Alma Gêmea escrita por jaannykaulitz


Capítulo 19
O começo do fim


Notas iniciais do capítulo

Gente, estou muito inspirada nos últimos dias e graças a net e a porcaria de internet deles, eu escrevi mais um capítulo, porque não tinha nada pra fazer. Espero que vocês gostem.

Dedico a três pessoas esse capítulo: A minha sis Juliana, a minha beta Krollmelo e a nilza que sempre acompanha e deixa reviews maravihosos pra mim. Obrigada as três!

Apreciem!



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Chegou a hora dos Cullen partirem da Mansão Legrand. O momento era de despedidas, recomendações e felicitações, já que todos estavam sabendo que Lunne e Edward estavam noivos. Todos estavam muito felizes, principalmente Lunne, que chorou muito quando soube que seus pais, junto com Carlisle e Esme haviam abençoado o noivado dos dois. Agora todos retornavam para suas vidas normais e logo se reuniriam novamente para começar os preparativos para o casamento, que Lunne gostaria que ocorresse no outono.

Estavam todos na porta da mansão, se despedindo, enquanto Lunne conversava com Dimitri:

-Espero que você aceite ser o meu padrinho de casamento. Edward concordou e, bem, acho que não existe pessoa mais adequada para esse cargo. – Disse Lunne, sorrindo. Dimitri estava feliz por ela, mas mesmo assim não conseguia esconder a tristeza que sentia dentro de si por estar perdendo Lunne para sempre.

-Lunne, eu irei aceitar de bom grado esse convite que você e Edward estão me fazendo. Quero que você seja feliz e se a sua felicidade é junto com ele, nada posso fazer. – Disse Dimitri, melancolicamente.

-Dimitri, por favor meu amigo, não faça com que as coisas se tornem mais difíceis do que já estão sendo. – Disse Lunne. De longe, Edward só observava a conversa atentamente e lia os pensamentos de Dimitri. Lunne continuou: – Não vou ficar nem um pouco feliz se souber que você está triste. Quero que você seja feliz também e, bem, acho que a felicidade está bem debaixo do seu nariz. Só você que não enxerga. – Completou, rindo.

-Oque você quer dizer com “a felicidade está bem debaixo do meu nariz”? – Perguntou Dimitri, confuso.

-Quero dizer que sei de alguém que te ama muito, mas como você não se toca, até agora não percebeu. – Disse olhando, sem que Dimitri percebesse, para Lyra, que ouvia a conversa de longe, com o rosto corado.

-Você está dizendo que existe alguém apaixonada por mim? E quem é Lunne? – Perguntou ele, curioso. Lunne riu e respondeu:

-Você vai ter que descobrir sozinho. Só uma dica: Repare melhor em quem está ao seu redor. – Dimitri olhou intrigado para Lunne. – Bem, agora eu tenho que ir. Até breve, meu amigo.

-Até breve e cuide-se. – Disse Dimitri.

Lunne então se dirigiu até seus pais, que conversavam com Edward sobre o casamento. Helena dizia:

-... então, como estamos no fim da primavera, podemos organizar a festa com calma para estar tudo pronto até, pelo menos, o fim do verão. Oque você acha, Edward?

-Acho ótimo! – Disse ele, animado. Quando viu que Lunne se aproximava, Edward falou: - Sua mãe já tem idéias ótimas para a organização do casamento!

-Meu Deus, mamãe! A senhora poderia se juntar com Alice e, juntas, fazerem o casamento do século! – Disse Lunne, revirando os olhos para o alto.

-Minha filha, casamentos não se organizam da noite para o dia! Precisa-se de todo um preparo para isso, coisa que não é fácil! – Disse Helena à filha.

-Mas mamãe, eu não quero estardalhaço! Eu quero algo simples, mas original. Nada de festas grandes! Simplicidade, por favor, mamãe! – Disse Lunne, um pouco irritada, coisa que fez Edward rir e receber um olhar petrificante de sua noiva.

