This is A War escrita por kebecaRogers


Capítulo 14
Capitulo 14 - a Morte do Sonho


Notas iniciais do capítulo

e quem leu os quadrinhos, sabe sobre o que é esse cap
caixa de lenços para vocês.
até lá embaixo.



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Capitulo 14 — A morte do sonho

— EI, Steve.

Scrich, scrich.

— Steve! Você aí?

— Estou, Raheem. Estou aqui.

— Que que cê tá fazendo? escutando alguma coisa raspando do outro lado da parede.

— Desculpe se incomodei você, Raheem. Só estava desenhando.

— Desenhando! Na parede?

— Isso mesmo.

— Você é artista?

— Já fui um artista comercial, por um tempo. Fiz muitas coisas.

— Hã.

— Vou tentar fazer menos barulho.

— Não precisa se incomodar, mermão. Qualquer coisa é melhor do que ficar entediado o tempo todo.

— Sabe, Raheem, gosto de ter tempo para pensar.

— Você é esquisitão mesmo, Steve. É só pedir pra transferirem você pro corredor da morte, aí terá muito tempo.

Scrich, scrich, scrich.

— Parece giz. Como conseguiu giz aqui?

— Um guarda conseguiu pra mim.

— Trocou por alguma coisa?

— Ele me devia um favor. Coisa antiga.

— Um favorzinho. Parece que você está em algum esquema.

Scrich, scrich.

— Eu só precisava de três cores.

— Você não bem, Steve. Há quanto tempo aqui?

— Trinta dias.

— Tem certeza? Parece muito mais.

Steve Rogers deu um passo para trás, segurando o giz vermelho na mão. A cela era simples: cama, banco, vaso sanitário de metal. Mas a parede à sua frente estava coberta por um meticuloso desenho da bandeira americana. Esticou a mão e acrescentou os toques finais à última listra vermelha.

A décima terceira listra.

Steve franziu a testa, depois voltou sua atenção para a bandeira desenhada à mão. A parte superior esquerda era um bloco azul. Guardou o giz vermelho e pegou o branco, brincando com ele entre os dedos.

No dia seguinte, começaria as estrelas.

**

A armadura do Homem de Ferro estava pendurada no ar, como um espantalho, sustentada por minúsculos anuladores de gravidade. Tony Stark analisou a placa do peitoral, depois franziu a testa para a articulação do ombro direito.

— Teste de controlador – disse ele.

Ambos os braços levantaram instantaneamente, em perfeita formação.

Tony sorriu. No capacete, viu o próprio reflexo. O novo terno Armani tinha um caimento perfeito. As cicatrizes da luta com o Capitão já tinham quase desaparecido, com a ajuda de algumas pequenas, mas caras, cirurgias plásticas. Passou um dedo pelo lábio superior; ainda um pouco inchado, mas o cavanhaque cobria.

— Então. Diretor da S.H.I.E.L.D.?

Ele se virou, olhando para baixo para as passarelas que se cruzavam formando um ponto central no interior do aero porta -aviões. Miriam Sharpe, a mulher que perdera o filho em Stamford, caminhou cuidadosamente até ele, olhando em volta para os técnicos e operários ocupados nas estações de trabalho logo abaixo. Maria Hill a seguia, de cabeça baixa.

Tony sorriu, estendeu a mão para a Sra. Sharpe.

— Por que não? Faz todo o sentido. Tenho contatos tanto no governo como na comunidade super -humana, e agora que Nick Fury não está mais aqui… – Tony levantou o olhar, e se virou para Hill. – Poderia trazer dois cafés, por favor, Diretora em Exercício? Creme e muito açúcar?

Hill lançou -lhe um olhar capaz de derrubar aviões. Virou e se afastou com passos pesados.

— Tenho algo para você – Tony remexeu no bolso no paletó, tirou um pequeno boneco do Homem de Ferro. – O brinquedo do seu filho.

Sharpe franziu a testa.

