A Seleção da Herdeira escrita por Cupcake de Brigadeiro


Capítulo 10
Quando a gente não imagina | A Seleção


Notas iniciais do capítulo

*chorando* QUE DROGA DE FILME FOI ESSE?! Eu gostei, claro, mas quando acabou, eu fiquei tipo "O QUE?!" Gente... *cabeça baixa, mãos escondidas atrás das costas, se entrelaçando* Tô arrasada, devastada, e ao mesmo tempo feliz, porque a partir do natal de 2017, não vou mais gastar dinhero no final do ano. Nesse fim de ano eu preciso comprar o DVD de AEP1, comprei semana passada de EC, e agora vou ter que já ver para comprar no natal de 2016 o DVD de AEOF, sem contar os CD's.
Bem, essa é a única coisa boa que vejo desde que saí daquela sala de cinema 11 dias atrás.
Estou inconformada, mas vamos mudar de assunto.
MUITO OBRIGADA A TODOS QUE COMENTARAM NO CAPÍTULO ANTERIOOOOORRRR! ♥ ♥ ♥ ♥ ♥
*Eu correndo por aí com um sorriso enorme e jogando confetes* PASSAMOS DOS CEM COMENTÁRIOOOOOOOOOOSSSSSSSSSSSSSSSS *balada*
Obrigada, pessoal! :D Devo tudo isto a vocês, e assim como o Felipe Neto diz, deve-se pensar no entretenimento das pessoas, quando você não há mais nada a oferecer, e eu sou um ser inútil. Agora que estou com essa bendita (sem ironia. é bendita mesmo) cachumba, estou ainda mais inútil, tipo, nível máximo de inutilidade, então se algo eu posso fazer, que seja para entreter as pessoas, e espero que gostem do tão esperado capítulo, que é o do encontro da Katniss e do Peeta :)
Espero que gosteeeeeemmmmm *mandando aceno, beijo nem abraço pode porque cachumba pega fácil, fácil, infelizmente*
Eu estou feliz pela cachumba porque só entro de férias dia 14 de dezembro, mas a prova de todas as matérias foi no dia 27/11. Não tá tendo nada, mas tenho pais que gostam de frequência. Isso é bom, eu acho, mas também é ruim porque não tem mais matéria e precisa ir pra escola -_- CHEGOU OUTUBRO E EU QUERO FÉRIAS! FÉRIAS! Cinco dias em casa é mais do que suficiente para enfrentar a última semana de aula ♥ Ah... como eu amo essas doenças... *sorriso aliviado*



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Esse verão vai doer pra caramba

Caramba

Esse verão vai doer pra caramba

Caramba

This Summer's Gonna Hurt, Maroon 5

Assistimos algumas aulas de etiqueta bem básicas e rápidas, pois na manhã seguinte encontraríamos a princesa, então fomos levados para um “passeio” pelo castelo.

— No primeiro andar é onde vocês terão suas refeições, no Grande Salão, e o rei e sua família sempre comem, com raras exceções, quando eles precisam trabalhar até mais tarde ou por estarem doentes — explicou Effie, e pelo o que entendi, ela é a mais instruída, e dei sorte por tê-la como minha mentora. — No primeiro andar também é onde vocês possuem as aulas que desejarem ter aqui dentro do palácio, e têm acesso ao jardim. Não podem de maneira alguma sair sem a permissão da princesa ou do rei e rainha, entendidos? — Os 36 selecionados assentiram, sem dar um pio, e eu estava desconfortável com essa coisa toda. — No segundo andar, é onde estão os aposentos de vocês que podem ser mudados mas apenas em último caso. É de vocês enquanto estiverem aqui? Não. Não podem agir como se fosse a casa de vocês. Nada de pinturas, mudança de cama, apenas dos cobertos, se forem alérgicos. É apenas permitido fotos, mas desde que não estrague o modelo do palácio, está bem? — Todos assentiram. — No terceiro andar, fica a sala de música e o salão das mulheres, onde as princesas e a rainha ficam, assim como suas convidadas, e se vocês entrarem lá sem permissão da rainha, estão desclassificados na mesma hora, pois nem mesmo o rei pode entrar se ela não deixar. No quarto e último andar, é aonde o rei trabalha com a princesa Katniss, sua sucessora, e vocês não podem subir até lá em hipótese alguma, a menos que seja um pedido de um dos dois. — Novamente, todos assentimos. — Agora, cada um siga seus mentores, e aproveitem a estadia. — Uma conversa entre todos começou, mas eu me mantive calado, cansado demais para falar com alguém. — Silêncio! — ela ordenou, e todos se calaram. — Não podem elevar a voz em ocasião alguma enquanto estão à mesa, podem apenas uma troca de ideias em um tom mínimo, estamos entendidos? — Assentimos, todos com medo. — Dispensados. — Eu, Cato, David e Gale a seguimos escadas acima — O corredor do qual pertencem é o segundo, não se esqueçam, ok? — Nós quarto balançamos a cabeça em concordância, caminhando calmamente, observando os menores detalhes na decoração rústica e ao mesmo tempo moderna, iluminada, dando um ar de limpo e confortável, mas não era melhor que a minha casa, onde eu gosto de ficar, já muito bem acostumado com as paredes e meus irmãos indo e vindo toda hora.

