Desejos Proibidos escrita por Nika Mikaelson


Capítulo 13
Elijah


Notas iniciais do capítulo

Gente, desculpem, tive problemas familiares!!!!
Estou de voltaaaaaaaaaa rs
vamos lá, preparados?



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Pov Caroline

Sentia um vazio dentro de mim, um buraco enorme, um vácuo. Não tinha o que fazer, nem para onde correr, o que restava era aceitar o fato de que eu o perdi. Talvez, tenha o perdido há muito tempo, tenha o perdido desde o dia em que resolvemos dormir juntos, talvez tenhamos estragado tudo.

Eu preferi ficar sozinha, no meu apartamento, que já estava até escuro de tanta solidão que canalizava ali. Estava completamente ajeitado, mas ao mesmo tempo bagunçado, a minha bagunça. Os pensamentos voando da sala para a cozinha, da cozinha para o quarto. As imagens coladas na parede, e o desespero já batia na minha porta, mas eu não vou atende-lo.

Pela décima vez, olhei para o meu celular, tendo o mesmo resultado: não ligou e não retornou as mensagens.

O que eu havia feito?

Eu estava indo tomar café, com o homem que o sequestrou e provavelmente o agrediu. Meu celular vibrou entre as minhas mãos, e eu senti meu coração bater forte contra o meu peito. Vejo o nome da minha mãe no visor. Respiro fundo, antes de atende-la.

– Olá mamãe. - Atendi, tentando não demonstrar a voz chateada.

– Nossa! Graças a Deus um dos meus filhos me atendem. - Começou indignada. - Stefan sempre cancela, ou quando atende diz que está ocupado. Damon não se da ao trabalho nem de atender, já deixa cair na caixa postal que devo dizer são assustadores. Esses dias mesmo, fiquei com medo! O que seu irmão mais velho tem na cabeça? - Foi impossível não sorrir da sua indignação com o Damon.

– Não sei, você que deveria saber. - Brinquei, e ela sorriu do outro lado da linha. - E você e o papai, como estão?

– Seu pai, rum. - Reclamou. - Só sabe ficar assistindo esse futebol chato e bebendo as cervejas dele. O que foi Giuseppe? - Atacou, sabia que ela falava com ele. - Não adianta olhar assim, eu sei que é verdade.

– Ah Liz, deixa de ser chata. - Ouço ele murmurar.

– Que saudade de vocês! - Assumi, relembrando de como era bom morar com eles.

– Poderiam nos visitar, não é? Peço isso há meses. - Pediu manhosa e eu ri.

– Sim, vou falar com os meninos. Podemos ir nesse final de semana.

– Eu iria adorar! Ah, como iria amar! Nossa, poderiam vir sim. Que horas embarcam? - Perguntou eufórica.

– Vou ver hoje e te aviso. Tudo bem?

– Tudo ótimo! Mas, agora me diz, o que houve com você?

– Comigo? - Perguntei confusa. - Comigo nada.

– Pode estar do outro lado da linha, mas eu conheço a minha filha há vinte e um anos sei quando a voz não está boa. Diz, o que aconteceu? - Perguntou firma, eu soltei o ar rendendo-me.

– Nada que já esteja resolvido. Estou precisando mesmo viajar.

– É, mas Roma é um lugar romântico para quem quer esquecer alguém. - Nós rimos. Como ela sempre sabia? - Falando em romantismo, e seus irmãos com as meninas?

– De sempre, mamãe. De sempre!

– Stefan continua sendo um idiota?

– Ah, mas como gosta de falar. - Meu pai murmurou novamente. - Deixa o garoto!

– Deixa nada! Aquela garota faz o que quer com ele, Giuseppe. Eu deveria ter avisado, deveria!

– Ninguém me avisou também. - Ele riu alto, e eu também ri.

– Mamãe, preciso resolver algumas coisas. Posso ligar mais tarde?

– Claro! Mas retorna querida, estarei aguardando. E seja lá o que está deixando seu coração triste, lembre-se de que o mundo é grande e o tempo é sábio.

