Desejos Proibidos escrita por Nika Mikaelson


Capítulo 6
Verdades


Notas iniciais do capítulo

oiiiiiiiii !

pra quem imaginou uma história básica, prepare-se para a surpresa! hahahaa



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— Não entendo. — Falei ao Enzo, que andava ao meu lado, pela rua de Manhattan, como se fosse um velho amigo.

Seus passos eram largos, eu percebia ele tentando encurta-los para acompanhar os meus. As vezes, ele andava na frente, e parecia me odiar por isso pois toda vez suspirava irritado. Ele se esforçava, para acompanhar minhas pernas pequenas.

— É simples, Caroline. Niklaus irritou o Tyler naquele dia, e ele só está se divertindo. Porém, a diversão dele pode não ser a mesma que do seu amigo. — Explicou, como alguém explica para uma criança.

— Claro que não é divertido para o Klaus. — Falei óbvia. — Você acha divertido estar em um cativeiro? Sendo torturado por um garoto idiota?

— Não sei, nunca tive essa experiência. Pergunte ao Niklaus quando ele voltar, poderiam até escrever um livro. Eu compraria. — Levantou a mão na altura do rosto, e soltou um sorriso cínico.

— E onde eu entro nisso? — Ignorei a piada sem graça, e perguntei o que era do meu interesse.

— Hum, eu adoro esses pretzel. — Andou rápido até um carrinho de pretzel, na esquina. Virei os olhos e acompanhei ele.

— Confesso que você me intimidou, mas agora, sinto que sou sua babá. — Cruzei os braços, observando ele fazer o pedido, de costas pra mim.

— Aceita? — Virou-se, esperando a resposta.

— Não.

Esperei ele pegar o pretzel dele, e continuarmos nosso caminho para sabe lá aonde, e tentar descobrir como tirar Niklaus disso tudo. Só de pensar, que ele poderia estar sendo torturado, meu coração apertava. Enzo devorava seu pretzel em silêncio, desisti de falar, depois da terceira vez que ele mandou eu esperar. Assim que ele terminou, limpou sua boca com o papel e jogou no lixo próximo.

— É o seguinte, Caroline, o resgate do Tyler não são como os que vocês estão acostumados. Até porque, se alguém souber desse deslize, é capaz da família Lockwood ser manchetes do jornal, e apedrejados pela crítica. Ou seja, nada de contar as pessoas, se não quem sofre é você.

— Enzo. — Parei os passos, ele parou três passos depois de mim, virando-se com um sorriso impaciente. — Eu estou nem ai pra essa família louca, eu quero o meu...meu amigo de volta, ou você quer comprar um refrigerante depois do seu pretzel?

— Boa ideia! — Piscou, dando as costas pra mim e indo em direção a uma padaria.

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Bonnie fechou o notebook e colocou as duas mãos no rosto. Ela estava sentada no chão, enquanto Elena e Damon estavam no sofá. Elena tinha em mãos, um papel e uma caneta, toda vez que seu namorado desligava o telefone e entortava a boca em sinal negativo, ela riscada um nome. Stefan, fazia o trajeto dele pela milésima vez, tentando achar um erro. Mas todos já pareciam exaustos, estavam ali há horas, procurando pelo Klaus.

Já era tarde da noite, quando Damon discutia com a polícia pela centésima vez.

— Ah, vinte e quatro horas? — Riu irônico, andando de um lado para o outro. — O seu animal, eu não tenho vinte e quatro horas. Você sobreviveria vinte e quatro horas dentro de um porta-malas? Jogado em um rio? Eu acho que não, é só assistir alguns programas de televisão, que você aprende sobre o corpo humano. — Desligou irritado.

— Amor, não adianta. — Elena foi ao lado dele, apoiando suas mãos em seus ombros. — É o jeito deles trabalharem, não podemos interferir nisso. Já falaram que vão começar as buscas.

O elevador abriu, e dele saiu Hayley. Seus olhos eram uma tempestade de lágrimas e raiva, seu rosto estava vermelho e seus lábios tremiam. Bonnie e Stefan levantaram-se no mesmo instante que viram a situação dela. Ela vestia uma calça jeans velha, e um moletom preto.

— Hayley, meu Deus. O que foi? — Elena foi a primeira a aproximar-se.

— Não toque em mim. — Ordenou, dando passos pra trás, fazendo a morena parar. Ela levantou as mãos, que tremiam.

— Precisa se acalmar, Hayley. — O irmão mais novo aconselhou, com sua voz calma.

