As Regras do Amor escrita por Suy


Capítulo 2
Capítulo 2 - As regras.


Notas iniciais do capítulo

Não me aguentei e postei, unicamente por que quero saber se vocês vão gostar! hahahaha
Beijãaao!!!!!



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5 ANOS DEPOIS

Abbie estava sentada em uma mesa, balançando as pernas impacientemente e observando quatro homens da manutenção consertarem a parede que estava vazando água desde cedo, graças a um cano que estourou. Ela olhou para o lado e viu Dom parado com um óculos de mergulho e uma bóia infantil em cada um dos braços. Abbie tentou não rir, mas era impossível.

“Me informaram da enchente.” Dom parecia ridículo para Abbie, de blazer e bóias rosas.

“E você resolveu se precaver.”

“Exatamente.” Ele sentou ao seu lado, tirando os óculos de mergulho. “Você não deveria, por acaso, estar no caminho para o tribunal?”

“Que bom que você colocou desta forma Landon...” Dom odiava quando Abbie o chamava pelo seu nome todo, por que ele sabia que vinha alguma reclamação. “Como sua advogada, eu adoraria estar chegando ao tribunal a essa hora, mas como sua assistente, eu tive que ficar aqui supervisionando o trabalho do pessoal da manutenção, até você chegar.” Ela disse ironicamente.

“E você fez um excelente trabalho como assistente, agora vá fazer um ótimo trabalho como advogada.” Ele sorriu cinicamente, o que fez Abbie querer matá-lo.

“Dom é sério, você precisa contratar uma pessoa pro cargo de assistente, não consigo ser as duas coisas ao mesmo tempo.”

“Eu não preciso contratar alguém pra ser minha assistente, eu tenho você.” Abbie se levantou e ficou de frente para ele.

“Que parte de ‘Eu não consigo ser as duas coisas’ você não conseguiu entender?”

“Você sempre deu conta do serviço Abbie, se quer saber o que eu acho, acho que você está se subestimando.”

“Não, eu não quero saber o que você acha e sim, eu dava conta do serviço quando só pegava um caso por vez e isso foi no mesmo tempo que a minha sala tinha 10m², hoje ocupamos um andar inteiro de um dos maiores prédios comerciais do país.”

“Eu gostava da sua antiga sala...”

“Que bom, mas eu a odiava.”

“Está tudo dando certo Abbie e em time que está ganhando, ninguém mexe.” Dom se levantou e foi andando até sua sala tirando fora as bóias.

“Você sabe o quanto eu estudei e estudo ainda pra exercer minha função e ter uma carreira digna...” Os dois entraram na sala de Dom, ele sentou em sua cadeira e começou a procurar pelo pequeno objeto de cristal que ficava na sua mesa todos os dias. “Mas não dá pra conseguir isso se eu tiver que ficar me preocupando se as suas jujubas já acabaram ou não.” Abbie pegou o recipiente de cristal que ele estava procurando, onde ficavam as jujubas que Dom comia todos os dias e entregou para ele.

“Se não for você pra cuidar de mim, quem mais vai?” Ele começou a comer os doces. Péssimo hábito que ele tinha pegue desde que tinha parado de fumar, graças a Abbie.

“E não me entenda mal, eu adoro cuidar de você. Mas eu adoro a minha carreira também.” Ela ficou de frente para ele, se apoiando em sua mesa. “Pode, pelo menos, pensar no assunto? Por mim?” Ela fez a cara que sempre fazia quando queria que Dom fizesse alguma coisa para ela.

“Você sabe que eu não digo não pra essa sua cara de cachorro abandonado...” Ele resmungou.

“Isso quer dizer que...?!”

“Que eu vou pensar no assunto, Abbie. Não se anime muito, só significa que eu vou cogitar esse seu desejo.” Dom disse e Abbie sorriu animada, mas ele não estava animado com a idéia de perder Abbie como assistente.

“Eu sei que carinha é essa...”

“Não sabe de nada e não tem nenhuma carinha.” Ele bufou.

“Alguém aqui está precisando de um abraço de urso...”

“Não tem ninguém aqui precisando de abraço.” Dom se recusou a olhar para Abbie.

“Ah, deixa de ser chato, vem cá.” Abbie fez Dom se levantar e o abraçou, ele manteve os braços um de cada lado do corpo. “Pra ser um abraço, você precisa me abraçar também...”

“Você sabe que eu não gosto de contato físico.”

“Não gosta? Então como tem uma mulher diferente na sua cama quase todos os dias?” Abbie disse com diversão.

“Não gosto de contatos físicos que não tenham conotação sexual.” Ele refez a frase.

“Não quero saber, eu não vou te soltar enquanto você não me abraçar e você sabe como eu posso ser irritante quando eu quero...”

