Eu de Letras, ela de Irônicas escrita por Sr Devaneio


Capítulo 22
Capítulo 22 – Simples decisão (T.G.I.F.)


Notas iniciais do capítulo

JSaihbaysyuwdaiviysdabi meu Deus, que coisa. Olha só, eu vou avisar logo que isso aqui vai ficar grande pq se eu não falar eu vou ficar pensando.
Bem, tirei a última semana para focar aqui nesta história e parece que o universo, só de sacanagem, me de uma semana extremamente corrida e cheia de coisinhas para fazer. Tive um evento grande do trabalho, para que vocês possam ter uma noção. E bom, não que eu não soubesse do evento e tal, mas eu só achei que daria para conciliar o trabalho da vida real com o trabalho virtual daqui. Que bobinho eu sou...
Isso explica o breve desabafo incompreensível no início desta nota.

DEPOIS DAS JUSTIFICATIVAS, O QUE INTERESSA MAIS AINDA:
Galera, eu tenho tanta gente pra agradecer que, de verdade, não sei por onde começar.
Bem, vou começar pelo fato que mais me impactou e impressionou nesse um mês e pouco (se for mais, relevem. Eu tô num processo de retorno e esse tipo de eufemismo me ajuda): Uma leitora extremamente querida, que tinha sumido do site (apagado conta e tudo o mais) retornou e trouxe um textão que me fez chorar um pouquinho. Basicamente ela deixou bem claro que voltara pela história. *Miss L, eu jamais me esquecerei disso. Obrigado, obrigado e obrigado mais uma vez!
*J Stanesco, amiga que considero demais, também apareceu depois de muitos meses sumida. Isso foi importante para mim também e apesar de tê-lo feito, quero agradecer de novo!
*Engenho das Letras/Elo... simplesmente me presenteou com a notícia de que UM CONTO QUE ELA ESCREVEU TINHA SIDO INSPIRADO NA FIC. Além do fato de suas palavras sempre me tocarem em um nível extremo, eu adoro ler o que você escreve sobre isso aqui. Obrigado por ser sempre tão sincera e me fazer acreditar, em cada comentário, que eu realmente faço isso bem.
*Anneborowski, que me achou no Instagram e me mandou uma mensagem que aqueceu meu coração em um momento em que eu precisava saber de coisas boas. Seu texto me incentivou e me deu forças, renovando a carga de positividade que eu tinha recebido anteriormente de
*PinguuThe Writer. Por fim, você, que me fez chorar. E me fez rir. E me deu uma carga de energia positiva extremamente bem-vinda, porque apareceu num momento bastante... delicado. Você não só escreveu um review no último capítulo da vez, como RECOMENDOU a fic. Suas palavras nunca poderão te dizer o quanto me fizeram bem, mas, felizmente, disseram a mim. E eu sou muito grato por isso MESMO.

E por fim de verdade (isso veio agora), eu quero agradecer a todas as pessoas que se interessaram na capa/sinopse/qualquer coisa relacionada à EdLedI e pediram o link, no grupo do Nyah!. Sabem, geralmente quando se passa muito tempo sem receber atualizações na história, você se pega mais reflexivo e nostálgico. E eu estava e estou exatamente assim já fazem uns dias... Pode parecer egocêntrico, eu sei, mas o fato é que eu sinto saudade de comentários. Sinto saudade de ter contato com vocês, de ler suas opiniões, achismos e teorias e, principalmente, de sentir o carinho e positividade enviada no clique do ENTER (e eu sei que a culpa disso demorar para acontecer é só minha, podem ficar tranquilos hahahaha).
O fato é que eu senti que precisava agradecer vocês, que encontraram resquícios disso aqui num grupo do Facebook e se interessaram por saber mais. Todas as vezes que alguém me pede o link eu fico cheio de expectativas boas e admito que adoro sentir isso.

Por fim, peço perdão mais uma vez por demorar tanto.
E agradeço por simplesmente ainda estarem aqui.
De coração alegre e desejando uma boa leitura,
Devaneio

Agradecimentos e informações técnicas:
Hadassa R.P., amiga de longuíssima data e fluente em inglês, fez a tradução de Galaxias! (versão traduzida do japonês por TheSillyTurtle12 - youtube) para mim. Obrigado amada!

Galaxias! é uma unidade musical promocional relacionada e referida ao projeto homônimo, que deu origem à Vocaloid Galaco. Galaco é um VOCALOID japonês originalmente desenvolvido pela Internet Co., Ltd. e YAMAHA Corporation, sob o nome Stardust Music, Inc. Sua atualização é uma colaboração entre a YAMAHA & Stardust Music, Inc. "Galáxias!" é composta pelo produtor DECO*27, o DJ Teddyloid e a atriz de voz e cantora Kou Shibasaki.
Todos os direitos reservados à YAMAHA Corporation e Internet Co.



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Os olhos de Ellie brilhavam quando eu terminava de contar sobre o dia do evento. Ela estava com uma aparência leve e relaxada enquanto caminhávamos no parque e me ouvia contar as novidades do fim de semana. Era uma noite agradável e fresca.

