Another Hermione escrita por Mrs Rainbow


Capítulo 15
15 - Não irei para a SUA lista.


Notas iniciais do capítulo

:D Espero que gostem!



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– Mione... – Senti alguém me cutucando enquanto eu dormia e tentando falar suavemente.

– Me deixa, Jay. – Resmunguei enfiando o rosto nos braços e voltando a dormir.

– Mione, você está babando. – Murmurou risonha a pessoa.

– Eu vou te bater se não... Se não me deixar dormir. – Balbuciei meio acordada.

– Ah, cai fora, Aluado. HERMIONE POTTER! – Acordei de supetão olhando ao redor com os olhos arregalados, pisquei várias vezes até raciocinar que eu ainda estava na biblioteca com os marotos. Bocejando, eu olhei feio para Sirius.

– Trasgo. – Murmurei e funguei coçando os olhos. – O que eu perdi? – Voltei a folhear os livros sobre animagia enquanto James, Sirius e Remus riam. Pedro só não riu porque está quase dormindo sobre os livros.

– Nós descobrimos tudo o que faltava para se tornar um animago, você fez 85% do trabalho já. Mas descobrimos outras coisas importantes. – Murmurou Sirius se espreguiçando na cadeira e afrouxando a gravata, terceira semana em Hogwarts e nos horários vagos ou madrugadas nós descansávamos? Não... James acha que precisamos encontrar qualquer fodendo informação sobre animagia, nem mesmo que seja como cagar quando se está em modo animal! – Uma delas é ficar com uma folha de mandrágora na boca por um mês.

– Fácil. – Suspirei. – Depois eu me lembro do feitiço para colar a folha no céu da nossa boca por 31 dias.

– Tem um feitiço assim? – Perguntou Pedro grogue.

– Pior que existe. – Confirmou Remus, ele estava pálido e com olheiras, a lua cheia já estava chegando. O que aconteceu nessas últimas semanas? Sirius e James ficaram em detenção porque foram pegos aos beijos com diferentes terceiristas em diferentes armários de vassouras, Pedro decidiu tentar fazer dieta, Remus também – para minha raiva – quase foi pego se atracando com uma sirigaita do terceiro ano. Eu? Bem, Sirius parece muito empenhado em me beijar para me colocar em sua lista. Ele disse que é porque se ele fizer vai ficar famoso por ter pego a intocável Potter.

Se isso me irritou?

Eu o deixei dançando por horas até se desculpar, e quando alguém tentava fazer um contrafeitiço para ajuda-lo, eu azarava a pessoa. A não ser que essa pessoa fosse Minerva, quando ela lançou um contrafeitiço e me deu uma detenção indo embora, eu o azarei novamente e ele choramingou se desculpando. Foi um dia legal, mas ele ainda não desistiu.

– É muito complicado, mas com poções e feitiços nós iremos conseguir. – Falou James convicto, sorri para ele e estralei os dedos e o pescoço. – Agora... Em que animal vocês querem se transformar?! Eu quero um dragão! – Eu ri imaginando James se transfigurando em um dragão.

– Eu quero virar um hipogrifo, imagina que foda! Eu ia voar por cima de Hogwarts e então jogar o seboso no campo de quadribol. – Falou com um sorriso malicioso na cara, rolei os olhos com isso. Eu decidi que não iria interver nas ações deles, eu pensei que esses pequenos e odiosos detalhes eram essenciais para o futuro de algumas pessoas, como do Harry por exemplo. Mas é claro que se ficasse violento eu puxava a orelha de todos, e isso inclui Severo também. Porque ele também não é nenhum santo! Ele geralmente tenta azarar James e Sirius, mas ambos são bons em duelos. Falando em duelos, o clube para treinar foi aberto, eu e os meninos vamos participar, para mim vai ser apenas passatempo e para não perder o jeito.

– Eu espero me transformar em algo legal... Como numa acromância! – Falou Pedro um pouco mais desperto, eu ri negando com a cabeça me lembrando de Ronald e seu medo de aranhas.

– E você, Mione? No que deseja se transformar? – Perguntou Sirius se curvando sobre a mesa tentando parecer sedutor, rolei os olhos para ele enquanto Pedro ria e James lhe dava um tapa na nuca.

– Nós não escolhemos o que vamos nos transformar, é algo que vem de dentro. – Murmurei voltando a folhear o livro.

