Secret of Wind escrita por Jooy Jones


Capítulo 3
Colégio da Reserva


Notas iniciais do capítulo

Heey pessoal!
Aí está mais um capítulo de Secret of Wind.
Espero que gostem! ;)



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CAPÍTULO II

O dia de hoje realmente estava sendo bom. Olhei orgulhosa para o trabalho que tinha feito na casa. Passara o dia limpando, desfazendo as malas e organizando tudo para que aquele lugar se tornasse habitável. Os móveis estavam lustrados e mudados de lugar. Alguns poucos objetos de decoração que havia trazido foram devidamente espalhados pela casa, tornando tudo mais aconchegante. Aos poucos minha nova vida estava tomando forma. Era óbvio que ainda era necessário fazer mais algumas mudanças para deixar o lugar como eu queria, mas já estava muito bom para o começo.

Agora eu só precisava ir ao colégio da reserva e fazer minha matrícula. O ano letivo havia começado há uns dois dias, o que significava que eu teria que passar por todo aquele momento constrangedor de ser apresentada para todos da turma. E se eu tivesse sorte, com as recomendações que tinha adquirido, ainda conseguiria uma bolsa como monitora de Biologia.

Tomei banho e olhei pensativa para meu guarda roupa. Eu queria causar uma boa impressão. Tudo bem que não seria o meu primeiro dia, mas eu iria ao colégio e seria vista. Não queria ir mal vestida, meu rosto cansado já seria o suficiente para estragar o visual. Optei por uma calça jeans, uma blusa de manga fina comprida e um cardigan preto que ia pouco abaixo do meu quadril. Simples e bem vestida.

Entrei no Jeep roubado de Emmett e parti rumo à única escola da reserva. Não ficava muito longe de onde morava. Na verdade, tudo em La Push era muito próximo.

De repente, senti que não estava mais sozinha. O meu instinto insistia em martelar na minha cabeça a mensagem "perigo". Talvez eu estivesse sendo paranoica devido aos anos lidando com isto. Infelizmente os pelos eriçados em minha nuca não concordavam comigo.

Estacionei minutos depois no colégio da reserva, olhando para todos os lados antes de descer. Estava movimentado. Seja lá qual fosse o tal "perigo" ele havia desistido, ou apenas deixado para mais tarde. Ou eu estava ficando louca.

Atravessei os portões e os calafrios de antes sumiram rapidamente, dando lugar a uma súbita ansiedade e animação. O colégio da reserva era como outro qualquer. Poucas pessoas conversavam do lado de fora, provavelmente estavam matando aula, já que quando entrei não havia alunos pelos corredores.

Entrei na secretaria esboçando um sorriso amigável para uma secretária que claramente estava de péssimo humor naquele dia. Ou sempre...

– O que você quer?

– Meu nome é Aria Campbell, e quero me matricular.

– As aulas já começaram – falou com desdém.

– Eu sei. Mas começaram somente há dois dias e...

– Trouxe os documentos necessários? – perguntou interrompendo-me. Ok. Retiro o que disse sobre todas as pessoas simpáticas de La Push. Pelo visto nem todas eram assim.

– Claro – disse, desfazendo-me do sorriso e entregando os documentos previamente preparados. Eu já havia perdido as contas de quantas vezes já tivera que passar por aquilo.

– Aqui diz que quer se candidatar à monitoria. Deve falar com o professor responsável.

– Mas...

– Quanto aos outros documentos, está tudo certo. Providenciarei tudo. Deve pegar seus livros na biblioteca juntamente com seu horário e a chave do seu armário. Pode começar amanhã.

– Na verdade...

– É só isso querida. Pode ir – falou, despachando-me dali. Que velha rabugenta! Era assim que eles tratavam os alunos novos? Eu estava completamente perdida. Devia falar com o professor responsável para me candidatar à vaga de monitora. Mas quem ele era? Aquela bruaca não tinha ajudado muito.

A biblioteca foi o menor dos meus problemas. Foi até muito fácil de achar. Uma senhorinha muito gentil, em contraste com a rabugenta da secretária, entregou-me os livros e indicou-me o meu armário.

Então, o sinal tocou, para meu total desespero. Uma avalanche de estudantes saía das salas ao mesmo tempo. Como uma escola tão pequena tinha tanta gente? Provavelmente por ser a única da região. Se eu estava perdida antes, agora eu me sentia uma formiga no meio de uma manada de elefantes. Olhei para os lados a procura dos armários. Os dez livros estavam começando a pesar em meus braços. E agora? Pedir informação talvez? Olhei ao redor e senti olhos negros cravados em mim, o que me fez sentir um arrepio. Não um arrepio prazeroso, mas sim, o mesmo arrepio sinistro de antes.

