As Regras do Amor escrita por Suy


Capítulo 8
Capítulo 8 - Um casal improvável


Notas iniciais do capítulo

Boa noite!
Postei rápido porque fui ameaçada mesmo hahaha
Pronto meninas, não me matem! Beijos!



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“Quem vai começar a explicar isso aqui?” Abbie cruzou os braços, batendo o pé impaciente.

“Bom...” Lisa sorriu sem graça. “A cena é meio auto explicativa Abbie.”

“Como vocês saem daqui se odiando e quando amanhece, estão os dois aí dormindo de conchinha? Não to conseguindo raciocinar direito...”

“Acho que nem a gente sabe explicar como rolou isso tudo.” Ele disse.

“Então vamos tratar de entender como rolou isso tudo, porque eu mereço no mínimo uma explicação.”

“Abbie... Aconteceu.” Lisa deu de ombros.

“Aconteceu? Então quer dizer que simplesmente aconteceu você e o Nick juntos no meu apartamento...” Abbie fez uma careta. “Acho que to ficando enjoada e pelo amor de Deus Nick, se cobre, dá pra ver tudo daqui.”

“Foi mal Abbie...” Nick se enrolou no lençol.

“E o Dom?”

“Ele está na cobertura, até onde eu saiba.” Nick respondeu.

“Acompanhado?”

“É o Dom, Abbie...” Ele falou e ela sabia que a resposta era muito óbvia. “Eu vim dirigindo, deixei ele e a... A... Na verdade nem lembro o nome dela.”

“Acho que era com S. Samantha, Sabrina...” Lisa disse pensativa.

“Sally... Acho que era Sally. Mas enfim, larguei os dois lá e eu e Lisa atravessamos a rua... Cá estamos.” Ele beijou o ombro de Lisa que sorriu em resposta.

“Aí eu não aguento...” Abbie resmungou. “Eu vou tomar meu café, porque eu tenho que ir trabalhar e porque tá difícil ainda assimilar vocês dois.”

“É eu tenho que ir trabalhar também...” Nick ficou de pé. “Nos falamos mais tarde baby.” Ele deu um beijo rápido em Lisa e entrou no banheiro com suas roupas.

“Baby?” Abbie sussurrou e Lisa apenas sorriu.

Abbie saiu do quarto e ao invés de tomar seu suco rotineiro, optou por café preto. Ela chegou a conclusão de que ia ser preciso algo mais forte pra conseguir encarar o dia.

“To indo Abbie...” Nick disse sorrindo cinicamente.

“Faz um favor pra mim?”

“Claro, o quê?”

“Passa no Dom e vê se ele acordou, tem reunião agora de manhã pra ele.”

“Tá, sem problemas, vou lá agora.” Ele assentiu e andou até a porta.

“Se a moça ainda estiver lá...”

“A coloco pra correr, pode deixar, eu sei do protocolo.” Ele mandou um beijo pra Abbie.

“Ah, Nick...” Abbie o chamou e se aproximou, ficando de frente pra ele.

“Que foi?” Ele perguntou confuso e ela o empurrou contra a parede. “Que é isso Abbie?”

“Eu conheço você Nicholas, vai sair por essa porta e a próxima vez que encontrar com a Lisa, vai tratá-la, no mínimo, com indiferença. O único problema é que você cometeu a grande burrice de dormir com minha amiga e se você ousar tratá-la como essas cachorras que você pega, eu acabo com tua raça. Entendeu?” Ela disse séria e ele apenas concordou em silêncio, em completo estado de choque. “Acho bom.” Ela deu um tapinha em seu rosto e o deixou sair, ele por sua vez, praticamente correu para fora dali.

Abbie tomou apenas um pouco do seu café e um pequeno pedaço de bolo e foi tomar banho, depois de colocar um vestido preto e saltos vermelhos, ela prendeu os cabelos em um coque e se maquiou, ao sair do seu quarto, se deparou com Lisa, tomando o café da manhã sentada no sofá da sala enquanto via televisão.

“Uma delicia essas torradas Abbie!” Lisa disse quando viu Abbie e ela sentou no braço do sofá.

“Que bom que tá gostando das coisas aqui. Da comida, dos homens...” Ela sorriu irônica e Lisa entendeu que ela queria falar sobre o assunto.