— Qual é o meu aposento? — Cato perguntou, dando uma olhada nas portas, sem demonstrar agrado ou surpresa, e sim repulsa por algumas coisas. Idiota.

— Podem escolher, e cada um possui três criados. Duas moças e um rapaz, a total disposição de vocês. — Assentimos. — Fiquem à vontade, e evitem sair do quarto, por favor. Amanhã logo cedo, os buscarei para tomarem café com a princesa. — Cato logo foi para o primeiro quarto, batendo a porta sem desejar uma boa noite para os outros, direcionando-me um olhar de cara idiota e nada humilde, o que ele é.

Muito educado.

— Boa noite e boa sorte, gente... — David desejou com um breve e muito gentil gesto com a cabeça, entrando no segundo quarto, depois de desejarmos o mesmo.

— Vou ficar no terceiro, okay? — pediu Gale e eu assenti. – O último me dá calafrios... — Ri de sua expressão. — Se acontecer algo, é o último é o último a sair. — É, mas e a parte dos últimos serão os primeiros? Essa frase não se aplica aqui, porque...ah, esquece.

— Ok, e para mim, quanto mais longe do Mason, melhor. — Sorriu. — Boa noite.

— Igualmente. — E entrou no seu, e eu no meu.

Quando abri a porta, fiquei embriagado com tanto luxo. Os criados ajeitavam a cama que já estava ajeitada, sem notar minha presença.

— Hm... oi — falei tímido, sentindo minhas bochechas ficarem roxas de vergonha.

— Ah! Ele chegou! — uma jovem disse, dando um cutucão na outra que imediatamente se virou, assim como o rapaz, e juntos fizeram uma reverência.

— Por que fizeram isso? — perguntei confuso. — Não sou da realeza.

— Mas pode ser, senhor, e desde já queremos causar uma boa impressão. – Neguei.

— Por favor, me chamem de Peeta, nada de senhor. Não sou mais velho que vocês, e nada de reverências. Eu sou um sete. — Eles sorriram gentilmente para mim. — Gostaria de saber o nome de vocês.

— Eu me chamo Júlia; ela, Layla e ele, Stefan. Somos seus criados, e faremos qualquer coisa que nos pedir. — Os outros dois assentiram.

— Hm... por que vocês não estão falando? — perguntei tombando a cabeça para o lado esquerdo, tentando entender.

— Eles são muito tímidos mesmo... — Júlia falou com um sorriso torto. — Qual é a primeira ordem? — Eles me olhavam com expectativa, assim como os outros dois, que com certeza não eram mais velhos do que eu.

— Não me vejam como um senhor, e sim como um amigo, por favor — pedi, mas permiti que Stefan pegasse minha mala e a levasse para o outro lado do quarto. — Eu estou muito cansado, e apenas gostaria de um tempo sozinho.

— Claro... é compreensível — Júlia disse. — Mas qual é a primeira ordem, de verdade? — Ela parecia bem empolgada para começar a trabalhar, e os outros não estavam muito diferentes.

— Vão descansar. Aparentam estar bem cansados, e acredito que o dia não tenha sido puxado apenas para mim — falei suspirando, exausto. — Essa é a minha primeira ordem.

— Nenhum banho de banheira? Ou um chá antes de dormir? Estamos aqui apenas para servir o sen.. — Olhei para Júlia. — Você. Estamos aqui para servir você. — Layla e Stefan assentiram imediatamente

— Agradeço mesmo, mas é muita... informação em um dia só – falei com as mãos na nuca, soltando ar pela boca. — Essas coisa toda é muito exaustiva.

— Mas nem um banho de banheira? — Eles estavam ansiosos, e bem empolgados, talvez por ser a primeira vez deles também.

— Hm... ok. — Levantei as mãos em rendição. — Aceito que preparem uma banheira. Um banho seria muito bom mesmo.

— E algo para comer? — Júlia era insistente.

— O que vocês três gostam de comer? — Se entreolharam, e trocaram um sorriso, os três, e pude notar uma semelhança na aparência. — Vocês são gêmeos? — Júlia olhou para mim e assentiu, com um sorriso torto. — Que maneiro! Eu tenho uma gêmea. — Sentei-me na cama, tirando os sapatos, e colocando-os no canto.

— Nós gostamos de algo doce antes de dormir. — Sorri. — Do que gostaria, mais especificamente? — Layla, a ruiva de olhos castanhos escuros, acabara de voltar do banheiro, indicando que eu já poderia entrar.

— Ele parece ter um bom gosto. — Apontei para Stefan, que abaixou a cabeça, mexendo nas mãos.

— Ele é muito tímido, senhor — explicou Julia. — Bom, nós iremos na cozinha, e traremos algo, está bem? — Assenti, indo para o banheiro, mas os parei antes de saírem.