— Uau, An-drew! Que in-crí-vel! Armando Fiorinni ao vivo em carne, osso e dinheiro? Meu Deus. Por que não pediu um autógrafo? – ela me deu um tapinha bem leve no braço.

— Eu não. Primeiro eu não conhecia o cara, depois nem tinha como chegar perto dele. Era muita gente em cima.

Ellie assumiu uma expressão decepcionada, mas de quem compreendia.

— Você mencionou uma festa depois de tudo...

— Sim, fomos a uma grande boate no centro da cidade. Foi… divertido.

Obviamente eu não revelaria os detalhes pessoais da noite. Ela saiu de sua pose ouvinte para olhar rapidamente ao redor.

— Você tem algo para fazer sexta à noite? - perguntou sem olhar para mim por um instante.

Eu teria se Anna não tivesse desmarcado a aula de dança. Pretendia estudar um pouco.

— Bem, eu iria revisar um pouco as matérias, já que para as provas finais estão se aproximando. Fora isso, nada demais. Por quê?

— Ganhei dois ingressos para a apresentação do Royalt-E que vai acontecer. Se caso você esteja disponível e com vontade de ir… ainda estou desacompanhada - ela deu de ombros.

— Aquele grupo de adolescentes que vêm fazendo sucesso na internet?

— Eles mesmos. Até que têm uma música bacana, acredita? Pelo menos, para quem curte pop-rock eletrônico.

— Aonde vai ser? - perguntei. Não estava exatamente interessado, mas podia ser um bom programa para uma sexta-feira pós-revisões de provas.

— Semana que vem. Estão montando um palco no Orlando Central Park. Pelo jeito não vai ser difícil de achar.

— Espera, aquele palco é pra eles? Uau!

— Pois é. Quase um monumento, não? – ela brincou –. Inclusive, fui convidada à uma festa na MCU que vai rolar depois. A gente pode ir e voltar junto...

Ponderei um pouco enquanto ria de sua animação.

— E você gosta de “música adolescente”? – perguntei, fazendo referência ao termo que o grupo vinha recebendo há uns meses.

— Até que eles são legaizinhos. Não é por nada não, mas são os melhores que surgiram ultimamente...

— Hum... Fechado então. Obrigado pelo convite! Quanto à festa, podemos ver isso depois.

Ellie ficou surpresa e eu fiquei surpreso com a surpresa dela.

— O que foi? – perguntei estranhando sua reação.

— Fácil assim, sem checar seus compromissos antes?

— Desculpe?

— Quer dizer, você nunca topa algo assim do nada. Sempre tem que checar a agenda porque está ocupado e tal... – Não que seja da minha conta, claro, é apenas uma observação – ela riu.

Por um instante parei para pensar no que ela dissera.

— Sempre ocupado... sério? Nunca tinha reparado nisso.

Ellie levantou um dedo indicador enquanto dizia:

— A vida no século vinte e um é assustadora às vezes. A gente geralmente não para pra parar pra pensar um pouco.

Dizendo isto, retomou sua caminhada com tranquilidade.

­Fiquei pensando naquilo enquanto voltava a acompanha-la. Nos últimos dias estive realmente cheio de tarefas; não tinha conseguido nem mesmo falar com minha mãe direito.

— Mas vamos falar da vida amorosa. Alguma novidade?

Ellie parecia ter o mínimo de expectativa dessa vez. O possível motivo me deixou intrigado. Olhei para ela demonstrando meu pequeno misto de confusão e surpresa. Não esperava uma mudança de assunto que levasse pra esse lado tão rápido.

— Posso saber o porquê do interesse repentino?

— Porque hoje é sexta-feira – brincadeira. Estou otimista por você. Pela sua linguagem corporal de ultimamente, já saquei que tem alguém na pista de dança desse coração duro aí.

Mas olha só...

— Como? – ri com a comicidade contida na frase e com a expressão de malícia – igualmente cômica – que Ellie fazia.

— Huuum, danadinho. Eu sabia! Alguém quebrou uma brechinha pra entrar nesse coração! Uhuuuuuu...

Rapidamente coloquei dois dedos nos lábios gritantes de Ellie para silencia-la de brincadeira. Nós ríamos.

— Ellie! – repreendi-a brincando.

Sabe aquela expressão que as crianças geralmente fazem na infância ao descobrirem que amigos e pessoas próximas estão com paquerinhas? Ellie me olhava exatamente dessa forma divertida e infantil: uma sobrancelha arqueada, um olhar divertido de malícia que me encarava e, de certa forma, pressionava. Ela também soltava risinhos de travessuras.

— Tá apaixonado! Há-há-há-há!! Quem é? Eu faço uma ideia, mas quero ouvir de você!

— Ei, ei, ei, ei, ei! Vamos com calma... E pode ir explicando esse “faz uma ideia” aí.

— Ora Andrew, se poupe! Por favor, né. Basta olhar para você e a garota da universidade. É tipo, descarado-velado-descarado. Como é o nome dela mesmo?

