Unbreakable Destiny escrita por Bob Esponja, Morrison, Ivy Sofie


Capítulo 4
Tarde para se arrepender


Notas iniciais do capítulo

Sorry pela demora, espero que gostem. Boa leitura.



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Emma:

Após algum tempo percebi que estava sem a minha jaqueta e lembrei que havia deixado no banco da praça e voltei rápido, mas quando cheguei não estava lá. Só de pensar que tinha perdido já me doía o coração, a jaqueta era uma das únicas coisas que eu tinha que Regina havia me dado. Ela me deu no meu aniversário de 16 anos foi o presente mais marcante que ganhei e eu sabia que sempre que a usasse me sentiria segura então quase o tempo todo eu a usava. No aniversário dela daquele ano lhe dei um colar com um pingente de um cisne com uma coroa porque desde que éramos pequenas ela sempre quis ser a rainha nas brincadeiras e ela também brincava por meu sobrenome ser Swan, ou seja, cisne. Eu não sei ela ainda usa o colar, mas ela não tirava ele por naca quando éramos amigas, dizia que era seu amuleto da sorte e que sempre estaríamos de alguma forma ligadas enquanto ela usasse e é exatamente assim que me sinto em relação a jaqueta e por isso fui arrasada para casa por não a encontrar, mas provavelmente alguém acabaria achando e deixando no Granny’s como sempre acontece quando se perde algo nessa cidade, sempre vão parar no Granny’s.

Ao chegar no meu quarto peguei meu notebook na mala e abri a pasta com o arquivo da criança que foi adotada e que possivelmente era meu filho. Bom, já vi fichas de 12 crianças. Doze meninos que nasceram no mesmo dia e hora que meu filho e que foram postos para adoção na mesma cidade que meu filho, doze meninos que foram adotados em cidades vizinhas como se o universo conspirasse para que minha busca fosse mais difícil, doze meninos que foram incompatíveis comigo no teste de DNA. Aquele garotinho que foi adotado 2 meses depois que nasceu era a minha única chance de encontrar meu filho pois se não fosse ele não tinha outro e esses últimos dez anos de angústia seriam em vão. Algumas famílias que fui atrás achando que poderia estar com meu filho me perguntavam “Se você está atrás dele, se ama ele, por que pôs para a adoção? ” Bom, a resposta era um tanto quanto complicada porque eu assinei papéis para que ele fosse para adoção antes mesmo dele nascer, mas eu era nova e fui meio que guiada pelos meus pais que disseram que iria atrapalhar meu futuro e que era muita responsabilidade cuidar de uma criança, mas assim que ele nasceu e o médico o colocou em meus braços eu simplesmente derreti e não podia de forma alguma entrega-lo, aquele serzinho que havia saído de mim, que era tão pequeno e frágil, ele não tinha culpa que seu pai não prestasse, ele de alguma forma me fez sentir uma alegria que não sentia fazia tempo. Porém quando o médico foi tira-lo de mim eu ia dizer que não queria, mas colocá-lo para adoção, mas aí as máquinas começaram a apitar e a enfermeira o tirou as pressas de mim tudo ficou escuro. Quando acordei meus pais vieram agitados me ver e eu não sabia o que havia acontecido, explicaram que desmaiei porque houve complicações e perdi muito sangue, mas assim que me dei conta pedi para ver meu filho e disseram que já havia ido para o sistema. Fiquei extremamente descontrolada eu não conseguia parar de chorar e pedir por meu filho, mas já era tarde não sabia em qual orfanato ele tinha ido parar. Então, por dois meses tranquei a faculdade e entrei em depressão, eu não conseguia nem criar animação para me levantar da cama, eu não tinha motivo porque o único motivo da minha alegria havia sido tirado de mim e eu era a culpada. Foi então que Killian se tornou ainda mais importante, ele constantemente ia a minha casa, tentava me animar, me fazer comer, me fazer sair de casa (mesmo que por 10 minutos). E depois de 3 meses com psicólogo e o apoio dele, de alguns amigos e de minha família acabei por melhorar e pouco a pouco fui voltando ao meu cotidiano e tive a ideia de procurar meu filho porque mesmo adotado por outra pessoa continuava sendo meu filho e eu precisava vê-lo, abraça-lo, e de alguma forma concertar meu erro. Então fui nos orfanatos da minha cidade e me passaram as fichas dos meninos que nasceram naquele mesmo dia, que para minha sorte não eram muitos. Me formei e continuei empenhada em procurá-lo, conciliar a procura com a faculdade era complicado, com o trabalho então iria ser quase impossível se Killian não me ajudasse. O mais difícil era que alguns meninos foram adotados por pessoas de outra cidade e acabava que tínhamos que esperar termos férias para que pudéssemos ir até lá, mas acabava que depois de convencermos as famílias a deixar fazermos o exame de DNA, o que era um custo com algumas famílias, o garoto acabava não sendo meu filho. A cada resultado negativo eu ficava mais triste, me doía mais, mas por aqui em Storybrooke estar o último garotinho das fichas eu ainda tenho esperança. Eu espero de verdade que seja ele porque eu não aguento mais essa angústia e após esses longos anos tenho de admitir que mesmo Killian me apoiando e me dando todo amor possível, vejo que ela também está se cansando.