-Lunne, minha filha, deixe sua mãe sonhar! Quando chegar realmente a hora de organizar, as coisas serão do seu jeito, querida! Não deixarei a sua mãe meter muito o bedelho dela na organização, porque senão você sabe muito bem que a sua festa não terá nem um pingo de simplicidade! – Disse Lewis a filha.

-Lewis, como pode mancomunar contra mim junto com a nossa filha! – Disse Helena, fingindo indignação. Todos riram. Carlisle se aproximou e disse:

-Bem, sinto dizer que agora teremos que partir. Temos algumas horas de estrada pela frente. Até logo, Lewis, Helena. Obrigado pela hospitalidade e nos desculpem por todas as confusões. – Completou, olhando para Edward.

-Não precisa se preocupar Carlisle. No final, as confusões acabaram em um casamento! – Edward e Lunne se olharam sorrindo. – Até breve meu amigo e vão em paz. –Os dois patriarcas apertaram as mãos e deram leves palmadinhas nas costas um do outro. Carlisle beijou a mão de Helena, gesto que foi repetido por Lewis em Esme. Os Legrand se despediram de todos e, por fim, Lunne abraçou seus pais e Edward os comprimentou, para logo entrarem no carro e partirem de volta a Denali.

O retorno foi tranqüilo. Edward dirigia enquanto Lunne dormia no banco do passageiro. Jacob roncava no banco de trás e Renesmee ouvia música em seu ipod.

Quando chegaram, já estava anoitecendo. Todos entraram e foram arrumar suas coisas. Edward preparou um lanche para Lunne e foi levá-la para o quarto. Quando chegou com a bandeja, encontrou-a folheando uma revista de vestidos de noiva. Ele sorriu com o fato, pois sabia que Lunne estava animada com os preparativos do casamento.

-Trouxe um lanche pra você. Deve estar com fome. –Disse ele, despertando Lunne de seu transe ao colocar a bandeja na cama.

-Obrigada, meu amor. – Disse Lunne tomando um pouco do suco que estava no copo e mordendo o sanduíche. – Está uma delicia! Obrigada por se preocupar.

-Não há de que. – Disse ele, pegando a revista e olhando os modelos de vestido que ali estavam. – Gostou de algum? – Perguntou apontando para a revista.

-Ah, de alguns, mas não sei ainda. São tantos tipos de vestido, que eu não tenho nenhum em mente. – Disse Lunne, ao terminar o primeiro sanduíche.

-Bem, até se você for de calça jeans e camiseta, eu me caso com você. Não importa a roupa e sim a pessoa com quem eu estou me casando, pessoa que é você, que eu amo muito. – Lunne sorriu. Foi nessa hora que foi escutado o barulho de um carro. Ela perguntou: -Quem está chegando?

Edward ficou com uma expressão meio incomoda com essa pergunta, mas respondeu:

-São os Denali, ou mais precisamente Carmen, Eleazar e Tanya. – Nessa hora, o estômago de Lunne revirou e ela pensou que iria vomitar. Havia se esquecido completamente de Tanya por causa dos acontececimentos da última semana. Ela tinha mais essa pedra em seu sapato e não sabia como se livrar dela. Sabia que Tanya ainda não havia desistido e se lembrava muito bem de suas palavras na noite que as duas se conheceram:

“Um dia ele ainda vai ser só meu, nem que para isso eu tenha que infernizar a vida de vocês dois até o fim!” Essas palavras ecoavam pela mente de Lunne e ela ficava com medo a cada segundo que passava. Só conseguiu parar de pensar nisso, quando ouviu a voz de Edward a chamando.

-Lunne, você tá me escutando? Termine o seu lanche e vamos descer.

-Podemos ir então, porque eu não quero mais nada. – Edward pegou a bandeja e os dois desceram, dando de cara com Tanya, Carmen e Eleazar na sala.

