Desejos Proibidos escrita por Nika Mikaelson


Capítulo 5
Casamento


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiiiiii gente! desculpa pelo final de semana, normalmente não posto!
Mas, estão gostando? Esse capítulo, vai trazer muuuuuuuuitas surpresas e um suspense, pouco, mas não deixa de ser um suspense hahahaha

Me falem o que acharam no final hein?



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Pov Caroline

Tinha um buraco no meu peito. Um buraco pequeno, porém, tão destruidor quanto uma faca entrando. Tão assustador, como a descida longa de uma montanha-russa.

Meu apartamento, nunca esteve tão solitário. Por um lado, queria morar com meus pais, assim ouviria minha mãe cantarolar suas músicas antigas pela casa, meu pai murmurar enquanto lê o jornal da manhã, meus irmãos rindo alto depois de uma noitada. Mas agora, todos tinham suas vidas. Stefan praticamente estava casado com Katherine, já que ela não saia do apartamento dele, e Damon, sendo Damon vivia em sua casa grande, com piscina e quase todos os dias, Elena estava com ele.

Suspeitava, de que meus pais também sentiam nossa falta.

Mas minha vontade de sumir, não era por causa dos meus pais, nem dos meus irmãos. Era por causa do casamento, que estava para acontecer naquele momento. Era pelo homem, que diria sim em questão de minutos. Ele iria dizer sim. E eu, não tinha o que dizer, ou fazer.

Uma outra voz na minha mente, dizia o quanto eu estava sendo imprudente e infantil, mas a outra voz, a que eu mais gostava, ela rebatia, dizia que poucas pessoas no mundo, tem a oportunidade de sentir algo tão intenso e devastador. Um sentimento, que algumas pessoas, passam pela aventura chamada vida, e não provam o sabor dessa intensidade, dessa necessidade de estar perto. Eu provei, me deliciei nela, mas agora eu estava aqui, culpando-me novamente, por ser tão sonhadora.

O perfil romântico nunca se encaixou comigo, sobre aquelas meninas de filmes adolescentes, que sempre se apaixonam pelo valentão da escola e no final, ele muda por ela e ficam juntos. Nunca acreditei nesse tipo de história, nem quando estava no colegial. Mas, com ele, eu desejava a vida inteira, desejava os filhos, o carinho, os beijos e o amor que fizemos. Eu desejava a intensidade, novamente.

Ele provavelmente, estava com um paletó mais curto na frente, com as pontas alongadas na parte de trás. Uma camisa branca, com colarinho rígido. Colete cinza claro. Grava cinza-prateada mais larga. Eu o visualizava com essa roupa, parado no altar com as mãos soando, o cabelo bem penteado e provavelmente faria a barba. Mãos entrelaçadas uma na outra, ansioso para a mulher de branco que entraria pela aquela porta, e andaria até ele para dizer o seu sim. Stefan e Damon, os padrinhos jogando piadas fora de hora, enquanto as madrinhas paparicavam sobre as roupas, e curiosas para saber como Hayley estava.

Ouço meu celular tocar, estava na cozinha e a vontade de ir busca-lo não estava comigo. Deveria ser a Elena, ou o Stefan novamente querendo saber se eu estou bem, pela décima vez. Desde que Niklaus e Hayley foram embora pela manhã, naquele domingo, as coisas mudaram. Eles pareciam meus pais, quando eu sofri pelo primeiro garoto.

Ele tocava, tocava e persistia em tocar. Deitei no sofá, olhando para a televisão desligada, e fechei meus olhos na esperança de que o tempo passasse rápido, e eu não precisasse ficar imaginando as alianças sendo colocadas. Não gostaria de chegar nessa parte.

Sentia vontade de chorar, ah, como eu queria chorar agora e alagar meu apartamento, questionando-me: por que?

Por que, o que, Caroline?

Porque ele está na minha cabeça, como uma música chiclete. Porque meus instintos insistem para ir atrás dele e porque eu me apaixonei, por Niklaus Mikaelson.

O telefone da recepção tocou, e eu forcei os olhos fechados. Será que ninguém deixaria eu sofrer sozinha?

Levantei com um impulso só, se não desistiria. Andei pelo chão de mármore descalça, e fui até perto da porta aonde estava o telefone.

— Oi. — Falei, quando atendi.

— Caroline, boa tarde. O seu irmão, Stefan, e a Elena estão na portaria. Desculpe-me por incomoda-la, pois recebi ordens suas para que ninguém subisse. — Explicou-se, com uma voz cordial.

— Tudo bem, Isac. Podem subir. — Respondi, devolvendo o telefone ao gancho.

Levantei o pulso, olhando para o meu relógio e curiosa para saber, o que os dois estavam fazendo aqui no horário do casamento. Voltei para o sofá e sentei, encolhendo as minhas pernas, e abraçando-as enquanto esperava por eles. Não demorou, até ouvir a porta do elevador se abrindo, e o barulho dos passos largos do Stefan e do salto da Elena, que a cada passo dele, eram três dela. Apareceram na sala, e eu tive a sensação de que eles estavam surpresos pelo meu estado. Elena estava com os olhos arregalados, e os cabelos um pouco bagunçados, que indicava que ela passou muito a mão recentemente, ela sempre fazia isso quando estava preocupada com alguma coisa. Stefan, estava com a testa brilhando pelo suor, e a camisa branca, pra fora da calça e provavelmente se livrou do seu paletó.