— A Anna? O quê? Claro que não! Somos só amigos. Conhecemo-nos nesse semestre inclusive.

Aquela explicação de novo... Cara, às vezes parece que a vida combina com todos os nossos conhecidos para ficarem nos fazendo sempre as mesmas perguntas. Essa teoria se comprovou quando Chad Beckerman me perguntou se eu e Anna estávamos saindo. Até o Chad...

— Ah, tá. Tá, tá. Não fingirei que acredito nesse papo pra entender que não tem coisa rolando, desculpe – ela assumiu uma expressão pensativa – Anna, então esse é o nome dela...  – em seguida, mudou de pensativa para conselheira, olhando para mim e continuando – Olha, ela é linda, descolada e parece ser muito interessante. E ela arrasa nas roupas também!

Ellie se aproximou, ficando de frente para mim e pousou uma mão em meu ombro finalizando com chave de ouro:

— Você tem a minha bênção. Vai fundo e investe mesmo porque a mina vale a pena.

Que loucura estava acontecendo ali?

— Ela realmente chama sua atenção... – observei despretensiosamente.

— Tá brincando? Ela é do tipo de pessoa que dá vontade de se aproximar e fazer amizade! Cool e descolada, esse é o melhor tipo! Então para de perder tempo e investe na moça. Ela claramente está na sua e você na dela e não venha mentir para mim porque eu estudo o comportamento das pessoas e você sabe disso.

— Ellie... – comentei ainda me divertindo. A essa altura, nós dois já tínhamos parado de andar.

— Andrew, Andrew, não revire esses olhos para sua melhor amiga do trabalho. Ainda mais se ela for estudante de Psicologia.

— Só tem um problema na sua teoria divertidamente maluca – aliás, seu raciocínio é bem rápido.

— Eu sei. E qual seria?

Segurei sua mão e, tirando-a do meu ombro, pousei ao lado de seu corpo enquanto repetia pausadamente:

— Eu   não   estou   apaixonado  pela Anna – terminei com um largo e forçado sorriso e dois tapinhas suaves em sua cabeça, daqueles que se dá em crianças.

— Ah é? Então me beija – ela se aproximou um pouquinho mais, me intimidando e desafiando com o olhar.

— Desculpe?

— Um cérebro apaixonado é facilmente identificável. Eu vou conseguir analisar sua situação com isso.

— Ellie, qual é...

— Andrew, vai chegar um momento em que você vai precisar ser sincero consigo mesmo. Você sabe disso.

Desviei o olhar, ponderando.

Um momento de silêncio depois, Ellie mudou o tom de voz para cauteloso:

— Há quanto tempo você não beija alguém?

Olhei para ela:

— Muito – não reconheci o que estava contido em meu próprio tom de voz naquele momento.

Desviei o olhar de novo. Um instante em que nada foi dito se seguiu. Depois, Ellie suavizou a voz e falou:

— Andrew, eu te conheço há tempo demais para saber que não existem motivos religiosos, sociais ou culturais que te impedem de fazê-lo. Mas se eu for avaliar você usando meus conhecimentos adquiridos até então – ela parou e inspirou fundo –... Tem alguma coisa aí um pouco maior, não tem?

Engoli em seco.

Ela percebeu. Obviamente.

— Não vou te pressionar, claro. Jamais o faria. Mas você sabe que pode contar comigo, não é?

Como não respondi, ela chamou meu nome. Quando tornei a olhar para Ellie, ela foi clara:

— Estou dizendo que você pode confiar em mim.

Eu sabia que era verdade pelo que conhecia dela. Nem precisava traduzir seu olhar para que eu entendesse.

— Obrigado, eu sei que sim. É só que loiras não fazem o meu tipo e... não quero falar sobre isso.

Ellie anuiu em respeito.

— Quando você precisar estarei disponível a qualquer dia e hora. Só me mande uma mensagem.

Assenti com leveza e sentindo uma pontada de cansaço. Um fraco sorriso comunicou que eu estava bem.

Entretanto, logo em seguida, por um momento, senti que muita coisa tinha perdido o sentido de uma maneira instantânea. Como quando você repete uma palavra vezes demais até ela se tornar uma incógnita em sua mente: você não sabe o significado e aquilo continua existindo.

Isso acabou por me fazer reconsiderar de verdade.

Enquanto um momento de silêncio acompanhado de cogitações e ponderações de ambos os lados se instalou, suspirei enquanto tomava uma decisão simples:

— Eu aceito.

Franzindo o cenho com meu expressar repentino, Ellie perguntou:

— Hum?

— Beijar você. Se você ainda estiver a fim.

Não seria romântico nem excitante nem qualquer coisa do gênero. Seria apenas um beijo e eu sabia daquilo. Mas, curiosamente, naquele instante eu não dava a mínima. Não ligava em não ter sentimentos no meio, mesmo que fosse o tipo de cara que os apreciava.

