A Seleção da Herdeira escrita por Cupcake de Brigadeiro


Capítulo 50
Delicados | A Escolha


Notas iniciais do capítulo

A JUSTIÇA É TARDIA, MAS SEMPRE JUSTA! DEPOIS DE QUASE TRÊS MESES SEM POSTAR, OLHA QUEM RESOLVEU DAR O AR DA GRAÇA!!!!!! ISSO MESMO, EU MESMA! AAAAAAAAAAAAAAAAAAA
Peço perdão, perdão, perdão, perdão, por não ter postado antes. Eu simplesmente travei, não consegui escrever nada, por ter tido outras ideias, para outras fics, que pretendo postar o quanto antes, tanto no universo Red Queen, como de Jogos Vorazes, aí também com algumas coisas difíceis em n situações, acabou atrapalhando. Porém mesmo que eu tenha passado para a Federal, eu prometo que reamente não vai acontecer de novo. Eu pretendo concluir em 24 de setembro desse ano, quando vai completar três - sim, TRÊS -, anos de fic.
Eu não tenho mais coragem para falar aqui kkkkkkkkkk desculpa, eu tenho um pingo de vrgonha na cara, e não tenho ela para dar aqui para vocês. Me perdoem, por favor. Principalmente por ser um capítulo com menos de 4K palavras, o próximo é o mais esperado de todos os séculos, e vocês entenderão nas notas finais.
Gostaria de mandar um beijo especial para as meninas que comentaram no capítulo anterior! Não é nem metade do que a fic costumava receber, um ano atrás, porém eu fico muito feliz que possa contar com vocês, que eu tenho como anjos, no meu caminho. E um carinho mega especial para a DM, que me mandou uma mensagem recentemente, preocupada. Mas garanto à vocês: NÃO pretendo, e NÃO VOU desistir da fic. Eu posso levar meses, mas não irei desistir de algo que me ajudou de maneiras que eu não posso dizer como me ajudou, principalmente no meu coração e alma.
E obrigada por não desistirem de mim. Sei que muitos abandonaram essa história, com o passar do tempo, mas você que está lendo isso, não fez isso. E eu só tenho o que agradecer. Espero que gostem do capítulo, que eu escrevi com muito, mas muito carinho para cada um de vocês. Obrigada.
*MAS AGORA EU SAINDO CORRENDO E GRITANDO FEITO UMA HIENA SELVAGEM COM MEDO DO QUE VÃO ACHAR* *eu voltando ao normal* Espero mt que gostem, bbres, eu escrevi o rascunho desse capítulo em março de 2016. Ajustei muito kkkkkkkkk mas... *sorrindo suave* espero muito que gostem. Amo vocês demais.



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Ah
Quase ninguém vê
Quanto mais o tempo passa
Mais aumenta a graça em te viver

Ah
E sai sem eu dizer
Tem mais no que te mostro
Não escondo o quanto gosto de você

O coração dispara
Tropeça, quase para
Me encaixo no teu cheiro
E ali me deixo inteiro

Eu amei te ver
Eu amei te ver
Eu amei te ver

Ah, ah
Quase ninguém vê
Quanto mais aumenta a graça
Mais o tempo passa por você

Ah
E sai sem eu dizer
O tanto que eu gosto
Me desmancho quando encosto em você

O coração dispara
Tropeça, quase para
Me encaixo no teu cheiro
E ali me deixo inteiro

A mão ampara a calma
Encosta lá na alma
E o corpo vai sem medo
Descasca teu segredo

Da boca sai: Não para
É o coração que fala
O laço é certeiro
Metades por inteiro

Não vou voltar tão cedo
Mas vou voltar porque
Eu amei te ver
Eu amei te ver
— Eu amei te ver, Tiago Iorc.

 

 


Vesti uma calça jeans bonita e nova, assim como uma blusa social de botões, sem colocar uma abotoadura, apenas deixei normal em meus pulsos, sem me apertar, tampouco incomodar.
Deixei meu cabelo como se eu estivesse indo encontrar alguém muito amigo meu, mas em público, deixando meu cabelo simplesmente penteado, mas sem direcionar para nenhuma direção, por estar um pouco curto, e eu não saber fazer escova no cabelo, deixei os cachos grandes leves, dando de ombros, e logo sai do meu quarto, depois de calçar uma sandália bege, fazendo parecer que eu realmente estava indo para uma festa entre amigos.