— Acalmar? — Ela gritou, todos estremeceram. — Cadê a Caroline? Esse é o apartamento dela, não é? Cadê ela? Hein? Cadê a dona do apartamento, me diz.

— Ela não está, Hayley. — Damon se colocou na frente da Elena. — Ela estava preocupada e foi dar uma volta, todos nós estamos.

— Preocupada? — Riu forçado, uma risada alta e completamente irônica. — Jura? Preocupada? Ela deve estar é tomando uma dose de tequila em um PUB, comemorando a vitória dela.

— Hayley! — Stefan repreendeu.

— Do que está falando? — Damon semicerrou os olhos, confuso.

— Ah, vai me dizer que você não sabe? O irmão mais protetor que eu já vi na vida, não sabe que a irmã vadia, transou com meu noivo.

— Sua vagabunda. — O mais velho foi na direção da Hayley violento, mas Stefan o agarrou por trás o prendendo em seus braços. — Me solta Stefan, eu vou mostrar a ela quem é vadia. — Gritou.

— Ela transou com meu noivo! — Hayley gritou de volta.

— Hayley, por favor! Não causa mais sofrimento, por favor. — Elena entrou na frente dos irmãos.

Bonnie correu até a Elena, e parou ao lado dela com os olhos assustados para Hayley, que parecia uma drogada na abstinência.

— Não precisa causar mais sofrimento, Hayley. — Bonnie aconselhou.

— Podemos resolver isso depois. — Elena continuou, tentando manter a calma enquanto atrás dela Stefan tentava acalmar o irmão.

— Vocês são todos falsos! — Acusou nervosa. — Elena, vai me dizer que não sabia? A fiel escudeira da Caroline, escondeu até do próprio namorado.

— Do que ela está falando, Elena? — Damon gritou forte atrás dela, fazendo a morena encolher os ombros assustada.

— Se matem, idiotas. — Hayley abriu os braços, e deu as costas.

— Damo...

— Cala boca, Stefan. Vocês vão me explicar agora, que porra acabou de acontecer aqui. Entenderam? — Rangeu os dentes, com o rosto vermelho e o mar agitado em seus olhos.

— Deveríamos nos concentrar em achar Niklaus. — Bonnie falou tremula, todos sabiam que Damon nervoso não era um bom sinal.

— Achar Niklaus e saber o que está acontecendo. — Ele acrescentou, não tirando os olhos da namorada. — O que vocês dois, estão escondendo de mim?

— Caroline transou com Niklaus, na ilha. — Stefan assumiu. Elena o encarou surpresa e abaixou a cabeça.

Damon fechou os pulsos no mesmo instante, e engoliu seco. Sua mandíbula mexia, enquanto ele rangia os dentes. Sua testa começava a brilhar, pelo suor e sua cabeça mexia em negação, não querendo acreditar naquilo.

— Irmão. — Stefan colocou a mão no ombro dele, que se esquivou rapidamente.

— Não me chama de irmão! — Gritou. — E você, Elena. — Transferiu o olhar pra namorada, que já tinha lágrimas nos olhos. — Você é tão vadia quanto ela, vadia por ter acobertado esse adultério e vadia por ter escondido de mim. Faz um favor a você mesma, some daqui. — Arqueou as sobrancelhas, falando firme.

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— Damon, não. — Stefan tentou impedir, mas foi empurrado com força pelo tórax.

— Saia! — Damon apontou para a saída, e seus olhos começaram a marejar.

— Eu posso ter mentido pra você, posso ter escondido uma coisa não tão séria, já que ela é maior de idade. Esconderia outras vezes, a intimidade dela de você. — Começou, enquanto as lágrimas escorriam pelo seu rosto. — Mas ser chamada de vadia, pelo meu namorado, eu não repetiria jamais. Eu não sou uma vadia, eu sou...melhor, era a sua mulher. Agora, se afoga nessa sua fúria, se tortura com a ideia de que seu melhor amigo transou com a sua irmã, de que ele está desaparecido e de que agora, eu vou deixar você, e não pense que estou arrependida de ter feito tudo isso. Mas pela manhã, quando você acordar e toda essa sua raiva ter sumido, você vai se arrepender de ter chamado me chamado de vadia. Eu te amo, Damon.

Terminou de dizer e todos permaneceram em silêncio. O coração dos dois naquele momento, estavam sendo dilacerados, pedaço por pedaço caía sobre o chão de mármore sem ninguém perceber. As mãos tremulas, as pernas moles e as lágrimas nos olhos, eram as únicas coisas que provavam a tristeza entre eles. Ao olho nu, ninguém sabia que dentro dos dois a chama se apagou e que começou a esfriar. Já estava congelando, antes de se afastarem.