— Muito obrigado, os três. — Eles sorriram sincronizadamente, depois fizeram uma breve reverência, saindo do “meu” quarto, e fui tomar meu banho.

...

No quarto, tinha um vasto espelho para eu me arrumar, imagino, e nele aproveitei para colocar algumas fotos significativas. Coloquei uma foto minha e de Amélia aos cinco anos, brincando com tinta, depois uma minha com Stuart aos seis anos, mostrando a janelinha que havia ficado, vitoriosamente, e eu ao seu lado, com uma bola na mão e um olhar culpado. Tinha Amanda, Stacy, Ben e meus pais, com fotos engraçadas, tipo Mandy coma cara cheia de farinha, com uma expressão de tédio enquanto eu ria com Stacy e as mãos todas brancas. Eu com meus pais em meu aniversário de 16 anos, mesmo que nunca tenha gostado de festa, me curvo para um pedaço de bolo. Cara. Eu amo bolo.

Tinha uma de toda família, minha favorita, e fiz questão de colocar no canto do espelho, na altura de meus olhos. A foto era de poucos meses atrás, no meio do ano, nem lembro a razão de estarmos tão sorridentes. Ben estava em meu colo, com os braços ao meu redor, com um sorrisão, mostrando todos seus dentinhos minúsculos e separados, um braço meu ao redor dos ombros de Stuart, que tinha um olhar “sedutor”, Amanda sorria, com uma mão na cintura, Amélia estava com a cabeça no ombro de nossa mãe, e ambas tinham um sorriso gentil. Meu pai abraçava Stacy, que o abraçava de volta, ao meu lado. Toquei a foto, como se aquilo fosse tirá-los de lá e os colocar ao meu lado, ou como eu fosse voltar para o momento da foto, mas nada aconteceu, apenas uma saudade sem precedentes, embora os tivesse visto pouco tempo.

— Senhor? — Uma voz nova ecoou o quarto, e eu me virei, encontrando Layla com uma bandeja, pedindo licença.

— Não me chame de senhor, Layla... — Eu disse fingindo raiva, e ela sorriu. — Fique à vontade.

— Onde posso colocar? — Dei de ombros.

— Pode deixar em cima da cama, por favor. — Ela me olhou curiosa. — O que foi?

— Nada... é que pude falar com alguns dos outros criados, e eles disseram que os Selecionados, em sua maioria, são muito rigorosos, e já estão os tratando como escravos. — Torci o nariz.

— Que idiotas. — Ela colocou a bandeja no canto da minha cama, em silêncio. — Por que você e seu irmão não gostam de falar? — Eu estava meio virado, com as mãos na parte de cima da cadeira, olhando para ela curioso, enquanto a parte debaixo do meu corpo estava virada para a frente.

— Não falamos com muitas pessoas, e acaba sendo estranho, principalmente conversar com nosso senhor, estando abaixo apenas da família real. E eu falo muito, muito mesmo. Posso acabar falando algo que não devo para o senhor me tornar uma avox, assim como meus irmãos — disse rapidamente. — Deseja mais alguma coisa?

— Não, não, muito obrigado. Saber que foram descansar, para mim é um alívio. — Ela sorriu. — Muito obrigada mesmo, se...

— Peeta, por favor. E diga isso para seus irmãos. — Assentiu. — Boa noite, Layla.

— Boa noite, Peeta. – Sorri. — Qualquer coisa, — Caminhou até o outro lado do quarto. — Basta apertar esse botão, e nós somos chamados. Não importa o quê. Qualquer coisa que estiver ao nosso alcance, faremos por você.

— Valeu mesmo. — Ela fez uma breve reverência, mesmo eu dizendo que não era necessário, e saiu.

Fui para minha cama, e gemi, fechando os olhos.

— Isso é tão macio... — murmurei, sentindo os cobertores macios, e a cama fez um leve ranger, pela quantidade de molas. A minha antiga cama nem tinha molas. Eram vários lençóis forrados no chão, e tempos que eu não sabia como era dormir em uma. Dificilmente eu dormia na cama, mas sempre ficava a noite toda acordado por estar.

Puxei a bandeja para o centro da cama, animado com o que poderia encontrar, e quando puxei a parte de cima, desvendando a comida, minha boca salivou quase que imediatamente.

—Meu Deus... — O ar escapou dos meus pulmões quando encontrei biscoitos com desenhos abstratos, pães de mel, suco de maracujá e um pedaço de bolo, com um bilhete.

“Esperamos que goste das escolhas.” Sorri imediatamente, e comecei a comer bem devagar tudo o que tinha, sentido gosto de casa. Minha mãe adoraria estar aqui para poder conversar com eles, e pedir para conhecer os cozinheiros. Ela é uma excelente cozinheira, mas na nossa casa, os recursos são poucos para ela provar isso, mas mesmo assim, nunca comi comida tão deliciosa como a dela.

Depois que comi tudo, e de fazer uma nota mental que a primeira coisa que eu faria seria agradecê-los, coloquei a bandeja em cima da mesa ao lado da cama, apaguei as luzes, e em pijamas bem leves e confortáveis, caí no sono.