“Nossa eu nem tinha notado isso.” Dom falou com ironia, suspirou derrotado e pôs uma mão nas costas de Abbie, lhe dando tapinhas.

“Que abraço gostoso hein?” Ela o soltou rindo.

“Você não está atrasada para a audiência?”

“Ah, verdade!” Abbie foi andando rapidamente para a porta.

“Ei!” Dom a chamou. “Não está esquecendo nada?” Abbie o olhou com diversão e ele continuou. “Começa com bei, termina com jo.”

“Sério Dom? Eu tenho que te obrigar a me dar um abraço, mas você me cobra um beijo?” Ela disse andando para próximo dele e lhe dando um beijo no rosto e ele beijou sua bochecha de volta.

“É o nosso beijo de boa sorte!” Ele disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. “Agora saia daqui e vá ganhar uns milhares de dólares para mim.”

“Você quem manda chefe!” Abbie finalmente conseguiu sair do escritório, a caminho do tribunal.

Ela e Dom tinham construído uma forte amizade com o passar dos anos, eles se conheciam melhor do que ninguém, todas as manias, todos os defeitos e todas as fraquezas um do outro. O começo de tudo não tinha sido tão fácil, Dom se sentiu como um peixe fora d’água logo quando aterrissaram em Miami e se não fosse pela companhia e apoio de Abbie, ele provavelmente teria desistido de tudo e voltado para casa.

5 ANOS ATRÁS

Na manhã seguinte do dia em que se conheceram, Dom a buscou em casa para irem para o aeroporto, dando o primeiro passo para o começo de suas vidas. Quando eles botaram o pé dentro do avião, Dom gelou. Em um voo para 200 pessoas, tinham apenas 30, sendo que uma delas era uma freira.

“Esse aqui vai cair... Tenho certeza.” Dom disse ansioso e sentindo um embrulho no estômago.

“Você tem medo de aviões?” Abbie perguntou com diversão.

“Eu apenas prefiro ficar em terra firme do que andar num negócio que pesa toneladas a milhares de pés acima das pessoas.”

“Você quis dizer voar.” Ela o corrigiu andando pelo corredor a procura dos seus assentos.

“Como?” Ele perguntou sem ter entendido a sua explicação.

“Usando as palavras assim, dá a ideia de que você monta em um avião e saí andando nele. Você não anda de avião, você voa em um avião.” Abbie parou ao lado da fileira deles e sentou ao lado da janela.

“Desculpe Sra. Gramática.” Dom sentou ao seu lado.

“Na verdade é senhorita.” Ela sorriu docemente e ele fez uma cara feia para ela.

Abbie retirou o celular da bolsa, com o intuito de desligá-lo para a decolagem e quando o desbloqueou, viu várias chamadas perdidas de Ed, além de inúmeras mensagens com pedidos de desculpas e perguntando onde ela estava que não abria a porta do seu apartamento para ele entrar. Ela bufou de pura frustração, era a cara de Ed fazer isso. Ele aprontava alguma besteira, depois se arrependia e implorava que Abbie o desculpasse, ela sempre desculpava, só que dessa vez não. Ela desligou o celular e o abriu, tirando a bateria e o chip o quebrando em dois, Dom observava tudo aquilo com uma mistura de diversão e curiosidade.

“Que foi?” Ela perguntou com a sobrancelha arqueada.

“Apenas olhando você descontar sua raiva no chip do celular.” Ele riu.

“Ed fica ligando o tempo todo...” Ela falou séria desviando o olhar de Dom. “Se a ideia é começar uma vida nova, eu tenho que desapegar da minha vida antiga e ser a nova Abbie.” Ela olhou para Dom decidida. “A nova Abbie nunca vai namorar um cara como Ed de novo.” Dom achou incrível a forma que ela se impôs.

Qualquer uma estaria agora chorando e lamentando o término do seu relacionamento, mas Abbie não se deixou abater e isso não era por que ela não gostava de Ed, se ela não gostasse não teria o namorado, ela apenas decidiu que não ia ficar se torturando por um relacionamento que não dava mais certo.

“Eu fico feliz que refine seus gostos, vai lhe evitar dores de cabeça futuras.” Dom falou e Abbie sorriu com o seu comentário.

O piloto pediu que colocassem os cintos e mantivessem os acentos na posição vertical para a decolagem. Abbie fez como o pedido e quando olhou para Dom, ele estava suando frio.

“Tudo bem com você?” Ela perguntou começando a se preocupar de verdade.

“Tudo eu só... Talvez tenha um pouco de medo de avião.” Ele disse com vergonha de ter que admitir isso para Abbie.

“Relaxa Dom.” Ela sorriu da forma mais doce que Dom já tinha visto uma mulher sorrir. “Eu tenho medo de dirigir e você tem medo de aviões, qual problema?”