“Se alivia minha barra com você, também não estava nos meus planos. Ano passado, quando vim passar férias aqui, eu achei o Nick um cabeça de vento, mas sei lá... A gente conversou bastante ontem e ele até que não é tão idiota assim.”

“Ele não é, de fato. Mas eu só não entendi como você foi de nojo à paixão em uma noite.”

“Ah sei lá... Carência talvez e a bebida...”

“Sei...” Abbie disse desconfiada.

“Você não deveria estar feliz por mim? Não queria que eu me desse bem com aqueles dois? Com um deles, pelo menos, eu me dei bem... Muito bem, aliás. O outro é que não me desce mesmo.”

“Olha, é isso que eu não entendo Lisa.” Abbie ficou de pé. “Eu não sei o que está acontecendo entre você e o Nick e na verdade, nem é muito da minha conta, você pode ficar com quem quiser. Mas eu sempre ouvi você falar mal do Landon e do jeito dele só que por algum motivo, você não percebe que o Nick e ele são idênticos. O Nick é fiel escudeiro do Dom, em tudo que um está metido o outro também está.”

“Aonde você quer chegar Abbie?” Lisa franziu a testa e Abbie suspirou sentando ao seu lado.

“Lisa, eles tratam as mulheres como se fossem verdadeiros objetos. Os dois.” Ela falou séria. “Sempre foi assim, sempre vai ser. E quando eles pegam esse tipo de mulheres que não querem nada com nada mesmo, é uma coisa. Elas já sabem que não podem esperar nada deles, mas quando não é... Eu já vi várias vezes a cara de decepção delas quando eles desprezam depois de conseguirem o que querem.”

“E você acha que é isso que vai acontecer entre nós dois?”

“Eu não sei... Eu não posso te dizer com certeza o que vai acontecer, mas convenhamos que existe uma possibilidade muito grande disso acontecer e você merece mais do que isso Lisa. Acredite, se apaixonar por um cara desses é pedir pra sofrer, no mínimo é muito deprimente, vai por mim. A gente se sente péssima, sente que nunca vai ser boa o suficiente e quando vê ele com outra...” Abbie se calou e respirou fundo. “Não compensa a dor de cabeça, entende?”

“Você fala com tanta propriedade Abbie...” Lisa cerrou os olhos. “Está apaixonada por um cara assim?” Ela perguntou e Abbie a olhou surpresa pelo seu comentário.

“Claro que não, eu apenas já conheci e até saí com caras assim...” Ela tentou desconversar. “Eu só não quero que se iluda, ok? Já é difícil o suficiente ter que lidar com o fato de você não gostar deles e agora se ele te decepcionar, vai ser insuportável a convivência.”

“Pode deixar, eu entendo essa sua preocupação, até porque você conhece o Nick muito melhor que eu, mas eu não estou criando expectativas, me iludindo ou esperando que ele vá fazer um grande gesto romântico.” Lisa sorriu. “Foi só um carinha que eu fiquei e que foi bom na hora, mas só isso. Não tenho como me decepcionar, não espero nada dele.”

“Tudo bem. Só queria ter certeza de te deixar ciente de onde está se metendo...” Abbie ficou em pé e começou a guardar suas coisas em sua bolsa. “Eu tenho que sair agora, vou ao tribunal e tenho que passar no escritório, mas devo voltar antes do almoço então vamos ir comer juntas.”

“Certo, vou aproveitar pra dormir mais um pouco.” Lisa se levantou carregando sua xícara e o prato com as torradas. “Se eu tiver dormindo ainda quando você chegar, me acorda tá?”

“Acordo sim, bom descanso.” Abbie lhe deu um breve abraço.

“Bom trabalho Abbie!”

Ao chegar a portaria, Abbie cumprimentou o porteiro e o segurança, como sempre fazia e o carro já estava a sua espera. Antes de entrar, ela olhou para o outro lado da rua, mais precisamente para o último andar do grande hotel que estava a sua frente, se perguntando se Dom já teria ao menos saído da cama. Abbie entrou no carro, tentando se focar somente no que interessava no momento, sua audiência.

“Bom dia Abbie!”

“Bom dia Patrick!” Ela respondeu educadamente para Patrick, seu motorista. “Temos exatos 26 minutos para chegar ao tribunal.”

