Destinos Cruzados escrita por Suh Pevensie


Capítulo 8
Capitulo 8 - Reencontro


Notas iniciais do capítulo

Geeeeenteeeeeeee, o capitulo mais esperado do ano kkkkkk, SUSPIAN, aviso logo de antemão que vocês ficarão surpresos ao ver quem é o crush da Lúcia, decidi que seria essa pessoa, pois quero ver até aonde vai esse drama, sei que os principais são os nossos amados Cas e Su, mas precisamos de outros momentos marcantes nessa fic, kkk
Sem mais delongas
Por favor, não esqueçam de comentar, é muito importante para mim que os leitores (as) se interajam. Espero não ter perdido nenhuma leitora fiel. Voltei para ficar u.u
Boa leitura amores ♥



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POV. Caspian

            Finalmente essa semana de reuniões acabou, depois do que aconteceu no dia que chegamos, Lilliandil agiu de maneira totalmente diferente do que estou praticamente acostumado, se mostrou alguém reservada, cooperou bastante nas reuniões, assim como interagiu. O ocorrido daquele dia, decidimos esquecer, e continuar a parceria, pela empresa. Estava me arrumando para o aniversário de Lúcia, daqui iria direto, mais uma vez mexi na caixa de relógios e vi aquela pulseira novamente, e fui cercado por uma onda de emoções inexplicáveis, coisas nunca sentidas por mim. Lilliandil apareceu bem na hora, escondi a pulseira no meu paletó.

— Já estou pronta, metade das nossas coisas, já estão lá embaixo – Avisou.

— Já estou indo, estava escolhendo um relógio, falta só essa última mala – Falei. Arrumei tudo, peguei a mala, descemos, entrei a chave da suíte, pegamos um táxi, e fomos em direção do aeroporto.

POV. Lúcia

            Estava no salão, preparando o meu cabelo, make e unhas, minha mãe estava comigo, se preparando também, meu pai ficou de arrumar os últimos detalhes, lá no salão de festa, cujo fica na nossa casa mesmo, o nervosismo é inevitável, hoje era o dia mais esperado do ano, meu aniversário de 17 anos. A cada segundo que se passava, minha emoção aumentava. Meu celular vibrou, peguei e olhei a mensagem dele, meu coração acelerou mais ainda.

— Sinceramente, não sei o que vestir, estou indeciso em dois ternos – Falou, eu ri muito, a cabelereira me repreendeu, disse que eu tinha que manter o rosto firme, mas era inevitável, ele como sempre indeciso das coisas.

— Me manda foto dos dois ternos, assim te ajudo a escolher – Pedi.

— Hahaha, claro que não, você vai me ver lindo somente na hora – Quando li isso, queria gargalhar mais não podia, tive que conter o riso.

— Sabe o que eu estava pensando? – Digitei.

— O que? – Perguntou.

— Queria apresentar algo logo no inicio, tipo uma valsa, simples claro, só para distrair um pouco as pessoas, e como você foi o meu príncipe nos meus 15 anos, estava pensando em ti chamar de novo, ainda lembra os passos?

— Claro que sim, sou o melhor dançarino de valsa desse mundo – Se gabou, revirei os olhos.

— Eaí, topa? – Perguntei

— Sim princesa, eu aceito me casar com você, esperava esse pedido pessoalmente, em um jantar no melhor restaurante de Londres, você me enchendo de comida por causa do nervosismo, depois de certo ponto, não aguentando a ansiedade, me mostra um anel de brilhante, caríssimo, pagando a conta sozinha, seria um sonho, mas tudo bem, tá ótimo por aqui mesmo, relaxa não estou chateado, ninguém é perfeito mesmo – Quando li isso, não aguentei, gargalhei muito, não sei como e nem porque sou completamente apaixonada por esse maluco.

— kkkkkkkkkkkkkk você é louco mesmo, de onde tirou isso? Desde quando a mulher faz essas coisas? – Enviei

— Ué, deviam fazer kkkk, falando sério agora, eu topo ser seu príncipe de novo. – Sorri, corei, se ele soubesse que era o meu príncipe desde sempre, desde o momento em que coloquei meus olhos nele, das primeiras mensagens, desde tudo.

— Tudo bem, obrigada, vou me ocupar agora, nos vemos a noite – Escrevi e enviei.

— Até a noite minha linda – Li, sorri, e travei o celular.

            Ficamos prontas 20:00 horas, faltava uma hora para a tão esperada festa, estávamos a caminho de casa, só faltava colocar o vestido, que na minha opinião, iria lacrar.