— Boa noite, gente. Qualquer coisa me liguem. — Elena despediu-se de todos, dando uma última olhada para o namorado que não tirava os olhos dela, e se retirou.

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— Minha amiga está me ligando. — Caroline guardou o celular no bolso, enquanto ela e Enzo estavam sentados em um banco de madeira, na praça. — Já é onze horas, preciso ir, está combinado então? — Levantou-se, ele fez o mesmo.

— Sim. É só até Tyler se glorificar por ter dado uma lição a ele, coisas de homens. — Sorriu, pela primeira vez sincero. — Amanhã, no central park, ele estará de volta. Não faça besteiras, não acionem a polícia e nem tente me procurar no seu facebook. Eu não tenho. — Deu os ombros.

— Pode ter certeza, que eu jamais adicionaria você no facebook, Enzo. — Sorriu brincalhona.

— Combinados então? — Ele estendeu a mão, e ela apertou.

— Combinados.

— Sabe, Caroline, eu não costumo passar o dia com a pessoa que deveria dar a notícia. Na verdade, eu dou alguns socos, digo coisas assustadoras e ameaço. Quando Tyler mandou procurar por você, imaginei uma mulher armada ou filha de um mafioso.

— Não. Sou filha de médicos mesmo, e uma universitária. A propósito, obrigada por não me dar socos. Confesso, que nunca pensei que um resgate seria tão entediante. — Falou irônica e ele sorriu, de novo.

— Não tenho culpa de nada que aconteceu com ele, nem das idiotices que o Tyler faz. Niklaus, seja lá quem for, tem sorte de ter você.

— Ele não deve imaginar isso. — Abaixei a cabeça, envergonhada.

— Então ele é um cego. — Enzou levantou meu queixo, delicadamente, até meus olhos estarem na altura dos seus. — Boa noite, Caroline. — Beijou meu rosto e afastou-se.

Vejo ele se distanciar, com seus de costumes passos largos. Posso imagina-lo comemorar por poder andar tão rápido novamente. Suas mãos vão para os bolsos da jaqueta, e seus ombros encolhem pelo frio. Balancei a cabeça em negação enquanto sorria, que até me esqueci do que estava acontecendo.

Me odiei por ter esquecido.

Peguei o celular decepcionada comigo mesma, como esqueci deles o dia inteiro? Como que por alguns momentos esqueci de que Niklaus estava sendo torturado?

Disquei o número da Elena e no segundo toque, ela atendeu.

— Caroline. — Chorava forte, com soluços e engasgava as vezes.

— Elena, o que foi? Cadê você? — Perguntei preocupada.

— É o Damon, é a Hayley. Céus, aconteceu muita coisa, aonde você está?

— Aonde você está?

— Estou na porta da nossa antiga escola. — Respondeu com dificuldade, de tanto que chorava.

— Estou chegando, fica ai.

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Niklaus estava fraco, com fome e com frio. Seu corpo tremia na cadeira, e seus lábios estavam ressecados e com sangue. O rosto com mais hematomas, indicava que ele apanhou mais. Camisa suja, e olhos cansados.

Tyler estava sentado em uma cadeira, na frente do Klaus,. Suas mãos, estavam machucadas, provavelmente de tanto bater no homem. Escutou passos descendo as escadas, e olhou por cima do ombro do Niklaus vendo Enzo aproximar-se.

— Aonde estava? — Perguntou levantando-se

— Estava com uma tal de Caroline. Loira, um metro e sessenta, olhos azuis..

— Caroline. — Niklaus sussurrou fraco, quase sem voz.

— Ela é uma ótima companhia. — Parou ao lado do Tyler.

— Eu a conheci na ilha, por isso esse idiota me desafiou. Por causa da loirinha.

— Arrumaria uma grande briga por ela também. Foi compreensiva, e aceitou tudo, pela liberdade dele.

— Negociando sem mim? — Sorriu brincalhão. — Espero valer a pena.

— Preciso ir atrás da minha recompensa não é? Ela não me daria uma chance, se ainda estivesse com o que ela quer.

— Não chega perto dela, desgraçado. — Niklaus falou, fazendo os dois olharem pra ele.

— Já cheguei, Niklaus.

— Eu vou lutar por ela, Enzo.E você sabe disso, já que me sequestrou na porta do prédio dela.

— Prometo nunca dizer isso a ela. — Piscou.


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