Alma Gêmea escrita por jaannykaulitz


Capítulo 13
A chegada


Notas iniciais do capítulo

Gente, esse capítulo é grandinho e muito interessante. O começo é meio chato, mas garanto que no final vocês vão se supreender. E hoje saberemos um pouco mais sobre a familia Legrand. Espero que gostem.
Dedico este capítulo a minha sister Juliana, que mesmo que esteja um capítulo ruim, ela elogia. Te amo s2

Apreciem!



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POV LUNNE

 

Não era possível! Eu não estava presenciando aquilo. Não estava. Dimitri e Edward estavam se afrontando. Todo mundo tá olhando. Ai meu Pai do Céu, oque eu faço agora? A culpa disso tudo estar acontecendo é minha. Eu devia ter previsto que eles teriam algum tipo de atrito.

Tenho que intervir de alguma forma! Pensa Lunne, pensa... Já sei!

-Edward? Vamos entrar, meu amor? – Nessa hora, os dois me olharam e largaram as mãos. Graças a Deus! – Você também Dimitri, vem com a gente. Papai, mamãe? Vamos? Pessoal?

Meus pais passaram na frente, seguidos por mim e Edward, Dimitri, Lyra e Matilda e os outros. Os Cullen, inclusive Edward, ficaram impressionados com o hall da mansão, afinal era perfeito! Ele tinha espelhos maravilhosos, todos com molduras em ouro puro. Esse hall dava saída para o grande salão. Haviam varias colunas no estilo grego, alguns dos vasos raros que papai colecionava dentro de caixas de vidro, estas que estavam em lindos aparadores. A escadaria, que ficava na direção da porta, era inteira de mármore italiano, com um tapete vermelho no meio.

Os Cullen estavam encantados com a casa. Meus pais os levaram ao escritório, a biblioteca, a sala de visitas, a de televisão. Tudo era realmente incrível, com uma decoração impecável, moderna, mas ao mesmo tempo com um ar antigo.

-Matilda, leve os Cullen até os quartos, por favor. –Pediu meu pai.

-Sim senhor. Disse Matilda. – Por aqui, por favor. – Disse se dirigindo a nós.

-Papai, eu vou subir também. Irei tomar um banho e matarei a saudade do meu quarto um pouquinho. –Disse eu olhando para meu pai, que conversava com Carlisle.

-Está bem querida. Você realmente deve estar com saudades da sua cama, suas coisas que ficaram e principalmente do seu ateliê, ou estou enganado?

-Ai, meu ateliê... senti muitas saudades dele. Vou passar a semana inteira lá trancada, se puder. Eu já fiz isso, se lembra?

-Não exagere Lunne. Você não vai agüentar como agüentou da outra vez. Vá descansar filha. Isso é o melhor pra você agora.

-Tá bom papai. – Disse fazendo uma cara emburrada.

Dei a mão pro Edward e começamos a ir em direção a escadaria. De repente ele me pergunta:

-Que ateliê você e o seu pai estavam falando? – Perguntou ele sorrindo.

-Meu ateliê de Ballet. Eu nunca falei que sou bailarina?

-Eu nunca te ouvi falar disso. Pra mim é novidade. – Disse ele começando a subir as escadas.

-Quando eu era pequena, me apaixonei pelo Ballet, ai pedi pro meu pai modificar o meu quarto, de um jeito que o meu ateliê ficasse dentro dele. – Edward me olhou com uma cara tipo ‘Como você consegue essas coisas?’ e ia falar alguma coisa, mas algo chamou sua atenção quando chegamos no patamar que dividia os dois lances de escada. Percebi que todos os outros também pararam para olhar, espantados o quadro que havia naquela parede. Não era um quadro qualquer. Era a minha familia: eu, meu pai e minha mãe. Mas não estávamos vestidos normalmente. Estavamos vestidos como a realeza se vestiria. Minha mãe usava uma linda coroa, cravejada de diamantes e eu uma tiara digna de uma verdadeira princesa de contos de fada, assim como o meu vestido, que era cor de rosa, e o de minha mãe, que era azul escuro. Eua aparentava ter dez anos de idade no retrato. Meu pai estava em pé, minha mãe sentada em uma linda cadeira e eu estava sentada a seus pés e segurando a sua mão. Os Cullen estavam com as caras espantadas, vendo aquele quadro. Alice foi a primeira a comentar algo, ainda um pouco desorientada:

-Lindos. – Disse ela, logo se virando para mim e perguntando: -Lunne, por acaso vocês são de alguma linhagem real e a gente não sabe?

