My only fix is you escrita por Sra Lecter


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Porque eu sei ,que você sabe, que você está em mim agora.



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Os dias se passaram, Gillian e Olivia se encontravam no café onde ocorreu o primeiro encontro das duas. Se conheceram, descobriram, encantaram, criaram um laço. Para a morena nada além de amizade passara por sua mente, mas a loira não esperava nada menos que um amor eterno.

Se depois de anos e noites de sono atrapalhadas pelo mesmo sonho, pela mesma morena, a morena que agora já não é desconhecida. Gillian se aproximou de Olivia de maneira rápida e intensa, ela não esperava que ocorresse assim, apesar de aparecer do nada na vida da morena, Olivia lhe acolhera com carinho.

Depois de tudo o que elas contaram uma para a outra, todos os segredos. Segredos que Olivia não contara para ninguém antes de Gillian, segredos que Gillian escondia em seus mais obscuros esconderijos. Não, a loira não contou sobre os sonhos, ainda.

–Gostaria de ser sua paciente. Digo, gosto do meu terapeuta, mas uma psicanalise não me faria mal. –disse-lhe Olivia no último encontro.

–Seria uma imensa honra lhe atender, querida. Mas creio ser impossível. Já possuo um carinho enorme por ti, seria nada ético da minha parte. Meus sentimentos afetariam meu diagnostico. –respondeu a loira com um sorriso.

Verdade, infelizmente, ela não podia atender Olivia. Não somente por ser antiético, mas também por que ela queria conhecer a morena, mas não como sua psicanalista, não como uma paciente, não queria a rotular.

Em cada encontro, em cada minuto que passara ao lado de Olivia sentindo seu perfume e ouvindo sua voz, em cada abraço ela já não conseguia evitar deixar transparecer o amor pela morena. Por mais inteligente que Olivia é, ela não percebe.

Gillian sente que em algum momento, não muito distante, irá transbordar por possuir tantos sentimentos dentro de si. Tentou se avaliar, mas percebeu que não podia, teria uma tola como paciente. Está pensando em procurar ajuda, talvez um colega terapeuta.

Eu não consigo ver você, ela ouve alguém dizer. A loira procura em volta a dona da voz. Parece um quarto normal, mas desta vez não é o dela, e não parece com qualquer outro que ela tenha adentrado.

–Pode me ouvir? –pergunta em tom baixo. Olha para a cama, não há ninguém lá, ninguém no quarto.

A porta se abre.

–Eu queria poder ser salva. –a voz se põe a chorar.

Gillian fica em frente à porta, não vê ninguém.

–É você Olivia? –pergunta assustada.

Uma luz é acessa no corredor, ao lado de fora da porta onde era apenas breu, ela revela Olivia amarrada em uma cadeira com fita tapando sua boca, há um homem, está com uma arma na cabeça da morena.

–Eu não posso amar você, Gillian. –a voz de Olivia ecoa na cabeça da loira

Sem entender a cena, ou quem é o homem, Gillian tenta andar em direção aos dois, mas bate de frente á um vidro transparente, seu nariz sangra, mas não sente dor alguma.

–Eu não posso amar você, Gillian. Eu não posso amar ninguém. –a voz sussurra.

Gillian acorda.

O olhar azul celeste de Fernando lhe encara, ela se sente julgada.

–Eu não posso amar você, Gillian. –ela repete as palavras de Olivia.

O que isso quer dizer? Por que ela não pode me amar? Ou a qualquer outro?

Chega a tarde e a loira se prepara para o encontro com Olivia.

–Boa tarde, Liv. –Gillian cumprimenta a morena.

–Boa tarde, Gillian. –Olivia abraça a loira.

É impossível olhar para a morena e não relembrar o sonho que teve há algumas horas. A doutora ainda se perguntava sobre o significado dele, sobre as palavras de Olivia.

–Como está? –pergunta Olivia ao perceber que Gillian está perdida em seus pensamentos mais uma vez, isso é frequente, acontece em todos os encontros delas.

–Estou bem, obrigada. E você, como está? E o trabalho? –pergunta Gillian com um sorriso. Tenta afastar seus pensamentos.

–Estou bem. Não quero falar sobre trabalho hoje, por favor. –Olivia sorri.

–Como desejar, madame. –Gillian sorri e leva a xícara de café à boca, bebe um gole.

Olivia a observa em silêncio.

–O que foi? –pergunta a loira ao perceber.

–Faz duas semanas que nos conhecemos, Gillian. Desde que você entrou na minha vida tornou-a agitada, desde o primeiro encontro nessa cafeteria.

Ao ouvir tais palavras da boca da morena Gillian quis contar sobre os anos que passou imaginando como seria encontrar Olivia, como desejou desesperadamente que isso acontecesse. Mas se a loira começasse a contar teria que falar sobre os sonhos, sobre as noites em claro, sobre cada dia em que só pensou na morena. E isso ela não está pronta para fazer.

–Posso dizer o mesmo para ti, Liv. –diz por fim.

–Ainda não sei bem como você entrou na minha vida. –Olivia bebe um gole de sua xícara.

–Coincidência? –pergunta Gillian sorrindo.

–Não existe coincidência, Gillian. –Olivia da um leve sorriso.

A morena sabe que há um motivo, que aquela loira não é apenas obra do destino, há algo para acontecer, ela previa.

–Nesse caso, não tenho resposta. –Gillian encara Olivia temendo que a morena perceba suas mãos tremulas.

–Ainda encontraremos uma. –Olivia sorri. –Terá algum paciente essa noite?

–Não, eu... Estou livre até semana que vem. –responde compreendendo que Olivia quer trocar de assunto.

As duas amigas continuaram a conversa por mais algumas horas, até que o trabalho de Olivia a chamou de volta e a morena teve que atende-lo. Então se despediram e cada uma seguiu seu caminho.

Talvez nunca conte à ela. Pensa Gillian enquanto caminha para casa. É impossível prever como reagiria Olivia e talvez a amizade não continuasse a mesma.

Gillian é afastada de seus pensamentos pelo toque de seu celular.

–Alô. –Atende ao ver a foto de Laís.

–Boa tarde, Doutora. O que está fazendo? –pergunta a jovem.

–Estou no consultório. –Gillian mente.

–Doutora, que feio. Achei que só eu fosse a mentirosa. –Laís diz em tom irônico.

–O que? –a loira sorri.

–Estou olhando para você. –Laís ri. Gillian olha para os lados à procura da jovem. -Fique onde está eu vou até ai.

–Ok. –Gillian para de caminhar.

–Estou chegando. –Laís diz.

Gillian olha para trás e a jovem está caminhando em sua direção.

–Vou desligar agora. –Gillian brinca e termina a ligação.

–Olá. –Laís sorri e abraça, com um braço, pois o outro está enfaixado, a loira.

–Para quem disse que não iria à próxima consulta, você está ótima. –diz Gillian.

Quando a loira vira o rosto para dar um beijo na bochecha de Laís é surpreendida por um beijo da mesma. Seus lábios se tocaram por alguns segundos até que Gillian afastou a jovem de si.

–O que foi isso, Laís? –pergunta Gillian ainda incrédula.


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Notas finais do capítulo

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