Alma Gêmea escrita por jaannykaulitz


Capítulo 23
Redenção


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo pra vocês!
Esse está muito bom (pelo menos eu acho, né? k, muito emocionante.
Apreciem!



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No dia seguinte, pela manhã, Renesmee colocava as malas no carro de Alice, enquanto esta conversava com Jasper e Jacob sobre a breve viagem que as duas fariam:

 -A Renesmee é louca! – Dizia Jacob. – O Edward sabe dessa viagem? A Lunne e a família dela sabem que vocês vão pra casa deles? – Perguntou para Alice.

 -Jacob, acalme-se. O Edward já sabe que nós vamos e, bem a família da Lunne não foi avisada. Eu disse pra Nessie que nós precisávamos avisar que iríamos, mas ela não quer esperar. Decidiu que ia hoje e pronto. Não a quem a impeça disso.

 -Deixe a Nessie ir, Jacob. São só dois dias e talvez ela até melhore quando ver a Lunne. Não há nada demais em ela ir com a Alice e talvez isso acabe sendo até bom pra todos nós. – Disse Jasper. Jacob finalmente se rendeu e deixou Renesmee ir com Alice.

Enquanto os dois casais se despediam, Edward apareceu na porta da casa. Renesmee, não querendo falar com o pai, beijou Jacob e entrou no carro. Alice acenou para o irmão, que acenou de volta, com grande tristeza no olhar. Então ela beijou Jasper, ligou o carro e partiu em alta velocidade ao lado de Renesmee, rumo a Mansão Legrand.

 Para Renesmee, as horas não passavam. Ela queria muito chegar até Lunne, abraça-la, verificar os estragos que seu pai lhe causara, tanto que, de tanta ansiedade, não conseguia parar de mexer as mãos, que suavam.

Quando chegaram, um vampiro loiro, com olhos num vermelho fraco as parou na guarita da propriedade.

 -Identifiquem-se, por favor. – Disse ele, em tom tedioso.

 -Alice e Renesmee Cullen. – Disse Alice, calmamente. O vampiro loiro voltou para a guarita e logo depois apareceu na janela e disse:

 -O Sr. e a Sra. Legrand estão à espera das senhoritas. Tenham um bom dia. – Os portões da residência se abriram e Alice acelerou o carro. Em poucos segundos, Alice estacionou em frente a imponente mansão.

Na porta principal, Lewis e Helena estavam à espera das duas. Eles se aproximaram assim que elas saíram do carro.

 -Alice? Renesmee? Que surpresa! Não esperávamos a visita de vocês. – Disse Lewis. – Aconteceu alguma coisa?

 -Não Lewis, não aconteceu nada. Nos desculpe por vir aqui sem avisa-los, mas estamos muito preocupadas com a Lunne. Não pudermos vir antes, porque tínhamos que organizar... – Alice hesitou, mas Helena terminou a frase por ela:

 -Organizar o casamento de Edward e Tanya. – Alice confirmou com um aceno da cabeça. Lewis e Helena convidaram Alice e Renesmee para irem conversar no escritório, enquanto Dimitri, que chegara segundos antes, pegava as malas do carro e levava pro quarto de hóspedes. Depois de acomodadas no escritório, Alice perguntou:

 -Como a Lunne tem passado depois de todos os acontecimentos? –Lewis e Helena trocaram olhares receosos, oque fez com que Alice e Renesmee ficassem desconfiadas: eles estavam escondendo algo, elas tinham certeza. Talvez fosse por esse “algo” que Lunne não estivesse retornando os telefonemas que Alice e Renesmee lhe faziam.

 -E então? Vocês não vão nos responder? –Perguntou Alice. Lewis respirou fundo e então respondeu:

 -A Lunne não vai nada bem. Os últimos tempos não estão sendo fáceis. Logo que ela retornou da casa de vocês, ficou trancada no quarto durante uma semana. Não abria a porta, não respondia nossos chamados. Então resolvermos dar um basta nisso e entramos no quarto a força. Oque encontramos foi a nossa filha num canto, vestindo as mesmas roupas com que chegara aqui, olhos inchados do choro e olheiras terríveis. Ela estava abraçada a uma foto dela e de Edward, foto esta que ela não queria largar de modo algum. Após muitos esforços, conseguimos fazer com que ela se levantasse, tomasse banho e comesse algo. Durante três meses, ela mal dormia. Ficava dia e noite perambulando pela casa, como um fantasma e quando dormia, tinha pesadelos horríveis, gritava, gemia enquanto dormia e sempre acordava chorando. – Lewis parou um pouco e observou Alice e Renesmee. As duas o olhavam atônitas com oque ele havia acabado de lhes contar.