Eu ri levemente e respondi: -Meu pai é um duque francês. Vocês não sabiam? – Todos, menos Carlisle, que já sabia de tudo, balançaram a cabeça negativamente. Eu continuei: -Meu pai seria o próximo na linha de sucessão se a familia dele não tivesse sido morta numa revolta da população. Ele escapou por pouco, muito ferido e encontrou uma jovem muito bela na floresta. Ela era disse que ia ajudá-lo a viver e o mordeu. Ela era uma vampira muito boa e o ajudou durante algum tempo. Após isso, meu pai retornou e pegou o que era dele por direito: A fortuna da familia que estava numa câmara escondida nos porões do palácio, que não foram afetados pelo fogo, inclusive as coroas de minha avó e de minha tia, irmã mais nova de meu pai, coroas estas que estamos usando na pintura. Depois disso ele foi pra Inglaterra e conheceu Carlisle, com quem conviveu durante alguns anos. Depois disso, viveu viajando pela Europa, até que três anos antes do meu nascimento ele veio pros EUA e conheceu minha mãe. Apaixonou-se por ela, namorou e noivou. Depois disso construiu essa mansão e casou com ela. Pouco tempo depois, minha mãe me teve e virou vampira também. Depois disso, vocês já sabem de tudo. – Conclui rindo.

-Que história incrível Lunne. Realmente maravilhosa. – Disse Renesmee.

-Também acho. É fascinante a história da minha familia. Sempre fico impressionada quando a ouço. – Falei.

-Bem, vamos subir senhorita Lunne? – Perguntou Matilda.

-Vamos. Gente meu quarto fica pra lá. –Disse apontando para o lado direito. – Os quartos de hóspedes são pra aquele lado. – Disse apontando pro esquerdo. Então olhei para Edward e perguntei: - Você vem comigo ou vai arrumar suas coisas primeiro? – Ele sorriu e falou:

-Eu vou aonde você for, independente do lugar. – Eu sorri. Nos despedimos por um momento dos outros, subimos e entramos no meu quarto.

 

POV EDWARD

 

O quarto da Lunne era perfeito. Tinha uma cama que caberiam quatro pessoas dormindo confortavelmente. Tinha uma penteadeira enorme. Na bancada haviam vários perfumes. Ao lado da cama tinham duas mesinhas de cabeceira. Numa haviam rosas num vaso de cristal e na outra um porta retrato, que continha um foto dela, Dimitri e Lyra embaixo de uma macieira. O terraço era três vezes maior que o do quarto dela na minha casa. Na realidade o quarto era muito maior. Um pouco afastado da cama, mais perto da porta do terraço havia um conjunto de sofás de cor branca, pra dar contraste no lilás das paredes, e uma televisão tela plana e na parede ao lado uma prateleira que ia até o chão, esta cheia de livros.

-Já terminou de fazer a análise no meu quarto? – Perguntou ela rindo. – Podemos ir ver o closet e o ateliê?

Eu assenti com a cabeça. Ela me mostrou o closet, que era gigantesco. Alice não podia ver aquilo de jeito nenhum, senão ia surtar. Ao lado, havia uma porta de madeira toda trabalhada. Ela abriu a porta e entramos numa linda sala. Tinha uma parede toda revestida de espelhos e uma barra muito comprida. Um piano estava no canto da sala e ao lado, uma mesa onde havia um som e embaixo, vários cds. Numa prateleira, havia varias fotos. Em todas, Lunne estava vestida de bailarina, desde pequena até a forma física de agora. Em todas ela executava um movimento do Ballet ou segurava algum prêmio. Acima dessa prateleira das fotos havia uma que estava fechada com vidro. Dentro dela haviam vários troféus e medalhas, todos relacionados ao Ballet.