POV. Susana

            Estava dando os últimos retoques no cabelo, no qual deixei soltos e ondulados, e na make, escolhi um vestido preto logo, por dentro uma cor bege, que ia até metade das coxas, por fora até os pés, todo bordado em preto, no qual era colado até dois dedos acima dos joelhos, com decote no busto, estava terminando de passar um batom da cor vinho, quando o Pedro entra no quarto.

— Susana já está na hora – Viro-me e olho para ele – UAU, nossa está muito linda Suh, nossa senhora – Comecei a rir

— Obrigada Pêh, você também está muito elegante – Elogiei – Estou quase pronta, vou só passar um perfume – Ouvimos Naty me chamando lá embaixo – Estou aqui em cima mana – Gritei, Naty subiu as escadas, assim que adentrou no quarto, Pedro a olhou completamente deslumbrado, ela usava um vestido longo azul escuro, colado até a cintura, seus cabelos estavam metade presos e metade soltos e enrolados, muito bem trabalhado, usava saltos azuis escuros, make maravilhosa.

— Nossa que linda – Pedro disse indo na direção dela, a abraçando, demorou um pouco no abraço.

— Tá Pedro – Naty disse se soltando dele, assim que se desfizeram do abraço, se olharam profundamente, eu estava morrendo de vergonha, afinal minha presença foi totalmente desprezada pelos dois.

— Assim, não quero atrapalhar, mas já atrapalhando o momento hipnose de vocês, a gente tem um aniversário para ir agora, são 20:10, ah Naty, você está linda – Falei.

— Você também Susana – Disse-me, sorrimos – Vamos?

— Vamos – Falamos

POV. Pedro

            Assim que Natalie entrou no quarto da Suh, eu garanto que vislumbrei o mais belo dos anjos, fiquei sem ação, acho que até babei, ela é a perfeição em pessoa, o que falar do seu abraço? Ah nossa, e o seu cheiro? Praticamente me perdi naquele perfume de rosas, sua pele macia. No momento estamos em um táxi, a caminho da casa, da mansão na verdade, de Lúcia, sempre que tinha uma oportunidade, olhava para trás disfarçando, só para poder ver a beleza de Naty, na qual as vezes me pegava olhando-a e começava a puxar assunto com a Susana.

— Pedro? Pegou os nossos ingressos? – Me perguntou Susana

— Você não pegou? – Perguntei sério

— Claro que não, pensei que você tinha pegado – Falou furiosa

— Pois eu não peguei bonitona – Fechei os olhos convencido, puxei os três ingressos do paletó, mostrei a língua para ela. Naty riu de nós dois, Susana revirou os olhos.

— Ainda tenho esperança que ele um dia amadureça sabe – Comentou Suh

— Sei bem como é – Falou Naty

— Ei, eu estou aqui, com licença – Comentei irritado

            Estávamos na principal do bairro de Lúcia, e como não tínhamos sorte, estava um transito enorme.

— O que? – Falei olhando os carros parados – Mas hoje é SÁBADO, como pode ser possível isso? – Comentei perplexo – Peraí, vão já sair da frente, com licença taxista – Comecei a apertar a buzina do carro.

— Pedro para com isso – Susana me repreendeu tapando os ouvidos, Naty fez a mesma coisa – Eles não vão sair.

— Não vão é? Você que pensa – Falei – Ainda bem que eu sempre ando com isso na carteira – Comentei mostrando um broxe de policial. As meninas arregalaram os olhos, perplexas.

— Pedro! Você é louco? Quer ir preso? – Susana me brigou

— Bem eu nunca fui preso, não será agora que vou ser, agora olhem para os lados, e me avisem se virem alguma viatura dos canas por aí, taxista meu amigo, buzine ao máximo – Pedi me inclinando na janela, levantei meu braço direito, mostrando o broxe – SAIAM DA FRENTE – Comecei a gritar – ABRAM ESPAÇO, AQUI É A POLÍCIA, SAIAM DA FRENTE.

— Pedro desce já daí quem é que acreditaria que você é um policial? E outra, o que um POLICIAL estaria fazendo em um TÁXI hein? – Naty disse

— Não sei bebê, mas que eles estão dando um jeito de sair da frente, ah estão sim, olha aí – Comentei, elas olharam totalmente desacreditadas.

