Black Angel escrita por summer


Capítulo 16
Surpresas


Notas iniciais do capítulo

Pessoaaaaal! Oi!
Desculpem tanto tempo de demora, mas sabe aquela parada de Enem, e tal? Então, decidi que vou vender churros na praia.
Espero que gostem ♡
(do capítulo, e não da minha ideia kkkk)



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– ... Você tem um irmão, Anj... Alicia.

– Oi?

– Você tem um irmão.

– Não, eu não tenho.

Dick pegou minha mão e entrelaçou nossos dedos. Eu sentia seus olhos lendo meu rosto, tive medo que ele conseguisse me entender quando só havia uma nuvem de confusão na minha cabeça.

– Ele é dois anos mais velho que você. Foi adotado por uma boa família, em Metropolis, a mãe adotiva dele ainda mora lá, mas ele está aqui em Gotham. Mudou-se há alguns meses.

Tentei absorver suas palavras, mas nada fazia sentido.

– O nome dele é Dave Amell. - Clint esticou o braço com um papel na mão

Meus braços não se mexeram, olhei para o papel sem saber se queria ou não. Dick pegou o papel da mão dele. Clint se levantou e olhou para mim.

– Fique bem, An... Alicia.

Dick o acompanhou até a porta e ouvi Clint sussurrar "cuide dela", antes de sair.

Dick voltou e se ajoelhou ao meu lado. Ele olhava para mim como se pudesse ver tudo o que eu queria esconder de mim mesma. Tive vontade de fechar os olhos para impedi-lo, ou mandá-lo embora, ou correr para o quarto. Mas não me mexi, e ele estava vendo. Dick estava vendo tudo de mim, minha proteção não era suficiente.

Ele pegou minha mão e me levou até o sofá, sentamos de frente um para o outro.

– Você tem um irmão, Lis. Isso é uma coisa boa. - Ele sorriu enquanto passava os dedos na minha bochecha

Fiquei calada. Vasculhei cada canto da minha memória para procurar por ele. Naquele quarto, naquela noite. Não existia mais ninguém. Eu via nos olhos de Dick que ele sabia tudo o que eu estava sentindo.

Nada mais precisava ser dito. Dick me envolveu com seus braços enquanto eu lutava para enfiar todas aquelas lembranças no ponto mais distante da minha memória. Ele me abraçava como se pudesse me proteger do meu próprio passado e, naqueles instantes, eu sentia que ele podia.
Dick cuidou de buscar a comida e comemos ali mesmo, no sofá. Usamos as caixinhas ao invés dos pratos que eu havia separado. Pouco a pouco, as coisas ficavam mais claras para mim: eu tinha um irmão. Abri um pequeno sorriso, antes de enfiar outro pedaço de frango na boca. Dick me olhava de maneira intrigada.

– O quê foi? - Perguntei, antes mesmo de engolir.

– Você passou tanto tempo se esforçando para guardar todo esse sentimento... - Ele começou a falar - É tudo voltou, de repente.

– Tão de repente quanto já se foi. - Abri um sorriso maior - Eu quero conhecê-lo.

– Claro. Eu vou com você, se você quiser.

Balancei a cabeça dizendo que sim. Eu não precisava que ele fosse para me proteger de tudo, como havia feito. Mas tive certeza que a presença de Dick poderia suavizar qualquer coisa.

– E então, namorada? - Ele perguntou, fingindo estar concentrado em seu yakisoba.

Arregalei os olhos e depois ri.

– O quê você falou de mim?

– Falei o quanto você consegue ser irritante. - Dei um pequeno soco em sua perna e ele riu

Dick pulou do sofá correu até a cozinha, jogou as caixas dentro da pia e voltou, num pulo maior. Fiquei observando toda a alegria em volta dele, que ele se esforçava para passar para mim. Agarrei seu rosto com as mãos e juntei nossos lábios, ele pareceu radiante com a ação e começamos a trocar beijos leves.

A cada segundo, pareciamos estar mais próximos, os beijos pareciam insuficientes quando comparados ao desejo. O único espaço que existia entre nós eram as roupas que vestíamos, odiei cada peça de roupa que existia entre nós por nos manterem separados.

Comecei a resolver esse problema arrancando sua camisa, enquanto nos beijávamos.

Dick deu um sorriso malicioso com os lábios colados nos ossos da minha clavícula. Ele agarrou minhas coxas e arrastou o vestido para cima, até que eu estivesse livre dele. Ele se levantou e me puxou, coloquei minhas pernas em volta de sua cintura e o apertei. Dick caminhou com maestria até o meu quarto, ao mesmo tempo em que beijava minha pele.

Deixei que seu toque me envolvesse como não havia deixado uma só vez na vida. Temi o arrependimento do dia seguinte, mas esse temor não chegava perto da grandeza do desejo.

Abri os olhos encontrando Dick desacordado e sereno, com um dos braços na minha cintura. O lençol da minha cama cobria apenas uma parte do seu corpo, deixando visíveis as nossas pernas entrelaçadas. Fiquei feliz pelos feixes da luz do sol, que entravam pela cortina e iluminavam o corpo dele. Ele começou a se mexer e eu fechei os olhos.

– Lis... - Ele resmungou, sem abrir os olhos.

– Hm?

– Eu sei que você estava acordada - Sua fala era pesada e enrolada de sono - E você estava me olhando que eu sei! - E abriu os olhos

– Não estava! - Cobri meu rosto com as mãos e rolei para o outro lado da cama

Dick riu e me agarrou, beijou cada parte das minhas bochechas e depois se levantou.

– Hoje não é domingo! - Ele lembrou, parado no meio do quarto. - É sexta-feira!

Dei risada observando Dick correndo pelo quarto.


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Notas finais do capítulo

Vem outro em seguida c:



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