As Regras do Amor escrita por Suy


Capítulo 4
Capítulo 4 - Os quadros da discórdia.


Notas iniciais do capítulo

Bom dia meninas!!!!!

Mais um capítulo e espero que gostem!
Mil beijos!



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Dom havia acabado de chegar em casa do seu treino com Nick. Eles estavam no bar jogando conversa fora, como sempre.

“Não sei se eu estou com muito saco pra sair hoje...” Dom disse entregando para Nick uma garrafa de cerveja e pegando uma para si. “E também, é noite de filme com a Abbie, ela vai me encher se eu furar.”

“Ah, qual é Dom? Vai por mim, só tem VIP na lista. As gatas mais gatas de Miami todas em um lugar só!” Nick sentou em um dos bancos do balcão da cozinha. “Sério que você quer perder essa oportunidade, meu amigo?”

A cobertura que Dom morava era enorme, ele tinha a sacada toda reservada para seus aparelhos de ginástica e obrigava Abbie a treinar com ele cedo de manhã quase todos os dias, ela só não ia quando inventava alguma desculpa esfarrapada, como cólicas, enjôo ou por que estava ‘naqueles dias’.

“Eu sei...” Ele disse para Nick. “Sabe como eu não gosto de perder essas chances, mas...”

“Landon Hunter!” Dom ouviu a voz de Abbie gritando por seu nome e olhou aterrorizado para Nick. Abbie gritando e chamando seu nome todo não era boa coisa. “Landon!” Ela gritou mais uma vez.

“Ela tá puta!” Nick se levantou do banco ficando ao lado de Dom.

“Puta é pouco!” Ele disse.

“E o que a gente faz?” Nick olhou para ele.

“O que qualquer homem de verdade faria nessa situação.” Dom cruzou os braços.

“Se esconder e torcer que ela acredite que você ainda não chegou em casa?”

“Exatamente isso.” Dom falou e eles dois saíram correndo pela cobertura, procurando um bom lugar pra se esconder.

Nick ficou atrás de uma cortina enquanto Dom pulou para detrás do balcão do bar e quando ouviu a porta abrindo, seu coração começou a bater mais rápido. Ele ainda não tinha entendido como uma pequena e doce criatura como Abbie, podia ser tão assustadora daquela forma quando queria.

“Eu sei que você está em casa Landon Hunter, é melhor aparecer de uma vez!” Abbie jogou sua bolsa no sofá e tirou o casaco, ela olhou pela grande sala e viu a sombra de alguém por detrás da cortina. Ela se aproximou lentamente e quando puxou, Nick estava sorrindo cinicamente para ela. “Só vou perguntar uma vez Nick...”

“Detrás do balcão!” Ele respondeu prontamente.

“Bom rapaz.” Ela bateu em seu braço. “Agora saí, se não vai sobrar pra você também.”

“Eu já estava de saída mesmo...” Ele sorriu e saiu correndo indo embora.

Abbie andou até o balcão, onde Dom estava abaixado e ela parou com os braços cruzados atrás dele.

“O que você tá fazendo ai?” Ela disse. Dom a olhou por cima do ombro, se amaldiçoando por não ter se escondido em um lugar melhor.

“Eu... É que...” Dom ficou tentando pensar em uma desculpa, se Abbie soubesse que ele estava se escondendo, iria ficar mais brava ainda. “Minhas lentes de contato! Eu as perdi por aqui...” Ele começou a passar a mão no chão, fingindo que estava procurando.

“Mas você não usa lentes de contato.”

“Ah, é mesmo!” Ele ficou de pé. “Vai ver por isso que eu não estava achando.” Ele riu tentando desconversar. “Nossa Abbie, você está tão linda! Não que não esteja nos outros dias, mas hoje está excepcional... O seu cabelo está diferente... Você cortou, pintou...?”

“O prendi.” Abbie sabia muito bem o que Dom estava fazendo, os elogios exagerados eram apenas por que ele queria tentar aliviar sua barra com ela, mas isso não funcionava.

“Claro, claro!” Dom sorriu nervoso. “Mas diz ai, o que te traz a minha humilde residência?” Ele perguntou com medo da resposta.

