A Seleção da Herdeira escrita por Cupcake de Brigadeiro


Capítulo 9
Conhecendo novas pessoas | A Seleção


Notas iniciais do capítulo

Vocês sabem quem sou eu? B) *olhar séksy, tirando óculos do camelô que não protege droga nenhuma, na verdade, até aumenta as chances de ficar cego (prova viva disso)*
SIM! SOU EU! A MAIS LINDA! :D *jogando papéis coloridos sobre mim mesma* Ok, parei com meu narcisismo. MUITO obrigada pelos comentários, pessoal! De verdade mesmo, TODOS eles são muito importantes para mim, e não vejo a hora de sentar e responder todos. Obrigada, de todo meu coração.
"Mas Any! Você está sem postar nada desde o dia 28 de outubro!" Gente, a Lê estava atolada e ainda está, na escola, e como eu vou cobrar o capítulo se mando uma parada com quase seis mil palavras? Não posso fazer isso, mas como fazem mais de duas semanas que não atualizo, pedi para postar hoje, e ela deixou, então... AQUI ESTOU EU! :D *chuva de papel dourado e prateado, porque eu gosto de ser diva*
E aí, pessoal? :) Como cês estão?! Estou respondendo os comentários anteriores, mas como estou sem nada para fazer nessa madrugada, a não ser invejar quem está já na pré-estréia de Jogos Vorazes- O final, vou colocar um fim neste atraso e aproveitar para escrever mais um pouco dos próximos capítulos. Estou me agradando com o que estou lendo, honestamente... cabe a vocês me dizerem se estão gostando do desenrolar da fic, para me ajudar a melhorar as coisas. Por exemplo, já que o Peeta só odeia a Katniss nesses capítulos, vou colocar bastante eles juntos, e logo no próximo, que é o do reencontro, fazer ele começar a colocar no fogo esse coração gelado.
Antes de lerem o capítulo, um assunto bem sério: Mineiros, minhas orações ainda estão com vocês, e permanecerão até o fim dos dias e Jesus voltar. É lastimável que por negligência de duas empresas multimilionárias muitos de vocês estejam passando por escassez de água. Nossa... eu sinto muito mesmo, e o mesmo digo para os franceses, e brasileiros de forma geral. Os japoneses, americanos... nosso mundo precisa de oração. Precisamos de pessoas que orem mais e falem de menos.
Agora, eu realmente posso dar a entrada ao capítulo. Espero que gostem, e deem play na música Gift Of A Friend, da Demi Lovato! :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/647960/chapter/9

Às vezes você acha que vai ficar bem sozinho

Porque o sonho é um desejo que você faz sozinho

É fácil sentir como você não precisa de ajuda

Mas é mais difícil de andar por conta própria

Você vai mudar por dentro, quando você perceber

O mundo vem a vida e tudo está bem

Do início até o fim, quando você tem um amigo ao seu lado

Que ajuda você a encontrar a beleza em si próprio

Quando você abre seu coração e acredita

No dom de um amigo

– Gift Of A Friend, Demi Lovato

– Peeta Ryan Mellark? – uma voz feminina me fez imediatamente colocar no lugar um pão cheio de coisa gosmenta por cima. Acho que é açúcar. Nunca vi tanta comida boa em toda minha vida... eu pensei “não vou comer nada” Aí vi esta mesa cheia de coisa gostosa. Eu irei para o inferno se não comer pelo menos vinte coisas dessas!

– Sou eu. – Acenei de leve com a cabeça, e uma moça muito bonita, com um vestido extravagante, assim como sua maquiagem, apareceu no vagão principal, que tem uma vasta quantidade de comida, petiscos, na verdade, pois há uma televisão do tamanho da parede, sério mesmo.

– Prazer, meu nome é Effie Trinket Abernarthy, mas me chame, é uma ordem, de senhorita Trinket. – Pediu estendendo a mão, que eu não recusei, apertando com delicadeza, mas demonstrando força, ao mesmo tempo. Amanda me perguntaria como eu fiz isso, com certeza, e com a boca cheia de bolo. - Você fez errado! - Falou balançando a cabeça em negativa, rindo - O correto é beijar a mão da moça, mas tudo bem... - Sorri

– Não gosta do sobrenome do seu pai? – Perguntei curioso e ela riu, negando

– É o sobrenome do meu marido, do qual eu me divorciarei o mais breve possível. – Disse com bastante naturalidade, como se separar, se divorciar, fosse uma coisa normal, e a primeira alternativa para qualquer briga

– Hm... eu não sei o que posso dizer para a senhor... – Corrigiu-me com o olhar – Senhorita. – Assentiu – Meus pais dizem que não se pode desistir da família. Precisamos dar tudo de nós, mesmo que o outro não queira, e se realmente não houver mais solução, não conseguirmos mais levar adiante, onde a única coisa que o casal faz é magoar um ao outro, você pode cogitar a ideia. – Ela suspirou, e deu uma tremida, como se fosse chorar – Ai meu Deus, me perdoe, por favor. Não queria fazer a senhora chorar! – Toquei seu ombro, e ela desatou no choro

– Você está certo, mas é tão difícil! – Disse cobrindo a boca com a mão

– Viver não é fácil, e estar em um relacionamento menos ainda. Pessoas são muito complicadas, mas precisamos ter paciência. A senhora o ama? – Assentiu – Então por quê desistir agora?

