reação.
— Susana? ... Amiga está tudo bem? – Naty falou preocupada – Quem é?
— VOCÊ NÃO VAI ACREDITAR – Falei empolgada
— Tudo bem, não precisa gritar, não está perdida – Ela brincou
— Ele acabou de mandar mensagem, olha só – Mostrei para ela
— EU NÃO ACREDITO, EU NÃO ACREDITO, GEEENTEEEE – Reagiu ao ver a mensagem
— Tudo bem, não precisa gritar, não está perdida – Devolvi na mesma moeda
— Responde o rapaz – Falou sorrindo
— Tá, calma! – Falei sorrindo também – Eu respondo só um “Oi ou Olá” e ignoro a explicação dele? – Perguntei
— Sim mana, é obvio que ele não precisa saber que você estava quase trocando o seu rosto com a tela do celular de tanto que você esperava um sinal de vida dele – Naty gargalhou
— Sem graça – Revirei os olhos, e digitei:
“Olá Thomas. ”
— Nossa que horror, o rapaz vai pensar que você está com raiva dele – Naty comentou
— Nada a ver Natalie – Falei
“E aí tudo bem moça? ”
“Estou bem e você? ” – Digitei sorrindo
— Iiiiiiiiiiiiihhh está toda boba com a mensagem dele, eu vou para casa, se continuar aqui, vou sobrar. – Falou
— Tudo bem mana, depois nos falamos – Falei sem dar muita importância
 Horas depois, Thomas disse que iria se ocupar, mas prometeu que logo, logo apareceria de novo, disse que queria me ver e enfim marcamos para sair no sábado, no caso amanhã, ou no domingo, confesso que estou nervosa e ansiosa, me preocupo porque não sei se tenho roupa adequada para um encontro, eu acho que é um encontro, quem diria que a minha falta de atenção nas ruas me levaria a um encontro, com certeza foi a melhor mancada que alguém poderia dar.
 Ele é um amor de pessoa, aparentemente ele parece ser um rapaz simples, mesmo parecendo ter tudo, gosta de coisas simples, aprecia a natureza, principalmente os mares e oceanos, mora sozinho aqui em Londres, sua família no momento está em Portugal, disse que tem uma irmã, e que eu amaria conhecer ela, trabalha como corretor, e pelo o que parece, deve vender muito bem os apartamentos. É dono de um caráter impressionante, não gosta muito de festas, não fuma, não é de beber, as vezes viaja, para ver a família, resolver algumas coisas, etc. Sem contar que ele é um rapaz muito atraente. Não vejo a hora de revê-lo. Só de pensar já fico com um frio na barriga.

POV. Pedro
 Ainda não estava pronto para ver ela, mas eu não tinha escolha, refletindo no meu quarto, percebi que eu devia uma explicação a ela, explicação na qual não sei por onde começar, mas quero logo resolver isso, para mim isso não passa de bobagem, drama adolescente como o Caspian falou.
— Aí esse pessoal tem a semana toda para vim na coordenação, e justamente hoje que estou com pressa, essa sala está lotada, eu mereço – Reclamei comigo mesmo.
 Minutos depois me chamaram
— Próximo – Falou a moça da recepção
— Oi minha linda, vim entregar um trabalho do professor Genivaldo, da matéria de Economia, ele ficou de pegar os trabalhos aqui assim que chegasse de viagem ainda hoje.
— Ah sim, meu bem ele ligou para cá e disse que não chegaria hoje, teria que ficar mais um dia, por causa do mestrado e tudo o mais, mas ele disse que era para os vocês virem aqui na segunda-feira de manhã, parece que alguns alunos pediram para ele adiar a data da entrega e bem ele adiou, e assim que ele chegar ele vem recolher. Não ficamos com os trabalhos dos alunos nos fins de semana, para não ocorrer o risco de perda dos trabalhos.
— Esse gay – Pensei alto, a moça me olhou assustada – Não, não é ele, é que eu estou pensando em outra pessoa – Ela me olhou sem entender e começou a rir do meu desentendimento – NÃO! Não é isso – Tentei – Ah... deixa para lá, segunda-feira eu venho aqui, obrigado.
 Sai de lá mais puto que qualquer coisa, se eu soubesse que aquele velho iria adiar a data de entrega, eu não tinha me matado tanto, mas pelo menos essa joça já está pronta.
 É.… agora não dá para adiar mais esse momento. Tenho que falar com ela, sai da faculdade, peguei um taxi e falei o endereço da casa dela, e olhando a paisagem lá de fora, encostei minha cabeça no vidro da janela, pensando no que ia falar para ela.