“Você doou a nossa coleção de quadros clássicos para um museu local?”

“Ah, é só isso?” Dom respirou aliviado. “Ufa, achei que eu tinha feito coisa pior pra você vir toda nervosinha desse jeito.” Ele saiu andando em direção a sala, pegando sua cerveja e dando um gole nele.

“Responde Landon. Doou nossa coleção, sim ou não?” Abbie foi o seguindo e ele parou se virando para ela.

“Eu não doei nossa coleção de quadros, eu doei a minha coleção de quadros.” Ele sorriu e continuou andando. “Eu paguei por eles, então são meus.”

“Eu tenho todo o direito de chamar essa coleção de ‘nossa’, baseado em todo o tempo que eu cuidei dela...” Abbie andou mais rápido, conseguindo ficar na frente de Dom o impedindo de passar. “Foram anos cuidando dessa coleção, pra você simplesmente doar assim do nada!” Ela disse exasperada.

“Não foi do nada, Abbie!” Ele colocou sua cerveja em cima da mesa. “Você sequer deixa exposto esses quadros, só colocou três deles pra enfeitar o escritório e se é que dá pra enfeitar alguma coisa com aquelas pinturas.”

“São quadros raros, não foram feitos para ficar decorando paredes onde eles correm risco de serem sujos com alguma coisa!”

“Ok, eu ia esperar pra te fazer essa surpresa, mas já que você está enlouquecendo... Espera um minutinho.” Dom entrou correndo em um dos quartos e voltou carregando uma pintura coberta por um tecido. “É um artista novo, arte moderna, simplesmente incrível. Pronta pra ver o que vai decorar o escritório?”

“Não, mas você vai mostrar de qualquer forma.” Ela deu de ombros.

“Tcharaaaaan!” Ele tirou o pano revelando a tela. “Fala sério Abbie... Muito melhor que aquelas coisas sem cor não é?”

“Você está de brincadeira comigo Landon? Isso é uma pegadinha? Você tá tentando ser engraçado? Por que não é engraçado!” Ela disse chocada. “Aqueles quadros foram pintados por artistas do século XVIII, são verdadeiros clássicos! E você está me dizendo que se livrou deles pra colocar um quadro de uma bola amarela em um fundo branco?”

“Quem quer ver quadro de gente que já morreu, Abbie?” Dom debochou. “Isso aqui é arte abstrata, você quer ser tão entendida dessas coisas e não consegue apreciar essa bela obra.”

“É um desenho patético de um circulo amarelo.” Abbie o olhou incrédula.

“Sim, visto a grosso modo. Porém, essa é a graça, você olhar e tentar imaginar o que há por detrás dessa bola amarela. Ela representa o sol? É uma bola? Representa uma infância perdida?”

“É a porra de um circulo amarelo na merda de um fundo branco e eu sim quero ver quadros de artistas que já morreram Landon!” Ela gritou e pegou a pintura que ele estava segurando. “Isso aqui é inaceitável! Mais uma vez o seu ego descontrolado falando mais alto e sem contar que você quebrou a regra número um.”

“Eu não quebrei nenhuma regra.” Dom se defendeu. “Quando que eu fiz isso?”

“Quando você não me contou que tinha dando fim nos nossos quadros!”

“Então, veja bem, foi uma omissão de fatos. A regra um é clara, sem mentiras. Eu não menti, eu apenas omiti algo e que depois eu esqueci de te contar...”

“Você quebrou a regra e sabe disso!” Abbie jogou a pintura de Dom em cima do sofá e saiu batendo a porta.

Dom pegou sua cerveja dando mais um gole, enquanto observava o seu quadro jogado no sofá. Ele o levou de volta para o quarto que estavam as outras pinturas, o colocou no chão e tirou o pano de cima de outro dos quadros, essa tinha ele e Abbie juntos, o rapaz que pintou havia feito a obra baseado em uma foto que Dom o entregou deles dois.

“Acho que eu devia ter mostrado esse primeiro...” Ele tomou todo o resto da sua cerveja em um gole só e apagou a luz indo para o seu quarto tomar banho.