– Coma tudo o que quiser, mais tarde voltarei aqui, ou de manhã. Seu quarto está no último vagão, e chegaremos a Capital em três dias, por isso é o primeiro a embarcar. Vamos fazer diversas paradas, por isso a demora. Sim, dá para ir do Sete ao Dois andando, em quatro horas, mas é o protocolo, e é preciso ir por novos caminhos, por causa dos rebeldes, como sabe. – Assenti - Se quiser comer algo diferente, basta pedir a um criado. Aquela é a Joy. – Apontou para uma menina, que não deve ter mais de 13 anos, e ela acenou para mim, com um sorriso torto. – Ela o levará para o último quarto, e não leve a palavra a ela a menos que seja para ordens. – Eu não poderia não puxar conversa com aquela menina, que se parece tanto com minhas irmãs – Você precisa seguir ordens, e uma delas é de dar ordens para quem está inferior a você, e ela é uma dessas. Está sendo treinado a partir de já, a ser um Rei decente para seu país – Não reagi mediante suas palavras. Isso estava cruel demais – Endireite a postura – Ordenou, colocando uma mão na base da minha coluna, e no meu peito, para eu ficar mais reto – Isso, fique assim. Ande assim. Olhe nos olhos. Um rei nunca abaixa a cabeça, mas também nunca olha por cima de seu nariz. – Assenti – Seu estoque de palavras é perfeito, não fala muito. Isso é um bom começo... – Deu uma olhada em mim – Sabe comer com garfo e faca? – Adoraria dizer que sim, mas não é assim que a banda toca lá em casa

– Não senhora. – ela não pareceu se incomodar com minhas palavras, quando eu a chamei de senhora, e eu admito ter ficado feliz por isso – Quase sempre faltava comida para mim ou a minha irmã gêmea, então é quase impossível eu saber usar garfo e faca. – ela assentiu

– Com suas palavras anteriores, no início de nossa conversa, me fez refletir que eu ainda não dei tudo de mim para salvar meu casamento, e eu vou agora mesmo conversar com meu marido, Haymitch, que você conhecerá em algumas horas, e eu não vou desistir ainda. - Sorri – E quando eu voltar, será com ele, e provavelmente será no horário da janta, então, esteja disposto a aprender, pois nós estamos a ensinar. – Assenti – Você não é um mal garoto, desde sua foto vi isso, diferentemente de alguns outros candidatos, e realmente espero que não seja um lobo vestido de ovelha. Não tente a sorte comigo, pois é azar na certa, estamos entendidos?

– Sim senhora. – Ela sorriu – Eu posso mesmo comer algo dessa mesa?

– Pode e deve. Fique a vontade, senhor Mellark. – Neguei

– Por favor, me chame de Peeta, assim como seu marido. Eu só tenho 18 anos, e não quero me sentir na idade do meu pai. – ainda bem que ele não ouviu isso, senão eu ia ficar de castigo – Passarei mais tempo com a senhora do que com a princesa, que com certeza vai me eliminar assim que olhar pra minha cara.

– Não seria tão certo de minhas palavras... conheço a princesa desde antes dela nascer, e ela é uma pessoa muito sensível, assim como a princesa Prim, tanto que as duas trocaram algumas breves palavras com um sorriso quando sua foto apareceu, ou não notou? – Me desculpe. Eu estava chorando no meu quarto quando isso aconteceu

– Minha família ficou pulando na frente da TV quando meu rosto apareceu... – Falei levantando um pouco os ombros, com uma expressão de “fazer o que, né?”, e ela riu de verdade, cobrindo a boca com a mão, como uma lady

– Se souber se comportar, talvez eu esteja diante do futuro rei de Panem – Deu um tapinha em meu ombro, e saiu, me deixando com cara de tacho.

Eu não quero ganhar essa coisa toda, mas quero ficar. Não pela princesa, e sim para poder esquecer-me de Delly, por pelo menos um tempo, sem pensar em algumas obrigações, e principalmente para mandar dinheiro aos meus pais, oferecendo mais conforto para minha família. – O senhor deseja alguma coisa? – Joy perguntou, suavemente

– Não me chame de senhor! – Exclamei, levantando as mãos para o alto – Eu não sou velho! – ela riu, cobrindo a boca com a mão

– Perdão, força do hábito... – Sorri

– Eu só gostaria que você não se incomodasse comigo, e fosse para seu quarto, não sei... nunca conseguiria te dar uma ordem, e nem a ninguém, eu acho, a não ser que seja extremamente necessário

– Muito obrigada, Peeta. – Sorri ao ouvir meu nome – Mas não posso atender a suas palavras. Apenas a ordens.

– Hm... ok. – Parei para pensar – Eu ordeno que você vá descansar.

– Precisa ser mais imperativo, sua voz tem que ser mais energética. – Aconselhou-me, colocando algumas coisas me meu prato, coisas das quais eu estava abusando com os olhos desde que cheguei, e fiquei impressionado com sua eficiência – Tem que praticar isso também, pois quando chegar no palácio, estará rodeado por criados, três ficaram dispostos em seu quarto, e você só pode ordenar coisas a eles.

– Ai, que saco... – Murmurei fazendo uma cara feia – Não consigo me imaginar fazendo isso.

– Mas não é sobre se imaginar. – Ela disse me entregando o prato – É sobre colocar em prática. Suas ordens iniciais são apenas em obedecer ordens.

– Muito obrigado, digo, por me aconselhar, e por fazer meu prato. – Ela curvou um pouco o seu corpo para frente, em sinal de “disponha”

– Não fiz nada além do meu trabalho, e você deve começar o seu, comendo essas coisas em seu quarto. Estarei aqui se precisar. – Sorri

– Valeu mesmo. – E caminhei para meu quarto, abominando o momento que eu terei que, encontrar com os outros selecionados, ter uma conversa mais ampla com ambos dos meus mentores, e ordenar os outros a me servirem.

...

Frango ou carne? Essa pergunta ronda a minha cabeça desde que me sentei em uma longa mesa para jantar. – Já vamos parar no Distrito Cinco – Anunciou Joy para Effie, que sorriu, sentando-se em uma cadeira na minha frente, e logo atrás veio um homem, da idade dela, eu acho, com aparentemente 37 anos, loiro e alto, com enigmáticos olhos cinzas, que me passaram uma energia dupla ao me olhar.

