Black Angel escrita por summer


Capítulo 13
Missões


Notas iniciais do capítulo

Olaaaá!
Fiquei feliz pakas com os comentários do último capítulo! Fico feliz que tenham gostado da melação ♥



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Só paramos de andar no estacionamento, onde a música não nos impediria de conversar. Ele me encostou em seu carro e analisou meu rosto.

– Ela bateu em você? - Era mais uma afirmação do que uma pergunta

Estávamos sozinhos no lugar cheio de carros. A lua estava cheia e quase não havia estrelas no céu. Suspirei.

– Você não me respondeu. - Ele insistiu, colocando a mão no meu rosto.

– Você já sabe. Por que está perguntando?

Ele olhava para a minha bochecha, passando o dedo levemente por onde devia estar vermelho.

– Eu sinto muito. - Ele sussurrou

– Ela estava bêbada, não você. Não tem motivo para se desculpar.

– Sim, tem. Eu vou conversar com ela.

– Não. Ela não vai fazer mais nada.

Você bateu nela?

– Dick, já acabou.

– Eu seria muito ingênuo por pensar que não. - Ele sorriu fraco

Toquei seu rosto, obrigando-o a olhar para mim. A lua estava refletida nos seus olhos azuis e tive vontade de guardá-los para mim. Tivemos um momento só nosso, e nos beijamos. O beijo foi mais do que os outros. Foi mais do que o desejo que tínhamos um pelo outro. Me afastei do seu rosto, tentando me afastar do sentimento também. Agora, eu estava refletida nos seus olhos azuis.

– Quer voltar para a festa? - Ele perguntou e eu neguei com a cabeça - Vamos embora?

Com um único SMS, Dick avisou seus amigos que estávamos indo embora. Durante todo o caminho, nós nos divertimos, para descontrair as emoções da festa. E assim foi mais fácil para ignorar o beijo. Dick parou o carro na frente do prédio, tirei o cinto de segurança e me estiquei, para beijá-lo. Nos beijamos lentamente, aproveitando a sensação um do outro.

Dick entrou em minha casa, logo atrás de mim.

– Gostei da nova decoração. - Comentou, tirando o casaco.

Ele agarrou minha cintura com as duas mãos, me levando para perto de si. Eu sentia seu corpo colado logo atrás de meu; ele empurrou meu cabelo para o lado e deixou beijos leves na minha nuca. Senti seu sorriso na minha pele quando ele percebeu que eu estava arrepiada.

Cada toque dos seus lábios no meu corpo, revelava um sentimento novo em mim. Eu mantinha meus olhos fechados, esperando que ele não visse nada do que começava a sentir. Dick não tinha medo, seus olhos se manteram abertos, para que eu pudesse ver cada reação que eu causava nele.

Acordei vendo nossos dedos entrelaçados, bem na minha frente. Tentei me lembrar quando havíamos dado as mãos, mas falhei. Dick já havia passado a noite comigo três vezes, mas nunca até o amanhecer, nunca de mãos dadas, nunca daquele jeito.

Senti um beijo em meu ombro e eu sorri.

– Bom dia. - Ele sussurrou, rouco.

– Oi

Ele virou meu corpo e se colocou em cima de mim. Seu peso era confortável, assim como saber que não havia espaços entre nós. Dick tirou alguns fios de cabelo da minha bochecha e deu um sorriso largo. Deixei seu sorriso me contagiar. Ele desviou seus olhos dos meus por alguns segundos.

– Já é meio dia! - Ele apontou para o relógio.

Dick pulou para fora da cama e correu para o meu banheiro.

– Você tinha algum compromisso? - Perguntei enquanto trazia o lençol branco para me cobrir.

– Sim - Ele colocou a cabeça para fora do banheiro.

Não respondi. Deitei novamente, sozinha.

– Lis! - Ele berrou, correndo para a cama. - Vamos nos atrasar! - Ele estava com a calça desabotoada, assim como a camisa, e o cabelo estava bagunçado.

– Atrasar? Eu não tenho compromisso! - Falei e Dick parou

– Não vai almoçar comigo? - Ele fez cara de cachorro que cai da mudança

– Isso é um convite? - Apoiei meus cotovelos no colchão para vê-lo

– Hm, sim - Ele começou a subir na cama

Dick rastejou até seus lábios encontrarem os meus. A cada beijo, eu me sentia surpresa em pensar no quanto combinávamos.

Depois de todo um dia juntos, ele me deixou em casa, sozinha. Dei um riso frouxo quando tranquei a porta e reparei na mesa da sala, que estava torta, graças à um esbarrão dele, na noite anterior.

