Black Angel escrita por summer
Notas iniciais do capítulo
Olaaaá!
Cá, estou eu, postando novamente :3
Acordei atordoada, confusa. Fechei os olhos e encostei novamente no travesseiro, domingo. Me levantei e caminhei preguiçosamente para fora do quarto. Fiquei parada na porta, atônita. Peguei o bastão de baseball encostado no meu guarda-roupa e apontei para o estranho na minha cozinha. Ele tinha o cabelo curto loiro escuro e um rosto invocado, perfeitamente calmo enquanto tomava café na minha caneca e lia o meu jornal.
– Quem é você? - Berrei
– Pensei que não acordaria nunca. Bom dia. - Ele nem sequer levantou os olhos do jornal
– Quem é você? - Repeti pausadamente
– Meu nome é Clint Barton. Sou agente da SHIELD e nós precisamos conversar. - Ele levantou uma credencial
– Conversar? Você invadiu minha casa!
– Vamos direto ao assunto, Alicia: a SHIELD sabe quem você é. Eu sei quem você é. E também sei que você sabe muito mais do que devia sobre a SHIELD, você devia esconder melhor os documentos que hackeia da Polícia.
Fiquei calada.
– Você é imprudente, descuidada e não pensa nas consequência do que faz, Alicia Amell, e eu a admiro por isso.
Sua admiração me surpreendeu. Ele tinha razão. Tudo o que eu sabia da SHIELD - Quartel General de Divisão e Intervenção e Espionagem Internacional - é que ela era uma organização acima de qualquer outra, tinha função de proteger todo o planeta de ameaças de grande porte.
– O que você quer? - Apertei o bastão de baseball
– Não se preocupe. Estranhamente, a SHIELD quer você conosco, como eu.
– Eu trabalho sozinha.
– É mesmo? E o que você pretendia fazer sozinha ontem? Você ia pegar um dos caras maus e colocá-lo na garupa da moto do filho do síndico? E depois você interrogaria ele aqui? - Ele se levantou, gesticulando.
Me calei.
– Ao menos você sabe quem eram aquelas pessoas, aquela família? Não. Você não sabia. Sozinha você não tem informação, não tem recursos. Isso a transforma em uma "vigilante" que faz as coisas sem motivo e de qualquer jeito, como esses outros que existem em Gotham. - Ele continuou a falar, sentando-se novamente.
Abaixei o taco de baseball. Clint Barton tinha razão e estava jogando ela na minha cara, como eu ignorei por tantos anos.
– Nick Fury quer você. Fury é...
– O diretor. - Eu o interrompi
– Sim. E eu estava investigando sobre sua identidade quando fui enviado para proteger aquela família, os Olsen. Quando cheguei, vi você ignorando o detetive Bullock e pulando sobre os telhados, você é boa. Eu a segui até aqui.
– E o que você propõe?
Ele se levandou, deixando um tablet sobre a mesa da minha cozinha.
– Veja esses vídeos, aprenda sobre nós e não deixe Nick te enrolar. - Ele começou a caminhar para a saída - Eu virei buscar você às 19h. - Ele abriu a porta e saiu, sem esperar resposta.
Passei todo o dia sem desgrudar os olhos do tablet. Havia conteúdo para muito mais tempo, sobre a formação da SHIELD, sua tecnologia, seus melhores agentes - como: Phill Coulson, Maria Hill, Clint Barton e Natasha Roumanoff -, seus cientistas - como Bruce Banner -, seus fornecedores - parcerias com Stark, Oscorp, LexCorp e WayneTech.
Clint chegou pontual num carro cinza, e eu já o esperava ao lado de fora do prédio. Entrei no carro.
– Bom, existe um prédio da SHIELD em Gotham, mas agentes internos costumam ficar na... - Ele começou a dirigir
– Base voadora invisível. - Tentando acreditar que havia uma mega base invisível e voadora nos céus, em qualquer lugar.
– Sim. Agentes como nós, ficam onde precisam estar.
– Ainda não sou uma agente.
– Isso não vai demorar para mudar.
O prédio ficava na melhor parte de Gotham, próximo das melhores indústrias e escritórios da cidade. Era um prédio quase tão bonito quanto o prédio da Wayne Enterprises. Na entrada do estacionamento, dois seguranças altos e fortes se aproximaram, ambos com óculos escuros e parecendo intimidadores se aproximaram, Clint abaixou o vidro filmado do carro e tirou os óculos escuros.
– Ela está comigo. - Disse rapidamente e colocou os óculos de volta
Os seguranças se afastaram e um deles falou em seu comunicador. O grande portão se abriu e Clint avançou. Ele parou na frente da entrada do prédio, nós saltamos do carro e, num segundo, apareceu alguém para estacionar o carro. Clint entregou as chaves para o jovem e nós passamos pelas portas de vidro.
Havia uma bonita mesa de recepção, com quatro mulheres sorridentes e bem arrumadas. Ao lado da mesa, portas de vidro automáticas por onde eu podia ver dois elevadores e algumas portas. Clint passou direto por elas e eu o segui.
– Avise o Diretor Fury que estamos subindo. - Ele falou, sem olhar para os lados.
– Sim, senhor Barton. - Uma delas abriu a porta
Seguimos andando, passamos por outras portas de vidro sem identificação. Entramos no elevador da esquerda e ele digitou o comando para a cobertura.
– Esse é o único elevador que dá acesso a sala dele.
O elevador era panorâmico e eu podia ver Gotham com suas luzes piscantes.
O elevador abriu e nos deixou dentro da sala de Nick Fury. A sala era ampla e escura, com a decoração em tons escuros de azul. Nick estava encostado na mesa ampla e, atrás dessa, havia um enorme brasão da SHIELD na parede.
– Gavião e Angel! - Ele comemorou - É um colírio para os meus olhos!
Nick Fury tinha a pele negra, era careca e tinha um tapa olho que deixava vazar uma cicatriz. Ele vestia um sobretudo preto, que o deixava com ar de poderoso.
– Vamos direto ao ponto. - Clint pediu
– Claro. Sente-se, senhorita Amell. - Ele apontou para as cadeiras em ambos os lados de seu corpo
– Não é necessário.
– Ótimo. Seremos diretos. A essa altura você já deve saber o que a SHIELD, isso me poupa apresentações. Nós a queremos aqui, integrando nossa equipe.
– O que o faz pensar que eu aceitaria?
– Bom, temos muito mais tecnologia do que você sonha em ter, temos recursos e informações, temos a lei sendo aplicada nos nossos termos e, bom, eu não desisto tão fácil. Clint e Natasha vão treinar você, Hill vai lhe dar informações e Coulson, recursos.
– O que me torna digna disso tudo?
– Você é um diamante, senhorita Amell. Tem tudo o que precisa para trabalhar como quer. Nós só precisamos lapidar.
Ele pegou um controle remoto sobre a mesa e apertou um botão. Uma televisão pequena desdobrou da parede e ligou, a programação era um trecho do jornal televisivo de horário nobre falando sobre uma vigilante. Imagens e cenas passavam o tempo todo, me mostrando enquanto pulava para o telhado, na noite anterior.
– Você acha que esse capuz e esse sobretudo são o suficiente para esconder você? Você é boa, mas ainda não o suficiente.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Eu sempre gostei do Gavião Arqueiro (Clint Barton) ♡
E então...?