Desejos Proibidos escrita por Nika Mikaelson


Capítulo 10
Katherine Gilbert


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, tudo bom com vces?
Então, alguns comentários eu não respondi e peço desculpas, mas vou responde-los agora. Estou um pouco enrolada, e com dificuldade para postar.
Apartir de segunda, ficarei 10 dias ausente, então vou fazer o maximo para postar todos os dias pra vocês.
Provavelmente, irei perder diversas leitoras e leitores devido a ausencia, mas quero que saibam que voltarei a escrever assim que passar esses dez dias, e aos que ficarem, ficarei extremamente feliz ♥

Boa leitura!



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Elena estava sentada em um dos bancos do aeroporto. Uma parede de vidro ao seu lado, dava a visão dos aviões enormes; alguns decolando e outros pousando, ou apenas taxiando. Os barulhos das turbinas só eram ouvidos, se fizesse um pouco de esforço para prestar atenção. Saindo do desembarque, ela vê sua irmã gêmea.

Eram idênticas pela aparência, exceto o cabelo enrolado que Katherine adotou após ser diversas vezes confundida com a irmã. Mas era a cara dela, uma mulher rebelde cujo os pais tiveram muito trabalho. Por dentro, as duas eram completamente diferentes; a irmã era manipuladora e calculista, muitas vezes venenosa, e para conseguir o que queria era capaz de passar por cima de qualquer pessoa. Porém, Katherine zelava seus amigos e sua família, defendia com unhas e dentes.

Elena levantou-se já andando na direção da irmã, que arrastava uma mala cinza de rodinhas, que foi largada no instante em que correu até os braços da sua gêmea.

– Que saudade, Lena! - Sorriu, com os olhos marejados. - Céus, você está péssima, que olheiras são essas? Hum, deixa eu adivinhar, o Salvatore? - Ergueu a sobrancelha.

– Você acabou de chegar, podemos apenas conversar em como foi passar meses longe? - Pediu manhosa, e a irmã sorriu.

– Não tenho mutias novidades sobre a viagem. - Comentou, já caminhando ao lado da Elena. - Estudei, conheci algumas pessoas e morei na casa de dois religiosos. - Suspirou. - O mais próximo que cheguei em fazer uma festa na casa deles, foi quando a filha Sara de quinze anos, fez uma festa do pijama. Foram duas amigas, fizeram gelatina e dormiram antes das dez. Sorte que a janela era no térreo.

– Fugia da casa deles? - Riu, ouvindo a história.

– Era necessário, precisava respirar outros ares a não ser aquele desinfetante agressivo a minha pele. - Fez uma careta e sorriu.

– Senti sua falta, Kat. - Assumiu.

– Eu sei, irmã. Eu também senti a sua.

{...}

Pov Caroline

Desci as escadas apressada, na casa do meu irmão, com uma fita roxa em minhas mãos.

A sala já estava toda decorada, com fitas presas no teto, um enorme arco escrito Bem-Vinda Katherine e uma mesa com muitas bebidas. Com a ajuda dos meus irmãos e do Niklaus, terminamos a tempo.

– Ufa. - Respirei fundo, colocando as mãos na cintura vendo nosso trabalho pronto.

– Agora é só esperar a gêmea má chegar. - Damon sorriu, sentando-se no sofá.

– Lembro-me bem, que dizia que Katherine era interessante, irmãozinho. - Stefan cutucou, e o mais velho riu.

– Interessante para estudos, em como poderia ser possível uma gêmea ser um doce e a outra um café preto amargo.

– Vocês dois também não são parecidos. É como a Elena e a Katherine. - Niklaus deu os ombros, e sorriu pra mim.

Seu sorriso era tão bonito, que por um segundo eu só o enxergava e não ouvia mais nada o que eles falavam.

– Olha quem chegou! - Elena abriu a porta, dando passagem para a irmã.

Eu pessoalmente, não gostava da Katherine. Só em olhar para a sua cara, dava pra ver que era competitiva e vingativa, seu semblante era sempre esnobe e olhava as pessoas com desdém. Algumas pessoas a achavam sexy, outras uma vaca manipuladora, eu, apenas a aceitava por ser namorada do meu irmão mais novo e irmã da minha melhor amiga. Éramos amigas na maior parte do tempo, já brigamos para defender uma a outra, mas também já brigamos feio entre nós duas. Odiava forma que meu irmão vivia aos pés dela, e como ela o tratava como capacho. Tirando isso, não tinha nada contra.