Ela ficou confusa, depois pareceu cogitar a ideia. Os papeis haviam se invertido, que coisa...

— Você acabou de dizer que loiras não fazem o seu tipo – ela começou sorrindo, mas assumiu um tom sério imediatamente logo depois –... Tem certeza? – me olhou com o semblante de quem está tratando de um assunto sério.

Anuí. Ellie inspirou fundo antes de dizer:

— Bem, o.k. Se não quiser que eu diga o que eu detectar, a hora de dizer é agora.

— Por favor.

— Como quiser.

Então, devagar, Ellie acabou com qualquer distância que havia entre nós.

— Me permite desfrutar da experiência? – perguntou de maneira distantemente curiosa.

— Fique à vontade.

— Obrigada.

— Não há de quê.

Ela era um pouco mais alta que Anna. Enquanto a segunda batia em meu peito, o topo da cabeça de Ellie dava no meu queixo. Não sei por que reparei naquilo, creio que acabou sendo inevitável.

Eu me permiti relaxar.

— Não garanto qualidade, então não me responsabilizo por quaisquer decepções – falei.

— Não venho em busca de qualidade. Vai ser bom do mesmo jeito –respondeu.

Subindo suas mãos até meu pescoço, Ellie pousou os polegares em cada lado da minha mandíbula e, gentilmente, me puxou devagar.

Nossos olhos estavam semicerrados quando ambas as respirações se misturaram e meu nariz sentiu o dela. Nenhum dos dois estava com pressa e dada a causalidade do momento, acabei por começar a apreciar cada instante e toque também.

Nunca aquilo me passara pela cabeça. Absolutamente em nenhum momento desde que Ellie se apresentara para mim com um aceno e um sorriso animado junto à roupa casual e bonita o suficiente para se usar por debaixo do avental personalizado da livraria e, claro, seu sempre presente e impecável rabo de cavalo. Desde aquele dia até então, aquilo talvez nunca tivesse sequer ventilado em minha mente. Para falar a verdade eu nem achei que seríamos amigos devido à minha decisão de erguer um muro entre mim e a estranha. Obviamente não consegui continuar sustentando-o porque Ellie era animada demais. Porque me dava “bom dias” todo santo dia de uma forma alegre e genuína. Porque ela gostava das coisas mais simples do cotidiano, como desencaixar, separar e catalogar livros estreantes recém-chegados à loja ou a forma como reparava na iluminação ficando curiosamente bela e ao mesmo tempo especial de alguma forma, em alguns clientes, quando paravam em alguns lugares específicos da loja. Porque ela amava viver e fazia questão de comunicar isso pro mundo inteiro. Mesmo com todo o tempo passado, desde o primeiro instante em que nos vimos até então, eu nunca teria imaginado que aquilo aconteceria um dia.

Entretanto estávamos ali, mesmo que sem trocar qualquer outro tipo de afinidade, senão o da amizade, quase sentindo os lábios um do outro. Não pude deixar de notar em como a vida é, em todos os aspectos, imprevisível e com suas situações simplesmente implanejáveis.

— Graças a Deus hoje é sexta-feira... Como eu gosto de sextas-feiras! – Ellie sussurrou.

Eu ri junto com ela baixinho. Para não estragar a singeleza do momento.

Com o mesmo ritmo, devagar e tranquilamente, da maneira que havia começado, houve um consenso não dito entre um sentir mais intimamente (ainda) o outro. E assim, aproximei meu rosto com totalidade do dela.

 

~*~

Eu tinha quase certeza de que Anna estava me evitando. Já havia alguns dias que ela parecia ter cortado todos os meios – sob seu controle – de se encontrar comigo, além de ter conseguido não se esbarrar em mim novamente em nenhum corredor. Conseguira até mesmo a façanha na aula da Granma, onde evitou olhar na minha direção e disse apenas o imprescindível.

Como eu nunca tinha certeza a respeito de nada que estivesse relacionado a si, fiquei na minha – o que, passada a estranheza inicial, não foi nem um pouco difícil. Tentei uma vez saber se ela estaria chateada por algum motivo, mas como ela deu um jeito de encerrar o assunto educadamente dizendo que não e que devia ir, pois tinha um compromisso, não perguntei mais. Se estava tudo bem, estava tudo bem então.

Quando a última prova acabou, era dia de show no Orlando Central Park. Encontramo-nos no horário e local combinado, como sempre, Ellie estava despojada e arrumada ao mesmo tempo. Descobri por ela que haveria uma festa na MCU rolando a noite toda em comemoração ao fim das primeiras provas e entrada do feriado estendido.

Após conseguirmos chegar em nosso respectivo “quadrante” (como eles chamavam os setores dos locais de cada ingresso específico) esperamos um pouco. Várias pessoas chegavam também. A vista do palco era boa e não muito distante.

— Uau, Ellie! Você ganhou ingressos VIP?!

— Se não foram VIP’s, foram quase isso, viu. O ângulo daqui é ótimo pra ver e tenho certeza de que será maravilhoso ouvir!