-Você deve ser uma eximia bailarina. Tem vários troféus aqui. – Disse eu impressionado.

-Nem tanto. Ainda falta muito pra eu alcançar a total perfeição. Estou errando muito, fora o fato que não ensaio desde quando fui morar com vocês.

-Dança pra mim Anjo? –Perguntei, meio que sem pensar.

-Tem certeza? –Perguntou ela.

-Quero ver o meu lindo anjo criar lindas asas ao dançar. – Pequei sua mão e a beijei. Ela sorriu e foi colocar a sapatilha. Logo depois deu play no som. Era Clair de Lune. Imediatamente me lembrei de Bella, mas esqueci disso rapidamente ao ver Lunne começar a dançar. Parecia um verdadeiro anjo. Seus movimentos eram precisos e ao mesmo tempo calmos e delicados. Ela era perfeita dançando. Nunca havia visto uma bailarina desprender uma aura tão pura e casta ao dançar. Contagiaria até o pior ser do mundo com sua dança. Suas piruetas eram perfeitas, quando parava e girava, sua delicadeza chegava a ser emocionante. Então ela começou a girar mais rápido deu impulso e saltou, girando no ar e caindo em pé, na maior precisão e perfeição que eu já havia visto em minha vida. A música terminou e ela abriu seus olhos e olhou diretamente nos meus. Levantei-me, a segurei pela cintura. Ela apoiou suas mãos em meus ombros e eu a beijei carinhosamente. Quando paramos o beijo olhei naqueles olhos verdes que tanto me encantavam e disse:

-Você foi absolutamente perfeita. Não precisa melhorar em mais nada. Realmente parecia que você havia criado asas e voado pela sala. A precisão e prefeição do Ballet misturada com a delicadeza de uma verdadeira princesa. A minha princesa.

Ela sorriu ao ouvir as minhas palavras e disse:

-Que bom que gostou, meu amor. Se você diz que eu não preciso melhorar eu já fico mais tranqüila. Obrigada, muito obrigada mesmo Edward. – Ela disse isso e me abraçou fortemente.

Ela tirou as sapatilhas e nós saímos do ateliê. Conversamos um pouco sobre a vida dela no Ballet e logo nos despedimos. Ela iria tomar um banho e descansar um pouco até a hora do jantar.

Fui pro meu quarto e lá fiquei pensando em como eu tinha sorte. Depois de tudo que eu sofri por causa da morte da Bella, eu encontrei a garota perfeita: Linda, delicada, compreensiva e acima de tudo, me ama incondicionalmente. É claro que nós tínhamos os nossos problemas. Todo casal tem, mas mesmo assim, eu estava feliz. A partir de hoje eu tive certeza absoluta de que é com ela que eu quero passar a eternidade.

 

 

 

Havia anoitecido. Estava na hora do jantar para Lunne, Renesmee, Jacob e Lyra. Todos já estavam na sala de jantar, menos Lunne que estava atrasada, como sempre.

-Lewis essa menina não tem jeito mesmo. Sempre atrasada, até na hora do jantar! – Disse Helena, que estava nervosa com a filha, fazendo o marido rir e dizer:

-Helena, você conhece a Lunne melhor do que ninguém. Você é a mãe dela e sabe que pontualidade não é com a nossa filha. Ela deve ter dormido demais e perdido a hora.

Ao dizer isso, a porta do salão de jantar é aberta e todos, que conversavam animadamente na mesa, se calaram. Por ela, passou Lunne. Ela estava esplendorosa, vestindo um vestido solto e de alsas finas, na cor rosa. Seus cabelos loiros estavam presos numa trança que vinha até quase a cintura, com a franja solta. Edward, quando viu a namorada, que se sentou ao seu lado, ficou maravilhado e não conseguiu desfarçar, fazendo com que seus irmãos percebessem e soltassem leves risadas.