...

— NÃO! — gritei, me sentando em um pulo na cama, mas continuei sentado sobre a mesma, com os olhos cheios de lágrimas, um nó na garganta, ofegante, muito, muito, muito ofegante, sem um pingo de sono. — Mamãe? Mãe? — chameiom a voz manhosa, querendo começar a chorar, quando a ficha caiu que eu não estava mais em casa, e sim no castelo.

Acabei de ter um pesadelo que minha mãe tinha se esquecido de mim e de que sou seu filho porque eu parti, e a abandonei. Ela estava com o rosto magro de fome por não saber mais como comer, como piscar, como falar... A doença tinha vencido ela.

Saí da cama, vendo que no relógio batia dez e quarenta e cinco da noite, mas não me importei. Meus pés encontraram o chão gelado que ignorei, correndo para a sacada do meu quarto, da qual eu ainda não tinha visto. Abri e um aroma de terra e flores entrou em minhas narinas, mas não era suficiente. Eu precisava de ar, mais ar, mais tranquilidade. Podia caber com tranquilidade umas seis pessoas aqui, mas eu ainda estava sufocado, bem sufocado. Puxei ar com força duas vezes, olhando para o extenso jardim do castelo, e da onde eu estava, podia notar que era um labirinto que levava para fora dessa jaula. Acho que é nesse formato pra evitar que alguém entre para atacar o palácio.

Não havia quaisquer sinais de liberdade. Um muro altíssimo rodeava o palácio, e, em pontos estratégicos, tinham guardas altamente armados, me deixando com ainda mais medo e sufocado. Eu necessito sair daqui, urgentemente, mas ninguém permitirá minha passagem. Isso me deixou ainda mais sem fôlego e desesperado. Eu poderia ser pobre, mas quando me sentia assim, poderia pegar um ar na rua.

A esperança de que Delly apareceria atrás de mim foi reconfortante por alguns segundos, mas então me lembrei de que eu deveria odiá-la, e evitar nutrir quaisquer bons sentimentos a respeito disso. Esse ódio me faria avançar. Ficar longe dela tornou-se a segunda maior razão de estar aqui, perdendo apenas para oferecer mais saúde para minha mãe.

Com o pensamento nela e que deveria odiar aquela loira perfeita, veio o riso dos meus irmãos, e principalmente de Amélia vindo até minha cama de madrugada, deitando-se ao meu lado e me abraçando bem forte, dizendo que estava tudo bem e que eu poderia chorar em seu ombro, às vezes invertíamos o papel, onde eu abria os braços e ela se aconchegava como um bebê entre eles, em meio a lágrimas pesadas. Mais sufocado.

Olho para as minhas roupas, de moletom, pelo frio que fazia dentro do quarto por uma máquina que soltava ar gelado. O que estou fazendo aqui? Não é meu mundo.

Saí dali, correndo ainda, e abri a porta do meu quarto, mesmo que temporário, e olhei o corredor, vazio, nem um guarda sequer.

Corri, descendo as escadas de nem sei o que, de tão refinada, e o ar parecia não querer entrar em meus pulmões, e minha mente trazia aos meus olhos imagem da minha mãe me olhando como se eu fosse nada. Mas eu sou nada. Sempre soube, mas tem vezes que a vida faz questão de esfregar na minha cara esta informação, e é uma das mais sufocantes sensações. Depois disso, veio Delly e o outro cara na praça, ela dizendo que não me ama mais, e tudo começou a rodar. Eu iria desmaiar se não fosse para um lugar arejado, em especial o jardim.

Cheguei a grandes portas de vidro, com alguns desenhos, e caminhei, como se fosse permitido, ignorando os guardas altos que estavam nas portas, bem armados. Quando cheguei mais perto, um entrou na frente.

— Me desculpe, mas o senhor não pode sair, não a esta hora, e sem a permissão real.

— Cara, por favor, eu te imploro, me deixa sair – supliquei, sentindo mais lágrimas me virem aos olhos. — Por favor, me deixa sair... por favor.

— Sinto muito — o outro disse, com uma expressão que indicava que queria me ajudar. — Mas não podemos.

— Eu vou desmaiar... — falei colocando uma mão na testa, vendo pontinhos pretos na minha vista, e suor frio começar a surgir na minha pele, enquanto meus órgãos queimavam, exclusivamente a minha cabeça, que latejava incessantemente.

— Ai, meu Deus... — um deles falou. — Cara, você não pode desmaiar.

— Por favor! — elevei um pouco a voz, me arrependendo por apenas ter aumentado a minha tonteira. — Abra a porta! Me deixa sair! Por favor! — pedi, e nem respirar eu conseguia mais.

— Já disse que não podemos fazer isso, senhor...

— Abram as portas. — Uma voz feminina e autoritária disse.

— Mas, majestade, o rei disse...