– Esse é meu marido, Haymitch – Apresentou-me

–Prazer, eu sou o Peeta – Falei acenando brevemente com a mão, sem saber como se faz uma amizade. Aé, eu nunca tive amigos, com exceção de meus irmãos, e a minha ex-namorada. Por que tudo que eu faço preciso voltar a ela? Que droga!

– Legal – Resmungou – É o seguinte, eu não queria estar aqui. – Sorri, pela sua simplicidade, e por estar ali por alguma força maior, que vulgo ser sua esposa – Mas se você quiser ajuda, e não me irritar, obedecer as poucas coisas que te mando, eu posso te ajudar. – não parecia um bêbado pelo tom de voz, e nem fedia a álcool. Seu tom era grave, natural de sua voz, e parecia bem sóbrio.

– E qual deve ser a primeira ordem sua que eu deva obedecer? – Perguntei pegando meu prato, com poucas coisas, para que eu possa comer mais depois. Não sei por quanto tempo vou ficar aqui, então é bom que eu aproveite as coisas boas... Na verdade, eu quis comer tudo, encher meu prato, mas não fiz isso porque comi muito mais cedo, e fiquei vomitando no banheiro durante meio tempo.

– Não me faça perguntas – Senti minhas bochechas corarem de constrangimento, e abaixei a cabeça, focado em meu prato, com diversas coisas brilhantes, postas ao lado.

– Ignore-o – Effie sussurrou, tocando minha mão por cima da mesa – Vamos esperar o senhor Hawthorne entrar. – Assenti, mexendo nos talheres, e sentindo sua textura.

O trem do qual estávamos, viaja a 320 k/hr, e não sentimos absolutamente nada, exceto quando paramos, coisa que aconteceu a cinco minutos. – Vem, venha comigo receber o outro selecionado. – Effie pediu delicadamente, e eu assenti, seguindo-a para a porta principal, de saída e entrada do trem.

As portas deslizaram, e assim como na foto, Gale parecia uma pessoa maravilhosa. – Oi, eu sou o Peeta – Estendi a mão, educadamente, e fui surpreendido por um abraço, ao mesmo tempo que Effie

– Sem formalidades, por favor – Disse rindo – Desculpem, mas eu gosto de abraços

– Nota-se – Haymitch disse, aparecendo atrás de nós – Se você me abraçar, vou te deixar como uma garota. – Ameaçou, em um tom severo, mas Gale não pareceu se abalar, e assim como eu, começamos a rir – Do que estão rindo?

– Você não mata uma formiga e vai fazer isso com o rapaz? – Effie disse revirando os olhos, e também tinha rido conosco – Vai procurar o que fazer, Hay – Ele bufou, voltando para a mesa de jantar – E então, senhor Hawthorne, está com fome? – Ele sorriu

– Eu sou um Cinco, senhora. Digamos que a primeira coisa que eu aprendi foi nunca dizer não para comida – Sorri, vendo que seria fácil conversar com ele, e que eu não me sentiria tão inferior assim – E por favor, me chame de Gale, senhora. – Beijou a mão dela, que sorriu, impressionada

– Ok, então vamos jantar, meninos. As aulas de etiqueta começam agora.

...

– Peraí... – Eu disse sentindo tudo rodar – É de fora para dentro? – Estava me referindo a posição dos talheres, e Effie assentiu. Gale não apresentava nenhuma dificuldade para aprender, enquanto eu nem sabia o nome da bebida que tomava.

– Sim, Peeta – Ela parecia exausta por eu ainda não ter entendido

– Me desculpe... – Falei baixo – Eu nem sei como saudar uma dama, muito menos como se come, ou a ordem dos talheres.

– Nem eu – Gale disse dando de ombros – E essa coisa de grafos e facas é realmente confuso, mas se tiver paciência, é tranquilo. Da direita para a esquerda. – Assenti – Escreve com qual mão? – Corei, mordendo o lábio inferior

– Esquerda, mas não escrevo muito. Sei escrever muito pouco – Falei envergonhado

– Oh, céus! – Effie exclamou – Sério isso? – Assenti, desviando o olhar, e focando bastante no meu prato – Por que?

– Porque precisei começar a trabalhar aos 12 anos, e abandonei os poucos estudos que tinha – Olhei para ela – Ou era isso, ou meu irmão morria para uma infecção. Nunca vi muita utilidade para o estudo, principalmente para aprender a escrever, quando a minha função sempre foi precisar segurar uma pá – Ela parecia chocada, como se eu estivesse mentindo

– E como você é fluente em duas línguas? – Perguntou curiosa

– Força de vontade, acredito. – Dei de ombros – Sempre gostei de estudar e aprender, e como a maioria dos meus trabalhos eram no Distrito Três ou Quatro, acabei aprendendo o italiano e espanhol. São línguas parecidas, e muito utilizadas, não? Panem tem alianças com a França, Itália e Espanha, não é mesmo?

– Sim, e estamos trabalhando em relação a Alemanha – Assenti – O fato de vocês dois querem aprender, é um avanço sem precedentes. – Disse animada – Vou ensiná-los tudo o que eu puder

– Poderia me ensinar a cavalgar? – pediu Gale com comida na boca, e mesmo cometendo uma grande gafe, Effie sorriu

– Se nunca mais falar enquanto come, principalmente nas refeições com a princesa, posso conversar com Haymitch.

– Não fale de mim em terceira pessoa, como se eu não estivesse aqui. – O loiro bufou – Posso te ensinar sim. – Gale sorriu – Tem algo que você, Sete, queira aprender?

– São tantas coisas... – Falei para mim mesmo – Quero aprender sobre a história do País. – Falei certo de minhas palavras – E algumas técnicas para desenho, assim como praticar a escrita.