– Então vou me transformar em um leão, porque eu sou foda como um. – James estufou o peito e eu ri de modo nasalado.

– Acho que talvez eu vire uma lontra. – Falei pensativa me lembrando do meu antigo patrono, balancei a cabeça em negação. Meu patrono deve ter mudado também... – Nah, deixa para lá.

– É, deixa para lá mesmo. Que criatura merda para se virar. – Debochou Sirius e eu o olhei ofendida.

– Lontras são inteligentes! E elas dormem de mãos dadas com seus parceiros, está bem? – Resmunguei e todos riram, rolei os olhos e fechei o livro em um baque seco. – Chega de pesquisas, achamos tudo que se precisa e mais um pouco. James, amanhã quero que me empreste a capa para que eu possa pegar ingredientes na estante do Slughorn para fazer as poções, quanto mais rápido começarmos, menos Remus sofre. – Falei coçando os olhos, era bem tarde já que era um dos únicos horários em que realmente podíamos conversar sobre isso sem que a Madame Pince ficasse fungando nosso cangote, Filtch não era um problema de um certo horário a outro, já que ele praticamente tinha uma planilha para checar os alunos fora da cama. O problema era Madame Nor-r-a, mas quando ela chegava, era só acariciar atrás de sua orelha que ela se calava, descobri sozinha num momento de desespero e agora nós usamos quando o diabinho aparecia. Quando abri os olhos depois de os coçar encontrei os olhares perplexos dos meninos. – O que foi agora?!

– Você vai roubar da estante do Slughorn?! – Perguntou Sirius surpreso, o olhei debochada.

– Que isso! Que absurdo! Eu vou na verdade brotar os ingredientes, sabe? Tenho esse poder! Visualizo um ingrediente que eu não acharia em porra de lugar nenhum e ele aparece magicamente na minha mão. – Rolei os olhos e me levantei. – Claro que eu vou afanar.

– Hermione! – Remus falou um tanto perplexo. – Você faria isso apenas para se tornar animaga?

– Corrigindo, eu faria para você não ter que passar pela lua cheia sozinho. – Bocejei e sorri de modo carinhoso o fazendo corar e escancarar mais a boca, dei a volta na mesa dando beijos nas bochechas dos meninos, o último foi Sirius e o mesmo tentou virar o rosto, só que eu pisei em seu pé e ele xingou se curvando. – Boa noite, tentem não ser pegos pelo Filtch. – Peguei os livros das poções que eu precisaria fazer e quase choraminguei ao lembrar que teria que ir para o banheiro na murta que geme, porque sempre no segundo ano?!

Sorrateira, eu andei pelos corredores de Hogwarts.

– Oh, Lúcio... – Ouvi gemidos vindo de um armário de vassouras e tapei a boca com a mão para não rir, sério mesmo que Narcisa e Lúcio estão dando amassos num armário de vassouras?! Que decadência. Vi uma luz no final do corredor indicando uma varinha, mas ela dobrou a esquerda, rindo, eu levantei os livros bem no alto e os soltei fazendo o barulho ecoar pelos corredores. Peguei os livros e saí correndo tentando segurar o riso, fiquei escondida e vi o exato momento em que um monitor da lufa-lufa abriu o armário de vassouras fazendo Narcisa gritar, eu me curvei tentando não rir, tentei pegar ar e isso resultou num barulho horrível.

– Detenção! Os dois! E menos 50 pontos de cada! Onde já se viu?! Transando no armário de vassouras?! – Gritou e eu deixei os livros no chão escorregando para o mesmo tentando não rir, eu até chorava mas nenhum som saía. Olhei novamente e vi o monitor levando com uma mão Narcisa, que estava com a blusa aberta deixando seu sutiã a mostra e saia torta, e com a outra ele carregava Lúcio que estava sem camisa e tentando fechar as calças. Fiquei deitava em posição fetal dando socos no chão e rindo sem nenhum som.

– Que coisa feia, minha pequena. – Sussurrou alguém e eu tomei um susto me sentando, quando eu ia gritar, Rabastan tapou minha boca colocando um dedo sobre os lábios e chiando baixinho. Ele estava perto, e se não fosse pelo fato de que um monitor passou ao nosso lado, eu teria gritado.

Quando o monitor já não estava mais a vista eu dei um tapa no braço de Rabastan, que riu baixinho e se levantou me oferecendo a mão. Aceitei e o olhei de modo feio cruzando os braços.