Soltei as pernas, sentando corretamente no sofá. Eles não estavam surpresos, eles estavam tão curiosos e ansiosos como eu. Encarei o meu irmão, que não dizia nada.

— O que foi? — Quebrei o silêncio.

— Ele está aqui? — A voz do Stefan saiu grossa, e com raiva.

— Ele? Niklaus? — Levantei-me do sofá, e olhei para a Elena.

— Sim. — Ela respondeu. — Caroline, por favor, nos diga a verdade!

Stefan saiu da sala, e em questão de segundos já ouvia as portas de todos os cômodos serem abertas com força.

— Elena, ele não está aqui. — Falei séria, aproximando-me dela.

— Ele não apareceu no casamento! — Disse soltando o ar, como se custasse dizer isso.

— Como assim? — Minha voz aumentou.

— Merda, aonde esse cara se meteu? — Stefan voltava para a sala, frustrado.

— Por quê achariam que ele estava no meu apartamento? — Encolhi os ombros.

— Você sabe o porque! — Ele virou-se pra mim, apontando o dedo no meu rosto. Eu não reconhecia o meu irmão.

— Acha que eu o acobertaria, em abandonar a esposa dele no altar Stefan? — Aumentei o tom da voz, e ele colocou as duas mãos na cabeça nervoso, entrelaçando os dedos entre seus cabelos dourados.

— Eu não sei Caroline, eu não sei! — Gritou de volta.

— Não é hora para os dois discutirem. — Elena entrou no meio, com o celular na mão. — Damon mandou uma mensagem, e ele não está em nenhum bar, boate, casa ou IML. — Fez uma cara incrédula. — Damon é criativo. Vocês não enxergam o problema?

— De que? — Olhei com desdém para o meu irmão. — Que o Stefan acha que sou uma vadia?

— Eu não disse isso, Caroline. — Rangeu os dentes.

— Gente! — Dessa vez Elena que gritou. — Niklaus está desaparecido. — Falou baixo, não querendo acreditar. — Ele sumiu! Ele pode estar em qualquer lugar, mas não temos a certeza de que ele está bem.

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Tyler estava dentro de um escritório, em pé diante de uma mesa cumprida, com uma cadeira grande e confortável na frente dela, que seu meu ocupava. Richard foi pai cedo, aos dezoito anos, o que o tornava um pai jovem e bonito. Seus cabelos eram negros, cabelos que Tyler havia herdado. A pele era branca, os olhos com um castanho claro, que no Sol provavelmente ficavam da cor mel. Os lábios, estavam ocupados com um charuto enquanto ele puxava. Soltou a fumaça, e encarou seu filho, passou a língua entre os lábios antes de começar a falar.

— Você é o meu herdeiro Tyler. Você será dono disso tudo um dia, dono das empresas, das casas, dos carros e do mundo. Sera dono daqueles que tem poder, e daqueles impossibilitados. Mas antes disso, pare de agir como um garoto rebelde, pensei que essa época já tinha passado. Jeremy está como você estava há alguns anos. — Falava com a voz calma e grossa, não parecia que estava nervoso e nem preocupado, mas seus olhos estavam em chamas.

— Eu sei, pai. Não vou decepciona-lo. Mas, eu não tive escolha, eu fui contido pela raiva. — Fechou os olhos com força, arrependido.

— Se eu fosse contido pela raiva, metade dessa cidade estariam mortos. Controle-se, e não deixe que sua mãe saiba. Resolva os seus problemas o mais rápido possível.

Duas batidas na porta, faz com que os dois olhassem para a porta e por ela entrar um homem. Ele tinha os cabelos castanhos e bagunçados, só de olha-los dava para saber que eram lisos e cuidados. Era grande o bastante, para ficar bagunçados pra cima, como se houvesse acabado de acordar.

Seu rosto era sério, e duro. Parecia não sorrir a séculos, de tão sério que seus olhos castanhos claros, olhavam para Tyler. Sua boca era pequena, e carnuda, convidativa para quem a olhasse. Sua barba começava a crescer.

Ele parou a alguns metros dos Lockwood, guardando suas mãos na sua jaqueta de couro marrom.

— Desculpa incomodar, mas, você precisa resolver um problema, senhor. — Olhou para o Tyler, ele parecia odiar dizer aquelas palavras, com tanto sarcasmo com que elas saiam. Mas era só ele, sendo ele.

— Estou indo, Lorenzo. Obrigado. — Agradeceu, e o homem retirou-se.

— Não arrume problemas para mim, filho. E nem pra você. — Aconselhou, e Tyler saiu sem dizer nada.