– Cara! – Gale disse, já sem comida na boca – Vamos aprender a cavalgar! Ouvi dizer que é a atividade favorita do rei.

– Mas cavalgar eu já sei, e é a minha atividade favorita, depois de ficar preparando a terra e plantar algo. É relaxante... pintar também me relaxa, mas como eu tinha que comprar comida e ajudar a pagar as contas, não sobrava muito para suprir minhas vontades. – Effie me olhou estupefata, enquanto Haymitch disfarçou a surpresa no olhar ao comer alguma coisa – Aprendi vendo algumas pessoas cavalgando, principalmente no Distrito Quatro.

– Ai, que demais... – Gale disse sorrindo, realmente sincero – Sabe pescar? – Assenti, mas depois neguei

– Era o que eu mais via no Quatro, mas sinto nervoso em pegar o peixe com a boca presa no anzol, só nunca coloquei em prática

– Sinto nojo das minhocas... – O moreno disse torcendo o nariz e eu ri

– Então seria um péssimo Sete. Minhocas fazem parte da minha vida.

– Não fazem mais, e nunca farão. – Effie disse – Não importa o que aconteça, a vida de vocês nunca mais será a mesma. – E pela primeira vez desde que cheguei, Haymitch concordou com ela, depois de trocarem um olhar que não consigo decifrar, mas me acalmou.

...

– Kutcher é um verdadeiro cavalheiro – Gale disse, enquanto jogávamos cartas no vagão de jogos – Mas reservado demais.

– Não gostei do Mason – joguei uma carta – Ele me assusta, e é convencido demais pro meu gosto. – Gale riu

– Ele é um dois, e somos os Distritos mais inferiores. É compreensível sua superioridade, fora que a beleza dele é inegável – Suspirei, assentindo. O cara é mesmo bonito "isso soa gay, Peeta" Ah, mas é verdade. Infelizmente – E acho que é de família. Viu a irmã dele? A Julie?

– Minhas irmãs gostariam de ser como ela... e meu irmão como o Cato.

– Os Mason são sortudos, mas você não fica para trás não. – Me empurrou com um sorriso – Eu vi sua família. – Franzi o cenho

– Aonde?

– Você deixou a porta do seu quarto aberta mais cedo – Deu de ombros – E como estava tomando café, resolvi bisbilhotar. Sua família é muito bonita. Tem quantos irmãos?

Não pude deixar de sorrir, enquanto ele jogava mais uma carta – Cinco. E uma é minha irmã gêmea.

– A que estava no seu colo na foto que tem mais algumas pessoas? – Assenti, notando que ele realmente parecia ser um cara legal, e havia percebido minha família – Aquele pequeno, é seu irmão também?

– Ben é o nome dele, e foi muito difícil deixá-lo... – Prendi o ar, na intenção de não começar a chorar ao me lembrar do caçula soluçando na praça – Ele só tem quatro anos. Tem irmãos? – Assentiu sorrindo

– Dois. Posy, de sete, e Rory, de doze. Outrora te mostro como eles são. – Assenti – Eu ganhei. – Mostrou suas cartas, com um olhar vitorioso, por ter dois ás na manga

– Não seria tão certo – E joguei três ás no monte, deixando-o boquiaberto - Nunca se vanglorie até ver todas as armas do adversário.

– Hey! Isso foi ofensivo! Pensei que fôssemos amigos! – Sorri

– Na guerra não existe amizade, cara. E isso se aplica para o jogo de cartas. – ele sorriu, e eu sorri de volta, sabendo que mesmo que eu perca, o que sei que vai acontecer na certa, gostaria que ele vencesse. Pelo visto, fazer amigos é bem mais fácil que eu imaginava – Aí, não quero ser indiscreto, ou algo parecido, mas estou morrendo de fome.

– Então vamos fazer um assalto ao vagão de comida! – Esfregou as mãos rapidamente, como se ansiasse por isso e eu ri, seguindo-o.

...

– Não quero falar muita coisa para vocês... – Haymitch disse com um copo de vodka nas mãos, eu acho – Não gosto tanto de vocês. – aquelas palavras não me afetaram. Não me importo com palavras. – Porém, é o seguinte. Agora serão levados para um lugar aonde serão devidamente limpos e arrumados. Não é para resistirem ou questionarem, estão me ouvindo? Eles sabem o que estão fazendo, então deixe-os fazer o que quiserem. – Cato e David, respectivamente Mason e Kutcher, não pareceram se importar, talvez acostumados com isso, enquanto eu troquei um olhar questionador para Gale, que fez beicinho, levantando os ombros e as mãos, em um sinal de “e eu sei lá...”.

– O que eles farão com a gente? – Perguntei confuso, e Haymitch sorriu maliciosamente

– Não é para oferecer resistência, apenas isso.

– Não posso acreditar que está realmente perguntando uma coisa dessas... – Cato disse revirando os olhos e cruzando os braços. Eu detesto esse cara, tanto quanto essa coisa toda.

...

– O que...? – Murmurei ao ver diversos cartazes e pessoas gritando meu nome, de Gale, David e Cato, enquanto descíamos do trem. Não houve isso em meu Distrito, então, me pergunto quando eles,digo, a Capital, passou fome ou necessidades. Isso tudo é entretenimento para eles.

– Sorria e tire fotos com eles. – Gale aconselhou, tocando em meu ombro – Seja uma versão mais feliz de você, cara. – Fiz uma cara de tédio, e ele riu alto, atraindo um olhar de desprezo do Cato, que, quando virou, o moreno mostrou-lhe o dedo do meio, e essa foi a minha vez de rir alto e sinceramente – Anda, vai lá, as pessoas nos amam! – e foi na frente, sorrindo e acenando para todos.