“Nenhum problema, eu sou só um homem de 1,90 de altura que se borra de medo de aviões.” Ele disse sarcasticamente, mas se sentindo menos envergonhado por Abbie, se eles iam trabalhar juntos, era bom que ela soubesse logo todos os seus defeitos para que desse tempo ela correr de volta para casa.

“Tenta ver pelo lado bom, se o avião cair e você morrer, eu vou morrer também.”

“O que tem de bom nisso?”

“Eu não sei, só tava tentando fazer você se sentir melhor.”

“Só que não está funcionando...”

“Eu percebi.” Ela mordeu o lábio para tentar conter um riso.

O avião começou a se deslocar e quando fez o primeiro movimento para fora do solo, Dom agarrou a mão de Abbie com força, o que a pegou de surpresa, mas ela manteve sua mão parada e apenas ficou olhando pela janela tentando não se sentir desconfortável com a situação. Quando o avião se estabilizou no ar, Dom a soltou e sentiu que podia respirar novamente. Uma aeromoça passou ao seu lado e ele a chamou de volta.

“Deseja alguma coisa senhor?” Ela perguntou sorridente.

“Uma água, por favor.” Dom pediu educadamente.

“E uma cueca nova.” Abbie disse sorrindo também, a aeromoça riu para ela entendendo a piada.

“Precisava do comentário sem graça?” Ele olhou para Abbie a recriminando.

“Teve graça, muita graça, aliás. É que depende de que lado da piada você está.”

“Aqui está sua água senhor.” A aeromoça o entregou. “E eu lhe trouxe uma toalha gelada, parece bobeira, mas ajuda a se manter calmo.”

“Obrigado.” Dom sorriu sem graça e tomou um gole da sua água.

“Por que você não tenta dormir?” Abbie perguntou e ele colocou a toalha cobrindo seu rosto.

“Eu só consigo dormir se estiver muito bem instalado em uma cama muito confortável.”

“Interessante...” Ela disse.

“O que é interessante?”

“Eu durmo até em pé se deixar.” Abbie riu de si mesma.

Alguns momentos em silêncio depois, Abbie ficou lembrando de Dom segurando sua mão um pouco antes do avião decolar e mesmo ela não querendo tocar no assunto, ela não podia se controlar.

“Dom?”

“Que foi?”

“Já que você não vai dormir mesmo, posso te fazer uma pergunta?”

“Pode Abbie, o que quiser.” Ele disse ainda cobrindo o rosto com a toalha.

“Quais suas intenções comigo?” Dom levantou um pouco a toalha, olhando para Abbie, buscando algum tipo de diversão em seus olhos ou um mísero sorriso, mas nada, ela estava falando sério.

“Achei que eu tinha sido claro sobre as minhas intenções... Você vai trabalhar comigo.”

“Eu entendi essa parte, quero dizer além de trabalhar com você.” Ela disse começando a se sentir sem graça. “O que você espera? Vamos ser amigos, amantes, namorados, amigos com benefícios...?”

“Toparia ser minha amiga com benefícios?”

“De jeito nenhum.”

“Foi o que eu pensei.” Ele tirou a toalha do rosto e a olhou. “Não Abbie Thomas, eu não quero abusar sexualmente de você, se é isso que está achando. E eu não quero saber de namorada, pelo menos não por agora, nunca tive uma, mas sei que eu estou bem melhor solteiro.”

“Então... Amigos?!” Ela perguntou.

Dom não sabia se podia concordar com aquilo totalmente, por que Abbie era linda, engraçada e inteligente. Ou seja, era completamente diferente das mulheres com quem ele costumava sair. Mas ele também ficou com receio de dizer que não descartava a ideia de ficar com ela e ela se assustar e pedir para voltar para casa.

“Amigos.” Ele assentiu e ela sorriu.

“Já que vamos ser amigos... Podíamos ter algumas regras básicas.”

“Ah não Abbie, lá vem você com suas regras.”

“Mas é pro nosso benefício pessoal, é tipo um contrato entre eu e você.” Dom a olhou ainda não muito convencido. “Eu vou te dizer algumas, se você concordar, tudo bem, se não, esquecemos elas.”

“Você é boa de argumentar...”

“Eu sei, por isso virei advogada.” Ela sorriu vitoriosa. “Tá, a primeira e a mais importante de todas, não vamos mentir um para o outro.”

“Hum...” Dom colocou a mão no queixo pensativo. “Algum motivo em especial?”

“Quero que você saiba que pode confiar em mim e quero poder confiar em você, já que somos amigos, não temos por que esconder nada um do outro ou mentir. Eu prefiro que você seja honesto, mesmo que seja um pouco inconveniente.”

“Com essa eu concordo. Gosto de honestidade também... Me comprometo a não mentir pra você e você não mente pra mim.”

“Viu como minhas regras não são assim tão ruins?!”

