Once Upon a December... escrita por VersalhesTodd


Capítulo 5
004 - Caminho


Notas iniciais do capítulo

Olá! Como estão todos? Depois de muito tempo, eu estou de volta com um novo capítulo. Peço perdão por parecer ter abandonado a história, mas a faculdade tomou todo o meu tempo.

Espero que gostem desse capítulo, eu particularmente o tenho como um dos favoritos.

Aproveitem!



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Paris – 1952

— Me desculpe. Me chamo Frederick, Frederick Monteviex. — Ele tira o chapéu e faz uma pequena reverência, recolocando-o novamente.

A garota fechou a boca, que estava semiaberta por causa da surpresa e sorriu, polidamente, fazendo uma pequena reverência com a cabeça.

— Muito prazer, Monsieur Monteviex. Eu sou Celina.

— Celina? É um belo nome. — Frederick divagou um pouco, lembrando-se da garota que ajudou durante três anos. Se ela estivesse viva, seria uma ótima senhorita. — A senhorita já estava de saída?

— Oh, muito obrigada. — Ela o observava com asco. Ele não a reconhecia, é claro, mas ela sabia muito bem ler os olhos das pessoas, e os dele demonstravam que ele reconhecia o nome, lembrava dela. — Sim, irei para minha casa praticar pintura e piano.

E parecia impossível, mas Frederick estava sendo muito gentil com a garota, a convenceu a ficar mais um pouco e tão gentil que durante o café e a conversa que tinham, em que ele revelara ser um contador e trabalhar em um pequeno escritório de advocacia, levando uma vida aparentemente simples e honesta, a garota quase se esquecera quem o homem realmente era. Ele pagara o segundo café e alguns biscoitos de nata para ela e a tarde se esvaia em um misto de tortura e prazer. Parte da garota desejava ir embora e nunca mais encontrar com ele, mas parte estava gostando da conversa, ela quase podia ignorar o fato de Frederick ter assassinado seus pais, como se fossem apenas velhos amigos.

Ela se pegou sorrindo uma ou duas vezes antes de decidir que deveria voltar para a companhia dos pais. Ainda tinha um quadro para terminar e as estrelas já surgiam no céu enquanto as luzes se ascendiam na cidade e o transito de pessoas na rua se alterava de homens e mulheres com pressa para chegarem aos seus destinos para casais que andavam acompanhados, admirando a beleza do lugar, principalmente da Torre.

— Desculpe, Monsieur Monteviex, mas creio que está ficando tarde, preciso voltar para casa. — Ela desculpava-se de forma quase sincera, levantando-se e o homem copiou seu movimento, em sinal de respeito e educação.

— Por favor, deixe-me acompanha-la. — Ele se levanta, prontamente, tirando o chapéu como antes. Tão cordial. Celina se lembrava que, apesar de ser um monstro, ele nunca fizera mal às crianças. Ele sempre tentava convencê-la de que seus pais eram monstros, mas ela era diferente. — Não é certo uma moça caminhar sozinha pelas ruas de Paris.

— Ah, que gentileza, mas não posso aceitar. Tirarei o senhor de seu rumo, monsieur. — O medo não era tanto, mas ela se sentia muito incomodada com a presença dele. Sentia que precisava se livrar dele.

— Por favor, não será incômodo algum, deixe-me acompanhá-la. — Repetiu ele de modo gentil e Celina aceitou, mesmo que em seu âmago estivesse lutando para se livrar do homem. Ele saberia onde ela morava, ela temia por seus pais.

Juntos, caminharam pelas ruas de Paris durante alguns minutos, ele falava sobre suas visões políticas, e Celina se impressionava com o fato de Frederick ser tão diferente de Friedericht. O homem era galante, gentil, muito bem-educado e tinha visões extremamente opostas às do homem que conhecera em Auschwitz.

Seguindo por uma estradinha de tijolos que levava a uma vilinha ao sul do distrito com casas exatamente iguais, todas de madeira bem resistente, com dois andares e um sótão com uma janela quadrada que dava para a estradinha em que os dois seguiam.

— Moro naquela casa — ela apontava para a do meio, onde um casal idoso aparecia pela janela da cozinha, preparando o jantar juntos. — Devo ajudar meus pais com o jantar.

— Sim, creio que sim. Pois então, foi um verdadeiro prazer, Srta. Chavalier.

— Igualmente, Monsieur Monteviex. Agradeço pelo café e pela companhia.

— Seria deselegante de minha parte perguntar se a senhoria gostaria de me encontrar mais uma vez? — Ele arrisca. Ocorre à garota que ele estava sendo muito direto e isso a assusta. Será que ele a reconhecia? Que outro motivo havia para ele fazer tudo o que estava fazendo? Céus, ele agora sabia quem eram seus pais, ela precisava fazer algo.

— Claro, seria um prazer.

— Ótimo, me alegra saber disso. Podemos nos encontrar na próxima semana.

A despedida foi rápida. Celina concordou na hora e ele a deixou ir, trocaram apenas palavras de boa noite e, como já era esperado, não se tocaram ou se cumprimentaram, apenas caminharam cada um para seu caminho, deixando o resto da noite definir o final do dia.


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Notas finais do capítulo

E por hoje é só. Espero que tenham gostado. Agradeço por terem lido, significa muito para mim. Comentem o que gostaram, o que pode ser melhorado, críticas construtivas sempre são bem-vindas!

Obrigado, e até a próxima!



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