Na ficha só tem a foto dele recém-nascido, mas todos os recém-nascido são iguais e alguns dados como peso, altura, data do nascimento, etc. Eu não me lembro muito do rostinho dele, foi tudo tão rápido que só me lembro de uma marquinha em forma de estrela que ele tinha no pulso.

Me levanto decidindo ir ao Granny’s procurar minha jaqueta. Killian não iria gostar de me ver olhando aquela ficha pela milésima vez. Ele dizia que eu ficava melancólica quando ficava analisando as fichas, mas ele tinha razão, pelo menos eu tinha ele que acabava me animando e como ele não está aqui eu preciso arranjar algo para fazer.

– Ruby, será que ninguém deixou uma jaqueta vermelha nos achados e perdidos aqui na lanchonete, não? – Digo antes de entra vendo ela do lado de fora anotando alguns pedidos.

– Na verdade, deixaram sim... – Fala meio inquieta, mas me deixa feliz pelo fato de ter dado a notícia que eu esperava.

– Ótimo, vou pegar. Obrigada.

– Hã... Emma. – Ela me chama quando já estava quase na porta – Espera eu entrar para falar com você sobre a pessoa que trouxe a jaqueta para cá, por favor? – Franzi a sobrancelha, estranhando o jeito aflito que ela falava.

Assenti e entrei, a jaqueta estava pendurada onde as pessoas deixavam normalmente seus casacos. Peguei e vesti sentindo um pouco de paz voltar para mim, mas a jaqueta estava com alguma coisa diferente, o cheiro dela não era o do meu perfume, mas também não era um perfume estranho eu conhecia aquele perfume só não me lembrava de onde. Sentei em uma mesa e esperei Ruby. Fiquei cheirando minha jaqueta, estava parecendo uma doida, mas aquele cheiro era tão bom e familiar que me intrigava.

Ruby entrou deixando os pedidos na bancada para que sua avó preparasse e se sentou na minha mesa.

– E então, por que queria que eu esperasse? – Comecei depois de ela se sentar e não falar nada.

– Bom, é que a pessoa que trouxe sua jaqueta me perguntou de quem era.

– Ok, mas quem é essa pessoa? – Já estava curiosa, por que alguém iria querer saber de quem era?

– Er... A Regina. – Arregalei os olhos no segundo em que ela falou aquele nome. Como assim a Regina? Ela vivia com planos de se mudar quando se formasse, mesmo que esses planos fossem comigo, não achei que desistiria. Como ainda não á vi? O que eu vou falar quando a vir? Meu coração estava palpitando acelerado de nervosismo.

– Emma, você está bem? – Ruby me perguntou depois de algum tempo em que me mantive imóvel e sem saber o que fazer.

– Estou, estou sim. – Me apressei em dizer, mas o nervosismo era evidente em minha voz – E você disse de quem era, a jaqueta?

– Achei melhor não falar. Pelo que sei vocês não se falam a um bom tempo. Então...

– Ótimo. – Falo interrompendo ela – Obrigada Ruby. Agora tenho que ir. - Levanto-me e vou em direção à rua depressa, sem nem ao menos esperar que ela dissesse algo mais.

Eu estava com muita saudade da Regina e de tudo que vivemos juntas durante 14 anos e temos muito mais histórias loucas e surreais do que a maiorias das amigas por aí, mas eu não estava nem um pouco pronta para vê-la – é como quando você treina bastante para uma apresentação de dança importante, você treina e espera ansioso para dia de apresentar, mas a cada dia que chega mais perto da apresentação mais você quer que demore, mais você quer ter tempo para treinar porque por mais que você se prepare e esteja pronto na hora você sente como se não soubesse nenhum passo, tem medo de erra, de falhar, mesmo que você saiba que está preparado – eu me sinto exatamente dessa forma ao saber que possa encontra-la em qualquer lugar a qualquer momento e fico pensando sobre o que vou fazer esses dias enquanto caminho sem ter um lugar específico para ir.


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Notas finais do capítulo

Comentem o que acharam nos incentiva a continuar e a melhorar. Espero que tenham gostado.



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