Black Angel escrita por summer


Capítulo 14
Mestre dos Esportes


Notas iniciais do capítulo

Eu, particularmente, adoro a família Crock! E vocês?



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Esperei alguns minutos até a hora do jantar, quando eu poderia visitar o restaurante e bar do trem. Me vesti como havia sido orientada: uma saia longa negra, com uma fenda até a coxa, combinando com uma regata simples. Eu devia ser discreta.

Caminhei calmamente pelo corredor de paredes vermelhas, tendo a certeza que meu alvo não estava mais em seu quarto. Pelo caminho, passei por uma garçonete que usava um uniforme temático, estava vestida de chinesa, com maquiagem colorida e uma roupa divertida e sexy. Ela me lançou um olhar duradouro e percebi que seus traços me eram familiares.

– Noite temática, madame. - Ela comentou, me entregando um folheto enquanto empurrava um carrinho.

Ouvi um ruído que vinha do carrinho. Um bipe. Uma bomba. Agarrei seu braço e a bomba explodiu, nos empurrando para a mesma ponta do corredor. Soltei seu braço e joguei meu corpo para trás, aproveitando o impulso da explosão. Atingi o chão ajoelhada, em posição de ataque. Assim como a garçonete, bem à minha frente.

Observei o carrinho de comida tombado no chão e pegando fogo, logo atrás dela. Estava posicionado na frente da minha cabine, era uma armadilha.

– Parece que meu palpite estava certo.

Ela pegou uma adaga de dentro do roupão chinês temático e atirou em mim. Desviei com alguma dificuldade, sua pontaria era excepcional. Dei um salto na sua direção, agarrando seu tornozelo, enquanto ela tentava fugir. Com a perna livre, ela me deu um chute na bochecha com força.

Ela era uma lutadora nata, usava golpes baixos e facas. Agarrei a mão que ela segurava a faca e a torci, fazendo-a soltar. Ao mesmo tempo, eu virei seu braço, deixando-a de costas para mim e encostei sua cabeça na parede com força.

– Quem é você? - Perguntei

– Aqui não é um bom lugar para uma conversa de amigas. - Ela levantou um braço

Da sua mão, começou a sair uma nuvem de fumaça. Quando percebi que saía do seu anel verde, a nuvem preenchia boa parte do corredor. Perdi minha visão antes da força, e senti meu corpo se chocar contra o chão.

Acordei sentindo o balanço do trem antes mesmo de abrir os olhos. Todo o vagão onde eu me encontrava estava escuro, era comprido e havia apenas uma porta na lateral, que só devia ser aberta com o trem parado e tinha uma pequena fresta aberta. Eu estava com os braços amarrados para cima, junto à parede, e estava em pé.

– Acordou, querida. - Um homem saiu das sombras do vagão.

Ele era alto e tinha ombros largos, por de trás da máscara cinza que cobria todo seu rosto, eu podia ver que tinha cabelos loiros.

– Onde eu estou?

– Mas que belo trabalho está me dando, hein? - Ele ignorou minha pergunta - Eu devia estar olhando para a cara de Amanda Waller agora, e não a sua - Ele caminhou para perto de mim e agarrou meu rosto com uma mão -Embora seja um belo rostinho... - Ele se aproximou mais

Bati minha cabeça contra a dele e, antes de qualquer reação, usei as cordas que me prendiam para me pendurar, usei minha força para chutar seu rosto. Ele caiu para trás e me lembrei que precisava me soltar. Comecei a forçar as cordas, mas não funcionou.

Ele se levantou, com fúria nos olhos e um machado nas mãos. Esperei que ele pegasse impulso e me abaixei no segundo exato. O machado acertou a parede de madeira alguns centímetros acima da minha cabeça.

Joguei meu corpo para frente, caindo sobre ele. O machado caiu alguns centímetros distantes da sua mão, não pode deixar de ficar feliz por isso.

Lawrence Crusher Crock era mais violento do que qualquer pessoa com a qual eu já havia experimentado lutar. Ele batia para acertar, e não apenas para machucar, mas para matar. Cada soco que eu desviava passava mais perto e meus socos mal o incomodavam.

Me esforcei para acertar um soco em seu rosto, mas ele agarrou minha mão e me atirou para o chão, como uma boneca. Pena estar próxima de mais de seu machado.

Peguei o machado do chão e o acertei com o lado contrário no peito do homem. Dessa vez eu o vi ficar sem ar. Acertei mais uma vez, mas agora na perna direita. Ele jogou o corpo na porta, com um urro de dor. A porta balançou e tive mais uma ideia.

No momento exato, o trem diminuiu a velocidade. Imaginei que alguém fosse verificar os vagões de carga. O valentão bufava de ódio e dor, ele começou a mancar na minha direção e eu esperei. Ele estava próximo quando alguém abriu a porta por fora, um funcionário pendurado no vagão pelo lado de fora, e isso fez Crock virar a cabeça para a entrada. Acertei o machado em sua cabeça com força e joguei meu corpo contra o seu. Ouvi um grito do funcionário antes de me jogar para fora do trem, agarrada em Crusher Crock.

Estávamos na parte mais baixa dos trilhos do trem quando passamos por um dos rios de Gotham. Repassei o que havia feito.

– Nós vamos morrer! - Ele berrou, tentando me acertar com socos.

Ele estava perturbado de mais para acertar. Agarrei minha mão em seu cabelo loiro e enrolei minhas pernas em seu corpo, ao mesmo tempo que me arrependia de estar usando saia. Seu corpo atingiu a água antes que o meu, e me serviu de apoio enquanto estava consciente.


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Notas finais do capítulo

Um pouco mais de ação ♥

Prometo emoções mais fortes nos próximos capítulos (além de um gif)!



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