“Seja uma versão mais feliz de você”, bem, acho que não vai ser preciso. Eu sou muito feliz, apenas não quero que pensem que é por causa disso. Eu sou uma pessoa muito feliz, apenas não gosto que vejam isso, assim como minha bondade, pois quando elas veem isso, acham que você não tem o direito de ter dias maus e simplesmente não querer cumprimentar alguém. Nem sempre estamos em nossos melhores dias.

“Mas por causa disso, sua mãe pode ficar bem”, e com esse pensamento, coloquei no rosto o meu maior e mais largo sorriso, lembrando-me que curada ela não pode ser, mas pode retardar a doença. Pensei nos empregos que meu pai largaria, por causa da mesada, e que Amélia não precisaria trabalhar. Ben poderia comprar os doces que tanto quis visto da vitrine, e eu posso mostrar para Delly que ela estava errada. Eu penso sim na minha família, e é justamente por isso que estou aqui, sorrindo, feliz por poder ter a chance de oferecer algo novo para eles.

Comecei a acenar, sorrindo, maravilhado com o trabalho que todas aquelas pessoas fizeram para chegar até ali, e mais ainda por terem se dado o trabalho de escrever meu nome, terem se dado o trabalho de olhar o último nome da lista dos 36 candidatos.

Tinha um tapete vermelho, e vários guardas ao redor, evitando que alguém ultrapasse, mas podíamos nos aproximar. – Muito obrigado. – Eu disse gentilmente, realmente grato quando uma menina disse que eu era demais, e o mais certo para ser o novo rei dela.

Diversas pessoas pediam autógrafos, para todos os selecionados, assim como fotos, e eu dava a todos que me pediam. Não sei se isso me ajuda diante da princesa, e nem me importo. Só estou fazendo o que gostaria que fizessem comigo.

Mais a frente, tinha uma cartolina com uma coroa de rei, muito bem elaborada, e meu nome abaixo. Droga, como eu poderia explicar que não quero ser rei?

– O desenho ficou realmente incrível. – Reconheci, verdadeiramente admirado e a moça sorriu, corando, me estendendo um caderno e uma caneta, que assinei de bom grado, assim como fiz com todos.

Não sei quanto tempo levei, mas reconheço que foi muito, pois Cato estava impaciente dentro do carro, David disfarçava o incômodo, bebendo uma taça de champanhe e lendo um livro, enquanto Gale sorriu para mim, fazendo um positivo com a mão.

Como o vidro do carro blindado era bem claro, continuamos acenando, e eu podia ver muitos cartazes. O nome de Gale era o que mais aparecia, e era bem merecido, com certeza, depois o com o nome do Cato e David, enquanto o meu ficava por ultimo, mas eu não me importava. Estava feliz por todos que torciam por mim, e extremamente grato e encantado por eles se darem o trabalho por isso.

...

– EITA! – eu disse quando, assim que chegamos ao castelo, fomos encaminhados para uma espécie de “salão dos homens”, e eles já foram querendo tirar minha camisa

– Não vamos abusar você. É crime. – uma moça disse educadamente – Por favor, vamos contribuir, ok? É uma via de mão dupla.

– Exatamente. – Disse outra, e eu assenti, e desconfortavelmente, tirei a camisa, e nem sei a tonalidade do meu rosto e pescoço. Talvez da cor de um tomate. – Agora sua calça.

– Que?! – Arregalei meus olhos imediatamente

– Como acha que nós iremos dar banho em você, e tirar todos os pelos do seu corpo se estiver vestido. – Fiquei boquiaberto – Se não formos nós, serão três homens. – eu acho que o clima ia ficar bem mais pesado se fosse homens, então resolvi obedecer, lentamente, e com muita vergonha. – Obrigada. – disse cínica e eu revirei os olhos – Agora, pode entrar nessa banheira. – E eu entrei

...

– Acho que isso está um pouco mulher demais, não? – Perguntei sentado, com um roupão, uma toca térmica na cabeça, e pessoas fazendo minhas unhas das mãos e pés, enquanto Venia, a primeira moça, fazia minha sobrancelha, puxando com cuidado, mas ainda sim doía. Venia, Flavia e Kendall riram – Estou até com pepino nos olhos.

– Um de vocês será rei, então é preciso tratá-lo como se fosse ocupar o cargo hoje. – Assenti, me divertindo agora, para ser sincero. Embora eu prefira que a minha mãe cuide de mim, elas estão sendo bem carinhosas e educadas comigo – Terminamos suas unhas, agora é preciso tratar da pele. – Fiz uma careta

– Mas eu fiquei vinte minutos naquela banheira!

– Agora mais vinte, para podermos terminar nosso trabalho. – Assenti com as palavras de Venia e Kendall – Flavia, enquanto isso, vai terminar de arrumar seu cabelo. Pegaremos suas roupas com seus criados.

– Acho que nunca vou me acostumar com essa coisa toda... – Murmurei e Flavia riu

– Pelo meu ver, tem gente que já age como se já tivesse a coroa. – Tirei os pepinos dos olhos, levantei eles um pouco, na verdade, e vi a quem ela se referia. Cato estado todo cheio de gente ao seu redor, com algumas comidas e produtos

– EU JÁ DISSE QUE ISSO AGRIDE A MINHA PELE! – Berrou, e Finnick, o Distrito Quatro, revirou os olhos, vindo até mim e Flavia

– Posso ficar desse lado do salão? Eu vou matar esse desgraçado se ouvir ele reclamar mais uma vez. – seus olhos verdes claros, claros eram sinceros, e sua voz suplicante

– Aqui cabe todos que não gostam dele. – Falei baixo, apenas para que ele ouvisse, e Flavia riu baixinho, assim como Finnick, que chamou as pessoas que estavam encarregadas de cuidar dele.