“Chegaremos em 10, não se preocupe.” Ele sorriu a olhando pelo retrovisor.

“Ah e se possível, que cheguemos com vida lá.” Abbie falou com diversão o fazendo rir também.

Patrick Randall era o motorista de Abbie desde que ela havia se mudado para Miami, ele tinha quase 50 anos e era um homem de total confiança de Abbie e de Dom.

“O que temos hoje?” Ele perguntou para Abbie.

“Uma alegação de propaganda enganosa de uma marca de celulares.” Ela respondeu tranquilamente enquanto observava a paisagem. “Estão pedindo nada menos que uma indenização de 100 mil dólares, dá pra acreditar? Esse povo se sente o dono da razão e acha que dinheiro dá em árvore, só pode...”

“É um valor um tanto quanto alto por um celular, não?”

“Pois é...” Abbie suspirou.

“Tem algo perturbando os seus pensamentos...” Patrick a olhou rapidamente.

“Acho que só entediada desses casos fúteis, sabe? Eu quis ser advogada pra ajudar a cumprir leis, fazer com que as pessoas que fizessem algo de errado pagassem pelo que fizessem, mas esses casos são tão monótonos. A maioria das vezes são alegações sem fundamento e essa com certeza vai ser uma delas. Acho que sinto falta de um pouco de emoção na minha vida.”

“Você não escolheu uma especialidade muito cheia de emoções realmente...”

“Eu sei!” Abbie riu. “Direito empresarial é meio monótono mesmo.”

“Mas sabe Abbie, você é nova ainda, tem muito o que viver... Devia repensar se não está na hora de mudar de área.”

“Será?” Ela disse pensativa. “Ah, mas nem saberia por onde começar, que área seguir...”

“Você precisa dar um primeiro passo. Pesquise mais afundo sobre as oportunidades que você tem. O curso de direito abrange muitas carreiras, você vai se identificar com alguma, tenho certeza.”

Abbie apenas assentiu em silêncio e prometeu para si que iria pensar mais nisso depois. Talvez fosse mesmo a hora de mudar um pouco as coisas por ali.

...

“As especificações do aparelho afirmam que essa marca em questão...” Liam, o advogado de acusação começou o seu breve discurso. “Oferece uma resistência maior para a tela do celular, porém em uma simples queda da altura de uma cadeira, ouve danificações não só na tela, como também no display. A autorizada cobrou um preço abusivo do meu cliente para o conserto do aparelho e ele se nega a pagar, obviamente.”

“A defesa gostaria de fazer alguma pergunta?” O juiz disse se referindo a Abbie.

“Por favor, meritíssimo.” Ela falou e ele assentiu. “A acusação afirma que a nossa empresa oferece uma tela mais resistente e isso de fato é prometido, mas em nenhum momento houve promessas de que a tela jamais iria quebrar. Garantimos apenas que em exposição a água, o aparelho móvel não sofre danos, mas quanto a quedas, não podemos garantir que não ocorrerá algum problema.” Abbie se levantou e pegou um aparelho novo de dentro da caixa. “Como podem ver, tenho um celular novo aqui, estava com a caixa lacrada e se me permitirem uma breve experiência... A acusação afirma que o celular quebrou ao cair da altura de uma cadeira.” Abbie pegou o celular, o colocou a beira de sua cadeira e o jogou, depois o pegando de volta. “Como podem ver, intacto.”

“Isso não se aplica a situação...” Liam falou e Abbie levantou o dedo, pedindo um momento.

“O que acontece senhores, é que queda após queda, de fato tanto a tela quanto o display ficam mais sensíveis e desgastados. Vejamos o que acontece se o jogarmos de cima da mesa, que é uma altura bem maior do que a cadeira, algumas vezes.” Abbie colocou o celular em uma altura igual a da mesa e o jogou repetidas vezes. “Décima terceira vez...” Ela o jogou mais uma vez e o pegou do chão. “Ah, como podemos ver, a tela trincou.” Ela mostrou para todos ali presentes, inclusive o juiz.

“Então meu cliente tem uma cota de quedas que pode dar no aparelho sem que ele quebre, é isso?” Liam perguntou com ironia.