– Amor! - Stefan sorriu empolgado, pegando a namorada que correu para os seus braços no colo.

Ela depositou vários beijos em seu rosto, pupilas, lábios e todos os lugares que seus lábios alcançavam. Ele a colocou no chão, e deram mais um abraço apertado.

– Tudo bem, tudo bem, foram só alguns meses. Que isso! - Damon olhou incrédulo, e virou os olhos.

– Está com inveja, cunhado? - Sorriu brincalhona. - Fica tranquilo, daqui a pouco vamos conversar sobre as olheiras da minha irmãzinha.

– Katherine! - Elena repreendeu.

– O que foi? - Deu os ombros, despreocupada. - Vou saber por bem ou por mal. - Virou para o Damon novamente. - Espero que não seja nada grave.

– A única coisa grave,é o que vai acontecer se não pararem com esse mel e começar a beber logo. - Soltou o ar tedioso pelo nariz.

– Oi Care. - Abraçou-me forte, e sorrimos uma pra outra. - Diferente da Elena, sua pele está boa. Quem é o da vez?

– Sempre sendo inconveniente. - Damon cantarolou, servindo-se com uma dose.

– Acabou de chegar, e já quer causar discórdia Kat? - Elena brincou, e todos riram, exceto Damon.

– Só uma pergunta. - Olhou para o Niklaus. - Cadê a noivinha? Como foi o casamento?

– Não teve casamento. - A abraçou, e quando se separaram Katherine o encarou confusa. - Nós não casamos.

– Ainda bem, não gostava muito dela. - Deu os ombros. - Algumas coisas são livramento, amigo. - Bateu no braço dele sorrindo.

Niklaus dividiu a atenção entre eu e ela, com um sorriso sem graça, mostrando as suas covinhas.

– Katherine! - Stefan trincou os dentes. Todos já estavam constrangido o suficiente por hoje.

– E de quem você gosta, Katherine? - Niklaus perguntou, cruzando os braços, fazendo eu nota-los fortes e a manga da blusa agarrar neles. Engulo em seco, segurando o desejo.

– De mim. - Sorriu sem mostrar os dentes, caminhando até a garrafa de uísque.

– E como foi a viagem, amor? - Meu irmão perguntou, e todos prestaram a atenção na Katherine.

Seu semblante mudou, mas eu parecia ser a única a ter notado isso. Seu rosto corou, e sua boca mexeu preocupada. Colocou uma dose no seu copo, e virou com um sorriso falso pra nós.

– Ao meu retorno! - Levantou o copo e todos sorriram. - Bebericou, e eu senti que ela escondia alguma coisa.

Katherine poderia ser o que fosse, mas uma coisa que ela não era, isso seria santa.

{...}

– Está doido? - Atendi o telefone na varanda da casa do meu irmão, multando a pessoa na outra linha. - Se alguém ver você me ligando, ou ouvindo nossa conversa estou ferrada!

– Ah, loirinha. - Enzo disse preguiçoso do outro lado, sua voz ficava mais rouca ainda no telefone. - Não seja má comigo.

– O que você quer? - Perguntei mais calma, curiosa para saber o do por que da sua ligação.

– Fui alimentar os patos hoje, e me disseram que queriam te ver.

– Hoje não da. Seus pretzel vai ter que esperar, minha cunhada acabou de chegar de viagem. - Falei baixo, certificando se alguém escutava nossa conversa. - Não posso falar agora.

– Olha que eu sou bem convincente. - Ameaçou com uma voz tentadora.

– Ah, não sou suas namoradinhas que você usa a língua para conseguir o que quer, Enzo. Já sei suas histórinhas. - Sorri baixo, e ouço ele rir do outro lado da linha.

– Talvez devesse experimentar, sem nada em troca, apenas por curiosidade.

– E quem disse que estou curiosa? - Semicerrei os olhos, esperando sua resposta.