Finnick era, com certeza, filho de donos de sítios, e um cara que amava pegar sol. Sua pele bronzeada dizia isso, e ele gosta de pescar, por ter um suave cheiro de mar, que dá vontade de ir a praia. Parece ser um cara realmente legal. Rico ele é, não tanto como Cato, David, Gloss ou Marvel, mas tinha uma boa condição, inúmeras vezes melhor que a minha, mas mesmo assim não tinha um ar superior. Admiro pessoas assim, e acho que o povo da Capital também, pois ele já ocupa o primeiro lugar, pelo o que ouvi através dos cochichos de Flavia, Venia e Kendall.

...

– Para de chorar. Isso é estranho. – Venia caçoou da minha cara, depois de puxar mais uma tira cheia de cera da minha pele

– Eu posso gemer de dor? – Negou – Então me deixa chorar! Isso dói pra caraca! – sentei-me – Não está terminando não?

– Essa foi a última. – Puxei ar com força, mas não fui bem sucedido, por estar chorando, então tive que me conter em puxar ar pela boca.

– Seja forte! – Gale disse com uma máscara verde na cara, e uma toalha enrolada em seus cabelos, cobrindo-os, fazendo eu e Finnick rirmos, depois de levarmos um susto, devemos admitir. – Tá rindo do que? A cara de vocês dois está com creme branco. E seu cabelo, Peeta, está com papel alumínio.

– Mas não estamos parecendo um monstro. – Alfinetou Finnick, e o sorriso no rosto de Gale morreu

– Legal, Odair. – Finnick piscou para ele

– Perai, vocês se conhecem? – Perguntei, enquanto Flavia secava meu cabelo com um secador, tirando aos poucos os papéis brilhantes, que sei lá o que faz em mim.

– Somos amigos. – Gale respondeu – Minha família é Cinco, e nosso distrito é apenas de artistas, como sabe – Assenti – E por isso a família do Finn chamava a minha para grandes ocasiões, que acontecem todos os meses.

– Não é estranho? – Perguntei franzindo o cenho – Tipo, vocês estão na “disputa” – indiquei com os dedos – Pela mesma pessoa, da qual não existe igual em nenhum outro canto do mundo. – minhas “arrumadoras” suspiraram apaixonadas, e as olhei confuso – Que foi?

– Sua forma de falar da princesa... foi tão linda! – Kendall é a mais sensível, deu para notar, pois enquanto tirava os pelos do meu corpo e eu chorava silenciosamente de dor, ela desistiu de fazer isso e foi chorar do lado de fora. Acho que as pessoas ricas não tem tanto acesso a reais emoções como as pessoas de classe média baixa... É só um palpite.

– Ah... – eu disse corando

– Ela só tem um coração, isso é fato, assim como nós, e o amor é maior que qualquer coisa... – Finnick colocou um cubo de açúcar na boca enquanto falava, e passavam algo em seu cabelo – Mas a amizade supera isso. Nada vai fazer esse idiota deixar de ser meu amigo, EXCETO! – Olhou para Gale – Se esse cretino tentar trapacear.

– Eu sou um santo! – Gale disse, levantando as mãos em rendição

– Só se for do pau oco, né, meu filho? – todos rimos com a fala de Finnick

– Senhor Hawthorne, precisamos terminar de hidratar sua pele! Sossegue! Por favor, acho que é a quinta vez que digo isso! – uma moça disse, aparentemente irritada, e Gale corou fortemente

– Vai lá, para ver se eles dão um jeito nessa sua cara feiosa. – Finnick novamente disse, e Gale deu um sorrisinho cínico, pegando o pote de cubos de açúcar do loiro – Hey! – Exclamou boquiaberto

– Nem ouse se mexer! – Disse sua cabeleireira, e ele fechou a cara

– Não gostei... – Murmurou e eu ri, balançando a cabeça em negativa, gostando da companhia.

...

Fui um dos últimos a ficar pronto, mas admito que quando saí, me senti leve, de tanto banho que eu tinha recebido. Se passar um vento forte, é provável que eu voe, literalmente. É como se eu fosse outra pessoa com todos esses banhos e produtos. Minha pele se assemelha com a de meu irmão de quatro anos, Ben.

Me vestiram com uma calça de tecido confortável, e uma blusa branca de malha, sem gola – O que devo fazer? – Perguntei para Flavia quase em um sussurro, para não passar vergonha

– Apenas sente, coma alguma coisa, e tente conversar com outros selecionados. –

Assenti, indo para perto da TV, onde tinha um sofá para duas pessoas, e como estavam bem a vontade, cruzei as pernas como índio no sofá, e peguei uma revista para folhear. Eu sabia ler, mas não estava tão interessado assim.

– Como eu imaginava, Setes não são alfabetizados. – Cato disse em alto e bom som, para seu grupo, que riu, e eu abaixei a cabeça, focando na revista, tentando ignorar sua ofensa.

Todos os outros 35 selecionados estavam interagindo entre si, mesmo que em trios ou quartetos, mas todos tinham um grupo para chamar de seu, exceto eu. Não tenho coragem para puxar assunto com alguém, e ninguém quer conversar comigo, pelo que posso ver. Não querem ser vistos com um Sete, e isso me deixou um tanto magoado.

Deixei a revista de lado, olhando para a TV, que passava um programa de política, falando a situação em outros lugares do mundo, bem inferiores ao nosso País, e imediatamente eu me endireitei no sofá, querendo saber como é fora daqui, pois sempre que passa algo assim, estou no trabalho braçal ou dormindo. Ou não tem energia. Só Jesus na causa. É horrível ser pobre.

– A foto vai dar o que falar. – um fotógrafo disse, com um sorriso – Ninguém aqui prestou atenção nisso.