– Quase me matou de susto, Rabastan! – Chiei baixinho e ele sorriu de lado, rolando os olhos eu peguei os livros novamente. – O que faz acordado a essa hora?

– Eu é que pergunto. – Ele arqueou uma sobrancelha e eu voltei a andar ainda rindo, ele foi me seguindo. – E tenho certeza que não foi apenas para dar uma de empata-foda.

– Não, mas não consegui controlar. – Ri lembrando da cena. – E ainda fiz a sonserina perder 100 pontos! Que delícia.

– Obrigada por isso, por sinal. – Resmungou e eu ri. – Agora ficamos apenas com 20 pontos.

– De nada. – Falei risonha e ele estreitou os olhos para mim.

– Como você não foi para a sonserina? – Perguntou e eu dei de ombros.

– O chapéu seletor queria me colocar lá, mas eu é que não ia ficar aguentando Bellatrix, Narcisa, Malfoy, Nott e Zabini me enchendo o saco. – Dei de ombros e ajeitei os livros na mão, ele os olhou e os tirou dos meus braços os levando com uma mão só me fazendo murmurar. – Exibido.

– Pena, assim passaríamos mais tempo juntos e eu daria mais coisas para com qual foder com Lúcio, vendo que você fica mais bem humorada quando ele se ferra. – Ironizou e eu ri, afrouxei minha gravata me perguntando porque ainda estava com ela, Rabastan não usava uniforme, usava uma calça verde de moletom com listas pratas e uma camisa regata sem manga deixando à mostra seus músculos. – Gostando do que vê, Potter? – Perguntou sedutor e eu olhei para seu rosto vendo-o com um sorriso malicioso na cara, rolei os olhos e ele riu baixinho.

– Convencido. – Murmurei.

– Tem um motivo para isso, olha todos esses músculos. – Rabastan flexionou os músculos e eu coloquei a mão na boca novamente para abafar o riso, ele me deu uma piscadela e eu quase morri de tanto que eu queria rir.

Paramos do cruzamento onde um caminho levava as masmorras e a outra para a torre da grifinória, ele teria que pegar o caminho mais longo, mas o meu eu teria que subir alguns lances de escada para chegar a torre da grifinória. Ele me devolveu os livros e eu sorri.

– Fazendo assim até parece que é um cavalheiro. – Debochei rindo baixinho e ele sorriu de lado fazendo uma reverência exagerada.

– Não fales com tanto sarcasmo, oh, milady de coração gelado. – Galanteou e eu ri rolando os olhos, ele voltou a sua posição normal e sorriu passando a mão pelos cabelos negros. Fiquei na ponta dos pés e lhe dei um beijo na bochecha, claro que ele se curvou um pouco para que pegasse direito em sua bochecha.

– Boa noite, Sir. Rabastan. – Ele riu nasalado com minha imitação fajuta de princesa, ele me deu um beijo na bochecha sorrindo de lado. – Tente não ser pego pelos monitores.

– Você também, Milady. Boa noite, Hermione. – Sorri sem mostrar os dentes e dei as costas correndo em passos leves até as escadas, subi evitando os buracos e só me acalmei quando já estava entrando no salão comunal ouvindo a mulher gorda resmungar algo sobre acordá-la novamente, quando entrei não me assustei ao ver Sirius e James no sofá, eles tomaram um susto ao ouvirem a porta abrir e ficaram confusos ao me ver ali já que eu fui a primeira a sair.

– Eu estava tirando 100 pontos da Sonserina. – Falei risonha dando de ombros, a lareira estava acesa e eles tinham livros sobre animagia entre eles no sofá.

– Como?! – Exclamou Sirius surpreso.

– Ouvi sua prima e Lúcio transando no armário de vassouras, então derrubei os livros e corri. O monitor pegou eles no ato! – Rindo, me joguei na poltrona. James riu junto comigo do sorriso malicioso que Sirius fez.

– Ah, a tia Druella vai amar saber disso. – Falou arrastado e com um sorriso torto satisfeito na cara. – Obrigada, Mione. Vou amar o natal esse ano já que o assunto vai se a minha prima “educada”, “santa” e “virgem”. – Ri e neguei com a cabeça olhando para a janela, sorri ao ver que amanhã seria sábado e não precisaria acordar cedo, mas amanhã tinha os testes para o time da grifinória. Virei-me confusa para James.