-Mas isso é horrível, Lewis! – Disse Alice, com a voz trêmula.

 -Isso é só o inicio, Alice. O pior ainda está por vir. –Disse Helena. Lewis então continuou:

 -Com o tempo, fomos percebendo que a Lunne estava cada vez mais fraca. Nós não sabíamos o porque da magreza excessiva que Lunne estava adquirindo, mas um dia descobrimos, por meio de Matilda, que ela não estava mais se alimentando corretamente. Nós levávamos a comida ou sangue de animais no quarto dela, pois ela se recusava a sair de lá para caçar. Ela utilizava isso para jogar a comida e o sangue fora, não se alimentando de nenhum modo. Quando foi questionada sobre isso, disse que não sentia vontade de mais nada, inclusive de viver. Tentamos alimenta-la com copos cheios de sangue humano, mas ela sempre punha tudo pra fora, antes mesmo de acabar de tomar. Enfim, poucos dias depois, ela caiu seriamente doente. Ela teve uma febre que não abaixava de modo nenhum, calafrios, delírios constantes, geralmente com Edward. Tentamos de tudo para faze-la melhorar, mas parecia impossível. O tempo foi passando e após quinze longos dias, Dimitri e eu conseguimos desenvolver um remédio que fez a febre ceder e algumas vitaminas que, junto com o sangue que nós estávamos dando pra ela como se fosse soro, fez com que ela recuperasse um pouco de peso, mas ainda assim, continuasse debilitada.

 -Meu Deus, que horrível, que horrível! – Disse Renesmee, chorando muito. Alice estava totalmente impressionada com oque havia acontecido com Lunne. Era terrível só tentar imaginar tudo que Lewis havia lhe contado. Ela não conseguia ver a imagem dessa Lunne derrotada. Após alguns minutos de silêncio, Alice finalmente conseguiu perguntar:

 -E como ela está agora? – Dessa vez foi Helena quem respondeu:

 -Nós estamos tentando fazer com que ela se recupere. Por exemplo, nos dias em que ela está melhor, conseguimos fazer ela caminhar no jardim pela manhã, só que há dias em que ela nem consegue sair da cama, de tão fraca. A única coisa que fez com que algo pior não acontecesse é o fato dela ser metade vampira, mas mesmo assim, se ela não se alimentar de sangue humano, não sabemos se vai acontecer o pior. Nunca ouvimos falar se meio vampiros podem morrer, por isso, temos que redobrar os cuidados com ela, ainda mais após descobrirmos que a Lunne tem um erro genético, oque a faz ser mais vulnerável que outros da espécie dela.

 -E como vocês descobriram que ela possui esse erro? –Perguntou Alice, um tanto confusa, enquanto Renesmee a abraçava em busca de conforto. Lewis respondeu:

 -Durante um exame que eu fiz quando ela começou a ficar doente. Comparei o sangue dela com o de Lyra, que também é meio vampira e acabei descobrindo esse erro genético, que provavelmente ocorreu durante a concepção, mas nunca se manifestou, pois a Lunne sempre foi saudável. Se não fosse a doença repentina dela, talvez nunca soubéssemos desse fato. Não sabemos o quanto isso pode ser letal para ela. – Eram muitas informações novas para Alice e Renesmee. As duas não conseguiam acreditar no que estava acontecendo. Tudo parecia tão surreal, um verdadeiro sonho. Infelizmente, não era.

 -Eu quero vê-la! –Exclamou Renesmee, voltando a chorar. – Eu quero vê-la agora, por favor, deixem-me vê-la, por favor.

 -É melhor agora você se acalmar, querida. – Disse Helena. – A Lunne havia acabado de dormir quando vocês chegaram. Melhor nós a deixarmos descansar agora e depois que ela acordar, vocês podem ir vê-la. Até lá estarão de cabeça mais fria.

 -Eu concordo. – Disse Alice. – Mais tarde, quando ela acordar, estaremos mais calmas. Não podemos aborrece-la, Nessie.

 -Você precisa descansar um pouco, Renesmee. Está emocionada demais com as noticias. As duas estão. – Disse Lewis. Helena foi até a porta e chamou por Matilda, que em segundos estava postada na entrada do escritório.

 -Oque deseja, Senhora? – Perguntou ela a Helena.