— Não importa o que o rei disse! Ele é o meu pai, e eu serei a sua futura rainha, então, obedeça! Eu mandei abrir as portas, e minha palavra não pode ser em vão. Abram! — E eles logo abriram, e como uma criança pobre que ganha algum presente no natal, saí imediatamente, ouvindo meus pés descalços fazerem barulho no piso de mármore enquanto eu descia as escadas, e finalmente consegui puxar ar com força. Vi um banco, mas não me sentei nele, e sim na grama, encostando as costas nele, abraçando minhas pernas, escondendo meu rosto em meus joelhos.

Comecei a sentir meus olhos arderem, sendo levemente pressionados, e um nó na minha garganta aumentar. Eu ia chorar. Então senti uma coisa quente e salgada escorrendo pela minha bochecha, fazendo uma suave cosquinha. E depois outra, e outra. Eu estou chorando.

Nem sei a quanto tempo não fazia isso, mas sabia que, chorar dessa forma, eu não chorava muito tempo, com alguns poucos sons de soluço saindo da minha boca.

Todas as lágrimas que eu não derramei quando Delly terminou comigo, ou quando descobri que minha mãe vai perder a memória aos poucos, ou na estação ao me despedir da minha família... todas elas foram derramadas, acarretadas pelo meu pesadelo e o fato de eu querer dormir abraçado a Amélia ou Ben esta noite.

— Está melhor? — Senti uma mão em meu ombro. — Por que está chorando, meu bem?

—Eu não sou seu bem! — exclamei, com a voz embargada, claramente aborrecido, mas ela sorriu.

— Perdão... — disse se sentando ao meu lado, com as costas no banco. — Está melhor, querido?

— Eu também não sou o seu querido! — Dessa vez eu falei mais alto e decidido. — Não vê que eu quero ficar sozinho?

— É, eu também gosto de ficar sozinha... — disse suspirando. — Mas gosto de ter alguém para conversar. – Ficamos em um puro silêncio, com minhas lágrimas escorrendo livremente pelo meu rosto, e meu coração foi ficando menos pesado, e pude começar a respirar com mais tranquilidade.

— Hm... — falou vagamente. — Você não vai me agradecer? Eu não lhe dei exatamente o que queria? — Ergui meus olhos, em busca de um tom de brincadeira, mas ela estava confusa e parecia querer que eu a adorasse, e agradecesse a Deus e aos Astros por sua existência.

Baixei os olhos, e mais algumas lágrimas voltaram aos meus olhos, e a escorrerem por meus olhos.

— Vai continuar chorando, querido? — Ela parecia muito incomodada por minhas lágrimas, deixando-me ainda mais irritado e com vontade de chorar.

Ergui os olhos sem medo, embora houvesse anulado pelas minhas lágrimas, mas ainda sim minha voz não oscilou, e foi bem firme. — Não me chame assim! Não sou mais querido do que os outros trinta e cinco garotos que mantém em cárcere privado nessa... nessa... — Maldita seja minha pouca educação escolar, fazendo-me ficar confuso na escolha das palavras, mas enfim encontrei a correta. — Jaula!

Katniss passou as mãos no vestido graciosamente, sem se incomodar com meu tom de voz, talvez acostumada a lidar com pessoas problemáticas, e disse: — Sua afirmação é falsa. Todos vocês são queridos e meus bens por mim. Trata-se simplesmente de descobrir quem há de ser o mais querido, e mais bem para mim.

— “Há de ser”? Isso é sério? — Segurou uma risada.

— Perdão. É fruto da minha educação — disse dando de ombros levemente.

— É ridículo! — Pareceu um tanto desconcertada com meu tom de voz.

— Desculpa?

— Essa coisa toda! De precisar forçar alguém a ser seu marido, tecnicamente! O que espera encontrar fazendo uma coisa dessas?! — Encolheu os lábios, em uma expressão pensativa, depois os deixou normal, mordendo o lábio inferior, olhando para um ponto fixo acima de nós.

— Minha mãe e meu pai se conheceram dessa forma, e são muito felizes assim... — começou. — Tenho esperança de encontrar a felicidade, de encontrar um homem que toda Panem venha amar, alguém que possa ser meu companheiro, e me ajude a receber os líderes de outras nações. Alguém que seja amigo dos meus amigos e meu confidente. Estou pronta para encontrar meu esposo. — Algo em sua voz me abalou, me deixou sem reação. Não havia sarcasmo, e nem uma encenação. Quem pensaria que teríamos esse tipo de conversa dada essas circunstâncias?

Aquilo parecia bem mais que encenação para a TV para mim, pois é a única chance que a princesa tem de ser feliz. Ela não podia pedir um segundo lote de homens. Bem... talvez pudesse, mas seria vergonhoso, com certeza. Estava tão desesperada, tão esperançosa... que senti minha raiva ser diminuída. Mas só um pouco.

— Acha mesmo o palácio uma jaula? — Assenti.

— Sim, eu acho. — Minha voz saiu suave, embora ainda sentisse vontade de chorar, e dessa vez por nada. Quando se passa muito tempo sem chorar, esta é a sensação. — Majestade.

Ela riu.

— Penso nisso quase todos os dias, mas... convenhamos: é uma bela jaula.