— Eu dei ele para você.

— E me ajudou mais do que você pode imaginar. Mas não preciso mais.

Com um sorriso tímido, ela pegou o brinquedo. Agarrou -se a ele, como a uma velha lembrança.

— Com licença, Diretor?

Três agentes da S.H.I.E.L.D. vieram em sua direção, carregando uma enorme placa de metal e uma lata de selante.

— Estamos apenas consertando os últimos danos causados pelo… você sabe. Pequeno ataque de raiva do Capitão América – o agente assentiu ao passar pela armadura de Tony que pairava no ar, próxima à parede. Um remendo sem cor chamava a atenção como se fosse uma ferida.

Tony estalou os dedos, e a armadura veio pras suas mãos. Ele a dobrou rapidamente dentro da maleta.

— Vamos deixar os homens trabalharem.

Ele tomou Sharpe pelo braço e a acompanhou, descendo o pequeno lance de escadas.

— Você ganhou a guerra – parabenizou ela.

— Verdade, e agora temos que conquistar a paz. Quero que todo mundo compreenda, que todos se animem com essa nova forma de trabalhar.

A porta de um elevador se abriu. Ele a conduziu para dentro e apertou um botão. O elevador desceu, tão rápido que Tony sentiu seu estômago revirar.

— Você ficou sabendo que o estado do Colorado solicitou que os Thunderbolts fossem sua equipe oficial?

Ela sorriu.

— Fiquei sabendo que você teve de demitir uns malucos.

— Ainda assim, é um enorme passo. Dar aos criminosos uma segunda chance… é algo que sempre tentei fazer.

A porta do elevador se abriu. Um corredor estreito levava a uma série de janelas, brilhando com o sol do meio-dia.

— Você sabe por que chamamos a prisão de Número 42? – perguntou ele.

— Não.

— Porque foi a ideia número 42 entre cem que Reed e eu anotamos, na noite em que seu filho morreu. Cem ideias para um mundo mais seguro, e nós não estamos nem no número cinquenta ainda. Não é excitante?

No final do corredor, uma sala se abria para uma bolha de observação multifacetada, com chão curvado e transparente. Eles estavam embaixo do aero porta-aviões; a luz do sol entrava, o vidro a refletia em todas as direções.

— Fazer uma limpeza na S.H.I.E.L.D. – continuou Tony – é a ideia 43. Acredite em mim, a comunidade de super -heróis acabou de encontrar o melhor amigo que poderia ter. Você acha que eu deixaria qualquer outra pessoa guardar os segredos dos meus amigos?

Sharpe virou -se. Olhou para o boneco do Homem de Ferro em sua mão.

— Você é um bom homem, Tony Stark – uma lágrima escorreu do olho dela. – Você arriscou tudo para dar às pessoas heróis em que elas pudessem novamente confiar.

Ele sorriu, sentindo uma onda de orgulho.

— Eu não poderia fazer nada diferente.

— Acredito em você. Este é o começo de algo maravilhoso.

Tony debruçou -se na grade, olhou através do vidro a cidade de Nova York logo abaixo. Estabelecida ali como um reino mágico, madura e promissora. A luz do sol cintilava, clara e brilhante, em seus orgulhosos arranha–céus.

Não havia nenhuma nuvem.

— O melhor ainda está por vir, querida – quando ele levantou o olhar, havia aço em seus olhos. – Isso é uma promessa.

**

Fazia um mês, um longo mês que Steve se entregara. Alison e Bucky tinham conseguido um jato da SHIELD e haviam ido para Londres, onde começariam uma vida. Ela estava registrada como prima dele, Rebecca Barnes, para que pudesse viver em paz.

Assim que foram para lá, Bucky insistiu em matriculá-la em uma escola, já que os vizinhos, muito abelhudos, estranhariam uma adolescentes em seus treze anos que não ia para a escola, sendo que Bucky trabalhava na parte da manhã. Ela protestou, e dramatizou que havia terminado a escola graças as aulas que Tony e Steve, e de vez em quando, Natasha, Clint, Hill e Fury davam para ela.