Abbie atravessou a rua, entrando no prédio que ela morava, entrou em seu apartamento e tomou um banho para esfriar a cabeça. Depois de pentear os cabelos e vestir uma calça de moletom com uma camisa dos Simpsons, ela preparou uma sopa rápida para jantar e sentou na cama, ligando a televisão. Foi só olhar pela janela, para o outro lado da rua onde Dom estava, que lhe bateu um arrependimento. Ela estava muito chateada por ele não ter contado sobre os quadros, ela gostava muito deles, eram especiais e importantes para ela, mas também não gostava de brigar com ele, por isso muitas vezes relevava as burrices que Dom fazia.

Por ser filho único e sempre ter tido de tudo, Dom estava acostumado as coisas serem sempre do seu jeito e isso foi até melhorando com o tempo, logo quando se mudaram para Miami era bem pior, mas Abbie conseguiu aos poucos mudá-lo um pouco. Mas pelo visto só um pouco realmente, o velho e egoísta Dom de vez enquando aparecia apenas para mostrar que ele ainda estava ali.

Depois de comer e assistir a um filme de comédia, que não tinha graça nenhuma de ver sem Dom do lado fazendo comentários engraçados durante todo o filme, Abbie se deitou tentando dormir, mas claro que não conseguia. Era terrível saber que tinha algo não resolvido entre eles dois. Ela se levantou decidida a ir atrás dele para conversar, mas quando ia vestir um casaco, sua campainha tocou e só uma pessoa subia até o seu apartamento sem precisar ser anunciado para ela pelo interfone. Abbie correu para a porta, respirou fundo e a abriu. Dom estava com o cabelo molhado, levemente assanhado, como ele costumava usar e cheiroso, com o perfume que ela tinha dado para ele e que ele usava todos os dias, por que além de ser muito bom, ela que tinha dado.

“Thomas.” Ele cerrou os olhos e disse a cumprimentado.

“Hunter.” Ela fez o mesmo. Os dois se olharam por um momento e começaram a rir.

“Saí da frente que eu quero entrar.” Dom abriu a porta de uma vez e entrou com uma sacola nas mãos.

“Você não devia pedir com licença?” Abbie disse com diversão.

“Eu já sou de casa.” Ele deu de ombros e sentou no braço do sofá de Abbie. “Então, vamos lá, você quer pedir desculpas primeiro dessa vez ou eu começo?”

“Você começa e ai eu decido se devo me desculpar ou não.” Ela parou de frente para ele com as mãos na cintura.

“Está bem.” Ele riu. “Eu deveria ter contado que doei os quadros, mas não contei por que não achei que significassem tanto assim. Se soubesse nem teria feito isso, sabe que eu não te deixaria brava de propósito.”

“Tudo bem.” Abbie assentiu e Dom continuou a encarando. “O que foi?”

“É a sua vez de pedir desculpas.”

“Saco...” Abbie bufou. “Desculpa ter ficado um pouco alterada por causa disso. É besteira, são apenas pinturas e eu não deveria ter exagerado.”

“Muito bem.” Dom bateu palmas rindo. “Isso é pra você.” Ele a entregou a sacola.

“Já reparou como você sempre tenta me comprar com alguma coisa quando faz merda? Tipo agora, que você quebrou uma das nossas regras.”

“Não estou tentando te comprar, por que não quebrei regra nenhuma.”

“Quebrou sim Dom, nós dois sabemos disso. É melhor assumir a culpa de uma vez.”

“Ok Abbie, se isso te faz feliz, pode ser que eu tenho meio que quebrado uma maldita regra sua. Mas fala sério, você nunca quebrou uma? Nunca? Tem certeza? Nunca mentiu nem que seja sobre alguma coisinha boba e sem fundamento?” Abbie desviou o olhar de Dom e colocou a sacola em cima do sofá em completo silêncio e Dom sabia que ali tinha algo. “Abigail Thomas, você quebrou uma regra sua não quebrou?” Ele disse rindo e Abbie a olhou sem graça. “Eu sabia!” Dom comemorou. “Viu? Eu não sou o único pecador aqui!”