— Pra você. Encha sua jaula com homens brigando pela mesma coisa e veja se é legal. — Arqueou as sobrancelhas, feitas para acentuarem sua beleza e perfeição que me deixava com raiva dela.

— Mas já houveram discussões pela minha causa? Não percebem que sou eu quem faço a escolha?! — Seu tom indicava que sorria, mas eu não quero sorrir. Estou desgastado suficientemente para isso.

— Não é bem assim. Eles brigam por duas coisas. Alguns por você, e outros pela coroa. E todos pensam já saber o que falar e como agir para que sua escolha seja óbvia.

— Ah, claro. A mulher ou a coroa. Receio que alguns não saibam enxergar a diferença — afirmou, assentindo.

— Boa sorte com isso — respondi seco, fechando meus olhos, e encostando a cabeça nos joelhos, abraçado aos mesmos, mas não me contive em olhar para a princesa.

Katniss fitava a grama, com o rosto um tanto preocupado. Parecia que essa ideia estava infernizando-a já havia um tempo, como se ela não quisesse isso, ou uma parte. Acho que a parte onde ela precisa saber se estamos disputando pelo coração dela, pelo seu corpo ou coroa.

Ficamos em um silêncio estranho e constrangedor, mas não me incomodei pelas coisas estarem mais suaves com nossa conversa.

— Qual seu nome? — perguntou ao notar que eu estava mais calmo, e tentou ver algo em minha blusa.

— Qual é o seu? — devolvi, e ela sorriu.

— Everdeen. Katniss Everdeen, princesa de Panem. — Olhei para ela, que parecia gostar do nome e cargo, mas eu apenas dei de ombros, esticando as pernas, enfiando minhas mãos na grama, olhando para as mesmas.

— Mellark. Peeta Mellark. (NB, que é a nota da Beta, que eu quis dividir com vocês: Bond. James Bond.), pacato selecionado, que será eliminado logo ao amanhecer por ter gritado com a princesa de Panem. — Ela riu, jogando a cabeça para trás.

— Acho que ela vai te perdoar se pedir perdão... — cantarolou, olhando para mim, risonha, fingindo um olhar sedutor. Deve estar fingindo, né, porque isso não foi nada sensual, me fazendo esconder uma risada sincera da cara dela.

— Não disse que me arrependia – debati, arqueando as sobrancelhas, desafiando-a e pude perceber que ela se incomodou com minha falta de respeito.

– Não sei se fico ofendida por não me chamar de majestade e ter acabado de me dar o melhor fora da história dos foras, ou feliz pelo mesmo motivo. As pessoas são sempre muito forçadas quando se tratam de mim.

— Problema é seu — respondi novamente, quase de imediato. — Não está sendo uma semana fácil para mim.

— Sei bem como é... — Suspirou. — Você gostaria de me contar a razão de estar chorando? — Neguei. — O senhor gostaria ao menos de me falar alguma coisa?

— Eu só tenho 18 anos. Pelo amor de Deus. Vocês poderiam parar de me chamar de senhor. — Ela riu.

— Eu também, mas nem por isso deixam de me chamar de Senhorita.

— Mas é isso o que você é, Katniss. — Tirei as mãos da terra, e olhei para ela, que tinha os olhos brilhando pela luz da lua, deixando-os em um cinza invejável. — Me desculpe a indelicadeza, de verdade... — As lágrimas ameaçaram cair dos meus olhos novamente. — Mas realmente não tem sido uma semana fácil para mim.

— Está tudo ok, meu bem... — Mexeu a cabeça para me tranquilizar, atrevendo-se a tocar na minha mão e fazer um carinho circular com o polegar, do qual não me importei em sentir.

— Não sou seu bem, nem seu querido, ou doce, está bem? Só minha família pode me chamar assim. Ainda não conquistou esse direito. — Delly me de chamava de “meu bem”, e apenas ela em esse direito. Não mais agora, mas... ah. Dane-se.

— Do que poderia te chamar? — Franziu o cenho.

— Sei lá. Peeta é o meu nome, e embora seja estranho, gosto como soa.

— Significa aquele que faz pão, sabia? — Assenti.

— E o seu nome vem de uma planta comestível no fundo do rio que se parece com batatas. Não tem o direito de caçoar do meu nome. — Ela riu mais uma vez.

— Não parece querer estar aqui...

— Foi tudo um grande engano. — Ela me olhou, em busca de mais respostas. — Eu de fato não queria vir pra cá.

— Como pôde ter sido um engano? — perguntou calmamente. — É impossível.

— Nem tanto. Só é impossível se acharmos que não é possível. De tanto meus pais e irmãos pedirem, me inscrevi, mas não queria ter vindo e disputar por sua atenção e coroa.

— Ah... — disse vagamente, e parecia um tanto magoada por minhas palavras. — Se não está aqui por mim, o que fará? Pelo o que está lutando? Uma pessoa não pode viver sem lutar por algo... quem não luta por nada, cai por nada.

— Enquanto você não dá um chute na minha bunda... estou aqui pela comida e as roupas. São bem confortáveis. — Ela riu alto, de bater palmas. A olhei assustado pela forma que ri, sem som, mas se debate, como se estivesse tendo um troço do coração.

