Desejos Proibidos escrita por Nika Mikaelson


Capítulo 4
Último dia


Notas iniciais do capítulo

gostei da ideia do Enzo huuuuuuuuum hahahha

boaaaa leituraaaaaaa ♥



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Ainda olhava para a Elena, esperando ela dizer alguma coisa que me confortasse, qualquer coisa. Mas ela não dizia nada, apenas encarava os meus olhos e no fundo, sei que lamentava por tudo isso.

— Você está gostando dele. — Deduziu.

— Estou. E, não sei como aconteceu, eu apenas comecei a sentir.

— Aconteceu com todos esses anos de convivência, Care. Com toda essa proteção dele com você, veio como uma onda de sensações.

— Está mais para um tsunami. — Falei e rimos. — Vamos voltar pra lá.

— É melhor, Damon que mandou eu vir até você. — Começamos a caminhar de volta.

— Tivemos um breve desentendimento, você o conhece.

— Com certeza. Esse ciúmes dele é irritante, mas com você, ele se torna insuportável.

— Sem dúvidas! — Concordei balançando a cabeça.

Quando chegamos, Hayley e Niklaus não estavam mais ali. Damon e Stefan conversavam sentados. Damon com o calcanhar direito, apoiado no joelho esquerdo. Ele parecia aqueles homens dos filmes: rico, bonito e sabia que era as duas coisas. Sempre com um sorriso irônico nos lábios. Stefan não era muito diferente dele, com as pernas da mesma forma e o semblante de que sabia, que era desejado por muitas garotas dali. Ele sempre com os olhos atentos e observando tudo.

— Caroline. — Damon levantou-se, assim que me viu. Seu sorriso sumiu, como o de uma criança some, quando vai levar uma bronca. — Desculpa! Eu fui um ogro, na maioria das vezes eu sou, mas é que eu não consigo te ver com um cara, eu posso ler a mente dele, posso sentir sair pelos poros dele a vontade de transar com você. Isso é irritante! — Passou a mão na testa, tentando se explicar.

— Ele se esforçou, vai. — Elena sussurrou pra mim, indo ao lado do namorado arrependido.

— Tudo bem, mas — Apontei o dedo, sorrindo. Ele me encarou contrariado. — Não faça mais isso! Eu sou bem grandinha pra saber o que eu faço.

— É Damon, ela está crescendo. — Ouço a voz do Stefan, ainda sentado atrás do casal.

— Não me lembre irmão. — Sentou-se, com Elena em seu colo.

— E ela não estava em má companhia. — Stefan completou, incomodando o mais velho. O encarei confusa.

— Sabiam quem era ele? — Sentei no meio dos meus irmãos.

— Sim, claro. — Damon vira os olhos. — Quem não sabe quem é ele?

— Eu. — Eu e Elena respondemos juntas.

— Ele é o filho do Richard Locwood, o rico mais poderoso que existe. Na verdade, Richard é um político, corrupto claro. Ele manda na violência, na paz, na policia e na máfia. Todos fecham os olhos, fingindo não ver, por causa da sua bondade com o povo. Digamos que ele é um, Deus, para todos. Desde ao bem, até o mal. — Stefan explicou, olhando pra mim.

— Quero chegar ao ponto, de que ele é uma boa companhia. — Falei, desentendida. Damon sorriu.

— Boa companhia entre aspas. — O mais velho falou, arrumando a Elena em seu colo. — O pai dele não faz mal a uma mosca, quem faz são seus seguranças. Pode reparar disfarçadamente, homens com escutas nos ouvidos, aqueles fios enroladinhos, sabe? Que aparecem em filmes? Reparem.

Fiz o que meu irmão pediu, e passava os olhos entre todos daquela festa. Ao lado do bar, vejo um, com a escuta e olhos atentos. Continuo reparando, e vejo mais dois perto daquela mesa com comidas. Três próximo a nós, e quatro envolta dele e do Jeremy, que estavam com alguns amigos e umas garotas.

— Não são muitos, para um playboy? — Voltei a olhar para o meu irmão — Pensei que o pai dele fosse um Deus para todos, quem ousaria fazer mal a Tyler Lockwood?

— Sempre tem uma falha no sistema, Caroline. — Dessa vez foi Stefan que falou.

— Tipo o Niklaus. — Damon gargalhou. — Ele seria capaz de acertar um soco na cara dele, aquela hora! Pude ver nos olhos dele. Niklaus odeia ser encarado, odeia que o desafiem e quando Tyler o mediu, o olhando com desdém foi o suficiente.

— E acertaria, se você não segurasse meu pulso. — Escuto a voz do Niklaus, e olho para o lado como um raio. Ele segurava a mão da Hayley, e os dois pareciam estar na paz. Suspirei aliviada por isso.

— Acho que vou pra casa — Levantei, recebendo a atenção de todos. — Estou cansada, e amanhã quero aproveitar já que é o último dia. Por favor crianças, não arrumem confusão. — Sorri.