– Obrigada, mamãe. Beijos, eu te amo.

– Também te amo, minha filha. Mande um beijos para os seus irmãos, e fala pro Damon trocar a caixa postal dele. Beijos!

Desliguei o telefone rindo. Sentia falta dos meus pais, ele se amavam tanto que até as discussões eram engraçadas. Era como se eles não conseguissem se agredir nem com palavras, a forma que ele sempre tentava amaciar a situação, ou ela, querer evitar as coisas. Eles trabalhavam juntos nisso, e era a coisa mais bonita que eu já vi.

{...}

– Alô? Alguém em casa? - Entrei na casa do Stefan procurando por alguma alma-viva.

– Já vou! - Ouço a voz grossa do meu irmão, no andar de cima.

Sentei no sofá, encostando minhas costas e inclinando minha cabeça pra trás. Fechei os olhos, e voltei a me martirizar.

Não durou muito tempo, até ouvir os passos vindo por trás. Mantive os olhos fechados, não queria encara-lo.

– Mamãe ligou. Estamos intimados a ir pra Roma.

Ele não respondeu e eu sorri. Eles sempre mudavam de assunto quando o assunto era ir até lá, nunca vi irmãos tão preguiçosos.

– Ouviu? - Abri os olhos, virando meu pescoço.

O que vi, não foi meu irmão mais novo.

Foi Niklaus.

As mãos nos bolsos da frente, a social branca um pouco amassada e os olhos espremidos.

– Niklaus! - Levantei rapidamente.

– Fique ai. - Ordenou.

– Eu...

Ele colocou o próprio dedo indicador nos lábios, pedindo silêncio. Meus olhos já ardiam, mas ele estava tão frio, que eu poderia sentir o gelado batendo contra o meu corpo.

Niklaus olhou para a escada, e Stefan desceu.

– O que falou da mamãe? - Perguntou, andando até mim.

– Vamos visita-la. - Dei um sorriso forçado para o meu irmão, que me deu um abraço forte e caloroso, como sempre.

– Jura? - Separamos, e ele fez uma careta. - Damon já sabe?

– É sério. Ela está com saudade, e que história é essa de não atende-la?

– Estava ocupado. - Coçou a nuca e sorriu.

– Deveriam dar mais atenção a ela, Stefan. Nossa mãe estava acostumado com todos nós lá, e de repente ficou sozinha.

– Eu sei, eu sei. - Abaixou a cabeça, e logo levantou. -Vamos Klaus? - Olhou para o amigo.

– Estou só esperando. - Ele da os ombros, e eu o encaro mais uma vez. Ele move os olhos lentamente até os meus, e sustenta nosso olhar por alguns segundos até voltar para o meu irmão.

– Ta bom, maninha, vou avisar nosso irmão. Vê as passagens e me manda uma mensagem.

– Que seja. - Dei os ombros. Sempre era a mesma coisa.

– Nós vamos. - Beijou minha testa.

Os dois dão as costas e sai.

Engoli seco e respirei fundo.

{...}

Pov Klaus

– Esse clima, é da minha conta? - Stefan perguntou ao meu lado, enquanto eu dirigia.

Eu sorri forçado, e ele fez o mesmo.

– Não tem clima. Mas, também não é da sua conta. - Rimos.

– Claro que é, ela é minha irmã. O que você fez?

Maneei a cabeça em sinal negativo.

Molhei os lábios, ele queria mesmo saber.

– E se ela for a culpada? - Olhei rápido pra ele, voltando a olhar para a estrada.

– Difícil saber. Você acabou de jogar uma bomba nas mãos dela, não vejo um motivo para ela ter culpa.

– Certo. Ela é sua irmã, eu entendo. - Desisti de falar, ele sempre a defenderia.

– Não. Pode me falar, eu sou seu amigo também. Se não conversar comigo, vai conversar com quem? Damon? - Rimos novamente.

– Ela foi a única mulher que me feriu. A única que me fez querer ser um filho da puta, e agredi-la.