Ao me olhar no espelho, me senti absolutamente eu, desde meus pensamentos até o modo que eu me vestia em Sant Cloud, embora de uma forma nitidamente mais refinada, mas isso me deixou inexplicavelmente feliz.
Não peguei nada além do papel que dava o lugar certo que aconteceria a comemoração, e fui tranquilamente, cumprimentando todos os guardas no caminho, desejando uma boa noite, com um sorriso, e todos correspondiam da mesma maneira, porém, quando cumprimentei Brooks, que era quase um amigo, que trocamos poucas palavras, falou algo que me fez rir.

— Você não sabe o quanto eu estou com inveja por você estar indo para a festa! Eu vou sempre, sempre, há três anos, e as de fim de ano são as melhores, e vou ter que ficar aqui até às dez e meia da noite!

— Sinto muito, cara, vou comer bastantes salgadinhos por você e lamentar sua ausência enquanto bebo bastante refrigerante — brinquei, dando dois tapinhas em seu ombro, como um falso consolo, fazendo-o rir, divertido também.

— Vai lá e aproveita. Nem vou trocar de roupa, vou sair daqui e sumir pra festa! — ri, balançando a cabeça em negativa, enquanto ele me empurrava, obrigando-me a ir logo curtir a noite, que só estava começando, já que são apenas sete da noite.
Não foi preciso falar duas vezes, logo eu estava passando por uma grande porta, entrando em um elevador – acho esse ser o nome, e acho que é isso um elevador –, e apertei o botão B, de seja lá o que isso significa.
Quando as portas se abriram, logo meus ouvidos foram preenchidos por muitas risadas, uma música incrível, e meus olhos viram uma verdadeira alegria, em meio pessoas com roupas suaves, dançando, conversando, dando um break em suas rotinas cansativas, e logo que eu dei um passo para sair do elevador, olhei para minha direita, de onde Katniss saia de um outro elevador, semelhante ao meu, ao lado de Madge, sua criada/amiga dos cabelos louros como o pôr-do-Sol até a cintura.
Katniss sorriu para mim, enquanto sua amiga saia rindo para nós, mas eu nem vi a loira direito, só focava no sorriso largo que a morena, zero ruiva hoje, fez quando me viu.

— Olha, mas não é a princesa por aqui? — provoquei, em uma brincadeira, liberando a passagem do elevador, assim como ela, e logo entrelacei uma de nossas mãos, com um sorriso. — Está linda, Katniss.

Falei, não guardando o elogio em meus pensamentos. Como ontem, hoje ela está tão adolescente, que eu me senti como se a conhecesse pela primeira vez, de novo Com uma saia pregada vermelha, blusa tomara que caia jeans e os lábios da cor da saia, em um tom diferente dos seus fios pintados, parecia uma rosa, simples, mas marcante e inegavelmente linda. Como sempre foi, e é.

— Obrigada, mas precisei de ajuda, querido — disse, com uma falsa modéstia, segurando a ponta da saia, cruzando um pouco as pernas como um agradecimento em reverência, me fazendo rir sinceramente, desejando poder beijá-la logo agora, mas infelizmente eu não podia. Não agora.

— Era de se imaginar, está natural demais para ser uma princesa — alfinetei, cínico, quando começamos a caminhar para o grande centro no meio do pátio fechado, coberto por uma cúpula de vidro uns dez andares sobre nós, cheios de pequenas "casas", na verdade, acomodamentos.

— Não só uma simples princesa, Selecionado — respondeu, na brincadeira, com um sorriso no canto do rosto esperto. — A futura rainha de Panem.