O jantar seguiu normalmente e logo após todos foram fazer algo: Carlisle, Lewis, Helena e Esme foram para o escritório para conversar. Jasper, Emmett, Alice e Rosalie aproveitaram para fazer uma pequena caçada e voltariam só na manhã seguinte. Renesmee e Jacob foram para o quarto e iriam assistir a um filme. Dimitri iria ficar no no laboratório médico de Lewis, local onde os passavam boa parte do tempo estudando e fazendo pesquisas, mas hoje, por causa das visitas, ficaria sozinho. Lyra havia ido dormir e Matilda tinha ido para seus aposentos fazer um novo vestido para Lunne.

Lunne e Edward foram os únicos que permaneceram na sala, mas logo subiram para o quarto de Lunne. Edward não sabia se poderia ir ficar com ela no quarto dela. Lewis poderia não gostar disso, então ou ele só iria no meio da noite ou não iria. Lunne havia ficado triste quando ele disse isso, mas Edward lhe assegurou que seria só uma semana. Depois disso, tudo voltaria ao normal.

Os dois subiram e numa brincadeira, Lunne se desequilibrou e caiu em sua cama, levando Edward junto com ela, fazendo-o cair em cima dela. Os dois riram e foram parando aos poucos. Ficaram ali, se olhando durante algum tempo, até que Edward a beijou com muita intensidade, beijo este que ela correspondeu. Os dois ficaram nisso até que Edward passou seus lábios para o pescoço de Lunne e começou a passar as mãos por suas coxas. Ele nunca havia feito isso nela, que só estava de olhos fechados, acariciando os cabelos dele e aproveitando o momento. Ele voltou para os lábios dela e lentamente subiu com sua mão até seu onbro e começou a tirar a alsa fina do vestido que ela usava. Nessa hora Lunne falou:

-Edward pára! – Imediatamente ele parou e olhou para ela, que estava com o rosto virado para o lado e meio corado. Ele saiu de cima dela e ficou de costas.

-Me desculpe Edward, mas ainda não estou pronta pra isso. – Disse ela se sentando na cama e arrumando a alsa do vestido. – Sinto muito se eu o decepcionei...

-Não precisa se desculpar. – Disse ele se virando para ela. – Eu é que me precipitei. Sei que você ainda não está pronta pra dar esse passo e eu respeito isso. Eu já passei por essa situação, então eu te entendo. Quando estiver pronta pra isso, pode me falar, sem problemas.

-Obrigada por me compreender. –Disse Lunne meio corada ainda.

-Estou aqui pra isso. Uma das minhas missões é te compreender, além de te proteger e te amar. – Disse ele sorrindo. – Bem, agora é melhor eu ir. Eu venho mais tarde, está bem? – Ela assentiu. Ele deu beijo rápido em seus lábios e saiu do quarto.

Lunne ainda estava meio atordoada com o que havia acontecido há minutos atrás. Ela queria Edward, mas ainda não estava pronta pra encarar isso. O que a deixava feliz nisso tudo é que ele a entendia e respeitava. Ela não tinha duvidas de que ele era o homem da vida dela.

Se levantou da cama e foi se trocar para dormir. Depois de trocada, ela foi até o espelho, soltou os cabelos e os penteou. De repente, sentiu uma dor forte na cabeça que a deixou meio desorientada. Tentou se levantar para pedir ajuda, mas ficou meio tonta e se apoiou na cadeira para não cair. Então, ao olhar no espelho, ela viu Bella no reflexo, como na primeira vez.

‘Cuidado... cuidado Lunne...’ – Disse Bella.

-Cui... cuidado... com oque? –Perguntou Lunne com dificuldade.

‘Se você não tomar cuidado ela vai conseguir concretizar seu plano e separar vocês...’

-Do que você... está...falando? – Perguntou Lunne mais uma vez, quase não conseguindo se segurar mais em pé.

‘Ela vai conseguir... Tanya vai conseguir...’

Nesse momento a dor de cabeça de Lunne ficou insuportável e ela não aguentou mais, caindo no chão, desmaiada.

Ao mesmo tempo, o reflexo de Bella, que chorava, some do espelho.

 

Continua no próximo capítulo...

 

 

 

 

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Reviews pelo bem da criatividade da autora