            Finalmente, as 20:55 conseguimos chegar a tempo na casa da Lúcia, para piorar, estava uma fila enorme, tanta gente veio, meu Deus do céu.

— Quero ver o truque do policial dar certo agora – Disse Susana desanimada

— Infelizmente não dá minha cara irmã, só funciona em trânsitos – Falei insatisfeito pelo tamanho da fila – Não tem jeito, teremos que encarar a fila mesmo – Disse – Será que o Caspian já chegou? Espero que não, o desgraçado vai ter que nos levar junto com ele daqui, onde já se viu, Pedro Pevensie enfrentar fila para entrar no aniversário da sua própria chuquinha. – Comentei indignado, as meninas gargalharam de mim.

            Meia hora depois, ainda estávamos na fila, Susana já tinha mandado mensagem para a Lúcia avisando que já estávamos lá, e na fila, ela disse que não poderia ir nos buscar pois estava tirando fotos com os convidados que entravam no salão, o que queria dizer, “Não tem jeito, fiquem aí mesmo, esperem a vez de vocês”. De repente, eu vi duas cabeleiras entrando no salão, uma era preta e outra loira, sabia quem eram.

— CAAAAAAAAAAASPIIIIIIIIIIAAAAAAAAAN – Gritei, porém, eles já tinham entrado, droga passei vergonha atoa, as meninas tomaram um susto, colocaram a mão no rosto, fingindo que não me conheciam, mas olha.

— Pedro, eu juro, que assim que chegarmos em casa, eu te mato, para de gritar, nossa cota de mico por hoje já deu, não acha não? – Susana estava irada.

— Tá foi mal, é que eu vi o Caspian, mas ele já entrou – Me expliquei.

POV. Susana

            Finalmente chegou a nossa vez de entrar no salão de festa, assim que adentramos, o som ali dentro estava muito mais alto, subimos uma pequena rampa, com as paredes e teto, todo enfeitados, em panos de seda, na cor azul e branco, em cada canto da parede, tinha um pôster enorme com as fotos de Lúcia, nossa ela parecia uma princesa, cada foto maravilhosa, cada pose magnifica, cada look lindo. Quando chegamos no fim do pequeno corredor, nos deparamos com um cenário de foto, improvisado da melhor maneira, com pôsteres do buque de fotos dela, e lá estava ela, eu não acreditei no que vi, com toda certeza do mundo, ela era a mulher mais linda entre todas ali, a mulher mesmo, não era a menininha que estamos acostumados a ver, Lúcia estava usando um vestido longo branco, colado, até as coxas, marcando as curvas que eu nunca imaginei que ela tinha, com uma abertura no lado esquerdo, uns quatros dedos acima do joelho até os pés, com um decote no formato de coração, como alças do vestido, eram umas correntinhas douradas, que iam até o final da sua costa, na qual estava a amostra, pois o vestido era costa nua, seus cabelos que antes eu só via lisos, hoje estavam bem ondulados, sua maquiagem era bem marcante, seus saltos eram brancos, combinado com o vestido, assim como os brincos e gargantilha. Nos aproximamos dela, deslumbrados, boquiabertos na verdade, ela sim, arrasou no look.

— Meu Deus o que é isso? Lúcia é você mesmo? – Falei a abraçando, ela sorriu – Está muito linda – Elogiei.

— Muito obrigada, vocês estão perfeitos também – Falou.

— Não mais que você – Pedro falou admirado – Nossa senhora, você está muito fantástica - Lúcia sorriu, balançou a cabeça negativamente.

— Vem, vamos tirar umas fotos – Falou, pousamos para as fotos, primeiro foi todos, depois o trio inseparável, Eu, Naty e ela, depois ela e Pedro, logo em seguida, somente eu e ela, e assim por diante. Colocamos os presentes na enorme caixa de presentes, na qual já estava cheia.

— Por favor entrem, falta poucas pessoas entrarem, já, já eu vou lá com vocês, fiquem à vontade, ah a mesa de vocês, é a que tem uma plaquinha escrito Pevensie – Nos avisou

— Que moral – Disse Pedro, nós rimos e entramos no salão de festa.

            O cenário mais lindo, um enorme salão, por todo lugar tinha pôsteres de Lúcia, com poses maravilhosas e looks incríveis, nas paredes tinham mais panos de seda, branco e azul, as mesas e cadeiras eram de vidro, com os bancos confortáveis, jogos de luzes, fumaça, pista de dança, mesas cheias de comidas e bebidas, garçons para todo lado, oferecendo drinks e sobremesas, tinham duas estátuas de gelo. Sentamos na nossa mesa, como ela tinha dito, tinha uma plaquinha escrito Pevensie em cima de um bolinho azul.