“Meu cliente custeia possíveis defeitos no aparelho, mas não bancamos negligencias dos usuários. É um celular, por mais moderno que seja, continua sendo um aparelho frágil e delicado, se o seu cliente não tem os devidos cuidados que deveria ter com ele, não nos cobre um valor absurdo por causa disso.”

“Vamos entrar em um acordo que beneficie as duas partes.” O juiz falou, Abbie assentiu e Liam cochichou com o seu cliente que estava sentado ao seu lado.

“Propomos reduzir o valor da indenização em 50%.” Ele disse e Abbie riu com desdém.

“É uma queda um tanto quanto cara não?” Ela falou. “Pagamos o conserto do celular ou se preferir, podemos lhe dar um novo. A empresa também está disposta a lhe dar mais 1 ano de garantia, para amenizar toda essa situação e pagamos os honorários do seu advogado.” Abbie se dirigiu ao homem sentado ao lado de Liam. “Não estamos dispostos a dar nenhum centavo a mais. O senhor tem seu aparelho em perfeitas condições e não tem prejuízos com nada.” Abbie olhou para o juiz e ele concordou.

“Parece-me justo. A empresa irá dar um aparelho novo e bancar as despesas referentes ao processo. Fim de caso.” O juiz deu a sentença e Abbie riu vitoriosa.

Após assinar os documentos inerentes ao processo, Abbie saiu da sala do tribunal, caminhando em direção a saída.

“Uma ótima defesa, como sempre.” Liam falou quando a alcançou, ficando ao seu lado.

“Você sabia que não ia dar em nada Liam, foi um dos processos mais fáceis que já ganhei. Porque pega essas causas perdidas?” Ela disse distraída mexendo em seu celular.

“Por que eu sabia que a advogada da empresa em questão era você, então não custava nada pegar o caso, ganhar um dinheiro bom e ainda por cima, te ver.” Ele falou e Abbie o olhou.

“Fala sério Liam...” Ela resmungou e ele parou na sua frente, a impedindo de andar.

“Quando vai aceitar sair de novo comigo heim?”

“Talvez quando eu morrer e reencarnar.” Ela sorriu docemente e desviou dele, continuando seu caminho. “Acho que é uma boa hora pra te lembrar que foi você quem terminou comigo.”

“Eu não tava pronto pra algo sério naquele tempo, como eu estou agora.” Liam continuou a perseguindo.

“Pois é, que pena então, mas já passou seu tempo.”

“Abbie, pra quê guardar tanto rancor?” Ele perguntou com diversão.

“Não guardo rancor...”

“Então por que não quer mais sair comigo?”

“Aí meu saco...” Abbie bufou. “Eu já estou saindo com outra pessoa, é por isso.”

“Não vai me dizer que é aquele Lindon!” Liam disse incrédulo.

“É Landon e não é da sua conta.” Abbie avistou Patrick esperando por ela e foi em sua direção. “E se eu fosse você parava de pegar esses casos sem fundamento, ta ficando feio pra você, pra sua reputação e pro seu ego perder direto pra mim.” Ela falou e Liam sorriu cinicamente.

Abbie chegou ao escritório alguns minutos depois e assim que botou o pé na recepção principal do prédio, quase caiu para trás de susto.

“Até que enfim!” Dom falou e Abbie cerrou os olhos.

“Que roupa ridícula é essa?”

“Como ridícula?” Ele ficou observando o blazer, tentando achar o que tinha de errado com ele. “Foi você que me deu.”

“Eu sei que fui eu quem deu o blazer, mas dei juntamente com a calça que deveria ser usado. Calça de pano, social, como você me aparece aqui de jeans?”

“É que eu tava sem saco de escolher roupa...” Ele riu.

“Você foi assim pra reunião?”

“Não, na verdade eu perdi a reunião, mas já é outro assunto...”

“Como assim perdeu a reunião?” Abbie gritou. “Eu falei que não era pra sair de noite.” Ela bateu em seu braço. “Eu mandei o Nick ir te acordar, ele não foi?”

“É justamente sobre isso que eu quero falar.” Dom puxou Abbie pelo braço para o canto. “Que história ridícula é essa do Nick com Lisa Sacana?”

“Não chama ela assim...” Abbie o beliscou. “E eu to tão chocada quanto você. Imagina a minha reação ao acordar cedo de manhã e dar de cara com o Nick pelado no meu apartamento.”

