Twilight Saga- Vale das Lamentações escrita por Evellyn e Clarissa


Capítulo 27
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

Mekah p.d.v



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Perséfone dormia calmamente em meus braços enquanto eu acariciava os seus cabelos. Apesar da calma que ela me transmitia, a angustia de ter perdido a minha “irmã” não deixava a minha mente e a cada segundo só aumentava. Estava caindo a ficha agora. Eu nunca mais veria a Kristal.

 

Kristal podia não ser do meu sangue, mas por anos ela foi como uma irmã mais nova birrenta, daquelas que nos irrita e deixa a nossa paciência no limite e, mesmo assim, não conseguimos viver sem elas. O antigo vazio estava preenchido agora, mas um novo havia sido aberto. Eu espero que ela esteja nos Campos Elísios e não perdida no Vale.

 

Se houvesse alguma chance de trazê-la de volta, eu traria. Mas eu sei muito bem que uma vez que o fio da vida é cortado ele não pode ser “remendado”. É engraçado, mas eu sinto falta de seus gritos e de sua implicação. Outra coisa que pertuba a minha mente é não poder ter o seu corpo, ou, especialmente no caso dos vampiros, suas cinzas para proporcionar um enterro digno.

 

Perséfone se mecheu um pouco, se esprequiçou e suspirou pesadamente. Ela esfregou os olhos e depois olhou para mim com aqueles belíssimos olhos esmeralda. Isso me fez ter certeza de uma coisa: eu passaria por todo aquele inferno novamente só para tê-la em meus braços.

 

- Bom dia.

- Bom dia querida, dormiu bem?

- Aham. E você, como passou a noite?

- Entretido com os seus cabelos. – Eu enrrolei um deu meus dedos em uma mecha de seu cabelo e ela sorriu para mim.

- O que foi? O que você tem? – Ela me olhava fixamente e eu percebi que eu deveria estar meio aéreo, o que chamou a atenção dela.

- Não é nada.

- Fala logo! – Perséfone me olhou séria e eu tive que rir. Ela é muito impaciente.

- É a Kristal... eu queria pelo menos poder enterrá-la, entende? Ter um lugar em sua memória. – Perséfone acentiu compreendendo o que eu queria dizer.

- Que tal nós irmos no cemitério e colocar uma lápide em sua memória? Pelo menos você vai ter um lugar para visitar quando sentir vontade e poderá colocar flores para agradá-la.

- Ela recebe mesmo assim? – Perséfone acentiu e eu fiquei surpreso. Eu sabia que os mortos recebiam as flores que colocávamos em seus túmulos, mas achei que aqueles que não estivessem realmente enterrados no local não recebiam.

- Você só precisa oferecer para ela. Ela não precisa estar necessariamente ali. – Eu sorri para Perséfone e levantei da cama. Vestimos uma roupa e descemos as escadas. Eu iria providenciar isso tudo hoje.

 

Quando chegamos no final da escada, encontramos com Eowyn, Apolo e Macária logo na entrada. Eles tinha um sorriso que ia de orelha à orelha.

 

- Onde você estava mocinha?

- Então você noutou! Achei que não tinha reparado que sua filha havia sumido. – Eowyn deu um sorriso irônico para Perséfone que revirou os seus olhos.

- É claro que notei, Eowyn. Também notei que você e o Apolo sumiram. Onde estavam?

- Eu estava realizando um de meus dons que eu adquiri da minha mãe.

- Que seria?? – Perséfone fez cara de desentendida o que irritou a Eowyn.

- Ela é a Deusa do Amor. O que você acha que é então? Promover festas que não é, né?

- Tá, tá. Você estava dando uma de cupido, já entendi. E daí? – Eowyn sorriu e olhou para Macária que segurou a mão de Apolo. AH! POR ZEUS! MINHA FILHA TA COM O MAIOR MULHERENGO DOS DEUSES! ESSE É UM DOS PIORES DIAS DA MINHA VIDA! – Macária, isso é sério?

- O que? Nosso relacionamento?  - Macária olhou para Apolo e os dois sorriram.

- É bem sério, sogrinha. Nós vamos nos casar.

- Sogrinha! – Artêmis estava rolando no chão da sala de tanto rir. – Ai, que azar hein irmãzinha? Olha o traste de genro que você foi achar!

- Fica quieta, Diana. – Apolo olhou para ela e, pela cor avermelhada de seu rosto, eu diria que ele estava com raiva.

- Desculpe, mas eu não resisti. – Artemis tentou cortar o seu riso mas ela não estava sendo muito bem sucedida. – Vou ver o Seth.

- É, você faz bem. – Perséfone disse e logo depois disso Artemis saiu da sala e foi ao encontro de Seth. Perséfone olhou para Macária e depois suspirou.

- Tudo bem. Você já está bem crescidinha e pode tomar suas próprias descisões. Espero que você não se arrependa disso. – Até aquele momento eu estava me segurando, mas ai foi de mais. Macária falou um obrigado e abraçou Perséfone. Ela e Apolo saíram logo depois. Eu aproveitei para falar com Perséfone.

- Você ficou louca?!? Como que você deixa a MINHA filha se casar com aquele mulherengo safado infeliz?

- É o que ela quer. Além do mais, ela é mais velha do que todo mundo junto aqui nessa casa. Tirando nós dois, é claro.

- Mesmo assim! Isso não está certo! Não pod... – Perséfone me calou com um beijo. Quando ela me soltou eu tinha perdido toda a minha linha de raciocínio.