— Nossa, que incrível – Falei admirada – É sempre assim Pedro?

— Uma festa melhor do que a outra, mas essa é a primeira vez que enfrento uma bela e enorme fila – Disse

— Querem beber alguma coisa? – Um dos garçons nos perguntou – Aqui temos suco, apontou para um, refrigerante, apontou para outro, e champanhe, mostrou a sua bandeja, na qual tinha várias taças.

— Champanhe – Pedro disse já pegando uma taça, peguei também uma taça de champanhe, assim como a Naty, agradecemos.

POV. Lúcia

            Depois de quase duas horas tirando fotos com os convidados, finalmente pude entrar para participar da minha festa, ainda bem que estavam todos que eu realmente queria presentes aqui, meu irmão chegou a tempo junto com aquela coisa loira, amigos em geral da escola, amigos de fora e ele, quando o vi, estremeci, ainda mais depois que tiramos fotos juntos, todas as fotos que tenho com ele, coloco no nosso álbum secreto, secreto por que ele não sabe que coleciono as nossas fotos. Sabia que já estava chegando a hora da valsa, o momento em que eu estaria em seus braços, mesmo que seja apenas dançando, mas cada momento perto dele significa tudo para mim, corei ao vê-lo me lançar um olhar admirador, sabia que ele estava surpreso pela maneira como estou hoje, e é justamente por ele que resolvi que iria ser diferente, queria mostrar para ele não sou mais uma menininha.

— Senhoras e Senhores, peço um momento da atenção de todos, para vislumbrarem a atração de começo da festa da nossa Lúcia, ela e seu acompanhante irão apresentar uma valsa – Falou o meu pai.

Todos fizeram silencio, meu coração acelerou mais, assim que vi ele levantando da cadeira, vindo na minha direção, respirei fundo, naquele momento eu não estava ligando para quem estivesse olhando, me concentrei apenas no olhar dele, e assim que ele chegou mais perto, estremeci, fiquei com medo de cair, por causa do salto, e então ele chegou sorrindo, me olhando penetrante, e eu só conseguia sorrir e corar, colocou a mão esquerda na costa, e com a direita fez um gesto pedindo a minha também, depositei minha mão esquerda na dele, com o pequeno toque, senti uma sensação de borboletas agitadas na minha barriga, ao mesmo tempo em que um frio me subia a espinha, ele me conduziu até a pista de dança principal, onde segundos depois começamos a valsa, ele colocou a sua mão esquerda na minha cintura, como minha costa estava amostra, senti o seu gracioso toque, estremeci mais e mais, ele me conduzia perfeitamente, a cada passo que dávamos sentia firmeza em seu toque, coisa que eu mais queria, nos encarávamos, com os rostos próximos, ah como eu queria poder beija-lo, demonstrar o sentimento que nunca demonstrei a ele, dizer as palavras que sempre ficam engatadas na minha garganta e no meu coração toda vez que o vejo. Se ele soubesse a dor que sinto quando o vejo conversando ou ficando com outras meninas, se ele soubesse que eu quero ser mais do que uma simples amiga, uma simples menininha, ah se ele soubesse o bem que me faz com simples gesto de mandar mensagem, o bem que me faz quando saímos, mesmo que não seja somente nós dois. Ele soltou minha cintura para poder me rodopiar, logo em seguida coloquei minha mão esquerda em seu ombro, deitei minha cabeça em seu peito, fechei os olhos, deixei ele me levar, não sei por quanto tempo estamos dançando, para mim pouco importa, só quero está nos braços dele, sentindo o seu aroma delicioso, senti ele aproximar o seu lábio próximo ao meu ouvido e sussurrar:

— Não esperava por essa mudança tão repentina, te digo com toda a certeza do mundo, Lúcia você é a mais bela entre as mulheres aqui – Me arrepiei toda, sorrindo por ter feito ele me notar, não como menina, mas como mulher. Ele me rodou de novo, logo em seguida coloquei meus braços ao redor do seu pescoço, e ele cruzou as mãos na minha cintura, nos encaramos, olhei profundamente em seus olhos azuis, quase me perdi neles, olhei rapidamente para seus lábios, minha vontade era de depositar um beijo, mas não podia. Segundos depois, terminamos a valsa, nos abraçamos, eu abracei ele com todo o amor que sinto.

