Unbreakable Destiny escrita por Bob Esponja, Morrison, Ivy Sofie
Notas iniciais do capítulo
Música do capítulo >>>> https://www.youtube.com/watch?v=KXhCdbmgZZc
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Aquele beijo foi de tirar o folego e a razão, o gosto de uma na boca da outra as deixavam sedentas por mais. Não conseguiam formar pensamentos claros devido ao nervosismo e a euforia, apenas se olhavam profundamente nos olhos. Porém, ambas escutaram o barulho de galhos se quebrando na floresta e se separam rapidamente.
—- Consegui. -Henry fala enquanto abre a cadeira em frente a casinha.
—- De...demorou, querido. -Regina fala com dificuldades enquanto tenta recuperar suas forças, as batidas do seu coração estavam inversamente proporcionais ao seu raciocínio.
-- Está tudo bem? -O menino pergunta preocupado devido a agitação das mães.
—- Sim, pensamos ter visto uma cobra. -Emma responde rapidamente, mesmo estando em caos por dentro.
—- Deve ter sido um galho... -Ele fala enquanto se senta, mas no fundo sabia que aquilo era uma desculpa para algo maior.
A tarde foi passando, Emma contou a Henry mais situações nostálgicas, enquanto Regina disse que ia atender ao celular e ficou afastada. Apesar disso, aquele momento foi muito importante para que o pequeno se sentisse mais próximo da loira.
—- Problemas na prefeitura! -Regina volta para perto dos dois enquanto anda de forma cuidadosa sobre o galho.
—- Já está ficando tarde... Vamos voltar? -A loira diz de imediato após a volta da morena.
—- Tudo bem! Henry querido, pegue a cadeira e venha. -A prefeita segue em direção ao carro, não estava com a mínima vontade de pegar a cadeira de praia com seus saltos correndo o risco de tropeçar.
Voltaram para casa em silêncio, fazendo com que Henry cochilasse no carro.
—- Quer que eu o leve para dentro? -Emma pergunta olhando de forma doce para o garoto, mas quando voltava a olhar Regina, tinha um olhar neutro.
—- Nem pensar, você saiu do hospital faz pouco tempo... Vou deixar ele dormir um pouco e o acordo no jantar. -A morena diz enquanto retira o calçado e leva o pequeno para cima.
Emma vai para o seu quarto e fica deitada na cama por alguns minutos. Olhava para o teto com tanta força que talvez pudesse abrir um buraco. A moça estava tentando por seu raciocínio em primeiro lugar, não podia deixar seus sentimentos sobreporem a razão.
—- Precisamos conversar... -Regina diz sutilmente pela fresta da porta semiaberta.
—- Eu sei. -A loira fala com seus olhos ainda focados no teto.
—- Pode pelo menos me olhar? -A prefeita fala visivelmente incomodada com a atitude da outra.
—- Não, porque assim será mais fácil o que tenho para falar. -Emma fala tentando espantar as lágrimas que estavam querendo brotar em seu rosto. – Eu não posso...
—- Não pode o quê? -Regina podia sentir a angustia e os sentimentos de Emma, o que fazia tudo doer em dobro.
—- Além de você ser mãe do Henry, somos amigas de infância... -Agora a moça senta na cama e olha fixamente para a outra.
—- Amigas não olham do jeito que você me olhou, não fazem meu coração bater mais forte como você fez. -A prefeita fala lutando contra seu orgulho e medo. Entretanto, não queria sentir mais essa dor, estava cansada de criar esperanças em vão.
—- Talvez tenhamos confundidos as coisas... talvez você tenha depositado esperanças onde não deveria, não quero machucar você. -Emma sabia que se aquilo não desse certo, ela perderia Regina e seu filho mais uma vez. Preferia passar a eternidade ao lado dela sendo sua amiga, do que passar uma eternidade sem ela. A loira não podia e não iria perder mais ninguém.
—- Tarde demais. -A morena sente uma faca imaginária atravessar seu coração, não conseguia dizer mais nada, apenas deixar uma lágrima cair.
—- Me desculpa. -Emma se levanta e fica frente a frente com a outra.
—- É irônico falar que deposito esperança onde não deveria, sendo que é você quem a dá e depois tira... É você quem faz os muros das pessoas caírem e depois os obriga a reconstruí-los. -A prefeita fala friamente virando-se de costas para a moça.
—- É irônico como você sempre recua das coisas e depois fica furiosa quando os outros fazem o mesmo. -A loira deixou aquela dor que escondia lá no fundo sair.
—- FOI VOCÊ QUEM FOI EMBORA! -Regina vira-se furiosa para a outra, não podia acreditar no que estava ouvindo.
—- FOI VOCÊ QUEM ME DEIXOU IR! -Emma retribui o grito de forma mais intensa, sem perceber que poderia acordar o pequeno.
— Porque você iria fazer o que está fazendo agora se eu tivesse... - Regina fala mais baixo tentando se controlar e fecha os olhos, respirando fundo.
—- Agora tem muito mais coisa em jogo, Gina... Espera, se você tivesse o que? - Emma pergunta cruzando os braços e meneando a cabeça.
—- Nada. Qual é a diferença você saber agora? - A morena responde olhando para o chão e se vira para sair do quarto antes que a mágoa aparecesse em formas de mais lágrimas.
—- Espera!! - Emma puxa o braço da morena, ela para, mas não se vira.
—- Me fale.
- Que eu me preocupava com você em relação ao Neal, não porque você era minha amiga, mas porque eu te amava e sua dor doeria o dobro em mim... - Ela diz ainda virada para a porta. Emma fica atônita com a resposta e solta seu braço, logo em seguida observa a morena sair em silêncio.
A prefeita foi para o quarto já sentindo as lágrimas quentes descerem por sua bochecha. Só conseguia ter raiva de si mesma. “Por que deixei me levar por meus sentimentos? ” “Não deveria ter deixado que aquele beijo acontecesse. ” “Agora nem nossa amizade será a mesma e não consigo ficar com raiva dela porque tenho essa mania de sempre ver pelo lado dela. ” Regina pensava consigo mesma ao se sentar na poltrona de seu quarto e abraçar os joelhos, sem conseguir enxergar nada a sua frente pelas lágrimas que constantemente desciam e lhe segavam.
A loira não se moveu depois que a morena saiu, apenas se abraçou com os braços em volta de si e se sentiu pior do que já vinha se sentindo. Sentia-se uma péssima amiga ou o que quer que signifique para Regina, ela provocou aquele beijo e realmente o queria, mas depois de pensar aquilo podia fazer Henry se afastar dela e ele fora a única pessoa que sobrará por quem deveria lutar. Claro que Regina também merecia, mas a loira tinha certo medo e aquilo a fez perceber que talvez esse medo idiota possa ter custado a confiança de uma das pessoas mais importantes da sua vida, desde que se entende por gente.
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