Edward foi lavar a bandeja na cozinha e Lunne ficou parada no pé da escada, olhando enquanto Carmen e Eleazar vinham lhe dar os parabéns pela noticia do casamento que haviam acabado de saber. Lunne abraçou Carmen, mas não prestava atenção no que a vampira dizia. Ela só conseguia se focar na expressão de Tanya. A vampira parecia estar transtornada e disparou como um raio em direção a porta, sem ao menos cumprimentar ninguém. Edward retonou, perguntando onde é que ela havia ido, mas Lunne não prestava atenção em absolutamente nada ao seu redor. Sabia que ela estava sentenciada nas mãos de Tanya, agora que ela já sabia sobre seu casamento com Edward. Pareceu que um nó havia se formado na garganta de Lunne e ela sabia que Tanya não hesitaria em agir para atrapalhar o casamento. Mas oque ela faria? Foi nisso que Lunne ficou pensando a noite inteira enquanto os Denali permaneceram na residência dos Cullen. Tanya não demorou a voltar, dessa vez recomposta do choque que havia recebido por causa da noticia do casamento de Lunne e Edward. Ela não conseguia parar de olhar para a aliança de diamantes que Lunne usava na mão direita e seu ódio era refletido em seus olhos quando fazia isso.

Horas depois, os Denali se foram e Lunne decidiu ir pra cama. Edward disse que iria caçar, pois não o havia feito enquanto ainda estava na casa da familia de Lunne e iria voltar somente pela manhã.

Lunne não pregou seus olhos a noite inteira, se revirou na cama e quando conseguia dormir um pouco, sonhava com Tanya. Decidiu então não dormir mais e esperar Edward retornar da caçada. Quando ele entrou no quarto de Lunne, no inicio da manhã, a encontrou encostada na parede do terraço de seu quarto. Entranhou, porque Lunne nunca acordava cedo aos domingos e ainda estava amanhecendo. Caminhou até onde ela estava e perguntou:

-Acordada tão cedo por que? – Ela o olhou de canto, mas voltou a olhar o sol que nascia entre nuvens atrás das montanhas.

-Não consigo dormir, por isso vim aqui olhar a paisagem. – Respondeu ela. Edward achou aquilo estranho e por isso virou Lunne para ele  e perguntou:

-Aconteceu alguma coisa ou alguém te incomoda? – Perguntou ele.

-Não, meu amor. Eu estou bem, só não consigo dormir. Acho que é por causa do casamento que já está me deixando sem sono. – Edward não acreditou muito naquilo, mas resolveu encerrar o assunto, pois não queria aborrecer Lunne.

 

O tempo foi passando e quando Lunne percebeu, faltava um mês e meio pro casamento e os preparativos estavam a mil por hora. Todo dia Lunne tinha algo para fazer junto com Alice, Esme e Rosalie estavam organizando a festa, que seria na casa dos Cullen, a distancia junto com Helena, fora que Edward já tinha foco em preparar seu terno para a cerimônia. Tudo estava praticamente pronto: O vestido estava quase pronto, os preparativos todos engatilhados, as roupas de todos quase prontas...

Depois de certo tempo, Lunne pensou que Tanya simplesmente não iria fazer nada contra ela ou Edward, muito menos impedir seu casamento, por isso já não se preocupava muito com a vampira.

Em uma noite, por causa da exaustão, Lunne praticamente desmaiou na cama e estava dormindo tão profundamente que não escutou uma pessoa entrar em seu quarto pelo terraço. Edward não estava no momento e simplesmente tomou um susto ao entrar no quarto e ver Tanya parada ao lado da cama de Lunne, velando seu sono. Ela possuía uma expressão ensandecida e maligna no rosto.

-Tanya, mas oque você...? –Ele ia continuar, mas Tanya disse:

-Se você falar algo que eu não goste, gritar ou simplesmente tentar algo contra mim, eu juro que mato ela nesse instante. Agora feche a porta. – Ela simplesmente tirou uma adaga de prata do bolso do sobretudo que usava e apontou diretamente pro coração de Lunne. A arma, combinada com a força de Tanya, poderia matar Lunne, por isso Edward simplesmente fechou a porta e voltou pro lugar onde esteve anteriormente.

-Agora você vai me ouvir Edward. Você vai me ouvir. –Disse ela em voz baixa.