— Me sinto honrado por ter me escolhido novamente Lúcia Clarke – Sussurrou

— Eu que agradeço por ter aceitado Pedro Pevensie– Sussurrei de volta, enquanto ouvíamos os aplausos das pessoas.

POV. Caspian

            O susto que levei ao ver minha irmã tão diferente, foi enorme, não parecia a minha pequena Lúcia, estava fantástica, realmente uma mulher e tanto, terei que dobrar os cuidados com ela.

— Eles dançam tão bem não é mesmo Cas? – Lilliandil disse

— Sim, dançam sim – Respondi, vendo ela e Pedro na pista. Minutos depois eles encerraram a valsa, aplaudimos. Lúcia pegou o microfone

— Primeiramente quero agradecer a presença de todos, estar comemorando meus 17 anos na presença dos amigos, é a melhor coisa que se tem no mundo, sou grata aos meus pais, por mais uma vez colaborarem com essa festa maravilhosa, grata ao meu irmão que estar por aqui, não sei onde, mas está me ouvindo – Sorri, graças a Deus cheguei a tempo – Bom, não sou muito boa em discursos, mas só tenho a agradecer, muito obrigada, a pista de dança estar liberada, dj solta o som, aproveitem a festa. – Gritaram e aplaudiram.

            Segundos depois os convidados invadiram a pista de dança, dançando vários ritmos de músicas, de repente, vejo vagamente uma mulher muito linda, na outra parte da pista, parecia ela, mas não pode ser, seria muita coincidência ela estar aqui, justo aqui. Não, tenho que ver de perto.

— Eu vou buscar uma bebida – Falei para Lilly, me retirando, indo na direção dela, mas parecia que cada vez que eu tentava me aproximar, mais longe ela ficava, tentei passar no meio daquelas pessoas, mas ficou difícil, não tinha como, pela pista não, eu teria que dar a volta mesmo, droga, mas esse salão é muito grande, aceitei o desafio, sempre olhando na direção que ela seguia, até que eu só conseguia enxergar o topo da sua cabeça, mesmo assim, não desisti, até que infelizmente, a perdi de vista, olhei para todos os lados e nada, droga, talvez nem fosse ela mesmo, parei em uma das mesas, e peguei uma taça de champanhe, ao me virar de frente, sinto um impacto dos corpos. Olhei para quem eu tinha batido dessa vez, e para meu deslumbre e surpresa, era ela, mas estava diferente, estava mais linda, com um vestido que marcava muito bem suas belas curvas. Não tinha palavras para descreve-la.

— Você – Dissemos em uníssono.

— Olha eu não faço isso de proposito – Ela disse envergonhada

— Não, está tudo bem – Falei ainda não acreditando que era ela mesmo

— Com licença – Já vi essa cena, era aquela que ela pedia para ir embora e sumia.

— Não, não, espera – Segurei em sua mão, assim que a toquei, pude sentir a maciez da sua pele, pela primeira vez, mais encantado do que eu, com certeza não existe, olha olhou para mim, com aqueles olhos azuis lindos, seu semblante delicado e ao mesmo tempo preocupado.

— O que houve? – Perguntou-me

— É que eu tenho algo para lhe devolver – Falei tirando a pulseira dela do bolso do paletó e mostrando-a, ela ficou muito surpresa – Tinha certeza de que isto era seu, e que deixou cair assim que tombamos um no outro naquele dia – Falei sorrindo.

— A minha pulseira – Disse surpresa – Sério que guardou a minha pulseira? – Perguntou ela sorrindo.

— Sim – Respondi também sorrindo com a mesma intensidade. Não sei ao certo que sentimento passava dentro de mim ao estar do lado dela, era algo novo, morno, sentia-me um bobo - Quer que eu coloque no seu braço? – Perguntei.

— Por favor – Disse meio sem jeito, reparei na coloração das maças do seu rosto. Assim que meus dedos foram de encontro a sua pele, senti uma onda de emoções, mesmo no frio que fazia ali dentro, ela estava quente. Assim que ela sentiu o meu toque, me encarou, retribui me sentindo o maior idiota do mundo, eu querendo ficar mais tempo com ela, e ela com certeza querendo ir embora.

— Obrigada – Agradeceu

— Er... quer beber alguma coisa? – Sugeri, quase implorando para que ela ficasse, ela sorriu para mim de forma tão meiga, quase me derreti com aquele sorriso.