Sorri, fazendo carinho nas costas de sua mão com meu polegar, depois que dei um beijo casto no local, espontaneamente, e com a outra mão livre, peguei um copo de refrigerante que tinha em uma mesa bem grande.
Não sei como, mas eles colocaram uma espécie de palco no meio, onde há dois violões, um piano e um microfone, assim como um saxofone, e uma garota cantava magicamente bem alguma música animada, com um dos violões, e ao redor desse palco, haviam pisca-piscas, e uma árvore de natal grande e toda decorada.
Mas as decorações natalinas não estavam somente no "térreo" do “prédio”, na parte em que nos localizamos. Está em todos os lugares, envolvendo cada corrimão branco com luzes pratas, assim como algumas outras coisas que davam uma vida ainda mais intensa.
Muitas mesas foram colocadas, para grupos de amigos, outras nos cantos, para somente duas. Era mais legal do que a realizada no Grande Salão.
Com alguns rostos conhecidos, sorri, acenando, por causa da minha timidez, mas Katniss cumprimentava sem medo, abraçando com somente um braço que não estava entrelaçado ao meu, e simplesmente não nos soltávamos, nem comentávamos sobre isso. Cada minuto que se passa, mais vou me acostumando em passar o resto da minha vida assim, entrelaçado à ela, e me sinto feliz.

— Vamos comer! — sugeri, puxando-a para uma mesa que estava fartíssima,  com muitos tipos de comida. — Tia Effie não está aqui, anda, vamos!
Ela riu alto em meus ouvidos, e eu sabia que muitos nos olhavam com expectativa, mas eu nem pensei muito nisso, focalizando somente na comida, e nós dois dançando, realmente, ao som da música, engraçada, bem agitada, a girei, fazendo as crianças ficarem mais empolgadas, e darem as mãos para começarem a dançar.

Nos sentamos, até que Julia veio rapidamente perguntar se estamos nos divertindo. Brinquei com a Katniss, como se estivéssemos morrendo de tédio, fazendo ela rir.

— Estamos ótimos, cara. Vá curtir a festa. Somos apenas amigos hoje, nada além disso. Fica a vontade. Vá namorar.

Julia ficou vermelha na minha fala, mas Katniss riu alto.

— Peeta! Seja mais discreto! Julia, beije bastante. Sabemos que você namora, e um cara dois anos mais velho. Hmmmm, Julia.

Ela ficou roxa.

— Acho melhor eu ir dançar.

— Também achamos — eu e Katniss dissemos juntos, levantando nossos copos com refrigerante, enquanto ela se misturava rapidamente, enquanto nós bisbilhotávamos, rindo, ela ir para perto do namorado, que a pediu há cinco dias. Ele e ela compartilham da mesma pele parda, e os fios cacheados na cor de chocolate, mas pelo o que parece, ele tem os olhos esverdeados, em contraste com os os olhos castanhos escuros que ela tem. Sorri, feliz por ela. Layla não namora, e nem fala disso, mas curte com amigas e amigos, no andar de cima, que também está disponível com mesas, cadeiras, e comidas.

Também veio nos cumprimentar, pouco tempo depois de Julia, nos fazendo rir. 

— Peeta, o que você gosta de fazer quando eu não 'tô por perto? — perguntou, sem olhar para mim, depois que colocamos diversas coisas diferentes e que gostamos em um prato descartável feito dois bastardos, e enchermos de ponche nossos copos azuis, já que a bebidas alcoólicas só rolam depois das 23:00, quando as crianças vão para os quartos, então os copos mudam para os vermelhos.
— Eu adoro dormir, e durmo em qualquer lugar, mas a segunda coisa é comer — respondi, me sentando ao seu lado, em um canto, mas relativamente próximos a pista de dança que fizeram, usando um tapete enorme, com flores escuras, e mudaram a posição das lâmpadas para iluminar mais o lugar. Quero vir pra cá sempre que tiver festas.
— Você já come perto de mim! — disse, revirando os olhos, comendo um pedaço de bolo de morango.