– Ei, gracinha! - Ouvi Clint me chamar da cozinha. Torci para que ele não tivesse visto meu sorriso - Eu vi essa sua carinha! - Ele me acusou

Clint estava sentado em uma das cadeiras da minha cozinha, e tomando uma caneca de café.

– O que você quer, Barton? - Joguei meu casaco sobre o sofá e fui para a cozinha.

– Já vi que seu dia foi bom. Estava com aquele playboy de novo, não é? As coisas estão sérias entre vocês, hein?

– Não estava com nenhum "playboy".

– Não era o Grayson?

– Sim, mas ele não é um playboy.

Clint juntou suas mãos e colocou ao lado do rosto:

– Que fofo!

Revirei os olhos.

– Diz logo o que quer! - Mandei

– Certo. - Clint ficou sério - Eu estou fazendo uma pesquisa há alguns meses e... - Ele parou de falar ao ouvir o som do meu celular tocando - Seu namorado não pode esperar?

– Esse não é o toque dele. - Levantei e corri até minha bolsa, tirei o celular da bolsa e atendi - Estou ouvindo.

Minutos depois, Clint e eu estávamos em nossas motos, a caminho da SHIELD. Já era tarde quando atravessei as portas da sala de Nick, vestida de Black Angel.

– É uma reunião particular, Gavião. - Nick falou, sem tirar os olhos dos papéis que lia.

Clint deu meia volta, batendo os pés.

– Você tem uma missão. Durante os interrogatórios, descobrimos um possível responsável pela morte dos seus pais. - Ele falou calmamente e eu gelei - Seu nome é Lawrence Crucher Crock. Ele estará em um trem de viagens internacionais amanhã. Você estará nesse mesmo trem, com uma identidade falsa, é claro. Espero que dê conta de trazê-lo para nós. O agente Coulson vai lhe dar detalhes. Pode ir. - Ele finalizou e comecei a caminhar para a saída - Angel, mais uma coisa: - Me virei para vê-lo - Não precisamos dele vivo.

Deixei escapar um sorriso antes de sair da sala. Coulson e Clint me esperavam do lado de fora. Clint não se importou em esperar mais alguns minutos.

– Você não pode assustar as pessoas. Precisa ser tão discreta quanto for possível. Seu novo nome é Daniella Smith, aqui tem tudo o que precisa saber. - Ele me entregou uma bolsa preta pequena - A missão precisa estar concluída em menos de dois dias. Você tem de estar aqui amanhã às 16h.

– Certo. Obrigada, Coulson.
Ele saiu com um aceno, deixando Clint e eu sozinhos no corredor. Ele se levantou, com um suspiro.

– E então? - Perguntei

– Não era nada de mais. Vamos embora, você precisa se preparar.

Às 18h do dia seguinte, eu estava entrando no trem. Uma pequena mala de rodinhas de roupas feita pela SHIELD e uma bolsa de mãos com meus documentos. A passagem de primeira classe me dava o direito de ter uma cabine particular bem ao lado da cabine do alvo, graças à Coulson.
A cabine era pequena, havia uma poltrona inclinável e uma mesa ao lado da janela, presa ao chão. Coloquei a mala ao lado da poltrona e o celular sobre a mesa. Havia duas ligações perdidas de Dick e senti vontade de retornar, mas sabia que não podia.

Fiquei encostada na parede, com o ouvido colado à parede que me separava de Crusher Crock. Eu ouvia pequenos ruídos, nada além disso. Tive de conter uma vontade imensa de atacá-lo. Ouvi meu celular tocando, mas dessa vez era Clint.

– Alô?

Anji. Estou apenas testando a conexão. Essa rede de celular está conectada com a SHIELD, não é mesmo?

– Sim.

– Ótimo. Preste atenção no que vou dizer: não acredite em nada do que ele disse. Ele é um assassino manipulador e estará manipulando você assim que possível.

– Certo.

– Era só isso. Tenha cuidado.– E desligou

Alguns segundos bastaram para que eu entendesse: eram códigos. Clint perguntou se eu estava conectada com a SHIELD, mas isso era óbvio. Ele havia falado que o Crusher disse coisas, quando nunca havíamos conversado. Toda essa conversa se referia a Nick Fury.


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Notas finais do capítulo

Vou acabar criando um clube contra Stephanie Brown!

E no próximo capítulo: ... Participação especial da família da Artemis (só para quem entender a referência)!

Comentem ♥



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