How I Met Your Father escrita por ericatron


Capítulo 2
Capítulo 2 - Assassinato no Expresso de Hogwarts parte 2




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Harry, seu tio Pedro era um garotinho pequeno, gorducho e, verdade seja dita, muito parecido com o rato que segurava na mão. Ele ter sido a primeira pessoa a entrar no meu vagão me fez questionar a história do meu tio sobre esse lance todo de que a pessoa que você conhece no primeiro dia será seu amigo pra sempre.

Eu realmente não estava interessado em ser amigo do garoto do rato morto. E, bem, eu realmente não fiquei amigo dele naquele dia, mas, como você sabe, acabamos realmente ficando amigos.

Sabe, acho que amizade no fim das contas tem mais a ver com aceitar os defeitos do que admirar as qualidades da pessoa.

Mas a história de como eu me tornei amigo de Pedro Pettigrew fica pra outra hora.

– Com licença - Um garoto do primeiro ano tinha aparecido na porta. Usava roupas de segunda mão, segurava um malão surrado e (não conte a ele que eu admiti isso) tinha um cabelo muito irado. - Posso me sentar aqui? Tem uma fumaça muito estranha no vagão que eu estava.

Como eu disse, os alunos do primeiro ano são os únicos que pedem licença para entrar no vagão quando tem pouca gente nele.

– Claro - eu disse. Pedro também assentiu e o garoto se sentou ao lado dele, de frente para mim.

Sabe, havia mais um motivo para Remo Lupin ter resolvido se mudar para o meu vagão aquele dia: era o que estava mais vazio. E Remo nunca se sentiu muito bem na multidão.

Durante algum tempo eu e seu pai achávamos que ele tinha algum tipo de flatulencia.

– O que houve com o seu rato? - perguntou Remo educadamente, observando Pedro que ainda encarava, desesperado, o rato desfalecido.

– Alguém o matou enquanto eu não estava olhando - disse ele, arregalando os olhos e olhando ao redor como se esperasse que o assassino fosse aparecer em algum assento vazio do vagão.

– Posso dar uma olhada?

Pedro entregou o rato para ele e Remo o colocou com cuidado no colo. Depois, pressionou suavemente o peito do bichinho e manteve o dedo por alguns segundos.

– Ele está vivo - disse.

– O QUÊ? - exclamamos Pedro e eu ao mesmo tempo.

– Veja - disse Remo - Acho que ele está engasgado.

E com os dois indicadores ele pressionou a barriga do rato algumas vezes até um caroço de feijoezinhos de todos os sabores voar da boca do animal. Automaticamente, o rato começou a se mexer e respirar.

Pedro o pegou, encantado, e o segurou junto das vestes.

– Obrigado - disse, num tom de quase adoração. - Muito obrigado. Eu nunca mais vou me descuidar novamente.

(Três semanas depois o rato estava morto, envenenado por

uma poção para curar furunculos que tinha dado errado)

– Bom... - ia dizendo Pedro, quando outro garoto do primeiro ano apareceu. Ele abriu violentamente a porta do vagão e disse:

– Foi aqui que trouxeram o rato morto?

Sim, Harry, esse era seu pai. Mas para entender por que ele estava atrás do rato morto de um garoto estranho temos que voltar um pouco.

...

Enquanto eu estava dignamente sentado em meu vagão vazio, Tiago Potter estivera andando pelo corredor e procurando a tia do carrinho de doces.

Foi quando ele ouviu o grito.

– MEU RATO!!!

Acontece que ele ouviu isso logo depois de ter passado por um trecho do trem em que a misteriosa fumaça alucinógena estava particularmente densa e, bem, o seu pai sempre foi fraco pra essas coisas.

Naquele momento, ele estufou o peito, empunhou a varinha, e disse:

– Eu preciso investigar o caso.

Primeiro passo: colher informações

– Com licença - disse ele para uma garota que passava pelo corredor - que gritaria foi essa?

– Sei lá... parece que alguém matou o rato de um menino.

Assassinato?, ele pensou.

Não sob minha vigia!

Então seu pai jurou encontrar e desmascarar o assassino.

Seguiu pistas atrás de pistas, evidências atrás de evidências, até chegar ao lugar onde estava a vítima: o nosso vagão.

– Na verdade ele está bem vivo - disse Pedro, se levantando. - Bom, vou indo agora. Todas as minhas coisas estão no outro vagão. Obrigado novamente.

– Tchau - dissemos eu e Remo. Pedro passou pelo seu pai e foi embora, sem imaginar que havia acabado de conhecer a pessoa que ele mais idolatraria na vida.

Quando Pedro saiu, a única coisa que eu consegui fazer foi olhar para Remo e começar a rir. Ele olhou para mim de volta e tentou se segurar, mas depois soltou uma risada como se desaprovasse o fato de estar rindo daquilo mas não pudesse evitar.

Eu viria a ouvir essa risada muitas vezes dali pra frente.

Quanto ao seu pai, simplesmente virou as costas e saiu.

E essa é a história de como eu conheci o seu tio Remo.


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