— E como longe também, oras — falei, com a boca cheia de docinhos, mas cobri um pouco a boca pra falar, porque seria falta de educação extrema. Mas dei de ombros, fazendo pouca coisa para a pergunta dela, fazendo-a gargalhar, se engasgando, e eu quem quase me engasguei também, começando a rir, cobrindo a boca com as duas mãos, engolindo tudo de uma vez para poder socorrer ela de alguma maneira. — Desengasga, doida!
E acertei um tapa com a minha mão em formato de concha em suas costas, mas ela só riu mais, ficando mais engasgada, e eu ri mais alto, ficando sem forças, mas dando outros tapinhas, totalmente inofensivos.

Então ela gritou bem alto, com as mãos cobrindo o rosto por causa de sua gargalhada escandalosa e louca, até cairliteralmente, da cadeira.
Todos os olhos se voltaram para nós, e eu ri mais, totalmente sem forças, só deixei meus cotovelos sobre a mesa, e minhas mãos cobrirem meu rosto quente e avermelhado por causa da sessão de risos que eu ainda estou tendo.
— Meu Deus, Katniss! — exclamei, depois, ainda com o riso escorregando pelos meus lábios. — Que isso?!

Bebericou meu copo de refrigerante, quase roxa, ainda sorrindo.

— Olha, cuidado até com bebidas, viu?

— Eu vou bater em você! Calado, Peeta! Calado! — e bebeu metade do copo. — Quer mais refrigerante?

Perguntou, dando a entender que ia buscar, mas a ideia de tê-la longe me fez muito mal.

— Vou com você — respondi, sorrindo. É tão bom poder estar perto dela, sem nenhuma cobrança atrás de nós.

Entrelaçamos nossas mãos, espontaneamente, a caminho da mesa com uma máquina de refrigerante, com diversos sabores.

— Alguma sugestão para me dar? — ela perguntou, parecendo um pouco confusa. — Refrigerante de morango e uva?

Ri.

— Sim, princesa. Há muitos sabores. Eu gosto desse — pus o meu copo debaixo de um que tinha a imagem de um limão, e ela fez uma cara de nojo, tão engraçada, que até quem estava do nosso lado riu.

— Peeta, isso sequer tem cor de refrigerante!

— Mas é ótimo, experimente! — Bem desconfiada, ela levou o copo à boca, devagar, para bebericar.

— Não é tão ruim. E esse de uva, é bom?

— É muito bom, se você gostar de uva — respondi, pondo um pouco no copo dela. — Experimenta. Acho que você vai gostar mais do que o de limão.

E realmente, ela gostou mais, dando um sorriso, enchendo o copo até onde podia.

Passeamos por toda a áerea, com alguns jogos disponíveis, como de basquete, onde podíamos acertar a bola na cesta, depois um “tiro ao alvo”, entre comidas, gargalhadas, e, a cada coisa que fazíamos um beijo, seja na boca, seja na bochecha.

O sentimento no meu coração é tão arrebatador, que não sei ao que eu poderia comparar.

— Você é tão linda quando fala — falei, apoiado em um canto, na frente de um painel vermelho, com as luzes mais escuras. Ela acabou de cumprimentar uma criança, que ficou tão feliz por vê-la, e as duas desenvolveram uma conversa rápida sobre gatinhos.

— E você, senhor querido, deveria parar de falar essas coisas, evitando que eu fique sem jeito.

Ri, balançando a cabeça, com ela se aproximando com um sorriso torto, mas tímido. Ao mesmo tempo que podemos ser nós mesmos, entra uma timidez, como se não nos conhecêssemos.

Abracei ela, bem protetoramente, fechando os meus olhos, mesmo embora sentisse minhas costas um pouco quentes por causa do painel vermelho. Queria poder tirar uma foto desse abraço, para nunca me esquecer do calor gelado que é abraça-la.

Seus cabelos tem cheiro de chocolate derretido, e a pele morena, como se fosse baunilha. Katniss é tão linda, mesmo que seja possível encontrar centenas de garotas com os mesmos traços que o dela em toda Panem.

Suspirou profundamente, acomodando-se ainda mais. Mas a distanciei, e a girei, como se fosse um filme, para trazê-la para ainda mais perto de mim, sentindo o calor de seu corpo, um pouco suado.