– Ainda lembra disso. Com certeza questionou-se o que eu faço ou como faço. Se não, já teria esquecido dessa história.

Engulo em seco, e fecho os olhos envergonhada. Mordi os lábios antes de falar, e respirei fundo.

– Caroline? - Escutei a voz do Niklaus e desliguei o celular imediatamente.

– Oi! - Virei rápido, colocando o celular em meu bolso.

– Estava falando com quem?

– Uma amiga. - Menti, caminhando até ele.

– Amiga. - Murmurou.- Seu irmão quer conversar comigo, estou sentindo que não é coisa boa.

– Como assim? - Preocupei-me, encarando os olhos verdes que não estavam felizes. - Ele já nos aceitou, não aceitou?

– Pelo jeito não. - Segurou em minhas mãos. - Damon não é tão fácil assim. Parece que quer eu passe por provas de fogo.

– Niklaus.. - Senti meus olhos arderem.

– Passarei por elas. - Garantiu. - Mas não passarei por cima do que ele pedir, anjo. Digo - Consertou-se. - Vou fazer o que estiver ao meu alcance por nós. Não se preocupe, vamos comprar mais cerveja e logo retornaremos.

– Não deixe que ele o intimide Niklaus. Por favor, não ouça as coisas que ele fala. Nós estamos tão bem.

– Sou o Klaus, anjo. - Deu uma risada gostosa, que foi impossível não sorrir junto.

Aproximou seu rosto do meu, e senti a sua loção pós-barba. Seus lábios encostaram delicadamente em meu rosto, e foram até o meu ouvido.

– Eu volto, pra você. - Prometeu, e beijou minha bochecha novamente.

{...}

Damon brecou o carro em uma rua sem movimento, e virou o corpo para o Niklaus que continuava encarando a rua, e sorriu irônico quando ouviu o motor ser desligado.

– Não sei o que você quer que eu faça, Damon. - Virou o rosto para o amigo, que o encarava sério.

– Não quero vocês dois juntos, Niklaus. É repugnante essa ideia.

– Repugnante? - Levantou as sobrancelhas, dando uma risada falsa. - Damon, repugnante é você querer controlar a sua irmã.

– Mas, não é ela pra quem estou pedindo para manter distância.

– Está querendo pedir para que eu fique longe?

– Não é bem um pedido.

– Por curiosidade, e se eu não ficar longe dela? O que você vai fazer?

– Você não percebe que vai destruí-la? - Cuspiu as palavras. - Você foi capaz de trair sua própria noiva dias antes do casamento, foi mentiroso o suficiente para permanecer lá com a Hayley, enquanto a minha irmã era obrigada a ver os dois aos amasso. Não percebe Niklaus? Que você não é o bastante pra ela. Quero que seja sincero, não acha que ela merece alguém melhor do que você?

Os olhos do Niklaus arregalaram-se, surpreso pelas palavras do amigo. Roçou um lábio no outro, e sorriu sem mostrar os dentes, desacreditando das palavras do Damon.

– Você é o bastante para a Elena? - Perguntou depois de alguns segundos em silêncio.

– Não. - Assumiu. - E é por isso, que digo a você para ficar longe dela. Eu fiz Elena sofrer, chorar e quase destruí tudo. Eu fui ao fim do poço.

– E eu o busquei, e você está pedindo para desistir da garota que eu estou apaixonado, Damon. Você sabe que sua amizade significa muito pra mim, e está usando isso contra mim.

– Niklaus. - Falou firme. - Você é meu melhor amigo, mas, ela é minha irmã mais nova. E eu não quero a encontrar um dia em seu apartamento chorando, se remoendo. Não vou suportar a ideia de que você a magoou, e nossa amizade naturalmente vai acabar. Se você pisar na bola, eu não sei do que sou capaz. Quer ficar com ela? Tudo bem. Tem certeza, de que é o bastante pra ela? Que não vai magoa-la? Que ela estará protegida com você?

– Não posso prometer coisas que acontecem, Damon.

– E será nessa hora, que perderá minha amizade. E eu não quero isso.

– O que você não quer, é eu e sua irmã juntos. - Rebateu irritado.