“Pior... Com a Lisa Sacana pelada do lado.” Dom falou e Abbie o olhou feio. “Olha só, não quero o Nick de rolo com essa doida não viu, trata de mandar ela ir embora.”

“Ah ta, como se eu quisesse a Lisa com um canalha daqueles. Trata de pôr ordem no seu galinheiro meu filho.”

“Vem cá, você acha que eles vão namorar?”

“Não sei Dom... Mas é o Nick né? Desde que a gente conheceu ele, quantas vezes ele namorou pra valer?”

“Eu acho que quando a gente se conheceu ele tava com uma criatura aí, mas não durou muito. Mas não sei, parece que alguém foi ameaçar meu amigo, colocou ele contra a parede literalmente, então não faço ideia do que ele vai fazer.”

“Não foi ameaça, deixemos isso bem claro.” Abbie levantou as mãos em forma de rendição. “Eu só não quero que vocês traumatizem a única amiga que ainda me resta e que por causa disso ela não volte mais aqui. Custa ele tratar ela com um mínimo de decência enquanto estiver aqui?”

“Custa muito. Imagina se eles ficam juntos? Eu vou perder meu parceiro de crimes!”

“E olha que em alguns países, isso que vocês fazem pode ser considerado crime mesmo.” Abbie disse pensativa. “Mas olha, eu acho que a gente tá fazendo tempestade num copo d’água. Não é como se o Nick fosse se ajoelhar e pedir a Lisa em casamento, não é?”

“É... Quer saber? Você tá certa. E ela vai embora em o quê? 15 dias?”

“Isso mesmo... A gente não tem com o quê se preocupar. Você vai continuar com seu parceiro de crimes e eu com minha amiga. Eles nunca iam dar certo mesmo.”

“Verdade, eles não tem nada a ver um com o outro. Provavelmente o Nick vai querer sair hoje e ficar com outra.”

“Ah não Dom..." Ela o repreendeu. "Você não vai deixar ele ficar com outra enquanto a Lisa estiver aqui, isso é falta de respeito.”

“Qual é Abbie? Quer dizer que se eu quiser sair com o Nick, vou ter que levar a Sacana de tira colo? Vai submeter nosso amigo a essa tortura de ficar grudado nela?”

“Não chama ela de sacana...” Abbie o repreendeu e começou a andar em direção ao elevador.

"Mas ela é uma sacana, eu só tô sendo sincero." Ele foi a acompanhando.

"É pra ser sincero? Ok, mas você não me vê chamando você ou o Nick de filho da mãe o tempo todo.” Ela falou e ele não conseguiu segurar a gargalhada.

Os dois saíram do elevador e foram em direção aos escritórios, Abbie cumprimentou a todos rapidamente e quando abriu a porta da sua sala, para ela e Dom entrarem, ela se deparou com um enorme buquê de flores vermelhas para ela.

“Foi você que mandou isso?” Ela olhou para Dom e depois riu dela mesma. “É óbvio que não foi você, você nunca ia ser autor de um gesto carinhoso desses.” Abbie falou com diversão e tirou o cartão de dentro do buquê.

“Até porque eu sei que você prefere as rosas, não as vermelhas.” Ele cruzou os braços, apenas observando Abbie ler o cartão que ele tinha certeza já saber de quem eram.

“Eu prefiro, mas são flores. Eu ia gostar até se mandassem margaridas e você sabe como eu odeio margaridas. Não importa o tipo, mas o gesto em si, entendeu cabeçudo?” Ela sorriu ao ler a assinatura do cartão.

“Deixa eu adivinhar... Caleb Escroto Lennox?”

“Primeiro, você tem que parar com essa mania de colocar apelido nos outros e segundo, de escroto aqui só tem você, mas sim, são do Caleb.” Ela guardou o cartão em sua gaveta e cheirou as flores. “A gente vai sair no fim de semana.”

“Iupi, que coisa maravilhosa...” Dom saiu da sala de Abbie, sem ao menos tentar disfarçar sua insatisfação.

“Se esse cara quer jogar, vou mostrar pra ele como que se ganha.” Dom pensou e entrou em seu escritório, batendo a porta com raiva.


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