É um excelente momento para dizer o que eu sinto. Mas ainda sim, não disse. Deixei que o afago das minhas mãos dissessem por mim, no meio de seus cabelos, e coluna, da maneira mais casta possível.

Minha mãe ia brigar comigo, se soubesse que fiz isso, já que sempre mandou eu e meus irmãos sempre compartilharmos uns com os outros verbalmente também tudo o que nós sentimos.

— O que acha de irmos para nossa mesa? — Convidei, depois de um bom tempo. As músicas altas não afetam nossa bolha.

— Ótima ideia — respondeu, suspirando, com um sorriso.

Fomos, com nossas mãos entrelaçadas, e não havia um outro lugar no mundo que eu gostaria de estar, a não ser aqui, com ela, onde nossos problemas não são nada demais.

Nos sentamos, com ela com a cabeça em meu ombro, em silêncio, vendo pessoas passarem, rindo, sorrindo, conversando, dançando, ao som de músicas extremamente empolgantes.

— Às vezes, eu acho que nós somos um casal de a meia idade — comentou, me fazendo rir, olhando para ela. — Olhe nós aqui, quase dormindo, em uma festa.

— Bem, não fique mal, vejamos pelo lado super positivo, são quase onze da noite, temos motivos, está bem tarde!

Katniss sorriu.

— Daqui a pouco o Stefan vai tocar com a Delly, o que acha de irmos dançar? — perguntei, com um sorriso, tirando fios de cabelo que caiam em seus olhos.

Nesse momento, coincidentemente, foi anunciado eles dois no palco. As pessoas vibraram, aparentemente conhecem eles dois.

— Claro que sim! — respondeu. — Mas vamos ficar um pouco aqui?

Assenti, com um sorriso torto, beijando o alto de sua cabeça, abraçando- a de lado.

Aplaudimos quando meu amigo e Delly entraram. Nada poderia descrever o que senti ao ver os dois tão bem no palco, se dando muito bem.

Convidei Katniss para dançar, e assim ela veio, calmamente. Nossos passos foram suaves, porém meu coração retumbava acelerado, preocupado se ela estava ouvindo a forma como me deixa ao se aproximar tanto assim de mim.

Delly tem uma voz doce, e calma, embora não cante muito, quando cantou If I Ain't Got You, e uma outra, I Don't Want to Miss a Thing, eu estava pronto para chorar a qualquer momento, com Katniss em meus braços, com nossos passos sincronizados de forma inconsciente, mesmo eu sendo o pior de todos os dançarinos, sussurrei no ouvido da morena, trechos da música, dedicando para ela. Acho que o que sinto não pode mais voltar atrás.

Pude sentir o toque da mão de Katniss nervoso, mas feliz, pelo sorriso que tem a capacidade de iluminar toda cidade de Angeles em caso de falta de luz. Katniss chorou, eu pude sentir, então, tirando as lágrimas com meus beijos em suas bochechas, outrora com meus polegares, beijando sua testa, depois, seus lábios, debaixo do visco.

Não há muito para descrever. Eu não quero perder nenhum detalhe desse dia. Nenhum.

Depois de muitos beijos roubados, no ambiente escuro, iluminado somente por pisca-piscas, ela piscou, mas de uma forma brincalhona.

— Antes de irmos para o seu quarto… o que acha de você cantar a música toda? — Caí na risada, me escondendo em seu pescoço, sentindo outro click.

— Ai, ai, Katniss, você é tão engraçada — ela riu também, mas me cutucou, olhando-me nos olhos outra vez.

— Mas eu estou falando muito sério. Eu quero ouvir você cantar.

— Faço um show especialmente para você, mas só para você, e mais ninguém, ok? Por favor, não me faça fazer uma coisa dessas, eu vou morrer de vergonha.

— Uhum… se você não cantar para mim, vou te dar um socão.

A fiz rodar, no compasso do saxofone, atraindo olhares para nós, e alguns novos cliques de câmera, capturando sua saia rodando, e o riso nos nossos lábios.

— Você é fascinante — falei, fazendo carinho em sua bochecha.

— Obrigada… você também é — respondeu, se aproximando outra vez, e eu zerei nossas distâncias mais uma vez, beijando-a como se ninguém estivesse olhando.