— Eu te acompanho. — Stefan levantou-se, sempre um cavaleiro.

Quando eu digo, que eu queria um homem feito ele, eu falo do fundo do meu coração. Ele mima uma mulher, como um filho único é mimado. Um doce, é como a brisa fresca soprando, como um sábado ensolarado com os pássaros cantando, ele é leve e agradável. Katherine não era tão louca, por querer proteger ele de todas as ameaças, eu possam destruir os dois.

Damon já era ao contrário, por fora. Demonstrava ser frio, um homem de poucas palavras e na maioria das vezes irônico. Sempre foi assim com as suas namoradas, que não foram poucas. Parece clichê, mas Elena foi a única com a qual, ele abriu seu coração. Eu receio pelo dia em que os dois romperem, ele ficará tão destruído quanto imaginamos.

Meu irmão da o braço pra mim, e eu entrelaço acenando para todos em uma despedida. Faço um esforço, para não ter que encarar Niklaus. Dei as costas com Stefan, e começamos a caminhar de volta para a casa.

— Noite turbulenta? — Perguntou com aquele sorriso brincalhão no rosto. Impossível não sorrir junto.

— Um pouco, mais do que eu esperava. É bom ter você como amigo. — Deitei no braço musculoso dele.

— Sou totalmente contra vocês dois, nessa situação. Se ele magoar você, eu sou capaz de agir como Damon. — Escutei seus dentes rangerem.

— Ele não tem esse efeito sobre mim, fica tranquilo. Eu só estou precisando descansar mesmo, amanhã é dia de voltar a realidade. — Falei, quando já estávamos chegando na casa.

— E segunda, você irá fazer o que? — Perguntou, referindo ao casamento. Paramos na porta da casa e eu me desencostei dele, ficando na sua frente.

— Vou alugar alguns filmes, comer alguns doces e faltar a um casamento.

— Imaginei. — Beijou o alto da minha cabeça, e voltou a me olhar. — Boa noite, princesa.

— Boa noite, irmão. — Falei já me afastando.

Entrei na casa, e diferente desses dias, ela estava silenciosa.

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Stefan voltava para o Luau, quando viu uma pessoa andando na sua direção, com passos largos e as mãos guardadas no bolso da bermuda branca. Ele o reconhecia, pelo seu jeito de andar confiante e com o peito estufado. Os dois pararam frente a frente, e Niklaus abaixou a cabeça e logo voltou a olhar, os olhos atenciosos do Stefan.

— Eu sei que você sabe. Eu vejo isso no seu rosto, eu conheço você desde que...

Antes que ele terminasse, Stefan acerta um soco forte no seu queixo, fazendo o loiro cuspir algumas gotas de sangue. Niklaus passa a mão no lábio, vendo que sangrava.

— Você nos conhece, você conviveu conosco e sempre esteve presente em todas as brigas, quando defendíamos ela. Agradeça por eu não abrir a boca para o Damon, agradeça. — Alertou com raiva.

— Stefan, eu não pude evitar. Foi de repente... — Tentava se explicar, cuspindo sangue mais uma vez.

— Diga que não estava indo atrás dela agora.

— Eu estava. — Falou sério. — Eu e ela precisamos conversar, cara. Eu adoro a sua irmã, nunca faria nada para machuca-la, você mais do que ninguém deveria saber disso.

— Você transou com a minha irmã, Niklaus. — Rangeu os dentes, fechando os punhos.

— O que quer que eu diga, Stefan? Sinto muito? Foi mal, cara? — Abriu os braços. — Eu estou errado, e não tenho o que fazer! Você acabou de me acertar um soco cheio, a última vez que você fez isso foi na escola e jogando futebol, foi sem querer ainda por cima. Espero eu.

— E acertaria outros se fosse possível. O que você quer com ela? Dizer que vai se casar segunda? Que ela foi sua diversão da despedida de solteiro?

— Sua irmão não foi uma diversão. — Aumentou o tom de voz, irritado.

Dava pra ver, que Niklaus falava com sinceridade, ele estava sendo verdadeiro, a pureza nas suas palavras eram inegáveis. Seu peito descia e subia, com a respiração descompassada. Do seu lábio, ainda saia um pouco de sangue, do corte que havia feito a alguns minutos. Os dois encaravam-se sérios, era uma luta.

— Não toque nela, escutou? — Stefan abriu o caminho. — Não toque na minha irmã novamente.

Niklaus sentiu um gelo na sua espinha, só em pensar em nunca mais tocar a Caroline, em não sentir seu cheiro, sua pele macia e sentir-se aquecido dentro dela. Assentiu com a cabeça, continuando o seu caminho. Ele não iria trair a palavra do Stefan novamente, ele iria cumprir com o que o irmão dela falou.

