Unbreakable Destiny escrita por Bob Esponja, Morrison, Ivy Sofie


Capítulo 2
Voltando para Storybrooke


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, primeiro capítulo escrito pela Leticia, esperamos que gostem e continuem comentando.



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PRESENTE

–EMMA:

– Olá. – Falei entrando no hotel onde não pisava fazia um bom tempo.

– Oi. Você veio atrás de um qu....- A senhora que virou e assim que me viu parou de falar abruptamente- Emma?!- ela arregalou os olhos e endireitou os óculos acima do nariz.

–Oi Granny. – Acenei timidamente, fazia muito tempo que não a via, mas parecia a mesma. Estava com mais rugas e com o semblante cansado por causa da idade, mas parecia a mesma que sempre fez o melhor chocolate quente com canela.

– Querida! - Disse ela dando a volta no balcão da recepção e me abraçando – Quanto tempo. Não tenho notícias suas desde que se mudou. – Ela falava, falava e eu sorria e concordava tentando ser simpática –E então, o que te fez voltar para a cidade? Você terminou os estudos? Como vão seus pais? – Era uma pergunta atrás da outra, perguntas que eu não queria responder.

– Granny, calma. – Falei sorrindo para que ela parasse de fazer perguntas – Eu adoraria contar tudo para você, mas está tarde e minha viagem foi cansativa. Será que você poderia me arranjar um quarto, por favor?

– Ah, claro. Me desculpe. – Ela fala se apressando e pegando a chave de um quarto para mim – Assine aqui, por favor.

– Depois quero ir no Granny’s tomar um chocolate quente. – Falei, tentando mostrar que continuava a mesma Emma de 10 anos antes, quando vi que ela parecia um pouco sem graça. Porém eu não era a mesma Emma, fisicamente eu quase não havia mudado, mas internamente eu estou bem diferente de antes, hoje vejo o quanto errei quando era mais nova e o quanto eu era ingênua e instável.

Assinei os papéis que ela pediu, peguei minhas malas e fui para o quarto número 7. Não arrumei minhas coisas só peguei meu pijama, tomei banho e me deitei. Estava cansada, mas não conseguia parar de pensar em como serão os próximos dias, depois de tanto tempo sem voltar a Storybrooke eu não sabia como seria reencontrar todos novamente, mantive contato com alguns por telefonemas e redes sociais, mas é bom imaginar como eles devem estar, por exemplo, a Ruby deve estar como sempre, com uma roupa curta e sempre usando muito vermelho, o Augusty e eu éramos muito amigos e ele me via como uma irmãzinha e se me ver vai acabar comigo por não ter vindo visita-lo nesses anos, a Belle deve ter se formado em literatura como sempre desejou, o Neal.... Nesse eu não quero nem pensar e a Regina... bom ela... não sei exatamente o que pensar, mas só de me lembrar dela me vem uma dor no peito e lágrimas começam a marejar eu meus olhos, enxugou e sento tentando me recompor. Não quero pensar nela e no que aconteceu, nem no tempo em que não falamos uma com a outra. Tenho que pensar no meu foco: Encontrar meu filho.

Fico mentalizando essa frase na minha cabeça há anos como se a cada vez que ela fosse dita ou pensada ela me fizesse de alguma forma ficar cada vez mais perto de encontra-lo.

Acordo cedo como de costume e olhando pela janela do meu quarto percebo o quanto estou diferente porque, no começo, quando eu estava na cidade em que supostamente encontraria meu filho eu sempre ficava esperançosa, agitada e impaciente, mas com o tempo isso foi mudando. É como se a cada decepção minha fé fosse se diluindo aos poucos, porém esse pouquinho de fé que me resta me trouxe novamente a essa cidade que é um misto de saudade e arrependimento. Meu celular vibra chamando minha atenção:

“ Bom dia, amor. Chegou bem? Vc não me ligou. ”- Eu esboço um sorriso ao ler a mensagem Killian era muito protetor.

“ Bom dia. Cheguei sim, não liguei pq estava cansada. ” “ Você vem quando? ”

Conversar com ele me fez lembrar de quando nos conhecemos:

Depois de tudo o que passei, me formei em direito e me especializei na área de investigação eu meio que me permiti amar novamente e esse alguém que me permiti amar foi Killian. Eu o conheci quando me mudei para Boston e na minha primeira aula na faculdade nova, me lembro que estava nervosa, confusa e totalmente sem saber o que fazer da minha vida naquela época. Eu estava sentada esperando o professor chegar, lendo um livro para me distrair quando ele se sentou na mesa ao meu lado e falou: “ Vejo que escolhi o curso certo quando entro na sala e vejo novatas tão lindas. ” – Ele não disse como uma cantada, disse brincando e me fez sorrir e olha-lo, de olhos azuis e cabelo escuro, ele sorria e eu já sabia que era o bobão da sala. Nos tornamos amigos e acabei contando do meu imprevisto que crescia no meu ventre, ele nunca me tratou de forma diferente por causa disso, na verdade, mesmo que as outras pessoas me olhassem estranhamente ao ver minha barriga que crescia, o que era incomum na minha idade, parecia que para ele aquilo me tornava mais especial. Não posso negar que ele tenha várias vezes tentado ter uma coisa mais séria comigo, mas naquela época eu não estava preparada para aquilo, ainda mais depois que meu filho nasceu e..... Estou adiantando a história. Bom o fato é que há 5 anos estou com ele e acho que agora consigo entender quando Regina falava que o que tinha entre mim e Neal não era amor, mas com Killian aprendi que para se ter um relacionamento é preciso de respeito mútuo, carinho e compreensão.

Meu celular vibra novamente:

“ Minhas férias começam na sexta, então só daqui a três dias. ”

“ Tudo bem, enquanto isso eu vou tentar ver como a cidade está e reencontrar alguns amigos. ”

“ Faça isso mesmo. Se cuide, tenho que ir. Te amo. ”

“ Tudo bem. Beijo, também te amo. ”

Arrumo minhas coisas no armário coloco minha jaqueta vermelha, minha preferida e que tenho desde os 16 anos, e desço para a lanchonete da Granny, meu lugar preferido quando mais jovem.

Estava um pouco vazio, mas as poucas pessoas que estavam lá me conheciam e ficavam me encarando como se pensassem “ É a Emma Swan mesmo? ”, e além daqueles olhares aquele lugar me traziam lembranças, lembranças ótimas que me deixaram um pouco nostálgica. Sentei em um banquinho alto no balcão e logo vi Ruby servindo as mesas, estava exatamente como imaginei.

– Garçonete! – Chamei, ela se virou e ao me ver juro que o queixo dela caiu.

– Emma!? – Pronunciou ela animada ao me ver e veio rapidamente me abraçar – Meu Deus, quanto tempo. - Ela disse me olhando – Minha avó me disse que você tinha voltado, mas achei que ela estava imaginando, sabe como é a idade está chegando.

– É, parece que continua a mesma Ruby. – Eu disse rindo me lembrando do quanto ela dizia as coisas sem pensar, assim como estava fazendo.

– Mas você não parece a mesma Emma, você está diferente. Você quase não falava comigo, o que aconteceu nesses últimos dez anos? – Porque todos queriam tanto saber? Ok, que mudar do nada e voltar depois de 10 anos deveria ser curioso, mas será que não percebem que o assunto pode ser desconfortável para mim?

– Que tal a gente marcar algum dia para falarmos sobre nós duas? Acho que é muita coisa para se contar agora e você tem clientes. – Olhei ao redor tentando mudar de assunto.

– Tudo bem, mas você não me escapa Swan. – Ela semicerrou os olhos e eu sorri amarelo.

– Ok, mas agora eu tenho que ir, só vim te dar um oi e ver como estava. Será que você pode me dar um café para levar? – Ela arrumou e me entregou. Me levantei da cadeira lhe dando um beijo no rosto me despedindo.

– Me liga.

Concordei enquanto saia na rua e ia em direção a praça. Observava cada detalhe enquanto andava, me lembrava de cada casa e seus donos. Cresci em Storybrooke e aquela cidade era maravilhosa tinha certeza que se aquela criança, sendo minha ou não, era sortuda por crescer ali. Sentei-me em um banco na pracinha que ficava no meio da cidade e fiquei observando as pessoas, tudo ali me trazia alguma lembrança, seja dolorosa como quando tinha 6 anos e cai milhares de vezes quando estava aprendendo a andar de bicicleta ali, ou feliz como quando eu e Regina ficávamos horas brincando aqui mesmo. Mais uma vez me lembro de Regina, mas era involuntário era pensar Storybrooke e o nome dela me vinha na mente. Uma coisa que não me lembrava era que aqui fazia tanto calor tiro a jaqueta para me refrescar um pouco e fico observando as crianças irem para a escola. Depois de ficar um tempo ali me lembrando do passado e as vezes acenando para algum conhecido resolvi caminhar um pouco, pois um pensamento não me saia da cabeça “ Quando seria a minha vez de levar minha criança a escola? ”


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Notas finais do capítulo

Comentem o que acharam nos incentiva a continuar e a melhorar. Espero que tenham gostado.Decidimos que postaremos duas vezes por semana ^^