 -Por favor, leve-as até seus quartos e depois prepare um chá de camomila para Renesmee. Ela está muito nervosa.

 -Sim, minha Senhora. Senhoritas por aqui, por favor. – Disse Matilda, que foi seguida por uma Renesmee emocionada e uma Alice preocupada.

 O sol se punha quando Alice se dirigia ao quarto de Renesmee. Haviam passado três horas desde a descoberta de tudo que ocorrera com Lunne e o medo de vê-la no estado em que estava a deixava altamente perturbada, assim como a reação de Renesmee neste momento. Ela ainda não havia contado a ninguém de sua família o estado critico em que Lunne se encontrava. Não queria deixar ninguém preocupado por antecipação. Todos naquela casa estavam tendo problemas demais por causa do casamento, por isso, quando ligou para Jasper, tentou parecer o mais calma possível para não transparecer seu nervosismo e angustia. Minutos atrás, Matilda vira lhe avisar que Lunne havia acordado e esperava por elas em seu quarto. Quando parou em frente ao quarto de Renesmee, a jovem abriu a porta rapidamente e saiu apressada. Sua ansiedade e nervosismo eram nítidos.

 -Estou com medo, tia. – Disse Renesmee enquanto se dirigiam ao quarto de Lunne.

 -Você vai ter de ser forte, Nessie, por isso tente ficar o mais calma que puder, pois a Lunne não pode ficar nervosa. – Disse Alice. Ao chegar ao quarto de Lunne, nenhuma das duas teve coragem de bater na porta.

 -Está pronta? – Perguntou Renesmee. Alice olhou de relance para a sobrinha e respondeu:

 -Espero estar. –Disse isso e bateu na porta. As duas ouviram um fraco “entre”, mas mesmo assim, mal puderam ouvir. As duas entraram no quarto. Havia muita coisa mudada: no lugar onde havia um dos criados mudos havia um tubo de soro cheio de sangue, no lado do abajur, agora tinha uma mesinha com água e vitaminas, além de alguns aparelhos de emergência e uma cadeira de rodas no canto do quarto. As cortinas estavam pouco abertas, mas mesmo assim dava pra ver o vulto magro de uma moça recostada na grande cama que ali havia. As duas se aproximaram e quanto mais perto chegavam, cada vez ficavam mais horrorizadas com oque havia acontecido com Lunne: Ela estava quinze ou vinte quilos mais magra, tanto que todos seus ossos eram totalmente visíveis, como se não houvesse mais carne em seu corpo. Só pele e ossos. Seus olhos verdes eram bastante visíveis, mas sem o brilho costumeiro que possuíam e seus cabelos cresceram novamente, mas estavam totalmente sem vida.

 -É você mesma, Lunne? – Perguntou Alice, totalmente aterrorizada enquanto Renesmee chorava baixinho.

 -Sim, Alice, sou eu mesma. – Respondeu Lunne, numa voz fraca e sem vida. Nem parecia a Lunne alegre, sorridente e cheia de vida que elas conheciam. A pessoa que viam agora era um ser infeliz, cheio de sofrimento, praticamente morto.

 -Meu Deus, Lunne, oque aconteceu com você? – Perguntou Renesmee, entre lágrimas.

 -Provavelmente meus pais já lhes contaram oque ocorreu comigo, então, não preciso explicar. – Disse Lunne. – Quero aproveitar que a minha grande amiga e uma das pessoas mais importantes da minha vida vieram me ver pra matar as saudades... – Lunne ia continuar, mas Renesmee a interrompeu, alterada:

 -Lunne, você não pode fingir que não está acontecendo nada! Olha pra você! Olha o seu estado, Lunne! Pelo amor de Deus, você está morrendo! – Nessa hora, os olhos de Lunne se encheram de lágrimas.

 -Oque você quer que eu faça, Nessie? –Perguntou ela. – Seu pai me destruiu por dentro e você quer que eu fique como? Feliz? Sorridente? Eu perdi o amor da minha vida! Eu renasci por ele e no fim acabei sendo traída e levei um pé na bunda depois de inúmeras juras de amor! Aqui neste quarto, o seu pai me pediu em casamento, me jurou amor e oque eu ganhei? Só dor e sofrimento um mês antes do casamento! – Lunne chorava compulsivamente quando parou de falar. Alice então interviu a discussão:

 -Chega vocês duas! Renesmee cale-se, por favor. – Então ela se dirigiu a Lunne: -Minha amiga, você não pode ficar assim. Desse jeito, você vai morrer. Não vale a pena! – Lunne então explodiu:

 -Então oque vale a pena? Eu ficar aqui sofrendo enquanto o Edward está sendo feliz ao lado da Tanya? Eu já reconheci que perdi a guerra e não quero pensar mais nele. Prefiro a morte a ficar a vida inteira pensando no Edward. Agora que vocês já viram o meu estado, podem ir embora, mas não contem a ele que vocês me viram assim. Não quero a pena de ninguém. – Nesse momento, Alice resolveu contar toda a verdade, para tentar salvar Lunne do pior que podia lhe acontecer:

 -Lunne, eu preciso contar... – Só que antes de Alice falar, Lunne começou a gritar, totalmente descontrolada:

 -Agora saiam daqui! Saiam do meu quarto agora! SAIAM! – Nesse momento, Lewis, Helena, Lyra, Dimitri e Matilda entraram e retiraram Renesmee e Alice do quarto.

 No dia seguinte, Alice e Renesmee tentaram falar com Lunne varias vezes, mas ela não quis recebe-las. Logo após o almoço, as duas se deram por vencidas e resolveram ir embora.

 -Desculpe-nos por termos alterado a Lunne daquele jeito ontem à noite. Não foi nossa intenção. – Disse Alice a Lewis e Helena, antes de partirem.

 -Tudo bem, Alice. Sabemos que não foi intenção de vocês. A Lunne às vezes acaba se alterando até mesmo conosco. Ela anda muito frágil por isso, fica irritada muito fácil. Espero que compreendam. – Disse Lewis.

 -Mas mesmo assim, nos desculpe. – Disse Renesmee.

 -Não se preocupe, querida. – Disse Helena. –Vai passar e logo a Lunne vai ficar boa. Vocês são sempre bem vindas em nossa casa. Venham quando quiser.

 -Obrigada, Helena. – Disse Renesmee.

 -Mande meus comprimentos a Carlisle e diga que estamos esperando pela visita dele. – Disse Lewis.

 -Direi sim, Lewis. Helena, você poderia entregar esse bilhete meu para a Lunne, por favor? – Disse Alice, com um papel dobrado ao meio na mão.

 -Claro Alice. Ele será entregue nas mãos da Lunne, não se preocupe. – Disse Helena pegando o bilhete.

 -Muito obrigada. Agradecemos a hospitalidade de vocês. Até logo. – Disse Alice. Lewis e Helena acenaram com suas cabeças e logo tia e sobrinha partiam de volta a Denali.

 Helena subiu até o quarto de Lunne. Ao entrar, a filha lhe perguntou:

 -Elas já foram, mamãe?

 -Acabaram de partir. –Respondeu Helena a filha.

 -Não devia ter sido tão grossa com elas. Acho que me exaltei. – Disse Lunne, com arrependimento na voz. – Elas vieram porque se importam comigo e quando chegam eu as trato mal. Sou uma burra mesmo. – Helena pegou com cuidado a frágil mão de sua filha e disse:

 -Você errou sim, meu amor, mas mesmo assim isso não fez com que elas ficassem com raiva de você. Elas te amam muito, se importam com você, querem que você se recupere. Pense nisso, está bem?

 -Sim, mamãe. Eu irei pensar. – Helena ia saindo do quarto da filha, quando se lembrou do bilhete de Alice:

 -Já ia me esquecendo! Alice deixou um bilhete pra você. – Helena deu o bilhete na mão de Lunne e finalmente saiu do quarto. Lunne passou seus dedos ossudos no bilhete, fitando-o durante alguns segundos. Finalmente tomou coragem e começou a lê-lo:

Lunne,

 Espero sinceramente que você não tenha ficado chateada pelo aborrecimento que lhe causamos ontem. Nos desculpe por tudo que foi dito. Você sabe que foi para o seu bem que nós viemos aqui.

Um dia, muito em breve, voltarei a sua casa e espero que neste dia, eu encontre a verdadeira Lunne.

Te amo muito, minha grande amiga.

                                                                              Alice Cullen

 Lunne chorava ao terminar de ler o bilhete de Alice. Por mais que quisesse, ela não tinha certeza se ainda estaria viva na próxima vez que Alice a visse.

 Alice estranhava o silêncio de Renesmee. Ela não era assim, oque a deixava muito preocupada. Algumas lágrimas escorriam pelo seu rosto perfeito, lágrimas da dor que sentia por causa de Lunne. Alice sabia que sua sobrinha estava inconformada e isso não era nada bom, pois sentia algo ruim em volta disso.