— Alison! Vamos nos atrasar — ele gritou, logo a morena desceu as escadas pulando de três em três degraus, escorregou no ultimo e se não fosse por Bucky tê-la segurado pela cintura, ela quebraria alguns dentes.

— valeu — ela deu um beijo na bochecha dele.

— que evento é esse? — ele perguntou.

— a escola está com telões para transmitir o julgamento do papai... — ela disse.

— então vamos.

— mas não vai ter aula, e você não tem trabalho hoje — ela apontou para o jornal, cuja matéria principal exibia: todos os trabalhos param hoje, o dia do julgamento.

— certo, anjo. Mas só porque é o julgamento.  — ele disse. — e porque Fury está vivão da silva e ele e Sharon vão cobrir a retaguarda do Steve — disse e ligou a televisão, Aly se jogou sobre ele e os dois deitaram a cabeça na almofada laranja e se ajeitaram para ver as notícias, enquanto Bucky mantinha seu nariz perto da nuca de Aly.

**

Pensamento Sharon Carter, Agente 13

Todos conhecem a história de Steve Rogers, o garoto magrelo que cresceu nas ruas de nova Iorque durante a depressão... vendo o melhor e o pior que a America tinha a oferecer. Em como ele viu os nazistas marchando pela Europa... e tentou ingressar nas forças armadas. E como um general viu a coragem por trás de sua constituição física inapta para as forças armadas, e o alistou em outra espécie de serviço.

Ele deveria ser o primeiro de um exército...

Um exército de super-soldados...

Porém tudo deu errado.

O projeto renascimento terminou em sangue e fogo, e deixou um homem para ficar no lugar de todos os outros que poderiam ter existido. Um homem para carregar todo o peso. Ele fez isto parecer fácil, embora nunca tenha sido. E ele nunca parou de lutar por aquilo em que acreditava... ou por aquilo que acreditava que seu país deveria ser...

Fim de pensamento.

 

—... se você ligou a tv neste momento, você escutou corretamente. Steve Rogers—o capitão américa—se rendeu às autoridades. O violento conflito pelo Acordo de Sokovia terminou. Após a batalha mais improvável que qualquer nova-iorquino já viu... o capitão américa arrancou sua máscara e desistiu da resistência. No entanto, se a prisão de Rogers trará paz ou reestabelecimento à comunidade de super-herois ou à esta nação, é uma questão que somente o tempo poderá responder. Agora vamos ao vivo, ao palácio da justiça, em Manhattan, com a correspondente Julie Traylor.

— obrigada Viki. Estou aguardando no palácio da justiça onde, a qualquer momento, Steve Rogers chegará. Em uma incomum reviravolta, o governo decidiu processar Rogers aqui em Nova Iorque, ao invés de perante uma corte militar... fontes internas da administração do estado querem que, devido ao significado do capitão américa para o país, haja transparência absoluta. A audiência será transmitida ao vivo por todos os canais....

 

Um pouco escondida das câmeras, Sharon Carter observava o número da multidão aumentar razoavelmente a cada segundo.

— Nick, isso vai ser um pesadelo — ela disse ao apertar no transceptor em seu ouvido.

apenas se mantenha em posição, Sharon, é um plano arriscado mas vai funcionar.

Nick Fury respondeu.

— melhor dar certo. Eu não vou ver esse homem colocado atrás das grades... não ele... — disse mais para si própria do que para Nick.

Pensamento Sharon Carter, Agente 13.

 

Quantos anos eu tinha quando o vi pela primeira vez naqueles velhos cines jornais? As vezes eu tenho a impressão que o assisti durante toda a minha vida. Minha tia Peggy havia trabalhado com ele durante a guerra. E brevemente... eles se apaixonaram... da única forma que você consegue quando há bombas caindo ao redor... com selvagem desespero. Mas eu não entendia tudo aquilo, quando criança, apenas sabia que ela gostava de assistir cenas sobre a guerra no cine jornal... embora a fizesse chorar.