Sentir tics de câmeras, porém apenas ignorei, assim como ela, ao som de outras músicas, e cantei em seu ouvido, outra vez, mas dessa vez, integralmente.


Quando a noite chegar
E a terra ficar escura
E o luar
For a única luz que se vê

Cantei, junto com a banda, depois de Delly se apresentar, e eu fazer a mesma coisa em seu ouvido. Katniss está sorrindo. Tão linda, bem aqui, na minha frente, para mim.

Muita das noites em que não consigo dormir, sempre me direciono para seus sorrisos, que a deixam mais bonita, de algum modo,

— Eu amo essa música, não acredito que você adivinhou em cheio, Peeta — sorri, continuando.

Não, não vou ter medo
Oh, eu não vou ter medo
Enquanto você ficar
Ficar comigo

Seus olhos brilharam um pouco mais, como se estivesse a um palmo de chorar, mas logo veio o coral, e eu apenas a tomei para um beijo bem demorado e sincero. So darlin’, darlin’, stand by me, oh, stand by me!

Então, querida, querida, fique comigo
Oh, fique comigo
Oh, fique, fique comigo
Fique comigo

Se o céu que contemplamos
Se despedaçar e cair
Ou a montanha
Desmoronar até ao mar

Não vou chorar, não vou chorar
Não, eu não vou derramar uma lágrima
Enquanto você ficar
Ficar comigo

E, querida, querida, fique comigo
Oh, fique comigo
Woah, fique agora
Fique comigo, fique comigo


Quando a música terminou, eu já estava a puxando delicadamente pela mão, passando por entre os outros casais, sentindo sua respiração ofegante no meu ombro, sorrindo para irmos ao meu quarto. Outros muitos tics, e olhares sorridentes para nós, que podemos ser reconhecidos bem de longe a esta altura das coisas. Será que é tão nítido assim que eu sou sua escolha?

Bem, penso, isso é bom, porque o elevador ficou só para nós dois nos beijarmos outra vez.

— Calma, já vamos chegar — ela falou, rindo, abraçada a mim, enquanto eu beijava diversas vezes seu ombro, mas para brincar mesmo, rindo também. — Aqui tem câmeras, vai que meu pai está assistindo isso agora!

Gelei, parando quase na mesma hora, na medida que ela gargalhava, mas as portas abriram, e quem me puxou foi ela, para sairmos correndo, dos tics nervosos das câmeras dos fotógrafos e jornalistas.

Com certeza, só verão nossos vultos rindo nas fotos.

Bati a porta do meu quarto, sem trancar, pois é automática, e logo a beijei, mas nos separamos, completamente sem fôlego, rindo mais. Ela tirou logo os sapatos e pulou na minha cama, se esparramando, me fazendo reclamar, por querer que fizéssemos isso ao mesmo tempo, não dessa forma.

Fui para o closet colocar um pijama, na medida que ela ficava apenas com uma blusa fina, e a roupa íntima inferior, para não sair daqui com as roupas amassadas. Nos deitamos.

Fiz carinho em seus cabelos, gentilmente, sentindo o calor de seu corpo, debaixo do grosso edredom refinado.

Eu gosto tanto dela.

Vai ser muito bom poder dormir assim com você todas as noites — sussurrei, depois de afagar seus cabelos volumosos, entrelaçando nossos dedos, tendo os mesmos beijados por ela, espontaneamente, com um sorriso. É fácil imaginar uma vida sempre assim.

— Diz isso porque não tivemos a experiência de nos vermos sem nada no sangue de manhã bem cedo, com bafo, ou algo do tipo — ri bem sincero. — Só mais três semanas.

— Espero que passem rápido — falei, com meu coração aberto, e ao mesmo tempo bem acelerado por toda essa nossa situação. — Sério. Não por nada. Apenas quero poder dormir na certeza de que vou acordar e você vai estar aqui. Comigo.

Olhei profundamente em seus olhos, que estavam nos meus, não desviando por nem um momento. Tão irreversivelmente apaixonado.