O moreno alto, dono dos penetrantes olhos negros, caminhou em minha direção e trombou contra mim, fazendo-me derrubar todos os livros que estava carregando.

– VOCÊ NASCEU IDIOTA ASSIM OU TREINOU PRA ISSO?! – gritei irritada. Se aquele troglodita achava que podia me intimidar, pois bem, ele estava muito enganado.

Ele olhou para mim novamente e retomou seu caminho, ignorando-me.

– Desculpe por isso. Ele só está um pouco irritado – disse um menino igualmente moreno, de cabelos curtos negros e olhos da mesma cor. Possuía uma tatuagem esquisita em seu ombro direito, mas esboçava um sorriso gentil. Ele me lembrava um pequeno gatinho indefeso que me fazia ter vontade de apertá-lo para sempre. – Você é nova aqui? – falou abaixando-se e recolhendo os livros que o amigo brutamonte dele tinha derrubado.

– Começarei amanhã.

– Entendo. Meu nome é Seth. Precisa de ajuda para achar os armários?

– Seria ótimo. A secretária não ajudou muito – Fiz uma careta.

– Não a entenda mal. Acho que ela só não é muito feliz em seu emprego. – Sorriu brincalhão. Sério. Se ele continuasse agindo assim eu não conseguiria me segurar. Definitivamente eu apertaria aquelas bochechas. Eu tinha uma queda, ou melhor, um tombo por coisas fofas. E Seth era exatamente assim. Ele puxou os livros de meus braços e carregou-os como se fossem nada.

– Qual é o número?

– Hã? – perguntei abobalhada. Seth obviamente era alguns anos mais novo do que eu. Mas não deixava de ser bonito.

– O número do seu armário.

– Ah claro! Vinte e dois.

– É este aqui – disse antes de parar em frente aos diversos armários azuis.

– Obrigada, Seth.

– De nada.

– Er... Pode me dizer quem é o professor de biologia de vocês?

– São três professores no total. Um para cada ano. Em que ano está?

– Segundo.

– Sr. Jones. Teve sorte. Ele parece ser legal.

– Em que ano está, Seth?

– Primeiro, mas... – disse antes de ser interrompido por um grupo de garotos igualmente altos e morenos. Não sei quem eles eram, mas definitivamente tinham uma boa genética. Olhavam repreensivamente de mim para Seth. E devo admitir que isso me incomodou. E obviamente eu não era a única afetada, já que Seth pareceu bem mais tenso. Despediu-se de mim rapidamente, deixando-me um tanto curiosa. Estranho. Muito estranho.

Saí pelo colégio à procura do Sr. Jones. Seria maravilhoso se já pudesse começar com uma bolsa. Se não fosse a monitoria, teria que arranjar outro meio de me sustentar. Tinha algumas economias guardadas, o que me manteria por um bom tempo. Mas imprevistos aconteciam. Melhor prevenir do que remediar.

Encontrei a sala dos docentes facilmente. Bati na porta e um senhor baixinho e careca me atendeu.

– Em que posso ajudá-la? – perguntou erguendo uma de suas grossas sobrancelhas.

– Me chamo Aria e estou procurando o Sr. Jones. Ele está? – O homem entrou na sala sem dizer nada. Poucos minutos depois, um senhor alto e elegante parou em frente à porta.

– Sou o Sr. Jones – disse, estendendo-me a mão. Ele tinha lindos olhos azuis por trás dos óculos.

– Sou Aria Campbell. O Sr. é o professor de biologia responsável pelo segundo ano?

– Sim. Em que posso ajudar?

– Queria saber se existem vagas para a monitoria de biologia. Gostaria de me candidatar.

– Mas é claro! É muito bom ver alunos novos e empenhados.

– Tenho referências...

– Não será necessário. A vaga para a monitoria está aberta há um longo tempo. E ninguém até agora quis preenchê-la. – Devo admitir que fiquei um tanto ansiosa ao ouvir aquilo. Se ninguém queria assumir o cargo, significava que tinha algo de ruim nele, não é? Meu Deus! Eu preciso parar de ser tão paranoica.

– Obrigada, Sr. Jones.

– Vejo você amanhã, certo? Primeira aula.

Confirmei com a cabeça e me despedi. Ótimo. Já iria começar sendo apresentada como a aluna nova e ainda por cima a monitora. É claro que estava feliz de ter conseguido a vaga tão facilmente, mas ainda assim, seria constrangedor.

Caminhei tranquilamente para o Jeep prata quando um grito ecoou pelo estacionamento.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram?
Quem será o cara misterioso que esbarrou com Aria? E esse grito no final? Acho que vocês já perceberam que eu tenho uma queda pelo Seth.*-*
Enfim, contem-me o que acharam!
Beijooos JJ!

Obs: O próximo capítulo será postado no sábado.



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