— Ai meu Deus... — disse sorrindo. — Qual seu distrito? Quatro? Cinco?

— Sete.

— É de se compreender, infelizmente... — Ainda tinha um sorriso no rosto, do qual não reparei muito. — Eu não estava muito empolgada para ter 36 caras desfilando pela minha casa, apenas se eles estivessem sem camisa..., mas nunca tive chance para me apaixonar, ou conhecer muitos rapazes da minha idade... isso quando eles falam minha língua. — Riu, como se lembrasse de alguma situação, e eu não achei graça, na verdade, nada ali me fazia querer ao menos sorrir, exceto a terra bem cuidada do jardim. — Meus pais se apaixonaram na Seleção, já contei pra você, então acho que tenho alguma chance, quem sabe? E você? Já se apaixonou? — Olhei para cima, para as estrelas que brilhavam mais que o normal pelas lágrimas dançarem em meus olhos apenas em ao me lembrar de Delly.

— Sim. —Não quero dar bola pra ela, então apenas disse isso, a verdade.

— Como é? — Podia ver seus olhos brilhando de animação.

— Legal e difícil. Tudo ao mesmo tempo. — Não queria falar sobre isso.

— Sente falta dela? — Assenti. — Vocês ainda namoram? — Neguei — Ah... é por ela que chora, não?

— Faz parte das razões. Ela terminou comigo e me trocou por um cara de um Distrito superior no dia seguinte que nós terminamos.

— Isso é terrível! — Cobriu a boca com a mão. — Eu sinto muito.

— Também sinto. — Puxei ar com força, e olhei para ela. — Sou um cara legal. — Ela gargalhou, mais uma vez, e admito que dessa vez não contive um sorriso. Que garota doida, mas com uma risada engraçada e contagiante.

— Talvez... por quanto tempo ficaram juntos? — Mostrei três dedos para ela. — É muito tempo... 3 anos? — Assenti.

— É sim. — E ficamos em silêncio, um bem estranho, onde ninguém sabia se deveria falar algo.

— Bom... eu preciso ir, assim como você — disse depois de alguns longos minutos. — Não é seguro ficar aqui fora a esta hora, mas pode ficar por mais alguns minutos, dá para ver que ainda não se recuperou. — Assenti, sentindo-a se levantar. — Eu posso te fazer um pedido?

— Depende. — Sorriu.

— Só gostaria de te pedir a descrição sobre esta noite. Eu só poderia conhecer os Selecionados e ter contato com eles amanhã, quando conversarei brevemente com todos.

— O que é manter a descrição? — perguntei franzindo o cenho, sem fazer ideia do que significa, e ela me olhou surpresa.

— É ser discreto, e não comentar sobre. — Assenti. — Pode fazer este favor? Os guardas manterão a descrição sobre isso.

— Ok, prometo. — Assentiu.

— Muito obrigada. — Não respondi. — Sei que no Sete, as funções são de jardinagem, em sua maioria, e percebi que isso te acalma, certo? — Assenti. — Então pedirei para que os guardas te deixem ficar aqui antes de dormir durante vinte minutos, todos os dias. É suficiente para o senhor?

— Não sei se quero algo vindo de você — falei de forma seca.

Eu queria. Claro que eu queria. Qualquer tipo de liberdade me parecia uma benção, mas eu precisava ter absoluta certeza dos meus sentimentos.

Ela ficou surpresa e magoada.

— Como quiser. — Senti mais arrependimento. Não gostar daquela moça não significava que eu podia magoá-la.

— Desculpe... — Olhei para ela, sentindo meu coração bater bem forte pela situação que me meti, e minhas mãos tremerem, mas é claro que não deixei isso ficar aparente. — Mas preciso que me faça um favor, bem simples. — Assentiu.

— E qual seria?

— Se me chamar pelo nome, eu aceito. — Ela sorriu.

— Tudo bem. Aceita? — Concordei. — Foi um prazer conversar com você, Peeta.

— Você não sabe mentir. Eu fui muito longe de ser um cavalheiro ou tratar você como deve ser tratada. — Ela riu.

— Uma hora cansa de todos te chamando de majestade, como se nem soubessem seu nome. Foi sincero esta noite, e admiro isso.

— Vai me dispensar pela manhã, certo? — Negou.

— Por que eu faria isso? Nem sempre estamos em nossos melhores dias, e esse é um exemplo para você. Não sei como é sua vida, mas posso imaginar que tem sido um caos nos últimos dias.

— Tem sido mesmo...

– Bom, eu preciso subir e descansar para amanhã. Tenha um bom resto de noite. — Impedi que ela fosse embora, tocando de leve em seu ombro. — Sim?

— Muito obrigado por pedir para que abrissem os portões e não me dispensar. — Deu um sorriso torto para mim, de forma bem gentil.

— Vejo você amanhã, Peeta.

— Boa noite, princesa de Panem.

— Boa noite, pacato selecionado que não será eliminado pela manhã. — Sorri de verdade com algo que ela disse, e a mesma devolveu o sorriso e se virou, caminhando em passos suaves para as portas.