-Eu não tenho nada pra ouvir de você! Vá embora, por favor Tanya! – Disse ele.

-Eu já disse pra ficar quieto porque você vai me escutar! – Disse ela elevando a voz um pouco, mas não o suficiente pra acordar Lunne. Edward resolveu escutá-la: - Você não vai ficar com ela, não vai! Eu já te perdi uma vez pra Bella e não vou te perder de novo pra essa ai! Eu não admito!

-Você jamais me perdeu, porque eu nunca fui seu, Tanya! Pelo amor de Deus, vai embora e nos deixe em paz! – Pediu Edward.

-Não, não, não! Eu nunca vou deixar vocês ficarem juntos! Nunca! – Disse Tanya, enlouquecida. – Se você ficarem juntos, eu juro que vou fazer vocês dois se separarem!

-Por favor, Tanya, não torne as coisas mais difíceis do que já estão! Você não vai poder fazer nada! Absolutamente nada!

-Se você não ficar comigo, eu juro que mato a Lunne. Será que você vai agüentar ficar sem ela? Será que já não bastou ficar sem a Bella? Vai querer ficar sem a Lunne também? – Nessa hora, Tanya viu que conseguira alcançar o ponto fraco de Edward. Ele tinha medo de perder Lunne para sempre, como perdeu Bella.

-Você não teria coragem Tanya, não teria... – Disse ele, num fio de voz.

-Será mesmo que eu não teria? Você realmente quer testar a minha coragem? – Disse ela, abaixando a adaga, deixando-a a centímetros do peito de Lunne.

-Por favor Tanya, não faça isso, por favor! – Suplicou Edward.

-Bem, vai ter uma condição pra Lunne ficar viva, e não pense em tentar escondê-la, porque eu vou encontrá-la e não terei piedade. – Disse Tanya.

-Que tipo de condição, Tanya? – Perguntou.

-Se você quer que a Lunne continue viva, você vai ter que largá-la. Você terá que dizer que não a ama mais, que não a quer, que ela não serve pra você... você dirá que sou eu quem você quer como esposa e que é pra ela ir embora para sempre e nunca mais procurá-lo e depois disso vai se casar comigo. – Edward entrou em pânico.

-Eu... eu não posso fazer isso, Tanya! Você enlouqueceu!

-Bem, é pegar ou largar. Se você recusar, a Lunne morre. Se aceitar, ela vive. E não pense que vocês vão conseguir fugir de mim. Eu não sou burra, Edward. Se vocês fugirem, eu mato os dois. – Tanya deu uma breve risadinha. – Bem, vou dar um tempinho pra você pensar, mas nada de planos, viu Edward. Eu vou saber se você tentar burlar as minhas condições. Daqui a dois dias, eu volto e quero a resposta. Pense bem, pois a vida da Lunne está nas suas mãos. – Ela guardou de volta a adaga no bolso do casaco e saiu do quarto por onde havia entrado, mas antes jogou um beijo no ar para Edward e disse: -Não se esqueça que esse é o nosso segredinho. Dois dias. Até lá.

Edward continuava parado no mesmo lugar, olhando para o lugar por onde Tanya havia saído. Seus olhos correram para Lunne e ele analisou-a para ver se não havia nenhum tipo de ferimento ou lesão em seu corpo. Ela estava ilesa e parecia não ter escutado nada. Simplesmente dormia profundamente, como um anjo. Ele estava desesperado, afinal, a vida de Lunne dependia de sua decisão. Se aceitasse, Tanya não a mataria, mas ele destruiria os sentimentos do seu anjo por completo. Se não aceitasse, ele ficaria com Lunne, mas Tanya os perseguiria até o fim, para matá-la e talvez conseguisse, afinal, não se podia subestimar a capacidade de Tanya. Ela era perigosa ao extremo e ele tinha consciência disso. Ele olhou para Lunne, suspirou e pensou: “Será que este é o começo do nosso fim?”

Continua no próximo capítulo...

 


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Notas finais do capítulo

Deixe seu review dizendo oque você achou do capítulo. A autora agradesse!
Kissus :*



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