Não até que anos mais tarde, quando eu era uma jovem agente da SHIELD em serviço... e me vi de cara-a-cara com o homem que ela havia perdido. Assistindo-o em movimento. Vendo-o em ação... foi uma revelação. Eu entendi então o que Peggy havia visto todos aqueles anos antes, por que ela encantou-se por ele. Porque ainda que ele fosse um soldado, você podia quase sentir a bondade por trás daqueles olhos endurecidos pela guerra. Ele havia lutado nos piores dias do século XX, e ainda assim, era o homem mais decente que você poderia encontrar. E, como Peggy,  eu me apaixonei quase que imediatamente... embora eu soubesse que nossas carreiras nos levariam eventualmente a caminhos distintos. Embora eu soubesse da dor e das lagrimas por vir... sempre valia o risco.

Fim do pensamento.

 

Um agente estava um pouco mais longe.

— agente 13? Certo, eu a vejo.

beleza, guri. Só mantenha sua cabeça baixa. Isso pode ficar complicado, e você será o apoio terrestre dela.

— sem problemas, Fury, só me diz quando... inferno.

 o que é? —

eles estão aqui.

**

— eles vão exibir Steve como se ele fosse um delinquente qualquer, como se esquecessem tudo o que ele fez por eles — Bucky disse, abraçando Aly.

Pensamento Bucky Barnes, o soldado invernal.

Como eles poderiam esquecer? Antes eu o ajudava quando tinha algum imbecil dando porrada nele, eu o protegia. Então ele virou o capitão, virou uma lenda. E mesmo assim, ainda éramos irmãos. Era como se ele fosse sagrado, o irmaozão que-não-faz-nada-errado. O cara que você não consegue ajudar, apenas observar. Pois você apenas sabe que nunca terá aquela benevolência... aquela dignidade sob pressão... ou aquela força em face ao horror. Mas todos se esqueceram disso... tudo com o que eles se preocupam é com seus medos e em ter alguém para crucificar e satisfazer o público.

Fim de pensamento.

 

— capitão! Por que você desistiu? — alguém perguntou em meio a multidão.

— você renunciou em ser o capitão américa? — outra pessoa perguntou.

— Tony Stark estava certo?

— você está apoiando o registro, agora?

— ele não tem comentários — o segurança disse — para trás!

— desde quando o capitão américa se rende? PERDEDOR! — e um tomate acertou a bochecha de Steve.

— EI! Seu filho da... — Steve abriu os olhos, percebeu um ponto vermelho na jaqueta do policial.

— não... — sussurrou. Olhou para trás, um prédio com um janela aberta, a luz do sol reluziu fazendo um pequeno brilho oscilar por um segundo — vai pro inferno... — disse. Os policiais não notaram. — PRESTEM ATENÇÃO! — Steve gritou.

— o que... — o segurança não pode terminar a arma disparou e a bala atravessou um pouco abaixo do pescoço de Steve — ATIRADOR! — o segurança gritou enquanto a multidão corria. Sharon corria até Steve.

— Steve... Steve — então, três disparos foram feitos na barriga de Steve.

— Rogers caiu! Onde está o caralho do atirador? — o segurança gritou?

— Steve! Nãaoo! — Sharon chegou perto dele.

Ela se abaixou e pegou a mão dele.

— alguem... ajudem-me! Alguem me ajude! — gritou.

Sharon... — a voz de Steve não passava de um sussurro —  a multidão... ponha-os em... segurança...

— não se preocupe com eles Steve. — lagrimas já molhavam seu rosto.

... chega de... inocentes... feridos...

— oh Deus, Steve... — então ele desmaiou. — ALGUEM ME AJUDA! DROGA! — ela gritou. A ambulância chegou.

— senhora, vou pedir que se...