– Niklaus você... - Stefan repreendeu.

– Não! - Respondi incrédulo. - Óbvio que não! Jamais encostaria um dedo dela. Mas eu senti raiva. Lembra do sequestro?

– Sim.

– Bom, é melhor se preparar porque a história é longa...

{...}

Estava quase adormecendo, quando ouço a porta ser aberta. Não me dei ao trabalho de levantar nem mesmo dizer que estava ali. No mínimo Stefan esqueceu alguma coisa, como sempre.

– Eu sei! - Ouço a voz da Katherine. - Não disse nada a ele, está louco? Mas seu irmão me pressionou. Você conhece o Klaus, quando ele quer fazer um inferno ele vira o próprio capeta! - Tampei a respiração, sem nem saber porque e prestava atenção. Ela não notou minha presença, e pelos passos, caminhava para a escada. - Elijah! Escute-me, ele não vai saber! - Coloquei a mão na boca. Elijah? Ele era o irmão mais velho do Niklaus, um dos homens mais sério que eu conheço e charmoso. Tinha tantas mulheres aos seus pés, que era invejável por todos. Mas o que mais era invejável, era a forma que se vestia bem e era um homem sedutor. Não acredito que ela estava saindo com o irmão do Niklaus. - Eu quero apagar esse capítulo da minha vida. Podemos nos encontrar?...Combinado então...Pelo jeito eles vão viajar esse final de semana...Sim, ai podemos nos encontrar...Ok. Até logo.

Senti meu sangue ferver e borbulhar entre as minhas veias. Ninguém faria meu irmão de idiota, ninguém.

Levantei, e a vi de costas, desligando o celular e subindo as escadas.

– Quer conversar, Katherine? - Perguntei.

Ela sobressaltou, tropeçando na escada e encostando-se na parede.

Os olhos estavam medrosos, e sabia que se tivesse uma oportunidade ela sairia correndo naquele exato momento.

– Você não sabe! Você não entende! - Desesperou-se.

– Entendo sim! - Falei alto. - Olha aqui garota, ou você conta, ou eu conto. Eu dramatizo bem as coisas, melhor pensar bem.

– Eu não trai seu irmão, Caroline. Não seja imatura! - Cruzou os braços.

– É bom ser sincera com ele. Stefan é muito pra você, Katherine, você deveria saber disso. - Peguei a minha bolsa. - É uma pena, ele ter perdido tanto tempo com uma vadia.

– Caroline! - Ela correu até mim, impedindo que eu saísse. - Por favor!Não diga nada, você não faz ideia do que aconteceu. Se mexer nisso, poderá desenterrar muitas coisas e acabar magoando ainda mais as pessoas.

– Cansei de me importar com as outras pessoas, e deixar os meus irmãos de lado. Não quero saber o que você fez, ou deixou de fazer. É nojento só imaginar. Licença Katherine.

{...}

Pov Klaus

– Ual. - Stefan encostou a cabeça no banco. - Nossa, que maluquice. E eu pensando que você que a magoaria. Desculpa amigo, mas essa puxou o Damon. - Riu, e eu sorri. - É brincadeira. Mas, deveriam conversar e você saber o real motivo do porque ela estava ali. Não estou defendendo, confesso que estou magoado com a atitude dela. Você enfrentou o Damon, enfrentou a mim e enfrentou até a Hayley por ela, não deveria desistir tão fácil. O pior já passou, agora é só aprender a conviver.

– Você já aprendeu a conviver com a Katherine? - Perguntei não escondendo a curiosidade.

– Como assim? - Pareceu confuso.

– Você a ama? Confia nela?

– Claro. - Falou óbvio. - Se não, não namoraríamos.

– Deveria ter cuidado.

– Isso é um aviso ou algo que está escondendo?

– Eu amo você, cara. Mas deveria ligar pra ela.

– E o que deveria dizer exatamente?

– Do por que ela precisou de um advogado, há dois meses atrás. - Respondi, evitando olha-lo.

Ele tinha que saber, já estava na hora.


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