Unbreakable Destiny escrita por Bob Esponja, Morrison, Ivy Sofie


Capítulo 18
Sentimentos não se guardam para sempre


Notas iniciais do capítulo

Demoramos, mas garantimos que esse capítulo vai fazer valer a pena a espera :)
Música do cap>>>> https://www.youtube.com/watch?v=af8SZcn5oos&feature=youtu.be
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             Alguns dias se passaram e para Emma foram piores do que o tempo no hospital em que ficara remoendo o que havia acontecido com seu namorado. Ela preferiu que não tivessem ligado para os pais dele e dela enquanto estava em recuperação. Então, quando ligou para dar a notícia sentiu a dor de quando Regina lhe contou. Não que já tivesse superado, mas a dor que vinha sendo amenizada parecia que havia voltado e a destroçado novamente na ligação em que contou ao seus pais e piorou ao contar aos do falecido.

            O pior ela sentiu quando tanto os pais dela quanto os dele vieram para levar o corpo para cidade de Boston para o funeral. Claro que houve um grupo especializado para isso, mas Emma foi sozinha com os pais de Killian e mesmo que todos soubessem que foi uma fatalidade - ou achassem porque a loira achou melhor não contar de Robin ou Zelena pois não tinham provas que foram eles que cortaram os freios - ela se sentia culpada porque se não fosse ela com essa busca incansável isso não teria acontecido.

            Pensava em que futuro teriam tido se ele ainda estivesse ali, seriam bem-sucedidos e teriam filhos? Isso não tinha como saber agora. Porém, ao mesmo tempo em que pensava no que poderia ter tido se sentia culpada em pensar se não tivesse ido atrás de seu filho, não teria encontrado Henry e nem reencontrado Regina e, por mais que não fosse apropriado sentir aquilo naquela situação, se sentia feliz por tê-la de volta em sua vida.

            Após o velório, Emma voltou para Storybrooke, suas coisas ainda estavam lá e Regina havia insistido para que ficasse. A loira concordou porque achou que ambas poderiam apoiar uma as outras e é claro, criar laços com Henry. Sabia que seria doloroso e gradual, mas ao menos precisava tentar.

—- Quantas jaquetas de couro você tem? -Regina pergunta chocada enquanto ajuda a loira a arrumar as malas.

—- Todas que uma mulher precisa! -Emma fala irônica arrancando um sorriso da amiga. –Não venha com sermão, só me viciei nelas quando você me deu o melhor casaco da minha vida...

—- A jaqueta vermelha! Ela é tão familiarizada com nós que até me encontrou esses dias... -A prefeita brinca fazendo referência ao dia que achou o agasalho na rua e o deixou no Granny’s.

—- É verdade! Havia me esquecido, eu sabia que o cheiro na minha jaqueta era família, mesmo antes de Ruby dizer quem a deixou lá...

—- Você lembrou do meu cheiro depois de 10 anos? Não acredito... -Aquele comentário fez o coração da morena bater mais forte, mesmo tentando repelir aquele sentimento.

—- Certas coisas deixam sua marca... -Emma fala olhando fundo nos olhos de Regina, mas os recentes acontecimentos ruins acabavam sobrepondo qualquer momento feliz. –Infelizmente nem todas elas são boas.

—- Emma!

—- Desculpa, não consigo evitar a culpa. -A loira desvia o olhar para o chão tentando evitar o olhar de repreensão que a amiga provavelmente lançaria.

—- Já falamos disso... -Regina fala levantando gentilmente o rosto da amiga.

—- Você não deveria me levar para sua casa, eu só vou trazer sofrimento, é o que sempre faço. -Emma fala se afastando e indo em direção a janela e Regina se levanta indo até ela.

 -- O único sofrimento seria não tê-la lá. - A morena fala colocando a mão no ombro da loira que desvia o olhar da janela para fitar os olhos castanhos na sua frente.