— tenho permissão da SHIELD prioridade nível um oficial. Então afaste-se se você sabe o que é bom para você — ela disse. Uma paramédica ajeitou o corpo e colocaram de Steve dentro da ambulância.

— estamos quase lá, querido, só aguenta firme. — ele virou a cabeça, olhou para a paramédica por alguns segundos enquanto ela e o outro paramédico olhavam de um monitor a outro.

... você tira meu folego... — ele disse olhando para a paramédica, e pensava em Tony... Deus... ele iria sentir falta dele depois dessa surra?  Sharon não percebeu e começou a chorar mais ainda. Então, a paramédica deu três piscadelas. Steve deu um mínimo sorriso de canto.

— nós temos que chegar agora! Droga! Estamos perdendo-o! — o paramédico gritou.

— não! — Sharon disse. — Steve... fique aqui... fique comigo...

A ambulância diminui a velocidade para entrar no estacionamento.

... cobertura continua por toda a noite, conforme mais informações são obtidas, porém, nesse momento, fontes confirmaram que há alguns minutos atrás o capitão américa foi declarado morto ao chegar do hospital da misericórdia. Nós estamos aguardando uma declaração do comissário de polícia sobre o tiroteio na escadaria do palácio da justiça... mas sabemos que um suspeito foi levado sob custodia... haviam dez câmeras para registrar o já infame momento em que os tiros foram dados e um herói tombou... aos pais, um veemente aviso. Está filmagem é impropria para crianças. —

**

Alison estava na cama, olhando para o teto. Nunca sentira uma dor e tristeza tão grande e em proporções inimagináveis quanto a de perder o pai. Ela não parara de chorar desde o tiroteio.  Por deus, ela sabia que Steve já havia sido cravada de bala, lutado contra robôs, e até levado uma surra do Tony. E morreu por três balas no estomago e uma no pescoço? Serio? Tinha algo errado, ela sabia muito bem disso. Ela sentia em suas entranhas...

**

— rapazes... — a voz de Tony soou metálica e fria.

— senhor.

— ele está aqui?

— sim senhor.

— algum problema?

— não senhor

— acho que isso é bom.

— sim senhor.

Ele passou pelos guardas, a porta se fechou atrás dele.

— armadura sesta drama conci. Corte o sistema de informação global.

sistema de informação global aguardando.

 

— ai está você — Tony disse depois de retirar todo o capacete. — você consegue perceber isso lá fora? — perguntou — aquelas crianças? Elas irão bater continência e seguir ordens, mas você consegue perceber isso? Elas são as crianças do Nick Fury. Elas não gostam que eu esteja aqui e elas não me querem aqui. Elas querem o paizão delas de volta, isso é tudo. Acho que elas terão que aprender a me amar... você aprendeu — ele disse com um sorriso triste nos lábios — eh. Foi minha culpa. Eu fiz um discurso horrível para o pessoal do comando. Eu estava tentando provar algo e fa... falei sobre o rei Pyrrhus de epirus. — disse — você sabe quem ele é, certo? — perguntou. — você provavelmente sabe quem é ele. Ele derrotou os romanos durante a guerra pirrica em heraclea e os derrotou novamente naquele lugar chamado ascullum.  E aquela guerra durou muito tempo, e as casualidades foram devastadoras... corpos de ambos os lados caídos por todo os lados. Os amigos dele estavam mortos, seus comandantes estavam mortos. Aqueles que continuaram vivos começaram a comemorar a vitória mas... o rei Pyrrhus se ergueu e disse “mais uma vitória desse tipo acabaria totalmente comigo”. Isso significa que, bem, você sabe o que significa — ele disse. — significa que há vitorias, e há vitorias e as vezes vitorias não se parecem com vitorias.  Se parecem mais com derrotas. Ou nós também podemos perder, se isso é o que vale. — continuou, balançou a cabeça, e apertou os olhos — eu disse isso ao meu novo comando, pois queria que eles soubessem como eu me sinto. E eles olharam pra mim como se eu tivesse jogado fora o pirulito deles. Eu estava tentando dizer... eu queria que eles soubessem a realidade disso. Eu sabia como todos estavam se sentindo. Mas tudo soou como se eu estivesse criticando o esforço deles. Há um modo de falar com soldados, para anima-los e eu... eu não tenho isso. Não tenho.... — disse, abaixou o olhar para o chão — certo, olha, não foi por isso que eu vim aqui falar com você... eu vim aqui te dizer  por que tudo isso aconteceu. Você me perguntou, e eu vim dizer. Foi por causa do rei Arthur. — disse. E parou.