– Sempre é bom sair da zona de conforto... – Falei dando de ombros – Se não queremos a quinta guerra mundial, é preciso termos conhecimento da situação de outros países, para não se cometer os mesmos erros. – ele abriu um largo sorriso

– Qual seu nome e Distrito? – Reparei nele, que tinha um “repórter”, escrito em letras grandes no crachá

– Peeta Mellark, Distrito Sete. – o sorriso em seu rosto sumiu, para uma expressão de espanto – O que foi?

– A forma como fala. Pensei ser um Dois ou Três. – Dei de ombros

– Ser pobre é muito relativo. Não tenho bens materiais, e nem teria se continuasse como Sete, então é minha obrigação tentar ser rico culturalmente.

– Foi um prazer conversar com você. – Assenti suavemente

– O prazer foi todo e exclusivamente meu. – então se afastou, tirando fotos dos outros selecionados.

– Aí, esses caras são muito inteligentes... – Gale disse se sentando ao meu lado – Por que está aqui na solitária?

– Não sei se notou, mas ninguém quer falar comigo. – Comentei revirando os olhos

– Ta me chamando de ninguém? Isso foi ofensivo! – Fingiu mágoa, e eu ri – Se ficar aqui, vão pensar que essa é a sua estratégia.

– Não tenho uma estratégia

– É o que pensam... eles tem medo de você. – Fechei um pouco ao olhos, levantando um pouco as mãos e os ombros, como quem diz “masoque?” – Não sabem se interpretam seu silêncio como uma estratégia ou forma de ser.

– É a minha forma de ser. Ficar calado é uma das minhas obrigações. – Desviei o olhar para a mesinha com alguns biscoitos

– Você não é inferior a ninguém aqui, mas saiba que é isso o que farão você pensar, então, simplesmente não acredite neles. – Olhei em seus olhos cinzas, procurando falsidade, mas vi apenas o oposto. Algo me dizia que eu podia confiar nele – E se eles não quiserem falar com você, tem eu e Finnick. Somos os melhores. – Deu um sorriso vencedor e convencido, me fazendo rir – Ele parece ser falso, mas é normal. Se quiser, pode confiar mais nele do que eu mim. Às vezes eu tendo a falar demais... – Mexeu no cabelo, com algumas luzes chocolate, uns dois tons mais claros que a cor original, mas ficou incrível. Os meus estão como se fossem mel, na tonalidade, mas preservando sua cor natural, o loiro – Tipo, o Finnick dorme com um ursinho chamado Babe. – olhei para cara dele, esperando ouvir um “mentira”, mas não.

– Caô...

– Finn! – o outro loiro que menos sofreu alterações no visual sorriu, vindo até nós

– Sim?

– Você não dorme com um ursinho chamado Babe? – Finnick corou imediatamente – Viu? Eu disse, Peeta. – eu comecei a rir, balançando a cabeça em negativa – Trouxe ele?

– Eu trouxe uma bomba para colocar no seu quarto, idiota. – sério, ele estava muito vermelho – Pensei que tinha entendido a parte do “segredo para sempre”!

– Desculpa, eu disse que falo demais.

– Que bom que informou – Virou-se para mim – Por que está isolado?

– Porque ninguém quer falar comigo, e eu não sou de muitas palavras.

– Toma jeito, cara! – Deu um tapa no meu braço – Vai se socializaaaaar!

– Estou cansado... – Falei suspirando – Sou o mais pobre aqui, e não tinha dinheiro para comprar um hidratante corporal, muito menos perfume com cheiro de mel. Por que estamos com esse cheiro? – perguntei confuso e Gale sorriu

– É o favorito da princesa, não sabia? – Neguei – Ouvi dizer que ela sabe tocar piano... bom começo. Eu gosto e sei tocar piano.

– Qual era seu trabalho? – Perguntei, aceitando o biscoito que Finnick ofereceu, sentando-se na ponta da mesa, de frente para nós dois

– Gale toca instrumentos musicais, e faz isso com muita maestria – Finnick disse – Eu fico emocionado as vezes – o moreno corou

– Não é pra tanto...

– É sim! – Insistiu o loiro – Precisa ouvi-lo tocar violão. Dá arrepios, e quando toca piano, você fica com os olhos cheios d’água.

– Você é gay. – Gale disse, como um pimentão – Não é para tanto, Peeta.

– Sou totalmente apaixonado por você... – Finnick disse, colocando uma mão no peito, fingindo sinceridade com suas palavras – Mas prefiro a princesa. - Ri da expressão dos dois a minha frente

– E você, Finn, o que fazia? – Perguntei animado com a presença deles. O loiro bronzeado sorriu

– Ajudava meus pais na administração do sítio da família, mas passava a maior parte...

– Pegando sol e nadando. – Acrescentou Gale, e Finnick assentiu – Ele não é do tipo bom com números.

– Não sou mesmo. – Admitiu – Mas sou muito bom coordenando e aconselhando as pessoas. Rei sabemos que não seremos, seremos príncipe não sei das contas, porém seremos vistos como tal para a população... – Explicou – A princesa precisa de alguém que a ajude, e não a deixe sobrecarregada, precisa de um suporte, e sou bom nisso. Gosto de aprender domino quatro línguas e fui criado para administrar.

– Eu só sei me portar a mesa – Gale disse, levantando as mãos, virando o rosto, fazendo nós rirmos – Não tenho muito a oferecer, apenas meu amor.

– Depois eu quem sou gay... – Finnick murmurou, e eu ri, fechando os olhos

– Vocês são umas comédias... – Comentei

– E você? O que fazia? – Gale perguntou sorrindo gentilmente para mim

– Nada interessante. Todo e qualquer tipo de trabalho braçal. – Suspirei, como se estivesse sentindo o saco de cimento em minhas costas em um dia de sol – Mas meu trabalho favorito é trabalhar no jardim. É relaxante.