De fato, as gigantescas caixas de som estavam posicionadas em locais que sugeriam não haver incômodo sonoro enquanto assistíamos à apresentação. Não demorou muito para que o local lotasse e as luzes se acendessem indicando que tudo estava para começar.

Um chiado longo se seguiu sendo logo precedido por bastante fumaça branca. Batidas eletrônicas começaram a soar.

“TUM TUM TUM TUM TUM TUM TUM”

E aí, uma voz masculina e jovem pode ser ouvida:

— É um dia ótimo para começar, visto que temos esperado bastante por esse momento.

Um coro de “ROYALT-E” computadorizado começou a soar repetidamente, alternando a altura de maneira constante. Várias pessoas na multidão começaram a dar gritinhos de animação e expectativa.

Uma voz feminina e igualmente jovem surgiu, acompanhando a primeira:

— Agora finalmente chegou a hora! O coro da plateia foi aumentando gradativamente.

Uma terceira voz, também feminina, fez seu diálogo:

— E nos preparamos ao máximo para celebra-lo com vocês!

Agora eu podia ver silhuetas se erguendo lentamente do chão em meio à fumaça e luzes artificiais em poses determinadas. Elas continuaram conversando com o público enquanto se erguiam do nada no palco:

— Orlando, você é onde tudo começa oficialmente! – outra voz masculina e jovial.

— Como assim? – perguntei à Ellie.

— Essa é a estreia deles, o Show Primeiro. Pelo menos aqui, que foi o lugar onde todos se conheceram e decidiram começar o grupo – ela respondeu animada demais. Comecei a desconfiar de que talvez ela gostasse mais do grupo do que tinha admitido.

— Obrigada por estarem aqui, serem tão carinhosos e estarem nos apoiando desde o início do nosso legado! – outra voz feminina.

De onde estávamos, dava para ver todo o palco em uma vista lateral. Observando tudo antes do show começar, percebi que as duas áreas VIP que existiam ficavam nas duas laterais do tablado – que era largo e possuía seis ramificações estrategicamente distantes uma da outra que saíam da ponta e mergulhavam no mar de gente. Estávamos em uma espécie de extensão do próprio palco cercada por grades e tela. Daqui tínhamos a visão que o próprio grupo teria durante todo o evento, vendo tanto os cantores em si quanto a banda atrás e o mar de gente à frente que ultrapassava fácil a marca de quinhentas mil.

— E agora, pra vocês, o nosso melhor! – uma última voz feminina.

Então, no telão – que só agora eu havia reparado – atrás do palco e com efeitos sonoros surgiram as letras que formavam o nome do grupo: R O Y A L T – E.

Acho que ouvi fogos de artifício antes da galera ir à loucura.

Então, eles começaram. As letras “V O C A L O I D” apareceram no telão e, de acordo com Ellie e a programação do show, eles iriam incialmente interpretar músicas compradas de outras bandas/grupos/sintetizadores de voz (como no caso atual).

GALAXIAS!

 

I'm gleaming, sparkling (Estou cintilando, faiscando)

Dreaming, breathing (Sonhando, respirando)

Let's kiss now! (Vamos beijar agora!)

 

 

Flutter, fluttering, a wave of heat (Tremulação, palpitação, uma onda de calor)

Learn to let go, only take what you need (Aprenda a se desprender, pegue apenas o que você precisa)

This excitement, it runs through me (Esse entusiasmo corre atrás de mim)

yet I still feel so damn lonely! (Ainda assim, me sinto tão solitário!)

 

Please, I beg of you, don't leave me here today as well (Por favor, eu imploro, não me deixe hoje!)

I don't want to be all by myself! (Não quero estar sozinho!)

 

I'm gleaming, sparkling (Estou cintilando, faiscando!)

When can I see you again? (Quando posso te ver de novo?)

Dreaming, breathing (Sonhando, respirando)

Till the day we meet again (Até nos encontrarmos novamente)

 

Gleaming sparkling (Cintilando, faiscando)

For the night of my dream, lalalala(Pela noite do meu sonho, lalalala)

 

— E então? – perguntou Ellie, animada, quando a primeira música acabou.

— Uma música de abertura com letra bastante significativa.

Ellie sorriu.

— É... e temos que levar em consideração que não é deles também. Mas curtiu a performance?

Assenti.

— Que bom. Aí vem mais!

Eu ri de sua animação e ela não deu a mínima.

Reconheci o cantor pela voz como sendo o primeiro que falou na abertura. Era um rapaz magro, alto de cabelo e olhos escuros, tom de pele latino. Ele explicou que a escolha daquela música se devia ao fato das primeiras frases transmitirem o sentimento real do grupo em estar ali. Simpático.

Então eles pegaram o embalo. Dois mega-mashups com músicas que fizeram sucesso nos anos anteriores, extremamente bem ensaiados, coreografados e sincronizados (onde os seis iam e vinham nas passarelas, aproximando e se afastando do público) depois, deu-se início às apresentações de das músicas de autoria do grupo.