— Só vamos dormir — falou, suave como o vento frio que vinha da sacada, com a porta sanfonada luxuosa entreaberta, deixando as fortes estrelas e a lua bem cheia ser a única iluminação do quarto, assim como as luzes leves de fora, no corredor, que passavam ainda mais fracas por debaixo da porta.

Não quero invadir nossos espaços, mas não pude me privar de beijá-la calorosamente, aproximando nossos corpos, me deixando nos embalar e cobrir pela brisa gélida e constante que fazia querer estar cada vez mais perto dela, e ela de mim.

Sem querer, e também querendo, meus beijos foram descendo para seu pescoço, de forma inocente. Sua pele morena parecia um pouco mais clara, tão perto de mim, e no escuro. Mas ainda somos bons opostos de cor de pele.

Porém Katniss não me deixou ficar com toda a responsabilidade, retribuindo o beijo, outra vez, nos fazendo rolar um pouco na cama, a deixando por cima, com um edredom entre nós. Minhas mãos caíram da cintura para as pernas, porém não com maldade. Sorri. Ela sorriu.

Nós dois ofegantes, mas com o coração ardendo, sedento por isso. Não é certo insistirmos nisso, nessa situação. É errado. Para, Peeta.

Entre os sorrisos, suave como a cor azul-céu em uma aquarela infantil. Katniss é uma obra de arte. Seu corpo, é uma escultura com pele humana, pelas mãos mais suaves. Eu desejei ser seu pincel, podendo sentir cada parte de si, mas não com maldade, porém curiosidade. É um anjo. Eu estou perdido, totalmente caído de amores. Pensar que vamos nos casar, e vou poder permitir que ela me deixe ser seu maior admirador secreto, é gracioso.

Katniss… — sussurei, sentado na cama, entre seu ombro e queixo.

Peeta… — respondeu, quase inaudivelmente — Por que não fala aquelas três palavras?

Perguntou, ajeitando o edredom entre nós, sorrindo  susgestivamente. Ela é tão engraçada.

— Porque você não precisa delas, Katniss — beijei sua bochecha, com a respiração contida. Não parecia ser uma das noites mais frias do ano em Angeles.

— Eu ficaria feliz em ouvi-las — disse baixo.

— Não vou dizer o que já sabe, madame. Se eu desconfiasse que não soubesse, eu falaria todos os dias — respondi. — Katniss, eu estou falando sério. Você duvida de mim? Do que eu sinto por você?

Suspirou, mas com um sorriso. Sua mão estava subindo devagar da minha cintura.

— Não — respondeu. Tirei a mão de seu corpo, acendendo, então, o abajur, me sentando na cama outra vez.

— Então, não preciso te falar. Você sabe.

— Mas e quando eu duvidar? — perguntou, tocando em meu rosto, deslizando suavemente os dedos, em um carinho gentil.

— Vou ter que lembrar você — respondi.

— Como?

Sorri, me inclinando, beijando sua bochecha rosada pelo o que estava acontecendo, de forma casta.

Dessa forma.

Sorriu.

— Vamos dormir…

A coloquei para bem perto de mim, nos cobrindo outra vez com o edredom generoso, e dormimos, sem nada ou alguém que pudesse nos atrapalhar. 