POV. Lúcia
 Estava na sala conversando com o Ed, ele veio me fazer companhia, já estava aqui a um tempinho, me distraindo, mas a tristeza estava bem visível na minha face.
— Tem planos para esse fim de semana? – Perguntou-me
— Não, bem, não tenho certeza, vai que meus pais inventem de fazer algo – Sorri – Porque?
— Nada, só queria saber se você estava afim de sair comigo, não ficarei muito tempo aqui, tenho que voltar para Istambul, e eu não me perdoaria se eu fosse embora sem fazer nada de interessante aqui.
— Qualquer coisa eu te aviso, mas talvez a gente saia – Ouvimos a campainha tocar, fui em direção da porta – Quem será? - Me perguntei – Abri a porta e tive o maior susto do mundo, eu não acredito que ele veio aqui, fiquei sem reação por alguns segundos, naquele momento parecia que a minha voz tinha sumido, nos encaramos.
— Pedro... – Enfim falei, totalmente desconcertada, segundos depois, lembrei de tudo o que ele me fez, logo a minha expressão de susto deu lugar a uma expressão de raiva e chateação, cruzei os braços e encarei ele.
— Oi Lúh, eu posso entrar? – Perguntou com o tom de voz calmo, meu Deus o que eu faço? Se eu deixar ele entrar, vai ter o maior barraco aqui em casa, Edmundo ainda está aqui. E adivinhando a situação, Ed veio ao meu encontro na porta.
— Lúh o que hou... – Ele e Pedro se encararam, eu vi a raiva no olhar dos dois, e fiquei com medo do que poderia acontecer, na festa tinha muitas pessoas, que poderiam interferir eles dois, hoje não, só estava eu e alguns empregados em casa.
— Eu volto outro dia – Disse Pedro me olhando
— Pedro... – Disse quase lagrimando
— Não precisa cara, eu já estava de saída, vocês precisam conversar, me avise se não for se ocupar amanhã Lúh. – Edmundo falou e me abraçou, saiu pela porta, passou por Pedro, se encararam, e ele foi embora. Pedro ficou lá igual um tonto.
— Ram – Tossi – Ele me olhou e de novo cruzei os braços encarando ele, caminhei até a sala, deixei a porta aberta, sinal para ele me seguir, ele fechou a porta, e me seguiu.
— Olha eu sei que eu não arrebentei ele na festa, mas se eu encontrar ele aqui toda vez que eu vier te ver, não te garanto nada – Falou irritado
— ELE É MEU AMIGO, E VIRÁ AQUI SEMPRE QUE QUISER, ELE É BEM VINDO – Falei estressada – O que você quer Pevensie? Já não basta ter estragado metade da minha festa?
— É por isso que eu vim, queria me desculpar, é que... eu não sei o que aconteceu naquela noite, bebi muito, e eu nunca vi esse cara, e sei lá o instinto de irmão mais velho falou mais alto.
 Meu coração se partiu mais ao ouvir aquilo, virei de lado e não consegui conter a pequena lágrima, como eu sou tola, é claro que ele sempre vai me ver como a irmãzinha dele, nunca serei digna do seu coração, Pedro não ama ninguém de verdade, não importa o que eu faça. Limpei a lágrima, respirei fundo e disse – Está tudo bem Pedro, eu te desculpo por ter quase estragado tudo, mas eu não te perdoo por ter me virado as costas, por ter me deixado lá chamando por você feito uma idiota. – Comecei a chorar