Em dado momento, o mesmo garoto que iniciou tudo retomou a fala:

— Nossa produção constatou um número grande de brasileiros aqui, é verdade? – ele estava ofegante, mas animado.

Uma quantidade expressiva se manifestou.

— Isso é incrível! Bem, eu sou brasileiro também então... OI BRASIL!! – ele finalizou a frase em português, eu deduzi, porque a plateia delirou e respondeu na respectiva língua.

Percebi que havia brasileiros na outra área VIP também. Algumas garotas destoaram dos demais com a agitação explícita causada pelo discurso.

— Ah, como é bom saber que tenho compatriotas por aqui. É um prazer cantar com vocês, amigos! Especialmente num i como esse. Sabem, eu realmente gosto da sexta-feira porque ela está muito ligada à diversão! – ele riu – E, claro... coisas incríveis, como esta visão que eu estou tendo agora. Sério, galera... vocês são maravilhosos!

 A plateia foi à loucura.

Uma daquelas pessoas parecia ligeiramente familiar...

Ah qual é!

— Andrew, tudo bem?

— Hã?

Ellie me observava com um princípio de preocupação.

— Está irritado? Algo aconteceu? – ela perguntou.

Relaxei tão visivelmente que até eu senti.

— Não, não é nada. Pensei ter visto alguém, mas olhando de novo foi engano.

— Entendi... Olha, acho que vai vir a melhor música da noite!

Ao voltar minha atenção ao show, vi que era outra menina que falava. Aparentemente, eles tiraram alguns minutos para informarem onde se apresentariam nas próximas semanas:

— [...] e amanhã, por volta das 15h faremos uma apresentação especial de última hora em um lugar especial: Master College University, vocês estão aqui? – chamou.

Uma quantidade pequena, mas ainda razoável de pessoas se agitou e manifestou na multidão. Virei-me para Ellie, que já me encarava com os olhos brilhando:

— ANDREW, ELES VÃO SE APRESENTAR...! – ficara eufórica demais para terminar a frase, aparentemente.

— Que... loucura! E é amanhã... Amanhã?

Estava prestes a perguntar retoricamente e para mim mesmo, em voz alta, porquê eles estariam lá amanhã quando a moça continuou:

A garota continuou:

— Uhuul! Pois é Master College, estaremos com vocês amanhã fazendo uma apresentação especial para arrecadação de fundos tendo em vista o auxílio em instituições carentes. Uma parceria linda e humanitária entre a direção da universidade e a produção do Royalt-E, além – ela mudou o tom de voz, soando animada por outro motivo –, claro, de aproveitarmos a festa de divulgação dos resultados da competição que ouvimos falar!

Espera! Amanhã?

A competição! Eu havia me esquecido completamente.

Uma garota negra que dançava muito bem assumiu a vez de falar:

— Inclusive, a apresentação de amanhã será aberta ao público! Basta levar dois quilos de alimentos não perecíveis ou comprar uma entrada ou comprar com dinheiro em espécie mesmo. Mas fiquem atentos porque o campus é grande, mas não é infinito – ela riu da piadinha que fizera. O que era bastante verdade –. Pré-inscrições já estão disponíveis no site, então não percam a oportunidade de segurar sua vaga! Ah! Estudantes da MCU terão colher de chá e receberão uma pré-inscrição automática. Aqueles que porventura não puderem comparecer, por favor avisem à secretaria para que sua vaga possa ser cedida à outra pessoa. Tipo, o mais rápido possível.

O outro integrante masculino, que até então praticamente não falara assumiu:

— Para saber quais instituições serão beneficiadas com as arrecadações de amanhã basta acessar o nosso site – cujo endereço estava bem exposto no telão desde que a menina anterior havia mencionado – que a lista completa está lá. E, uma surpresa: amanhã iremos fazer a live—demo de uma música nova, então corram porque olha, está boa demais!

Percebi que várias pessoas na cabine VIP tinham seus celulares à mão nesse momento. Muito provavelmente estavam se pré-inscrevendo.

Ellie me olhava com expectativa:

— Caramba Andrew, sei que pode ser demais o que vou pedir, mas... você conhece alguém que pode parecer não estar a fim de assistir?

Eu quase falei que ela poderia usar a minha inscrição para si quando lembrei de outra pessoa:

— Bem... meu colega de quarto não parece ser alguém muito fã de bandas adolescentes e música pop.

Os olhos de Ellie brilhavam:

— Ai caramba! Será que ele não quer mesmo?

— Bem, deixe-me mandar uma mensagem pra ele... – tirando meu celular do bolso, procurei o contato de Chad.

— Estranho... Tenho quase certeza de que salvei o número dele uma vez.

Ellie desanimou um pouco, mas ainda soava esperançosa:

— Hum... Pode ser que quando vocês se verem hoje à noite já esteja lotado. Mas tudo bem, obrigada de qualquer forma.

Tive uma ideia repentina.

— Espera, conheço alguém que conhece alguém que pode ter o número dele. Deixe-me tentar...