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Notas finais do capítulo

E é isso, pessoal, espero que tenham gostado, me perdoe por estar curtinho kkkkkkkk prometo que o próximo será no capricho. E bem no capricho msm, porque vai ser o capítulo onde.... tan na na na naaaaannn... bem, vai ser não sendo no próximo kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Eu propositalmente deixei o capítulo curto, e deixei tudo bem ralo na festa de natal, assim como não falei tanto do luto do Peeta, porque tudo virá com chuva de detalhes nos próximos três capítulos, que serão MUITO intensos, e em um ritmo alucinante. Eu não minto para vocês quanto ao conteúdo da história! E eu, inclusive, estou avaliando, se não vou ter que mudar a classificação indicativa da história, por cenas bem difíceis e nítidas de violência... vou ler todas as normas mais uma vez antes de tomar essa decisão. Desde o início foram avisados! *piscando, animada* E ENTÃO?? SPOILER NELES!
"— Eu prometo que vou me esforçar muito para podermos governar com a maior dignidade possível. Nem que para isso eu passe menos tempo com a minha família, eu vou dar tudo de mim para governarmos esse país do melhor modo possível.
Falei, baixo, mas decidido. E estou. Quero ajudar Katniss, já que nessa profissão, ela é a cabeça, a líder, de todo um país, um dos mais populosos do mundo moderno.
— Eu sei que vai. Por isso você vai ser coroado junto comigo.
Olhou bem no fundo dos meus olhos, como se me lesse totalmente, de uma forma que rasgasse quem eu sou, quem eu fui, e quem um dia eu posso vir a me tornar.
Beijei seus dedos, então sua bochecha, me aproximando de seu ouvido, e toquei a ponta de sua orelha com a ponta dos meus dedos, enquanto olhava bem de perto, quase rosto com rosto, cada imperfeição e detalhes que parecem imperceptíveis, mas de perto são revelados em grande glória, como se seu sangue realmente soubesse que estava destinada a uma coroa.
— Eu te admiro muito — falei, do nada, enquanto simplesmente víamos o Sol, e o jardim, com uma quase rara movimentação. — Admiro muito você. Não temos muito tempo para eu poder dizer isso… e do jeito que vamos encontrar o país, não sei como vai ser. Mas quero que saiba, que eu admiro você, Katniss. E te acho simplesmente linda.
Olhou para mim, totalmente vermelha e sem graça, com um sorrisinho nervoso.
— Por favor, não quero ouvir — ri, balançando a cabeça, sentindo meu cabelo acompanhar meu movimento. — Sério, Peeta! Eu não sei como responder! Eu odeio não saber o que dizer!
— E se eu dizer o que sinto por você?
Riu.
— Você não vai dizer as Três Palavras. Não me engana.
— Eu estou apaixonado por você.
Falei, simplesmente, segurando na sua mão, olhando bem dentro de seus olhos lindos. Ela fica ainda mais bonita conforme o tempo vai passando, e eu conhecendo mais dela, como pessoa, como líder. É a união de todas as coisas boas nesse mundo.
Minha mãe iria adorar fazê-la cozinhar junto com ela, só para arrumar uma desculpa de ter Katniss por perto. Não deu tempo dela fazer isso com minha futura esposa, ou mesmo com Dean, ou algum dos meus irmãos, mas tenho certeza que mamãe amaria Katniss. Não tem como não amá-la.
— Você é ridículo. Simplesmente não posso acreditar que você é quem vai casar comigo. Eu vou acabar te dando um soco por sempre me deixar tão sem jeito."
O próximo, inclusive, será bem doce e romântico, talvez mais curto que esse, bme mais curto mesmo, ou talvez no mesmo peso de palavras. Vai terminar em um final bem AAAAAAAAAAAAAAAAAAA NÃO ACREDITO, porém serão recompensados, porque! Eu estou iniciando uma maratona compulsiva de posts. A nossa próxima atualização será na 4 feira, dia 18, e a outra, no dia 20, então, dia 22. Podem anotar no calendário kkkkkkkkkkk Estou falando sério. Caso eu não poste nesses dias, o que aconteceu foi problema no meu wifi, ou eu fui arrebatada, ou morri. Independente da situação, não se preocupem, eu estarei surtando, mas bem.
Sabe, me vem um desânimo muito grande, muita das vezes, e eu não vou mentir. Estou sendo muito sincera com vocês. Dá vontade de desiistir, no fundo do nosso coração, mas eu prossigo, porque me faz muito bem, e eu sei o quanto ler faz bem para muitas pessoas. Eu fico feliz demais ao ler os comentários de vocês, me dizendo o que acharam, não sabem o quanto isso transforma o meu dia, de uma forma que não pode ser enumerada. Obrigada mesmo.
Não sei quantos ainda ficaram, mas saibam que vocês são muito, mas muito espciais para mim. Obrigada. Espero não ter decepcionado vocês. Que Deus abençoe cada um, um beijo, e muito amor ♥

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