          Emma sentiu uma corrente passando por seu corpo com o toque e as palavras da morena. Na verdade, ela sempre sentia uma sensação no fundo do estomago sempre que Regina lhe tocava, isso quando não se arrepiava e disfarçava passando a mão pelos braços fingindo frio.

—- Por que diz isso? – Emma pergunta vacilante, sem se mover e ainda fitava os olhos intensos e escuros que a encaravam.

—- Porque esses anos que vivi sem você foram os piores da minha vida. - Regina responde baixo, também sentindo a tensão entre as duas, a sensação de palavras não ditas e de sentimentos não revelados que emanavam de ambas as partes.

            Emma se surpreende e entreabre os lábios deixando o ar escapar, a mão de Regina desce por seu braço até que suas mãos se encaixem. A morena sente um frio subir por sua espinha quando Emma aperta sua mão na dela e aquele momento, em que não desgrudavam os olhares, parecia estar durando horas mesmo que fossem alguns minutos e elas sentiam como se pudessem permanecer muito mais horas se observando e redescobrindo uma a outra apenas pelo olhar.

             A loira parecia querer dizer algo, mas hesitou. Ela apenas se inclinou em direção aos olhos castanhos que lhe aquecia por dentro, não sabia por que estava fazendo aquilo apenas sentia que deveria fazer e como a morena não recuou ela se inclinou mais podendo sentir a sua respiração se misturar a dela. Emma desviou o olhar para boca da morena que se abriu levemente no momento em que a mesma umedeceu seus lábios. Estavam a centímetros de distância, quase tinham certeza de que a outra podia ouvir o batimento de seus corações como se a qualquer instante um deles fosse escapar pela boca. Seus estômagos estavam gelados pelo nervosismo da proximidade.

              Regina ia se aproximar o centímetro restante necessário para que tivessem o que almejavam quando se assustaram com batidas na porta. A morena de imediato puxou sua mão e a loira recuou com uma cara surpresa e logo virando o rosto para janela enquanto colocava uma mecha loira atrás da orelha. A morena se virou, rapidamente, encontrando Henry entrando no quarto.

—- Mãe, a Granny pediu para avisar que está tudo certo, a Emma só precisa entregar a chave. - Henry falou ainda segurando a maçaneta da porta.

—- Ah... Tudo bem, querido, estamos acabando. - Regina gagueja um pouco nervosa e inquieta, tentando manter a compostura.

                Elas se entreolham tentando entender o que quase fizeram, não fazia sentido algum para nenhuma aquela atitude, não sabiam se seria um erro ou se seria o certo. Passado algumas horas, todas as coisas da loira já estavam no quarto de hospedes.

—- Você já tinha provado a lasanha da minha mãe ou na época ela não cozinhava? -Henry pergunta para Emma na tentativa de quebrar o silêncio daquele almoço.

—- Já sim, aprontávamos horrores na cozinha. -As duas riem olhando para a mesa, estavam constrangidas demais para se olharem.

—- Verdade, quando eu ainda morava com sua avó ela ficava traumatizada cada vez que a Emma ia lá... -Agora ambas trocam rápidos olhares e dão uma gargalhada gostosa.

—- Era tão ruim assim? -O pequeno adorou ter ouvido aquelas risadas, estava feliz por estarem dando o primeiro passo para superar os acontecimentos. Entretanto, ele não sabia o porquê, mas sentia que hoje o dia estava tenso por alguma razão que achou melhor não perguntar.

—- Ela ficava furiosa quando queimávamos as panelas. Agora tenho amor as minhas unhas e as minhas louças... -Regina fala exibindo seu esmalte preto enquanto termina seu prato.

—- Minha mãe também ficava louca... mas sempre podíamos recorrer a casinha, não é mesmo? -A infância das duas trazia lembranças felizes, lembranças que queriam tornar realidade novamente.

—- Que casinha? -Henry pergunta confuso com a piada interna.