“Eu só não sei se ela quer falar comigo. Bem, nunca disse que não queria, então é sinal verde pra que eu possa, ao menos, mandar uma mensagem.”

VOCÊ:

EI, E AÍ?

DESCULPE APARECER DE REPENTE, MAS VOCÊ TERIA COMO PERGUNTAR À BETTY QUAL O NÚMERO DO CHAD BECKERMAN PARA MIM, POR FAVOR? É PARA UM FAVOR À UMA AMIGA... OBRIGADO!

— Bem, com sorte ela vai conseguir. Agora é esperar...

— Nossa, obrigada mesmo Andrew!

— Então, deu tempo de se inscrever? Porque queremos perguntar: QUEM TÁ A FIM DE MAIS MÚSICAAA? – o outro integrante masculino – o garoto brasileiro – retomou o microfone.

— Não há de quê! – gritei para que Ellie pudesse e ouvir em meio ao barulho da galera em volta, que respondia o cantor com gritos de excitação e animação.

Meu celular vibrou.

— Opa, ela respondeu! – anunciei.

ANNA:

OI ANDREW! UMA AMIGA? ELA QUIS SABER O POR QUÊ. DESCULPE... *risos*

Que inteligente Andrew! Respondi procurando esclarecer melhor, a fim de ganhar tempo para Ellie. Outra música autoral tocava urgindo vozes cantando junto.

VOCÊ:

DESCULPE. BEM, ELA É FÃ DO GRUPO QUE VAI SE APRESENTAR NA MCU AMANHÃ E QUERIA SABER SE ELE ESTÁ A FIM DE IR PARA, CASO NÃO VÁ, PODER FICAR COM A VAGA DELE.

Pouquíssimos momento depois, a resposta veio:

ANNA:

AH, CLARO! JÁ MANDO O NÚMERO.

ANNA:

... ESTÁ ACOMPANHANDO O SHOW PELA INTERNET? NÃO ACHEI QUE CURTISSE ESSE ESTILO MUSICAL...

 

VOCÊ:

NÃO, ESTOU ASSISTINDO AO VIVO. E NÃO TENHO NADA CONTRA, NA VERDADE EU NÃO OS CONHECIA DIREITO ATÉ, BEM, ESTAR AQUI.

 

ANNA:

ENTÃO VOCÊ ESTÁ AQUI? ... LEGAL! BOM SABER QUE VOCÊ NÃO DESGOTA DE EVENTOS ASSIM, COM TANTA GENTE ACUMULADA. BEM, NÃO É DA MINHA CONTA DE QUALQUER FORMA.

 

Eu sabia!

 

VOCÊ:

QUEM DISSE ISSO?

 

ANNA:

É 999-998-999.

ANNA:

VOCÊ DISSE.

 

VOCÊ:

SÉRIO? QUANDO??

VOCÊ:

OBRIGADO!

 

Mandei uma mensagem para Chad quando Anna respondeu.

 

ANNA:

JÁ TEM UM TEMPO... NO DIA EM QUE SAÍMOS JUNTOS PELA PRIMEIRA VEZ. NO SHOPPING.

 

VOCÊ:

NÃO LEMBRAVA DISSO... MAS NÃO TENHO NADA CONTRA SHOWS TAMBÉM. SÓ NÃO VOU MUITO. DEVO TER ME EXPRESSADO ERRADO, DESCULPE.

ANNA:

NÃO PRECISA SE DESCULPAR POR ISSO *risos*

ANNA:

BEM, QUE BOM QUE GOSTA. ESPERO QUE ESTEJA CURTINDO

 

SNAP DE ANNA GOLDSON

 

Era praticamente a mesma vista que eu tinha só que do lado contrário. Suspeita confirmada.

Eu tinha ficado meio bravo em saber que ela poderia estar no mesmo local que eu por acidente novamente. Porém ao confirmar, esperei a irritação voltar; em vez disso, o que veio no lugar foi outra coisa completamente nada a ver.

Enviei uma foto de volta mostrando a vista que eu tinha.

VOCÊ:

ESTOU, ATÉ. ELES FAZEM UM BOM SOM E SÃO SIMPÁTICOS.

 

ANNA:

ELES TÊM QUE SER

ANNA:

ANNABETH ESTÁ ME INCOMODANDO PARA LARGAR O CELULAR. TENHO QUE VOLTAR A PRESTAR ATENÇÃO NO SHOW

 

VOCÊ:

CLARO, FOI PARA ISSO QUE VOCÊS COMPRARAM INGRESSO *risos*

BEM... TCHAU.

 

ANNA:

;)

 

CHAD BECKERMAN ADICIONOU VOCÊ

CHAD BECKERMAN:

EI CARA, QUAL É?

VOCÊ TEM ALGUÉM INTERESSADO EM ASSISTIR O SHOW POR MIM, É ISSO?

 

VOCÊ:

EI CHAD! TUDO BEM? IA FALAR DIRETO COM VOCÊ, MAS FIQUEI COM RECEIO DE TER ESGOTADO AS VAGAS QUANDO VOLTASSE. SIM, É PARA UMA AMIGA DO TRABALHO.