– Eu quero o melhor pra vocês dois. E você sabe que eu tenho razão, não sabe?

Niklaus calou-se, olhando pra frente e em seguida virando para o amigo que ainda o encarava. Damon não estava maldoso, nem com seu sorriso irônico nos lábios, ele falava sério, com uma sinceridade que Niklaus só havia visto uma vez, quando ele decidiu pedir Elena em namoro.. Só Deus sabe, o quanto isso foi uma decisão delicada.

– O que vou dizer a ela? - Abaixou os olhos, e Damon suspirou encostando-se no banco.

– Não queria magoa-la.

– Ela irá se magoar, Damon. Da uma chance, deixa eu provar que posso ser bom pra ela.

– Você pode? - Virou o rosto sério. - Posso dar essa responsabilidade pra você?

– Pode! Eu estou apaixonado por ela.

– E se eu disser que a Hayley está grávida, ainda continuará com essa decisão?

{...}

Pov Caroline

– Fico feliz que tenha aceitado comer um pretzel. - Enzo sorriu empolgado ao meu lado, dando a primeira mordida no seu pretzel. - Por que está com essa cara? Pegou ele na cama com outra?

Virei os olhos e olhei pra ele com um olhar reprovador. Quando queria, Enzo conseguia ser um péssimo amigo.

– Não sei porque pedi para encontrar você.

– Confia em mim. - Ele piscou, e nos sentamos em um banco próximo.

– Meu irmão não quer nós dois juntos. Pensei que as coisas estavam boas, mas de repente...

– Tudo desmorona. - Completou a frase, e eu concordei. - Só reconstruir novamente, loirinha.

– Fácil falar. Com quantas garotas já namorou? - Olhei pra ele, que pareceu ficar pensativo.

– Defina: namorar. - Rimos. - Uma vez. Era novo, não conta. - Deu os ombros.

– Claro que conta. Quero saber! Usou a língua para fazer com que ela aceitasse?

– Está pensando muito na minha língua, hein.

– Não seja idiota. - Sorrimos. - E então...

– Estávamos no colegial, e ela era líder de torcida e eu do time de lacrosse. Irônico não? Saímos juntos algumas vezes e eu a pedi em namoro. Estava completamente apaixonado por ela, e ela por mim. Não é se convencendo, mas sou irresistível. - Falou garboso e logo continuou. - Teve uma festa, e eu pedi para que ela fosse com alguns amigos meus na frente e com uma amiga dela. A carne foi fraca e eu estava prestes a trai-la. Eu fiz. Eu transei com outra pessoa, e quando estava a caminho da festa recebi a ligação do pronto-socorro, já que meu número era número de emergência dizendo que ela estava em estado grave no hospital, após um acidente. Eu nunca corri tanto com o meu carro. Quando entrei no quarto. - Deu uma pausa, e eu sentia meu peito apertar a cada palavra dele, sentindo algumas lágrimas querendo escorrer pelo meu rosto, pelo tom de dor da sua voz. - Ela estava machucada, irreconhecível. Respirava por aparelhos e os enfermeiros diziam que era um milagre, que ela foi a única sobrevivente. Estava em um coma induzido. Segurei em sua mão, e ela moveu um pouco os dedos. Mas logo os aparelhos começaram a apitar, e três enfermeiras entraram na sala e afastou-me dela. Fiquei desesperado, foi assustador. Gritava pra elas, dizendo que ela estava bem, que apertou a minha mão, mas ninguém parecia me ouvir. Chamava por ela, porém não movia um músculo e nem abria os olhos. O médico entrou, e antes de aplicar a injeção, os aparelhos cardíacos apitaram em um som só. Ele conferiu a pulsação dela, e olhou para o seu relógio de pulso, dizendo a hora para a enfermeira. Ela faleceu.

– Enzo! - Coloquei as duas mãos na boca, ao digerir suas palavras.

– Nunca contei isso a ninguém. Por isso eu falo, use as oportunidades, Caroline. Se ele desistir de você, só por quê o irritante do seu irmão quer, ele é um covarde e não merece você.

– Difícil é passar por cima do irritante do meu irmão. - Abaixei a cabeça, ainda pensando na história do Enzo.

– Eu passaria.


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