– Parece uma coisa legal... você não é artificial corporalmente falando. – Elogiou Finnick, que logo em seguida olhou para os lados e para trás, então aproximou-se de mim e Gale, para contar um segredo – Descobri que Cato toma anabolizantes, assim como Gloss. – Sussurrou – E sabe o que isso faz? – Neguei, assim como Gale – Deixa o cara... – Parou para pensar no termo certo – Sem prazer “naquelas” horas. – Abri a boca, em um perfeito “o”, chocado com as duas informações – É... chocante, eu sei – Afastou-se – Gale, seu bocudo, se isso sair daqui, eu juro que te castro!

– Minha boca é um túmulo.

– Um túmulo que faz muito eco, né? – Finn disse, balançando a cabeça em negativa – É muito sério.

– Eu sei! E Peeta, você também precisa jurar! – Levantei as mãos em rendição

– Vocês tem a minha palavra. – e sorriram, acreditando em minhas palavras.

Eu estava rodeado por duas pessoas legais, e os mais próximos que já tive sobre melhores amigos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

*Jogando purpurina, então eu apareço com um sorrisão*
Oooo queeee acharam? :)
Falando sobre coisas boas, e que nos importam tanto quando o assunto de guerras e ataques terroristas, quem vai assistir hoje?! AMOOOOOOOOOOOOOOOOOORRRRRRRRRRR!!!! *voz de Ferdinando* Tô MUITO animada para poder assistir o filme! Esses TV Spots *_* Os trailers *_* Sabem o chão? Então! Tô nele! Desmaiada, falecida, mas revivo por ter meu ingresso pro dia 19 já. A desvantagem: meu pai estava com preguiça de me levar no shopping da Barra, que tem UCI, porque só porque é zona oeste, esse povo se acha, aí cobra mais caro no estacionamento, e porque eu moro na baixada fluminense, vou ter ue me contentar com o Kinoplex *chorando* MAS ESTOU FELIZ, porque quem raios vai querer atacar esse lugar aqui? NINGUÉM. Vê se pode... escolher lugar que tem menos chance de ser atacado... que mundo, lindo, hein?
AOS SPOILERS! "– Está melhor? – Senti uma mão em meu ombro – Por que está chorando, meu bem?

— Eu não sou seu bem! – exclamei, com a voz embargada, claramente aborrecido, mas ela sorriu

— Perdão... – Disse se sentando ao meu lado, com as costas no banco – Está melhor, querido?

— Eu também não sou o seu querido! – Dessa vez eu falei mais alto e decidido - Não vê que eu quero ficar sozinho?

— É, eu também gosto de ficar sozinha... – Disse suspirando – Mas gosto de ter alguém para conversar. – Ficamos em um puro silêncio, com minhas lágrimas escorrendo livremente pelo meu rosto, e meu coração foi ficando menos pesado, e pude começar a respirar com mais tranquilidade – Hm... – falou vagamente – Você não vai me agradecer? Eu não lhe dei exatamente o que queria? – Ergui meus olhos, em busca de um tom de brincadeira, mas ela estava confusa, e parecia querer que eu a adorasse, e agradecesse a Deus e aos Astros por sua existência.

Baixei os olhos, e mais algumas lágrimas voltaram aos meus olhos, e a escorrerem por meus olhos – Vai continuar chorando, querido? – Ela parecia muito incomodada por minhas lágrimas, deixando-me ainda mais irritado e com vontade de chorar.

Ergui os olhos sem medo, embora tenha sido anulado pelas minhas lágrimas, mas ainda sim minha voz não oscilou, e foi bem firme. – Não me chame assim! Não sou mais querido do que os outros trinta e cinco garotos que mantém em cárcere privado nessa... nessa... – Maldita seja minha pouca educação escolar, fazendo-me ficar confuso na escolha das palavras, mas enfim encontrei a correta – Jaula!

Katniss passou as mãos no vestido graciosamente, sem se incomodar com meu tom de voz, talvez acostumada a lidar com pessoas problemáticas, e disse – Sua afirmação é falsa. Todos vocês são queridos e meus bens por mim. Trata-se simplesmente de descobrir quem há de ser o mais querido, e mais bem para mim." E é isso o que vai acontecer no próximo capítulo de... A seleção da herdeira B)
A música vai ser de uma das melhores bandas de todos os tempos, que é This summer's gonna hurt, Maroon 5, e o gif é: https://d.gr-assets.com/hostedimages/1405021654ra/10327304.gif
que traduzindo, fica "Que droga foi essa?" POrque eu não falo palavrão, e não achei outro gif que se encaixasse. BEM! FOI ISSO! ESPERO QUE TENHAM GOSTADO, BOA ESTRÉIA, TENTEM NÃO MORRER, FIQUEM VIVOS PORQUE JOSHIFER PODE SER REAL. Gente, por que eu estou gritando? Meu Deus, hein? Que perturbação! Eu nem gosto de gritar! Muito menos com vocês! *Assumindo uma postura certa e séria* Bom, pessoal, esse foi o capítulo, espero que tenham gostado, e que me digam o que acharam, se puderem e quiserem. É muito importante saber o que estão achando, até mesmo para melhorar as próximas postagens. Vou tentar vir o mais rápido que posso, e me desculpem, desde já, pelos erros gramaticais e os travessões pequenos. É que não muito trabalho colocar quando estou pelo celular. Quais as expectativas para o finalmente encontro deles no próximo capítulo? Olha, já prevejo uma amizade nova surgindo! Na verdade, quatro amizades! Hm... e é isso! Espero voltar ainda essa semana, mas como a Lê está com trabalhos, pouco provável, mas vou ver se atualizo Simplesmente Acontece, para quem lê esta fic. Beijos, pessoal! Fiquem com Deus!