Esperando o Amanhecer: DON'T CALL ME escrita por Jack Allan Poe
Notas iniciais do capítulo
comentem =D
Finalmente uma cama. Faz tanto tempo que estamos na estrada, que eu até me esqueci de como dormir em um lugarzinho como este é bom.
O quarto é bastante aconchegante, um perfeito ninho do amor, pena que não tem ninguém para me ajudar nisso... No centro e encostado na parede está a cama, ao lado, um antigo telefone, um abajur e uma grande e bonita janela, do outro lado, um lugarzinho para guardar as roupas e um pequeno banheiro.
Apago as luzes e vou deitar, a cama não é muito macia, mas estou com tanto sono, que não ligo nem um pouco para isso. Acendo o abajur que está ao meu lado, e ele ilumina algo na parede que não havia visto antes. Parece com arranhões, quatro marcas de unhas gravadas na parede, e no final de uma dessas marcas, tem o que determino ser uma lasca da unha que fez aquilo.
–Sinistro... Isso sim, é um legitimo “sexo selvagem”!
Apago a luz do abajur, e deito por completo na cama, a escuridão novamente toma conta do quarto. Por algum motivo, antes de ir dormir, o rosto da Sam vem em minha cabeça, ela é tão legal, entende o lado de todo mundo e com certeza é a mais protetora do grupo, admiro muito isso nela. E aquela bunda... Meu deus... Lembro também do ano retrasado, ela se arriscou para salvar a minha vida e a vida da Jess, nenhuma outra pessoa teria feito o mesmo por mim. Mas ela gosta do Josh, os dois tem uma ligação...
Meu pensamento é interrompido por fortes pancadas na parede...
–Mike? Mike, esta me ouvindo? Mike?! – Era a voz de Josh vindo do outro lado da parede, ele está no quarto ao lado.
–Josh? Porque você não entra aqui?
–A porta do meu quarto, ela está trancada! – Não confio nele. Depois do que fez ano retrasado, ele ficou sem moral nenhuma, e tudo o que diz parece ser uma mentira.
–Ok, calma, eu estou indo ai ok? Vou ir chamar a Sam também.
–É sério Mike!
Ignoro-o e vou até minha porta na intenção de abri-la. Mas quando chego lá, percebo que a minha também parece estar trancada.
–Merda. Josh? – Grito – a minha também está.
–Você consegue derruba-la? – Ele me pergunta.
–Acho que sim, mas não sei se é o certo a fazer, essa porta só deve estar emperrada, e eu não quero pagar uma nova pro velho.
–Mike...
–O que é, Josh....?
–Tem alguém destrancando minha porta...
– O que? – Corro e grudo meu ouvido na parede que da para o quarto onde Josh está, para tentar ouvi-lo – Josh?
–Mike! – Ouço um estrondo forte no quarto ao lado – Mike, Mike, Mike, a porta está abrindo!
–Josh?! – Grito – Fala comigo! – Silencio.
Volto minha atenção na porta trancada no meu quarto, Josh pode realmente estar correndo perigo, preciso fazer alguma coisa. Decido então tentar arromba-la, corro e dou uma forte pancada na porta, usando todo o peso do meu corpo, e ela nem se mexe.
–Caralho, essa porta é mais dura do que o meu cacete!
Tento novamente, e de novo, ela não se mexe. E novamente, corro e dou uma forte pancada na mesma, já é a terceira vez que faço isso e nada, meu corpo está dolorido, não vou conseguir dar outra investida.
Puta que pariu, estou preso nessa droga de quarto. Se acontecer alguma coisa com o Josh... Preciso pensar em algo.
–Pensa... Pensa... Pensa... – Falo andando de um lado á outro do quarto, enquanto bato na minha cabeça.
Olho então, para a grande janela ao lado da cama. Se eu conseguir sair por ela, posso tentar ir pelo lado de fora até o quarto onde Josh está... Mas eu estou no quinto andar, se eu cair meu corpo vira merda no chão.
–Ok Mike, é sua única escolha. – Falo comigo mesmo, tentando me encorajar – Tenho que fazer isso.
Vou para a janela. Ela parece estar emperrada, mas com um chute bem forte no meio dela, e por sorte consigo abri-la. Coloco minha cabeça para fora e quando olho para baixo, vejo cinco andares de queda livre direto pra morte. Me seguro numa estrutura de pedra no lado de fora, ela é fina, mas da direto para onde está a janela do quarto de Josh.
–Isso parece tão fácil no Assassin’s Creed...
Continuo com cuidado até a janela, meu nível de cagaço está mais de oito mil. Em uma certa parte, a fina estrutura de pedra onde me apoio, quebra por ser muito antiga, mas por sorte consigo me segurar. Finalmente chego à janela, entro com certa dificuldade, mas o mais rápido que posso, e lá dentro...
–Nada?! Josh? Está me ouvindo irmão?
O quarto está “de cabeça para baixo” todas as estantes estão no chão, e a cama completamente desarrumada. Parece que passou um furacão por aqui. E seja lá o que tenha sido, levou Josh... Ando com o cu na mão até a porta que leva para fora do quarto, ela está entreaberta, e de vagar abro-a por completo.
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