— Claro – Peguei uma taça de champanhe para ela, enquanto bebíamos, trocávamos olhares, ainda não acredito que encontrei ela aqui na festa da Lúcia.

— Você é daqui mesmo? – Perguntei puxando assunto

— Nasci aqui, fiquei um tempinho morando aqui, mas a metade da minha vida, morei nos Estados Unidos. – Respondeu

— E voltou porquê? –

— Passei em um processo seletivo, estou fazendo faculdade aqui. – Falou

— Sério? Aonde? – Perguntei empolgado

— NIF – Minha surpresa foi tremenda, além de vê-la aqui, poderei vê-la praticamente todos os dias, minha noite não poderia ser melhor.

— Olha que bom, faço faculdade lá também – Afirmei sorrindo

— Jura? Em que turno?

— Da tarde – Respondi – E você?

— Bem, eu já estudo de manhã – Respondeu, mesmo sendo em turnos diferentes, sei muito bem onde encontrá-la.

— Qual o curso?

— Medicina e você?

— Engenharia – Respondi

— Ah que bom disse – Disse-me, bebemos mais um pouco, ao fundo ouvimos uma música lenta, para casais, tocando.

— Quer dançar? – Perguntei pedindo a sua mão.

— Sim – Sorriu e depositou a sua mão na minha

            Fomos para o meio da pista, segurei na sua cintura delicadamente, aproveitando cada momento, sei que parece loucura, mas não queria que aquele momento acabasse, tê-la em meus braços dançando, foi a melhor coisa que me aconteceu nessa noite. Dançamos e dançamos, logo em seguida ela cruzou os seus braços ao redor do meu pescoço, parece estranho, mas não a vejo como uma desconhecida, me sinto confortável perto dela. É inexplicável a sensação ao toca-la, assim que ela deitou sua cabeça no meu peito, meu coração disparou, tenho certeza que ela pode ouvir as grandes batidas dele. Mas tudo que é bom, dura pouco, a música acabou, colocaram outra música, uma mais agitada, resolvemos sair de lá.

— Você dança muito bem – Disse-me

— Não tão bem quanto você – Falei admirado

            Depois de tantas conversas, bebidas e risadas, ela me olhou curiosamente e fez a pergunta na qual mudaria tudo naquela noite.

— Você é o.…? – Queria saber o meu nome, vagamente me lembrei de todas as decepções que tive no decorrer da minha vida, todas as mágoas, as mentiras, por causa do meu nome e condição financeira, dias depois saberia da maior burrada que fiz na vida.

— Thomas, Thomas Price – Quando dei por mim, já tinha falado – E você é a....?

— Susana, Susana Pevensie - Arregalei os olhos, não posso acreditar no que acabei de escutar, sem ao menos perceber, pronunciei seu nome em um sussurro mais para mim do que para ela.

— Pevensie? – Meu mundo acabou de desabar, não acredito que esse mundo seja tão pequeno, a garota na qual acabei de mentir o meu nome, é a irmã do meu melhor amigo, como desfazer essa mentira?

— Sim, porque? – Perguntou

— Ah... nada não, é diferente – Sorri totalmente sem graça.

— Então de onde conhece a Lúcia? Ou está aqui de penetra? – Brincou, uma mentira sempre gera outra em seguida.

— Infelizmente estou de penetra, vim com um amigo – Menti

— Ah sim – Ela sorriu, estava me sentindo o pior cara do mundo, estava sendo falso com a pessoa que foi verdadeira comigo. Susana pegou o seu celular e digitou uma mensagem para alguém.

— Tenho que ir agora Thomas, estão atrás de mim – Disse suspirando

— Tudo bem, me dá o seu número, assim conversamos melhor – Eu disse pegando o meu celular. Ela me disse o seu número, me abraçou carinhosamente e foi embora. É muito bom saber que ela confiou em mim, ruim é saber que eu menti para ela. Depois daquela noite, minha vida daria uma reviravolta drástica, mal eu sabia o que me esperava, e as consequências da minha mentira, mal saberia que iria me apaixonar. Um sentimento forte demais.  


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Notas finais do capítulo

EEEEEEEAAAAAAAAAAAIIIIIIII? O que acharam? E agora? Pedro e Naty, ou Pedro e Lúcia? O.o Cas porque mentiu pra Su? Poxa.... Essa festa marcou com certeza....
Não esqueçam de comentar por favor, eu sei que as vezes é cansativo, mas eu amo quando as leitoras comentam...
Enfim, até a próxima
Um forte abraço ♥



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