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Vesti minha camisola, e quando estava preparada para me deitar ouço a porta do andar de baixo bater. Fiquei alguns segundos em pé, para saber quem já tinha voltado. Ouço os passos subir os degraus, dois em dois, até chegar no andar de cima.

Senti medo, por ser alguma invasão, dando alguns passos pra trás até cair sentada na cama. Arrastei-me pela cama, até a escrivaninha pegando o abajur na mão. Ouço os passos de aproximarem da porta, e pararem. Engoli em seco preocupada, com o coração acelerado e a boca seca. Batem duas vezes, e eu suspiro aliviada. Nenhum bandido, iria bater na porta não é? Que tola. Coloquei o abajur no lugar, para evitar constrangimento e pedi para que abrisse.

— Niklaus. — Sussurrei seu nome, enquanto ele adentrava o meu quarto, fechando a porta atrás dele.

— Precisamos conversar sobre isso. Não podemos ficar com assuntos inacabáveis Caroline. — Falou sério, parado no meio do quarto como uma estatua.

Ombros largos, alguns botões da sua blusa social estavam abertos, dando uma breve visão do seu tórax. Seus lábios, que eu adorava tanto estavam levemente inchados, e com um corte fino. Semicerrei os olhos, e fiquei boqui-aberta quando imaginei quem fosse.

— Stefan. — Ele falou, tirando a minha dúvida de ser o Damon.

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Senti meu peito doer, em vê-lo machucado. Em saber que alguém o acertou com um soco e ele sentiu dor. Que ele sangrou.

Levantei da cama.

— Vou ser breve. — Ele disse, passando a língua entre os lábios, talvez escolhendo as palavras. — Eu amo a Hayley, isso é óbvio vou me casar com ela. E sei o quanto isso dói em você, porque também está doendo em mim. Eu nunca tinha me questionado, se deveria ou não casar. Se eu deveria entregar o resto da minha vida, a ela. Céus, eu tinha tanta certeza Caroline. — Ele dizia calmo e calculista, colocando cada palavra em seu lugar. — E agora, eu não tenho mais. Seria muito infantil, eu dizer que estou apaixonado por você? Caroline, eu estou ficando maluco. — Deu passos largos até mim, estava próximo o suficiente para me beijar. — Diz que eu não sou o único, com essas dúvidas, com essa coisa na minha cabeça.

Encarou o fundo dos meus olhos, como se precisasse da minha resposta, como se quisesse ler o fundo da minha alma. Eu estava assustada, estava com medo de sentir tudo aquilo. Eu não tinha o que dizer.

— Não faz isso. Não faz isso. — Implorei, com os olhos marejados.

— Eu prometi ao seu irmão, que não iria encostar em você essa noite. E eu não vou. Eu só quero saber, se é infantilidade eu estar com as mãos soando, o coração disparado e uma vontade maluca de beijar você.

— Você vai se casar, por favor, não faça isso Klaus. Você não tem o direito de chegar aqui e bagunçar as coisas, de querer mandar em mim, dizer com quem eu saio ou deixo de sair. Você não tem o direito, de balançar as coisas dentro de mim como se fosse ficar! Você está noivo, está prestes a se casar e eu? Eu vou ficar pra trás, quando seu carro escrito "finalmente casados" for embora. Então, qual a necessidade de vir até aqui e dizer as coisas que eu gostaria de ouvir, se você não fosse casado.

Quando terminei de falar, percebi que já estava chorando, que as lágrimas escorriam pelo meu rosto sem parar, era como uma torneira aberta. Sua mandíbula estava pressionada, e seus olhos azuis pareciam o mar do Caribe, com as lágrimas que estavam prestes a cair, mas ele não derrubaria, ele era Niklaus Mikaelson. Ele era lindo, e agora estava mais lindo do que nunca. Eu não queria deixa-lo sair por aquela porta, era como que se ele saísse, nunca mais voltaria e por um lado, era verdade. Era exatamente isso que iria acontecer.

— Caroline. — Ele levantou a mão, em seguida abaixou. Ele não queria trair o meu irmão. Percebia no seus olhos, que ele queria me tocar. — Me diz o que eu devo fazer, e eu faço, mas não me afaste de você. Estou pedindo!

— Vai embora Niklaus. — Falei firme, limpando as lágrimas. — Vai embora, por favor.

Ele deu as costas, sem dizer nada e girou a maçaneta. Meu coração esfarelou-se nesse instante, e eu tive vontade de correr até ele e implorar para que ficasse. Ele abriu um pouco a porta e deu uma parada, antes de abrir o resto. Terminou de abrir, e saiu, deixando-a aberta. Deixando eu ouvir seus passos distanciarem de mim, ouvindo eles descerem a escada e após alguns segundos a porta bater com força, ele estava voltando pra ela. Para o lugar de onde ele nunca deveria ter saído, e eu, estava pra trás, como eu disse a ele.


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