Não fiquei muito tempo ainda do lado de fora, mas fiquei mais alguns minutos e subi para meu quarto, lavando as mãos, e capotei na cama, evitando pensar no que havia acabado de acontecer.

Só sei de uma coisa... esse verão vai doer pra caramba. Não na pele, e sim no coração.

E... Que droga foi essa que acabou de acontecer? Vai dormir, Peeta. Ordenei a mim mesmo, e em questão de segundos, dormi sem sonhos ou pesadelos.


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Notas finais do capítulo

E aí? *piscando uma vez de forma exagerada, com um sorriso, como a Demi Lovato* O que acharam do capítulo? Espero que tenham gostado, gostaria de saber o que acharam, se foi péssimo ou terrível *risos* Peeta é muito grosso nesse capítulo mesmo, mas nos outros ele está tranquilo como uma criança nos braços da mãe.
Espero que não tenham se decepcionado, só peço mais quatro capítulos de paciência para... *sorriso malicioso* MUAHAHAHAHAHAHAHA SÓ VÃO DESCOBRIR DEPOIS!
Mentira.
Vai ter beijo entre eles.
Um beijo quente.
E não vai ser sonho.
Sério.
AOS SPOILERS!
Frase que vai abrir o próximo capítulo: Vamos brincar de imaginar um mundo diferente?
As pessoas deixam de ser coisas e passam a ser gente!
Roberto Freire

Trecho do próximo capítulo:
"Não estou preparado para me levantar. Sempre fui preguiçoso, sempre, e agora é o período que mais quero aproveitar, então simplesmente virei o rosto para o outro lado, com os olhos fechados, e me encolhendo ainda mais debaixo do grosso cobertor.
Se eu tinha uma chance, precisava pedir desculpas para a princesa, e seria um milagre se ela me concebesse isso. Pensei nisso ao acordar por nada novamente de madrugada, fazendo minha consciência pesar, mas não por muito tempo. Meu corpo parecia pesar negativo naquela cama. Meu Deus... é como deitar em uma nuvem.
...
— Porque é um Sete. – Tyson teve a audácia de explicar – Todos os sete não deveriam saber segurar uma pá, ao invés de uma caneta?

—Podemos segurar os dois se nós quisermos. – respondi olhando para ele – O fato de ser um Distrito desvalorizado, não significa que não tenhamos educação. – e ficamos em silêncio total e nada acolhedor, até Marvel, Cato, Finnick e Gale chegarem.
...

O olhar de Katniss parecia terno. Os garotos anteriores devem ter ficado apaixonados com esse olhar quando os olhou dessa forma, mas eu tendo a ficar irritado, mas é claro que é um olhar normal dela. A princesa abaixou a cabeça por um instante. Quando levantou, pôs os cotovelos nos joelhos e apoiou o queixo nas mãos, e eu não podia acreditar que ela não era como minha irmã Amanda ou Stacy, pela simplicidade no gesto, como se quisesse me fazer entender a importância do que estava por vir.
...
— Vossa alteza é muito gentil e atraente... e atenciosa. – ela sorriu diante meus elogios, que me fizeram passar as mãos no cabelo nervosamente"

Eu coloquei esses spoilers bem misturados, mas é para preparar vocês pois: Uma outra amizade está surgindo daí. Uma amizade muito bonita e suave como uma garoa mas tão destrutiva e temida como um furacão. Esses dois são 8-80.
Tenho a sensação de estar me esquecendo de algo MUITO importante... caraca... oque é que estou me esquecendo? pensa..pensa...pensa...pensa... AAAAHHH! LEMBREI!
HeleenaaRodrigues, MUITO obrigada pela mensagem, e seu pedido vai ser atendido! Pode ter certeza que vai ter agradecimentos iniciais quando tal dia chegar!
Pessoas novas! MUITO BEM-VINDAS! :) A fic tem aumentado gradativamente em seu número de visualizações por capítulo, e eu me sinto muito honrada por isso *-* OBRIGADA! Espero agradá-los com os novos capítulos, e que gostem da forma que tenho para levar com a fic.
AVISOAVISOAVISO>>>>>>>>>> Este capítulo e os próximos dois capítulos estão bem parecidos com o livro, mas estou dando o melhor de mim para reverter tais semelhanças, e vou começar a adiantar as coisas na fic para ir para a segunda etapa, que é A Elite, ok? Quando estiver ficando muito igual, ou previsível, me avisem! Por favor, estou em busca de deixar vocês a espera de coisas novas, não cópia absoluta de outro livro, mas com nome dos personagens diferentes. Eu tenho um sério problema de memória, e acabo confundindo o que escrevo, falo e penso, então fica uma cópia e eu nem sinto. É isso.
OBRIGADA, GENTE!
ps.: Link da minha nova fic, é uma one, quem quiser ler, totalmente Jogos Vorazes, para tentar preencher o vazio depois do filme: https://fanfiction.com.br/historia/661632/Sobaluzdoluar-OneShot/