- Você vai descobrir aos poucos que a Macária sabe o que faz. Ela é muito responsável e decidida. Se algo der errado, ela vai se livrar dele. Não se preocupe, eu a criei bem. – Perséfone sorriu parar mim e eu não resisti e cedi.

- Eu sou o único aqui que acha extremamente estranho o fato da Macária aceitar casar com o tio dela? – Eu e Perséfone nos estreolhamos e depois olhamos para  Emmet.

- Sim. – Nós respondemos juntos.

- Foi o que eu pensei. Vocês são bem esquesitos, hein? – Nós rimos e pouco e depois saímos da casa.

 

Eu acho que em minha mente eu vejo como se a minha filha estivesse sendo tirada de mim por um muleque sem eu nem ao menos conhecê-la direito. Eu tenho todo o tempo de mundo, eu sei, mas o fato de eu não conhecâ-la me preocupa. Eu espero que, aos poucos, nós nos aproximemos.

 

****

O processo foi rápido. Perséfone tem razão, o dinheiro consegue tudo. Em menos de seis horas já havia sido tudo providenciado. Kristal está “enterrada” agora no cemitério Holy Night de Nova York, a cidade favorita dela. Eu coloquei o buquê de copos-de-leite em sua lápide e depois beijei o retrato que estava colado em cima da inscrição aonde estava o seu nome.

 

- Descanse em paz irmãzinha. Te vejo daqui alguns anos. – Perséfone riu. Ela sabia esses “daqui alguns anos” demoraria a chegar.

 

 

 

Reneesme p.d.v

 

- Entendeu agora? Nós não estamos jogando toda a culpa em você pelo o que ocorreu. Só pedimos que você seja mais responsável e pense mais nos seus atos antes de fazê-los e não depois. – Meu pai falou pela milésima vez. Tudo bem pai, eu já entendi. Agora me deixem um pouco sozinha, por favor. Eu preciso descansar. Preciso pensar. – Tudo bem, querida. Espero que tenha aprendido a lição e não cometa mais um ato tão irreponsável. – Eu acenti para ele e assisti ele pegar na mão da minha minha mãe e guiá-la para fora do quarto.

 

Não importa o quanto eles falem e tentem amenizar as coisas. As palavras do Jacob nunca vão sair da minha mente. Ele tem toda razão.

 

****

 

Eu devo ter adormecido enquanto pensava em toda besteira que eu havia feito. Escutei as vozes alteradas dos meus pais e de Jacob no andar de baixo. Como muito cuidado e tentando não chamar atenção, eu fui até a beirada da escada e fiquei ouvindo a conversa.

 

- Jacob, ela só queria ajudar! Ela está apaixonada, é normal que ela faça algumas coisas inconsequentes.

- Algumas coisas inconsequêntes, Bella? Pare de tentar amenizar as coisas! Ela fez uma loucura! Colocou todo mundo em perigo por causa daquele... daquele miserável que não dá a mínima para ela. Bella, a Leah morreu! E tudo por...

- Não jogue toda a culpa nela, Jacob. A Leah foi por que quis, ninguém a obrigou...

- O irmão dela estava indo, você acha mesmo que ela iria deixá-lo ir sozinho? Ela...

- Basta! – Meu pai falou em um rugido alto. O rugido foi precedido por um silêncio sepulcral. – Jacob, nós temos plena conciência do que ocorreu e do tamanho da parcela de contribuição da Nessie para isso. – Então eles achavam que eu tinha culpa. Sabia que toda aquela ladainha era enrrolação. – Mas nós somos pais! Eu sei que você quer que ela seja castigada e eu sei o motivo verdadeiro disso, mas, entenda, nós somos pais! Os pais dão bronca e dão lições nos filhos quando necessário, mas eles nunca os jogam no abismo. Nem eu, nem a Bella, gosta de vê-la sofrendo e dar um castigo aumentaria isso ainda mais. O maior castigo dela será a sua própria conciência que ela terá que lidar pelo resto da vida. Então, pare com isso Jacob. Pare de tentar nos dizer o que fazer ou deixar de fazer. Ela é nossa filha, o geito que a criamos não é da sua conta. Todos nós cometemos erros, a Nessie cometou os dela e está colhendo os frutos disso. Ou você acha que ela se delicia ao saber que seu ato impensável, inconsequente, atingiu tão seriamente outras pessoas? Você conhece a Nessie, Jacob. Você deveria saber que ela não é assim. Você deveria saber acima de tudo que ela não queria isso e o quanto a sua conciência a está pertubando. O seu ciúme o deixou cego! – Aquela frase ficou ecoando em minha mente. Ciúme? Jacob estava com ciúmes? Mas... por que ele teria tal sentimento por mim?

 

Não ouvi mais nada, a não ser o silêncio. Voltei para o meu quarto e fiquei pensando em tudo o que eu ouvi. Por que o Jacob estava com ciúmes? Ele estava com tanta raiva assim de mim? Eu realmente merecia um castigo. Pessoas morreram por minha causa. Se eu não tivesse pulado naquele buraco, nada disso tinha acontecido.

 

 

 


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Notas finais do capítulo

foi mal a demora, to sem tempo pra postar. Cap novo da Filhos da Lua ja foi postado. Fic na reta final xD obrigada a todos que comentam. So pra avisar: quanto mais reviews, mas rapido o cap sai xD a gente vai ser esforçar mais pra postar se o povo desaparecido que comentava voltar XD beijos.



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