VOCÊ:

ELA CURTE ESSE GRUPO PRA CARAMBA E FICOU ANIMADA AO SABER QUE ELES ESTARÃO NA MCU AMANHÃ.

 

CHAD BECKERMAN:

ENTENDI. BEM, ELA PODE PEGAR MEU LUGAR SIM. NÃO ESTAVA MUITO A FIM DE PARTICIPAR DO EVENTO DE QUALQUER FORMA...

 

Mostrei a mensagem à Ellie, que sorriu de maneira grata e me deu um abraço.

— Obrigada de verdade, Andrew! Você é incrível!

Dei de ombros.

— Não foi nada. Amigos são para isso!

— Agradeça a esse Chad por mim. Ele também é um amor!

“Ele é até você ouvi-lo conversando e ficar com medo.”

— Um amor eu não sei, mas é gente boa mesmo – ri.

Ellie acompanhou minha brincadeira e voltou sua atenção pra música – que já tinha mudado pelo que eu ouvia.

VOCÊ:

CARA VALEU MESMO! ELA TAMBÉM AGRADECEU!

 

CHAD BECKERMAN:

ÀS ORDENS, COMPANHEIRO!

 

Dever cumprido. Voltei a prestar atenção e curtir a música que, por sorte, era divertida já que agora eu teria que ouvi-los novamente no dia seguinte com Ellie.

Porém esse era só o primeiro show da noite. E esse era um fato que eu estava para descobrir logo.


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Notas finais do capítulo

ACHOU QUE EU NÃO IA APARECER DE NOVO? HÁ! Voltei usando caps lock para escrever o textão das notas finais. Nada mais justo, não?
Brincadeiras à parte, vamos ao que interessa:
Uma informação importante que eu não contei para vocês nas N.I.: o capitulo atual também demorou a sair porque, além da mini-odisseia na minha semana, eu simplesmente não conseguia parar de escrever. Tenho a impressão de que a história cobrou o tempo em que foi negligenciada e aproveitou para me sugar ao máximo (alguns de vocês puderam ter ciência disso pelos textos informativos que postei no grupo oficial). E ela aproveitou com gosto.
Para vocês terem uma ideia:
Cheguei à 6k de palavras. Não estava nem na metade do negócio.
Cheguei a 10k, ultrapassei a marca. Ainda não estava perto do final.
E para que vocês saibam, esse é um capítulo dividido. Porque, quando cheguei aos 6, não imaginando que escreveria tanto, não tinha como eu dividir a história porque as partes, separadas, ficariam meio sem aquele fluxo gostoso de acontecimentos correntes. Entendem? Eu ia cortar as vibes do negócio bem no meio. Não achei que seria legal com vocês e nem justo comigo porque afinal, depois de mais de dois meses sem escrever direito, eu quero produzir algo decente. No mínimo. Então me recusei.
Porém os 10k chegaram e eu reconheci: inviável postar um monstrinho desses. Além do fato de que seria informação demais para vocês (se acham que umas coisas bem loucas aconteceram nesse capítulo, há!, vocês só viram a ponta do iceberg [sem absolutamente nenhuma hipérbole]), os reviews que eu receberia ou ficariam grandes e cansativos demais para quem escreveu, ou muita coisa não seria abordada, ficando pelo caminho. Não quero sobrecarrega-los assim, então revisitei o monstro e achei um lugar onde poderia abrir uma brechinha.
Mas tenham em mente que o vamos-ver começou e que vai continuar no próximo capítulo porque esse capítulo e o próximo são gêmeos siameses.

E para encerrar de verdade, o merchand-nosso-de-cada-dia:
Gente, eu tenho um canal no YouTube! Queria falar detalhadamente sobre isso, mas seria outro capítulo aqui, então vou mandar o link e pedir para vocês darem uma olhada (todos). Os que se sentirem à vontade, podem se inscrever (quero apelar um pouco pra empatia de vocês aqui, não vou mentir).
E tenho também um perfil no Instagram onde posto textos mais curtos, oriundos (eita) de reflexões pessoais do mundo, cotidiano e situações que me presencio. Eu acho que é interessante, então espero que achem também (além do fato de que vocês podem falar comigo lá caso surja algum imprevisto ou situação drástica como excluir a conta. Ou podem vir só pra conversar mesmo e vai estar ótimo porque eu adoro conversar - vocês são testemunhas).
O que eu quero mesmo é aumentar o contato com vocês ao máximo. Ambos os links estarão logo abaixo:

Inst.: https://www.instagram.com/esdras_basrier/ (@basrier_esdras pra quem está lendo pelo smartphone)

YT: https://www.youtube.com/channel/UCtZlRQWCpTvoR3eOwn3jDQg

Blog (que eu não mencionei): ainda estou tentando desenvolver. Caso alguém se importe, claro...

Galaxias! (English Version): https://www.youtube.com/watch?v=NFWJkvUf-tE



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