— Lúh me desculpa, eu não quis fazer aquilo...
— Quis sim – Sorri irônica limpando as lagrimas – Porque se não quisesse não tinha feito o que fez, Pedro era meu aniversário, você não teve consideração, você é um egoísta, só pensou em você, duvido que tenha vindo aqui por conta própria, aposto que tem dedo da Susana nisso.
— Claro que não, eu vim por mim mesmo, acha que eu não pensei em você? Esse tempo todo? Mas talvez eu seja mesmo um egoísta, em querer a sua atenção só para mim.
— VOCÊ É UM IDIOTA PEDRO, UM TONTO, QUE NÃO SABE E NEM PERCEBE NADA – Gritei chorando
— O QUE VOCÊ QUER QUE EU VEJA LÚCIA? ME DIZ! ME DIZ O QUE TANTO EU NÃO CONSIGO PERCEBER? POIS SAIBA QUE EU NÃO SOU IDIOTA, SEI MUITO BEM AS INTENÇÕES DESSE CARA, ELE NÃO ME ENGANA, VOCÊ QUE NÃO VER, VEM COM ESSA DE “AMIGO”, ATÉ PARECE – Devolveu
— E O QUE VOCÊ TEM A VER COM ISSO HEIN? NADA! PELO MENOS EU SEI QUE O EDMUNDO NÃO VAI ME VIRAR AS COSTAS E ME DEIXAR CHAMANDO POR ELE NA FRENTE DE TODO MUNDO! É FÁCIL DIZER QUE SENTE MUITO, É FÁCIL PEDIR DESCULPAS, É DIZER QUE PENSOU EM MIM, SENDO QUE NA HORA, SIMPLESMENTE ME IGNOROU E FOI EMBORA. – Gritei ainda mais.
— ME DESCULPA TA LEGAL? EU FIQUEI COM RAIVA LÚCIA – Respirou fundo – Se eu ficasse lá, com certeza iria te magoar ainda mais, falaria coisas na hora da raiva – Falou mais calmo e em resposta eu só o encarei e chorei, coloquei as minhas mãos no meu rosto. – Lúh... eu não quero mais brigar, não quero mais ficar assim com você, sabe o quanto você é importante para mim. – Ele tocou no meu braço, na mesma hora evitei o seu toque.
— Não, eu não sei, na verdade, não sei se cheguei a um dia ser importante para você...
— Para com isso Lúh, claro que você é importante, é como minha irmãzinha e ...
— CALA A BOCA PEDRO! Eu não quero mais ouvir nada – Fui em direção da porta, abri e fiz menção para ele se retirar – Por favor, eu estou cansada, quase rouca, não quero mais brigar, outro dia conversamos – Disse firme por fora, destruída por dentro.
— Lúcia...
— Pedro POR FAVOR, vai embora – Ele parou na minha frente, me olhou desapontado e saiu, fechei a porta, corri para o meu quarto, me tranquei lá e chorei, colocando toda aquela magoa para fora.
— Senhor eu não aguento mais isso, não aguento mais esse sentimento, não aguento guardar só para mim o que eu sinto por ele, POR FAVOR, me livra disso, não permita que isso me consuma, isso é horrível, isso me destrói, ele é tão idiota, não percebe como eu amo ele, eu não aguento mais – Implorei chorando.


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Notas finais do capítulo

Eeeeeeaaaaaaiiiii gostaram? Alguém mais ficou com dó da Lúcia?
Ate quando o Cas vai mentir para a Su?,
E essa briga do Pedro e da Lúcia? Aiwn gente, estou péssima
SOBRE SUSPIAN, PROMETO QUE NO PRÓXIMO CAPÍTULO SERÁ FOCADO NELES ❤
Até a próxima amores ❤



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