“E qual a próxima? Por que eu sei que você não vai parar só na primeira.” Ele riu.

“Deixa eu ver...” Abbie pensou um pouco. “Ah! A segunda é: Nunca, nunca e nunca, vamos dormir juntos.”

“Defina ‘Dormir’.”

“Transar.” Dom não conteve a gargalhada.

“Mesmo que você se ajoelhe e implore pelo meu corpo nu, eu terei que negar?”

“Em primeiro lugar, isso só aconteceria se eu estivesse tendo praticamente uma overdose de tão drogada e em segundo, sim, você vai ter que resistir ao desejo incontrolável de me seduzir e ter noites e mais noites de prazer.”

“E é bom assim?”

“Nunca recebi reclamações... Acho que sou nota 9,5. No mínimo.”

“9.5 é muita coisa...” Dom cerrou os olhos. “Não gostei dessa regra, uso meu poder para vetar ela.”

“Você não tem poder de vetar, eu que faço as regras aqui e você vai segui-las, isso se não quiser sofrer as conseqüências.”

“Que conseqüências?” Ele virou de lado a encarando.

“Eu tenho memória fotográfica...”

“E o que isso tem a ver?”

“Tem a ver que eu lembro todos os acidentes envolvendo aviões dos últimos 10 anos e vou adorar te contar todos eles em ordem cronológica e depois em alfabética baseado nos nomes das linhas aéreas.” Abbie disse olhando pela janela e Dom cobriu seu rosto com a toalha de novo.

“Próxima regra.” Ele disse derrotado.

“Bem... Complementando a segunda, nunca vamos ficar pelados na frente um do outro, por motivos óbvios.” Dom apenas resmungou. “Quarta, aquele seu maço de cigarros vai desaparecer da sua vida.”

“Vai implicar até com meus cigarros?”

“Eu sou sua amiga, logo, me preocupo com sua saúde.”

“Eu estou começando a ter um leve arrependimento de ter te convidado pra vir comigo...”

“Não está não.” Abbie tirou a toalha do rosto de Dom e ele estava sorrindo.

“Está bem, não estou arrependido, confesso. Embora você esteja se esforçando muito pra fazer eu me arrepender.”

“Eu só estou sendo uma boa amiga.” Abbie começou a enrolar uma mexa do seu cabelo no dedo.

“Acabamos por aqui então, boa amiga, ou ainda tem algo que queira acrescentar?”

“Eu não sei... Tem algo que você queira impor?”

“Vejamos... Se vamos trabalhar juntos e eu sou a única pessoa que você conhece em Miami e você a única pessoa que eu conheço, é provável que passemos bastante tempo juntos.”

“Conclua o raciocínio.” Abbie apoiou a cabeça no encosto do assento.

“As pessoas podem achar que nós temos alguma coisa e isso pode nos causar problemas.”

“Que tipo de problemas?”

“Eu proponho, para a regra cinco, que nenhum dos dois atrapalhe algum relacionamento que o outro venha a ter.”

“Eu concordo.” Abbie assentiu. “Eu só consigo pensar em mais uma...”

“E o que seria?”

“Mas essa vai ser a nossa regra absoluta Dom, não vamos poder quebrá-la nunca.”

“Ok...” Ele falou receoso.

“Nós nunca vamos nos apaixonar um pelo o outro.” Abbie disse séria e ficou olhando para Dom, esperando por sua reação, ele por sua vez, apenas sorriu e a olhou também. Dom nunca tinha se apaixonado por ninguém, nem fazia questão disso, com isso ela não teria que se preocupar.

“Abbie Thomas, temos nossas regras então.”

Essas eram as regras oficiais dos dois e que apenas eles, exceto Nick, um amigo que os dois fizeram umas semanas após chegarem Miami, sabiam da existência delas. Mas apesar de parecer tudo muito técnico demais, elas funcionavam com eles. Não havia mentiras entre os dois, o que fizeram com que eles fossem criando cada vez mais confiança e o respeito que tinham, os impediam de quebrar qualquer uma das outras regras.

“Sabe o que eu acabei de perceber?” Abbie disse enquanto Dom tentava, inutilmente, não morrer do coração no avião.

“Não sei, o quê?” Dom perguntou.

“Que você é o Landon, de London*! Entendeu?!” Abbie falou rindo descontroladamente.

“Então quer dizer que isso é sua tentativa de parecer engraçada?” Dom a olhou tentando ficar sério, mas ele tinha achado engraçado. Não a piada em si, mas a forma que Abbie falou e a sua risada tão espontânea depois.

“Você me acha engraçada Dom e não pode negar isso, por que estaria quebrando a nossa regra número um.” Dom deu língua para ela.

“Você é engraçada Abbie, eu admito.” Ele falou e ela sorriu vitoriosa.

*Londres em inglês.


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