“Está certo Dom, você não é o único pecador, nós dois já quebramos nossas próprias regras, vamos aceitar isso e seguir em frente.” Ela disse impaciente sentando no sofá.

“Eu concordo.” Ele assentiu. “Mas então o que foi?”

“O que foi o quê?”

“Como o quê? Que regra quebrou e por quê?”

“E por que não deixamos isso para lá?” Abbie sorriu ironicamente.

“Ah, por que agora eu quero saber.” Dom falou se virando para ela. “Eu sei que a regra dois e cinco não foram. Se você tivesse dormido comigo, eu saberia e se você estivesse apaixonada por mim eu saberia também.” Ele disse pensativo. “Nos sobram a um, que é a da mentira, a três, que é sobre se ver pelados e a quatro que é sobre atrapalhar relacionamentos...” Ele continuou o raciocínio. “A quatro não foi, não tenho nenhum relacionamento para você atrapalhar, a três também com certeza não foi...” Abbie fez uma careta que denunciou sua culpa. “Abbie, você... Não... É impossível.” Dom riu do próprio pensamento. “Diz logo de uma vez que regra você quebrou!”

“A número três.” Abbie disse se sentindo um pouco constrangida e Dom gargalhou.

“Impossível Abbie. A três é sobre nunca nos vermos pelados e você nunca me viu pelado.”

“Pode ser que eu tenha visto... Algumas vezes...” Ela sorriu sem graça e Dom arregalou os olhos.

“O quê?” Ele disse perplexo. “Quando? Como? Onde?”

“Pelo menos umas duas, três vezes por mês, no seu apartamento.”

“Eu vou precisar de mais informações Abbie.” Ele disse com ironia.

“Ah Dom, quando você chega morto de bêbado, quem você acha que te põe na cama e troca sua roupa?”

“Como assim? Eu que me troco!”

“E você se lembra de alguma vez ter se trocado antes de ir dormir?” Dom parou pensativo e realmente não lembrava. Todas as vezes que ele saia para beber, ele bebia pra valer e voltava sendo praticamente rebocado por Nick.

“O Nick sempre vem comigo.”

“De fato. Mas ele só te ajuda a subir ás vezes, quando não tá tão bêbado quanto você.”

“E quando ele não me ajuda...?” Dom perguntou receoso.

“Eu que subo com você, troco sua roupa e te coloco para dormir.”

“Duvido!” Ele gritou ficando de pé. “Prova então!”

“E como eu vou provar? Deixa de ser infantil Dom, não tenho por que mentir!”

“Qual o tamanho?”

“Tamanho de quê?”

“Você sabe do que eu estou falando...” Dom bufou e Abbie entendeu o que ele queria dizer, ficando boquiaberta.

“Não vou dizer o tamanho do seu... Do seu...” Ela gaguejou olhando instintivamente para a calça de Dom. “Enfim. Me recuso a passar por uma situação constrangedora dessas.”

“Fala sério, faz anos que a gente se conhece, já passamos dessa fase de ficar constrangidos um com o outro faz muito tempo. É uma pergunta simples e eu tenho direito de saber a verdade.”

“Dom, eu não fico olhando e admirando seu corpo nu, muito menos seu pinto.” Ela falou com sarcasmo. “Apenas ajudo um amigo a ir dormir, nada demais.” Mas Dom não desistiu, continuou a encarando, esperando sua resposta e ela respirou pesado, desistindo. “Ok Landon. É... Digamos... Satisfatório.”

“Arrá!” Ele gritou assustando Abbie. “Está mentindo descaradamente.” Ela o olhou sem entender o que ele estava querendo dizer. “Se você tivesse me visto pelado realmente, saberia que é mais, bem mais, que satisfatório.” Abbie sabia que era mais do que satisfatório, apenas não queria dar esse gosto a ele.

“Depende do referencial. Vai ver, para mim, é apenas satisfatório.” Ela falou abrindo a sacola que Dom tinha entregue, mas ele a pegou de volta.