Bebeu um gole de agua e voltou a falar.

— a alguns anos atrás o doutor destino e eu tivemos um certo encontro hostil, que terminou com nós dois ( isso só poderia acontecer conosco) sendo transportados de volta no tempo. Na época da Inglaterra do rei Arthur.

Eu encontrei o rei Arthur.

 — eu... que baseei todo o tema do homem de ferro em um arquétipo que ele aperfeiçoou.

Eu encontrei o Rei Arthur!!

­— todos nós encontramos pessoas que admiramos e as vezes encontra-las é um grande desapontamento. Mas não dessa vez. Eu encontrei o maior líder dos homens. Mas eu me mantive calmo e ele também, quero dizer, para ele, me encontrar não era tão excitante. Mas ele estava claramente assustado comigo e com o que ele provavelmente achou que fosse a minha armadura ‘demoníaca’. E enquanto eu estava me relacionando com o Arthur, o doutor destino estava em outro lugar, com Morgana Le Fey dos malignos Le Feys, e eles começaram uma guerra zumbi. — riu rapidamente — é claro, certo? É o destino. Por que perder essa oportunidade milagrosa de conseguir algum conhecimento único em uma expedição num tempo perdido... se você pode começar uma guerra de zumbis? Mas realmente, sendo totalmente egoísta, eu agradeço a ele. Pois a única coisa melhor que encontrar o Rei Arthur, era lutar ao lado dele. E lá estávamos nós, na lama, na sujeira, com o fedor da morte e o som da vitória e... e foi isso que eu vi. O que eu vi foi claro como o dia, eu nos vi... em guerra. — a sua expressão suavizou — isso nunca tinha me ocorrido até aquele grande momento. Mas naquele momento eu sabia que iriamos entrar em guerra; somos guerreiros com armas e ideais e coisas que defendemos... que morreríamos defendendo. É isso o que somos, é nossa característica. Nós lutamos. Os Vingadores vingam, os X-men defendem, o quarteto fantástico explora. Mas todos nós lutamos. Inicialmente eu pensaria que estaríamos lutando uma guerra contra o mal. Mas essa é apenas a atitude de mais-santo-que-tu. Somos sempre os mocinhos e nós sempre lutamos contra os vilões. Mas numa guerra, não há mocinhos e não há vilões, há forças opostas.  Uma guerra estava vindo, e eu nos vi nos enfrentando. — parou um pouco e respirou fundo — eu vi a guerra, e eu sabia que ia acontecer. Eu te falei... isso é o que eu faço... sou um inventor, posso antever o futuro. Posso ver como o mundo parecerá, e eu posso ver o que o mundo precisará para torna-lo um lugar melhor para se viver.  Eu vejo o que precisaremos e eu invento algo que nos ajudará — ele já podia sentir as lagrimas em seus olhos, respirou fundo, não queria chorar — foi assim que eu inventei a minha armadura, foi assim que os Vingadores nasceram. Foi assim que todas as ideias que eu já tive surgiram. Eu invento uma solução. Eu sabia que haveria uma guerra de heróis. Eu sabia... e qual foi a solução para isso? — ele cerrou os punhos e olhou para cima, a voz já estava embargada, a voz saia sofrida — quando chegou eu percebi. Eu sabia o que significava. Sabia que seria aprovada. Eu sabia meus sentimentos... eu sabia os seus... eu sabia que era isso...  — parou, fechou os olhos para impedir as lagrimas, mas elas escorreram por sua bochecha — a boa noticia é que... todo esse tempo... eu não bebi nada! E se eu não bebi durante isso, então provavelmente nunca mais vou. Então é isso... — outras lagrimas caiam. — para fazer o que era preciso pra vencer isso rapidamente... eu sabia que isso provavelmente iria significar  que nós dois nunca mais iriamos nos falar. Ou sermos amigos novamente, ou parceiros outra vez... quem sabe amantes novamente? — disse mais baixo — mas isso jamais iria acontecer, eu falei pra mim mesmo que estava bem com isso, pois eu sabia que era o certo e eu... eu sabia que estava salvando vidas. E eu estava! Era a coisa certa a se fazer... e.. e.. e...  eu estava desejando me unir a pessoas que desprezávamos para fazer isso... eu sabia que o mundo apoia os rebeldes e eu seria o bandido. Eu sabia disso e falei que estava bem. E mesmo que eu dissesse que desejava seguir em frente com isso... eu não desejava... e... e eu sei disso porque o pior aconteceu. O peso que eu não posso ter nas costas... aconteceu... e por tudo que vivemos... e todas as coisas que dissemos e fizemos um com o outro... por todas as perguntas difíceis que tive que responder, e as terríveis mentiras que tive que contar. Há uma coisa que eu nunca serei capaz de contar para ninguém agora... nem para meus amigos ou meus funcionários ou meu presidente... a única coisa!!  A única coisa que eu devia ter dito à você! Mas agora eu não posso.