—- Era um lugar que tínhamos na floresta, tipo um forte. Só eu e a Swan saibamos onde era. -Aquilo doeu em Emma, Regina só a chamava assim quando uma das duas fazia algo errado.

—- Ela ainda existe? -Henry notou uma expressão de dor na loira e teve uma ideia.

—- Existe, por quê? -Regina reconheceu a carinha do filho, sabia que ele pretendia aprontar algo.

—- Me levem lá? Por favor... -O garoto pede cruzando os dedos com um olhar de cachorrinho pidão.

—- Por mim tudo bem, o que você acha Regina? -Agora também tinha doido na morena, as duas estavam finalmente se aproximando e aquele momento estranho na pensão deixou o clima pesado.

—- Claro! -A prefeita tentou esboçar animo para não desanimar o filho, sabia que seria um grande passo para a aproximação dele com a Emma.

            Eles arrumaram uma cesta de piquenique e partiram na direção da floresta.

—- Ali! -Emma aponta animada para a velha casinha.

—- Posso entrar? -Ele pergunta timidamente para a loira, ainda não tinha intimidade com ela.

—- Vai em frente!

—- Caramba! É muito maneira, mas como vocês cabiam aqui? -O garoto pergunta analisando o tamanho da pequena construção.

—- Nós fizemos proporcional ao nosso tamanho na época, não tínhamos esse tamanho na sua idade... -Regina responde se forçando para atravessar as raízes com seu salto agulha.

—- Cuidado! - Emma fala em tom mais alto assustando-se ao ver a morena tropeçar. Por sorte ela consegue ser ágil e segurar a pelas costas quando ela vem em sua direção. Quando se dá conta seu coração está acelerado e ela está por trás da amiga com suas mãos na cintura dela. Regina vira o rosto a olhando e ela engole em seco com a proximidade.

—- Vocês não entrar? -O garoto pergunta abrindo o baú sem sequer ter visto aquela cena.

—- Não tem espaço para todos! -A prefeita fala recompondo-se de mais uma situação embaraçosa.

—- E se eu pegar a cadeira de praia que sempre fica no porta-malas do carro? Não faz sentido só eu me divertir enquanto as duas ficam aí fora...

—- Tudo bem, querido. -A morena lança a chave enquanto o menino anda cuidadosamente por dentre as raízes da floresta.

—- Vai entrar ou vai ficar aí fora e quebrar o salto. -Emma brinca diante da situação.

—- Desculpa se sou uma mulher de negócios e sou um pouco mais refinada. -Regina faz sinal de ok em deboche.

—- Aí está o sarcasmo que eu senti saudades... -Emma fala com um sorriso abobado.

—- Sentiu falta do meu sarcasmo? Pensei que essa fosse a parte que todos odiassem... -A morena fala entrando na casinha e se sentando ao lado da amiga.

—- Aposto que não são todos que sentem falta de você como eu sinto. -A loira fala como se estivesse tentando se livrar de palavras que nunca disse, atraindo o olhar da morena para si.

—- E o que mais você sente? -Regina dá o empurrão que faltava para que Emma tomasse coragem.

—- Sinto que cada segundo longe de você é um aperto no coração. -Ela pega na mão da amiga, fazendo com que ambas sentissem um pequeno choque.

—- Mas você está perto de mim! -A prefeita estava com dificuldades de falar devido ao calor e a adrenalina que estava pulsante em suas veias.

—- Não como eu gostaria... -Emma fala tirando uma mecha do rosto da morena enquanto se aproxima. Regina abre uma pequena abertura em seus lábios e sente cada dúvida que tinha sair fora de seu corpo ao fitar o rosto da loira. De repente o sentimento que parecia tão errado não podia ser mais certo, Emma pega sua outra mão e a coloca na cintura da amiga, a puxando para si. Nesse momento todo o desejo, carinho e afeto que tinham uma pela outra foram selados em um beijo intenso, que fez ambas estremecerem.


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