“Eu não vou perder meu tempo discutindo isso, sabe que eu tenho razão.” Ele sorriu triunfante. “Agora, se você for uma pessoa realmente justa, vai resolver nossa situação.”

“Resolver nossa situação? Como?”

“É só ficar pelada na minha frente. Assim, nós anulamos a quebra dessa regra.” Dom disse cinicamente e Abbie jogou uma almofada em sua cara. “Tudo bem, eu mereci.” Ele gargalhou atirando a almofada de volta nela.

“Ah, vai ser assim Landon Hunter?”

“Sabe que eu odeio quando me chama assim, Abigail Thomas!”

“É exatamente por isso que eu chamo.” Ela sorriu docemente e ele se levantou a colocando por cima do seu ombro rapidamente e a jogou no sofá lhe fazendo cócegas.

“Qual meu nome?” Ele perguntou rindo por causa das gargalhadas de Abbie e de sua tentativa fracassada de se soltar dele.

“Landon Hunter.” Ela disse quase sem ar e ele continuou a lhe fazer cócegas.

“Vamos Abbie, você sabe a resposta certa, seja uma boa menina.”

“Dom, só Dom. Agora para, pelo amor de Deus!” Ela implorou com lágrimas nos olhos de tanto rir e ele parou. “Ai Deus...” Ela sentou recuperando o seu fôlego. “Odeio quando faz isso.”

“É por isso que eu faço.” Ele deu um tapa de leve em sua cabeça e ela o deu língua, olhando para o lado, onde a sacola estava.

“Posso ver o que é meu presente agora?” Ela perguntou para Dom, que riu assentindo.

Quando ela abriu a sacola e tirou o quadro com seu rosto e o de Dom pintado nele, ficou maravilhada. Ela passou os dedos por cima, sentindo a textura que o pincel deixava e olhou para Dom.

“Fotos nós temos aos montes e como você gosta dessas coisas de pintura e artes, achei que ia gostar.” Ele falou.

“É lindo.” Abbie sorriu e se recostou no sofá, com o quadro no colo e Dom sentou ao seu lado. “Olha como ficou perfeito o formato do seu rosto.” Ela mostrou para Dom. “De longe, parece mesmo uma foto. Até seus olhos ficaram da mesma cor.”

“Eu pedi pra ele deixar seu cabelo assim, solto.” Ele disse. “Gosto dos cachos.”

“Você é a única família que eu tenho Dom.” Abbie falou séria. “Não sei o que teria sido de mim se não tivesse conhecido você aquela noite.”

“Eu que não sei o que teria sido de mim aqui sem você. Com certeza não teria conseguido fazer metade das coisas que já fizemos...”

“Não é pra tanto também Dom...” Ela riu sem graça. “Você comanda a empresa muito bem. É justo, honesto e todos ali gostam de você.”

“É, graças a você.” Ele disse ainda sério. “Me ajudou a me expressar melhor com as pessoas, a me abrir mais e convenhamos, faz mais da metade do que eu deveria estar fazendo e ainda consegue defender seus casos.”

“Você fala como se fosse um fardo, mas não é.” Ela segurou sua mão. “Acho que no fundo eu gosto de saber que você precisa de mim sabe, nem que seja pra repor suas jujubas.” Abbie riu, fazendo Dom rir também.

“Embora aquelas jujubas sejam muito gostosas de fato... Sobreviveria sem elas, mas não aguentaria um dia sem a minha parceira de crimes.”

“Você não vive sem mim mesmo.” Abbie disse vitoriosa e Dom bagunçou seu cabelo.

“Sabe, ainda dá pra assistir algum daqueles filmes muito ruins que você gosta de ver.”

“Vou fazer a pipoca!” Abbie levantou animada indo para a cozinha, parando antes apenas para colocar o quadro que havia acabado de ganhar em cima da poltrona.

Na pintura, os dois estavam se olhando e sorrindo verdadeiramente, Dom ficou impressionado em como o artista conseguiu captar o sentimento que havia entre eles em apenas uma pintura. Não era nada forçado ou inventado, eram apenas Dom e Abbie sendo Dom e Abbie.


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