– Porque ainda está acordado? Esqueceu que amanhã tem os testes para o time de quadribol? – James se levantou num salto e correu para o dormitório masculino, eu ri e encarei Sirius, o mesmo sorriu malicioso. – Nem vem.

– Qual é! Só um beijo! O que vai te custar?! – Rolei os olhos para ele.

– Eu não vou para sua lista estúpida!

– Mas ninguém te tem nas listas deles, se eu tiver, não tem quem eu não pegue. – Choramingou e eu bufei me levantando e levando os livros junto, e dando dedo para Sirius subi as escadas do dormitório feminino. Entrei no quarto que eu dividia com as meninas de modo sorrateiro, deixei os livros embaixo da minha cama e nem tirei o uniforme, apenas arranquei as sapatilhas as chutando para o lado da cama, me enfiei embaixo dos lençóis e... Não conseguia dormir.

Fiquei encarando o teto do meu dossel por uns bons 45 minutos, e bufando, me levantei novamente aproveitando e tirando o uniforme. Coloquei o pijama e prendi o cabelo fazendo uma trança, sorri aliviada ao não sentir o cabelos em minha nuca e me enfiei debaixo nos lençóis novamente agora realmente caindo no sono.

***

Eu estava debaixo da capa com Sirius e Remus e um pergaminho na mão dizendo o que eu teria que pegar, claro que eu estava com uma bolsinha de contas. Andamos de modo sorrateiro até onde fica a dispensa do professor, ele era o diretor da casa da Sonserina então ainda deve estar ralhando com Malfoy e Black.

Me encolhi junto com Sirius e Remus num canto da parede para evitarmos esbarrar com um lufano, senti alguém apalpar minha bunda e olhei de modo automático para Sirius, mas ele tinha uma das mãos segurando a varinha e a outra um lado da capa. Olhei espantada para Remus e ele franziu o cenho apertando minha bunda novamente, Aluado olhou o que estava apertando e corou violentamente tirando a mão afobado.

– Desculpa! Pensei que fosse a parte detrás da capa. – Exclamou quando me viu o encarando boquiaberta, eu corei e acenei com a cabeça envergonhada.

– Que foi? – Sussurrou Sirius e eu chiei para ele ainda vermelha como um tomate, ele resmungou e fomos até a dispensa, me virei para os dois marotos e sussurrei.

– Alguém vai ter que ficar aqui para avisar se o professor ou alguém aparecer. – Eles acenaram com a cabeça e eu me virei para Remus. – Você fica, é mais fácil você o enrolar dizendo que quer tirar dúvida sobre alguma poção ou sei lá. – Ele olhou a mim e a Sirius com um olhar meio hostil e hesitante.

– Você sozinha com Sirius? – Murmurou e eu rolei os olhos para o sorriso malicioso de Sirius.

– Não se preocupe, se ele tentar algo lá dentro eu o capo. – Sirius engoliu seco e Aluado riu, ele saiu debaixo da capa quando ninguém estava olhando e se pôs ao lado da porta, quando não havia mais ninguém no corredor eu abri a porta murmurando. – Alohomora. – Entramos e saímos debaixo da capa ao fecharmos a porta, eu ia murmurando os ingredientes e Sirius ia procurando e me dando, eu colocava na bolsinha de contas com cuidado para não quebrar os vidrinhos ou amassar as folhas, enquanto ficava de olho para Sirius não cair da escada. Quando não havia mais nenhum ingrediente faltando, Sirius desceu da escada e jogou o cabelo para trás com a mão de modo despreocupado. – Podemos ir agora. – Sussurrei e ele acenou com a cabeça. Abri a porta e suspirei aliviada quando vi o corredor vazio, saí rapidamente junto com Sirius e coloquei a capa na bolsa de contas vendo Remus e Sirius me encararem com as sobrancelhas arqueadas.

– Como você conseguiu fazer esse feitiço? – Perguntou Remus desconfiado.

– Um dia eu te conto. – Murmurei fechando a bolsinha e empurrei para o peito do Remus. – Você leva, não confio em mim e muito menos em Sirius. – Ele rolou os olhos e pegou a bolsinha a diminuindo a enfiando no bolso das vestes, o olhei com um sorriso de lado e ele deu de ombros.

– Um dia eu te conto. – Me imitou e eu ri junto com Sirius.