Lorenzo o esperava na porta, e os dois seguiram pela mansão enorme em silêncio. Depois de alguns minutos caminhando, entraram em um corredor com quadros grandes de artistas famosos.

— Faz quanto tempo, que ele chegou? — Tyler perguntou, quando eles abriram uma porta.

— Chegou há alguns minutos. Ele é mais marrento do que você nos avisou, deu trabalho para traze-lo.

Desceram alguns degraus de um porão, e assim que terminaram viram uma cadeira, com um homem sentado nela. Braços pra trás, amarrados por cordas, e os pés também. Ele estava de cabeça baixa de costas, os ombros subiam e desciam rápido. Tyler atravessou o porão ao lado do Lorenzo, e parou na frente do homem que estava na cadeira.

Sua camisa branca, estava completamente amassada e com sangue respingado.

— Ora, que visita ilustre, Niklaus Mikaelson.

Niklaus levantou a cabeça lentamente, desde os pés do Tyler, até o quadril, a barriga, o tórax, o queixo e por fim seus olhos. Qualquer um, que olhasse nos olhos do Niklaus poderia ver o próprio diabo, em seu momento de fúria. Os lábios dele estavam cortados, e o canto do seu olho direito levemente avermelhado. Seu nariz tinha sangue seco, o que explicava sua camisa manchada.

— O que foi, playboy de merda? — Perguntou, rangendo os dentes.

— Me disseram que hoje era seu casamento, que pena, que você não vai comparecer. — Riu estridente.

— Prefiro mil vezes socar a sua cara, idiota. — Se debateu na cadeira, tentando se soltar. Mas parou rápido, e sua respiração ficou descompassada. Ele estava no seu ápcie da raiva.

—Enzo. — Tyler falou, sem tirar os olhos dos olhos do Niklaus. — Vai buscar resgate. Vamos nos divertir um pouco, será um prazer vê-lo sofrer, assim, aprenderá a não afrontar alguém como eu. — Enzo retirou-se.

— Viadinho de merda, mimado. — Cuspiu as palavras com ódio.

Tyler sorriu só com um lado da boca, imaginando de qual forma poderia tortura-lo.

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Estava parada no balcão de uma lanchonete próxima a minha casa. Meus dedos batiam no balcão constantemente, meus pés batiam no chão e eu não conseguia ficar parada.

Niklaus estava desaparecido.

Todos estavam em casa, buscando pistar de onde ele poderia estar, com quem e se estava bem. Meus pensamentos iam longe, tão longe a ponto de pensar o pior. Não poderia imagina-lo sofrendo, isso partia o coração de qualquer pessoa. Niklaus não era ruim, não com quem ele gostava. Ele era paciente, amigo e incrivelmente cuidadoso. Cuidava como se fosse seus filhos, ou todos fossemos irmãos.

Agora, meus irmãos, Elena e Bonnie estavam em casa ligando para todo os tipos de lugares, e eu fui a sorteada para buscar comida.

Deveria ser porque eu não parava de andar para um lado e para o outro, enquanto tirava a concentração de todos.

— Bom dia, linda. — Escuto uma voz masculina e olho para o lado, encarando olhos castanhos claros.

— Não acordei sorrindo para o Sol hoje, se não se importa. — Olhei para o lado, impaciente.

— Hum. Niklaus também não deve estar nos seus melhores dias. — Fingiu preocupação.

Escutar aquele nome, fez com que eu virasse lentamente meu pescoço pra ele, sentindo cada parte do meu corpo se arrepiar. Meus olhos encontraram os seus, que viraram no mesmo instante, eu entendi o recado. Senti minhas costas doerem, pelo modo que ele falou. Ele disse cada palavra com um tom de ameaça, daquelas que seria fácil cumprir.

— Prazer Caroline, meu nome é Enzo. Agora que seu humor melhorou, vamos conversar.— Deu uma pausa, encarando os meus olhos. — Você tem olhos lindo, sabia?

— Obrigada. — Agradeci amedrontada. Segurei o celular na mão, no bolso da minha blusa da minha jaqueta.

— Não faça nenhuma gracinha, querida. — Colocou a mão acima da minha com delicadeza, fazendo eu tira-la do bolso. Ele tocou a minha mão, e eu senti a textura macia da sua. Sua mão era grande o suficiente, para fechar por cima da minha. — Eu odiaria ter que te obrigar. Não gosto muito de machucar garotas indefesas, não precisa chorar.

Só depois dele dizer isso, notei que lágrimas escorriam pela minha bochecha. A mão que estava na minha, subiu até o meu rosto, ele passou o polegar carinhosamente, limpando as lágrimas. Abaixei a cabeça, envergonhada por ser tão fraca. Mas ele estava falando do Niklaus, como não enfraquecer? Fechei os olhos, concentrando-me de que, eu era a única pessoa que podia ajuda-lo. Levantei e encarei seus olhos, que pareciam nunca desviar dos meus.

— Eu não sou nenhuma garotinha indefesa. Por onde começamos? — Disse firme, e vi um sorriso satisfeito ser formado lentamente.


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