O sol se punha lentamente quando Alice estacionou o carro em frente à residência dos Cullen. Ela olhou para Renesmee e perguntou:

 -Você está bem, Nessie? – Sem ao menos olha-la, Renesmee falou:

 -Ela não podia ter desistido, tia. A Lunne não podia ter desistido de viver. Meu pai é um monstro! Ele está levando ela pra morte e nem se importa com isso! Não consigo me conformar, não consigo! Enquanto ela morre, ele vive feliz com a Tanya. Não é justo!

 -Nessie, não diga isso, por favor! O seu pai não fez por mal, ele só... –Alice ia continuar, mas Renesmee a interrompeu:

 -Não o defenda, tia! Ele é culpado, a culpa é toda dele! – Disse isso e saiu correndo do carro para dentro de casa. Alice tentou detê-la, mas Renesmee foi mais rápida e entrou dentro de casa como um furacão.

Todos estavam na sala, inclusive Edward, que tocava em seu piano. Renesmee foi até ele, o segurou pela gola da camisa e o atirou de encontro à parede atrás do piano. Edward bateu contra a parede, mas logo se levantou, assustado com oque sua filha tinha acabado de fazer.

 -Maldito! – Gritou Renesmee. – Ela está morrendo! – Nessa hora ela bateu o punho cerrado sobre o piano que desmontou no chão. Jacob e Emmett seguraram Renesmee enquanto Rosalie, Esme e Carlisle foram para o lado de Edward. Rosalie, vendo o descontrole da sobrinha, perguntou:

 -Nessie, você ficou louca? Atacar seu pai desse jeito é maluquice! – Renesmee ficou mais descontrolada do que já estava e começou a gritar:

 -Ele é um maldito! Não merece viver enquanto a Lunne está morrendo! MORRENDO! Você ouviu? Ela está praticamente morta e a culpa é toda dele! – Ao ouvir isso, Edward ficou meio que desnorteado. Ele olhou para Renesmee e falou:

 -Filha, acalme-se... – Ele ia passar a mão no rosto de Renesmee, mas ela deu um tapa em sua mão, oque fez Jacob e Emmett a segurarem pela cintura com mais força.

 -Você não é mais meu pai! Você é um monstro! Maldito! Eu te odeio! Te odeio por tirar a pessoa que eu sempre quis ter presente em minha vida! – Nessa hora ela parou de se mexer e disse para Jacob: - Eu não fico nessa casa nem mais um segundo! Vou arrumar as minhas coisas. Se você quiser vir comigo, Jake, muito bem, mas se não quiser também, não me importo. Vou sozinha. – Disse isso e saiu correndo, sendo seguida por Jacob.

Edward estava atônito. Não tanto pelo descontrole de Renesmee e sim pelo que ela havia dito. As palavras de Renesmee ecoavam em sua mente: “Ela está praticamente morta e a culpa é toda dele!”.

 -Alice, é verdade? – Perguntou Edward. –A Lunne está morrendo?

 -Edward, é melhor nós não falarmos disso agora. Você está muito nervoso com o ocorrido. –Disse Alice.

 -Eu quero a verdade! Não me esconda nada, por favor! – Disse ele, exaltado. Alice suspirou e respondeu:

 -Sim, ela está morrendo. –Nessa hora ele viu na mente de sua irmã a imagem da Lunne doente e frágil, a beira da morte. Isso foi à gota d’água para Edward. Ele já não se importava com o acordo com Tanya, de não transparecer emoções quando se falava de Lunne. Ele a estava perdendo definitivamente. Ela estava morrendo. Todo o esforço que ele estava fazendo era em vão, pois ela se rendeu. Mais uma vez ele estava perdendo o grande amor de sua vida.

 -Edward? Você está bem, meu irmão? – Perguntou Alice. Nesse momento, ele despertou de seus pensamentos e olhou para ela e todos os presentes na sala.

 -Renesmee tem razão. Eu sou um monstro. – Disse isso e saiu correndo pra fora da casa.

Enquanto todos focavam suas atenções para o lugar onde Edward saira e se preocupavam com o descontrole emocional de Renesmee, ninguém se lembrou que naquela sala, sentada em um dos sofás, estava Tanya. Ela voltou suas atenções para a revista que lia antes da chegada de Alice e Renesmee com um breve sorriso nos lábios e o seguinte pensamento:

“Eu finalmente venci!”.

Continua no próximo capítulo...


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Notas finais do capítulo

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