Unbreakable Destiny escrita por Bob Esponja, Morrison, Ivy Sofie


Capítulo 3
As brigas do presente resultam nas mágoas do futuro


Notas iniciais do capítulo

Primeiro capítulo da semana, espero que gostem :*
Continuem comentando, a opinião de vocês é muito importante para nós.



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REGINA:

– Regina, acorda meu amor! -Robin falou beijando meu pescoço enquanto me acordava. – Vamos nos atrasar.

– Não seria a primeira vez. -Falei rindo com a voz ainda carregada de sono. -Poxa! Já são 7 horas... chama o Henry para mim?

– Claro! -Meu marido sai do quarto rapidamente e eu aproveito para ir me lavar. Mesmo sendo prefeita, eu ainda me atrasava.... Nos últimos 5 anos meu marido é quem me salva de chegar atrasada.

– Terra para Regina. -Robin me tira dos meus pensamentos. – Você cortaria seus atrasos pela metade se não ficasse metade do tempo se olhando nesse espelho velho. -Ele fala bravo.

– Força do hábito. -Falo fazendo bico.

– Não faz essa cara, odeio te ver fazendo birra. -Ele beija minha boca na tentativa de me alegrar. – Será que um dia você ainda vai me dizer porque não troca esse espelho? -Eu me afasto.

– Eu já te disse, ele me lembra de coisas que não posso esquecer. -Como por exemplo, o dia que briguei com minha melhor amiga e arremessei o telefone contra ele...

– Isso eu sei, mas o que? -Essa parte eu não contaria ao meu marido, porque são memórias que eu guardo para mim, o espelho é a lembrança de todo o sofrimento que passei por culpa do medo e também é a maior lembrança que tenho de Emma. Passei muito tempo nutrindo raiva por ela, mas queria ter a chance de me desculpar, já que percebi que fui muito infantil e claramente a deixei na mão, se ao menos um dia ela quisesse olhar na minha cara novamente.

– Termine de se arrumar logo, para nós descermos. -Robin desconversa.

– Se está com tanta pressa por que não vai tomar café com o Henry enquanto eu me apronto? -Falo seca.

– Você sabe que ele não vai com minha cara... -Ele me questiona.

– Um dia essa briga infantil que vocês travam vai ter que acabar. -Termino de me arrumar e desço rápido junto com Robin.

– Bom dia, querido. - Dou um sorriso para meu filho.

– Bom dia, mãe.- Ele me abraça e ignora Robin. Nos sentamos a mesa e o que era de costume acontecer.

– Henry, passa o suco. - Robin pede e eu já me preparo para mais uma briga matinal entre os dois.

– Como é que se diz? -Henry provoca e Robin se levanta para pegar o suco por conta. – De nada. -Provoca novamente.

– Henry... -Digo.

– Mãe...

– Quando é que você vai parar com isso?

– Nunca. Não sou obrigado a gostar desse cara, ele não manda em mim.

– Começou... - Reclama Robin. – Eu só queria que fossemos amigos..., MAS VOCÊ É UMA CRIANÇA BIRRENTA.

– Não precisa fingir que gosta de mim porque é casado com minha mãe!

– PAREM. Henry vá se arrumar para a escola. - Ele sobe e combino de buscá-lo na saída da escola, vou para a prefeitura enquanto Robin ia para a delegacia trabalhar, já que ele era o xerife.

Eram aproximadamente 5 horas da tarde, eu havia saído mais cedo que o habitual do trabalho. Fui buscar Henry, sentei em um dos bancos que ficavam na frente da escola esperando a hora dele sair. Tudo parecia normal até que...

– Não pode ser. -Falo para mim mesma em choque. – Deve ser só coincidência. -Olho incrédula para uma jaqueta vermelha, a qual se parecia muito com a que eu havia dado para Emma. – Faz muito tempo, não pode ser a mesma!

– Seria essa a chance de consertar um dos meus piores erros? -Falo para mim, mas me recuso a acreditar. – Não, Regina essa não é a jaqueta da Swan.... Ainda faltam 15 minutos para meu filho sair, vou tirar a prova de que esse casaco não é dela! -Enxugo os olhos que estavam marejados e vou na direção do Granny's, onde ficava os achados e perdidos da cidade.

– Ruby! -Falo enquanto me dirijo até o balcão.

– Pois não, prefeita. -Ela vem em minha direção.

– Você não saberia... de quem é esse casaco?

– Não... -Ela me olha com um olhar assustado que me faz duvidar. - Deixe aqui que eu lhe aviso se alguém vir procurar por ele. -Agora ela fala com convicção, o que me faz pensar que tudo isso não passa de paranoia da minha cabeça.

– Ok, obrigada. -Deixo a jaqueta e volto para a escola decepcionada, parte de mim não quer remoer o passado, mas parte de mim ainda se sente culpada. – Eu queria tanto não ter quebrado meu telefone aquela noite, assim eu teria um meio de me comunicar com ela, mas ela também não me procurou. Ela deve estar muito brava comigo ou esquecido de mim, até de cidade ela mudou.

– Mãeee, bem na hora! -Henry corre para me abraçar.

– O que foi querido, você está com uma carinha triste... -Olho desconfiada para ele.

– Não é nada... -Ele fala sem jeito.

– Henry...

– Briguei com o Davi... NÃO VOU MAIS FALAR COM ELE! -Henry fala com claramente raiva do seu melhor amigo.

– Vamos na sorveteria? Quero conversar com você.

– Mãe, deixa isso quieto.

– Vamos.

– Táaaaaaa.... – Ele fala revirando os olhos.

Já na sorveteria eu começo:

– Filho, eu não falo isso como a careta que quer te censurar. Nunca desista de ninguém que você ama, tanto amigos, família ou alguém especial...

– Por quê? -Ele pergunta irritado.

– Não sei o motivo de você ter brigado com o Davi, mas uma coisa eu posso afirmar, devemos aproveitar o presente porque nossos atos são pagos no futuro. O arrependimento não nos dá o poder de voltar atrás. -Falo segurando para não chorar na frente do meu filho.

– Mas ele está errado!!!!!! E como você pode ter certeza disso?

– Experiência própria.... As vezes o destino separa quem mais amamos de nós, as vezes pensamos que temos razão porque estamos com a cabeça quente. Veja o lado dele e converse para chegar a um bom senso porque o passado não volta.

– Tem razão, vou falar com ele. - Henry pega o telefone decidido e vai na direção do banheiro.

Enquanto eu esperava meu filho enquanto mexia em meu telefone lembrando que não poderia fazer o mesmo com a Swan, sou surpreendida com um abraço.

– Obrigada mãe, essa pessoa com quem você brigou pode não estar aqui, mas eu estou aqui e você pode contar comigo... E meu conselho é para que a senhora pare de pensar no passado e se culpar, aproveite o futuro -Solto um sorriso enquanto retribuo o abraçado e partimos para casa.


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