Tony fixou o olhar no corpo de Steve, na mesa de metal, ainda havia sangue, e estava com o uniforme, buracos de bala, a marca do tomate na bochecha. Tony pegou um pano e olhou o escudo. Passou o pano no rosto de Steve, limpando a sujeira, o tomate, o suor. Deu um beijo nos seus lábios e se virou para a saída.

não valeu a pena.

**

Falcão estava na sala de espera, Sharon Carter se abraçava a ele enquanto chorava.

Pensamento Sam Wilson, o Falcão.

 Steve... você não pode fazer isso comigo. Depois de tudo o que passamos toda a merda pela qual lutamos contra. Pode ser diferente agora, podemos não estar tão unidos quanto éramos... mas você é meu irmão, e você sabe disso. E eu não estou pronto para esse mundo sem você... nenhum de nós está.

Fim de pensamento.

 

Sharon foi até o banheiro, Sam avistou um enfermeira loira indo até ele.

— Sam... — ele reconheceu a voz.

— Natasha? — perguntou. Ela concordou.

— vem aqui — ele a seguiu por alguns corredores — não se preocupe, Tony está ocupado demais para notar meu sumiço, e o fato de eu ter ajudado o capitão a se safar. — ela disse.

— mas o Steve está morto.

— eu deixei essa informação vazar. Ele está bem mal, na verdade. — eles passaram por uma ala abandonada e então, uma sala de cirurgia. — ele ainda tá vivo, mas os danos foram extensos demais... me diz que você tem uma base para esconde-lo.

— tenho, agora que Fury voltou em segredo... — Natasha assentiu. Ela sabia que o diretor não estava morto.

— você leva ele depois da cirurgia. Eu vou dar uma de medica e confirmar a morte dele. — ela disse e entrou em uma sala. — temos um clone dele para ser mandado para a SHIELD.

— cara... — Sam disse ao ver que os médicos fizeram milagres. — a sua esquerda...


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Notas finais do capítulo

E eu não vou mais apagar, se tem pelos menos duas pessoas que leem. kk. mas gente, agora sim começa o que eu realmente considero a fic. é uma puta perseguição. kk
e agora com as aulas, eu realmente não sei como eu vou fazer. porque eu vou trocar todo o meu horario. então eu realmente não sei.

até a proxima pudins.