– Agora que saímos... – Sirius me pegou pela cintura e me prensou na parede ao lado de Remus fazendo os braços de jaula, o mesmo ficou boquiaberto.

– Cachorro, eu disse que ia te capar. – Ameacei e ele sorriu de lado convencido.

– Corrigindo, você disse que ia me capar se eu tentasse algo com você lá dentro. – O olhei ameaçadora e ele passou a língua pelos lábios. – Alguém tem que te ter na lista, Mione.

– E esse alguém não vai ser você. – Dei um soco em sua barriga e ele se curvou tossindo me dando tempo de sair, sorri de lado e olhei ao redor vendo o corredor encher. Os testes daqui a pouco devem estar começando, vi Rabastan de longe andando com Zabine e Nott, ele me notou o encarando e acenou sorrindo. O chamei com o dedo sorrindo maliciosa e ele franziu o cenho vindo até mim com os amigos a tira colo.

– Oi, Mione. – Falou confuso, sorri para ele e me virei para Sirius.

– Como eu disse, não vou estar na sua lista. – Ele abriu a boca indignado ao notar o que eu iria fazer e eu puxei Rabastan pela gola da camisa e prensei minha boca contra a sua, o mesmo ficou chocado e paralisado, mas depois ao notar o que estava acontecendo acordou do transe e devolveu o beijo com gosto andando comigo até a parede. Rabastan me encostou nela levando uma mão a minha nuca e a outra a minha cintura, rodei meus braços por seu pescoço o puxando mais para perto e enfiei a mão em seus cabelos. Esqueci que deveria ser apenas para irritar Sirius ao notar que Rabastan até que beijava bem.

– Agora ele vai finalmente parar de chorar dizendo que nunca ia conseguir sequer beijar a Potter. – Murmurou Nott e eu acordei notando o que estava acontecendo e mordi o lábio de Rabastan de leve encerrando o beijo ofegante, ele me encarou estupefato respirando pesadamente pela boca enquanto eu me virava para Remus e Sirius boquiabertos.

– Agora para de encher meu saco, tá bem?! – Exclamei ofegante e Sirius bufou realmente irritado enquanto Remus olhava hostil para Rabastan enquanto o mesmo ainda me encarava.

– Pode ficar ai se atracando com Lestrange enquanto eu e Remus vamos fazer algo produtivo e ver seu irmão ganhar a vaga de artilheiro. – Resmungou Sirius e virou sendo seguido por Remus, rolei os olhos e me virei para Rabastan sorrindo de lado, o mesmo ainda estava surpreso.

– Você me usou! – Exclamou arregalando mais os olhos e eu segurei o riso junto com seus amigos.

– Desculpe por isso. – Falei passando a mão pelos cabelos, ele sorriu de lado finalmente saindo da pose surpresa.

– Pode me usar quando quiser. – Murmurou apertando os olhos em uma expressão sedutora e eu ri.

– Nós vamos vaiar os grifinórios, é melhor do que ficar de vela. – Zabine resmungou e eu ri corando finalmente, eles saíram e eu sorri maliciosa para Rabastan.

– Pronto para ser usado novamente? – Perguntei chegando mais perto, ele ofegou baixinho e engoliu seco me olhando surpreso.

– Garota, quando você vai parar de me surpreender? – Sorri de lado e cheguei mais perto ainda me encostando nele e o empurrando lentamente até a parede, puxei sua nuca e sussurrei perto dos seus lábios.

– Quando você me pedir para parar. – E o beijei, não, eu não estava gostando dele nem deixando de gostar de Remus. Mas qual é! Eu também não vou ficar esperando o “príncipe de armadura brilhante” me notar nem vou ficar na seca!

Ele sorriu contra meus lábios me puxando pela cintura para mais perto, eu já até conseguia ouvir as fofocas e cochichos passando pelas paredes, quadros e fantasmas. Se eu apurasse os ouvidos, tenho quase certeza que eu iria até ouvir Pirraça de longe cantando uma música maliciosa sobre um sonserino e uma grifinória se agarrando no corredor, Rabastan deslizou a mão até minha nuca causando arrepios automáticos.

– Eu disse que tudo começava com amizade. – Murmurou entre beijos, eu ri em sua boca e ele apertou minha cintura puxando meus lábios entre os dentes, ofeguei encarando seus olhos negros e puxei seu cabelo atacando sua boca ferozmente o ouvindo soltar sons guturais da garganta.

– Mas que pouca vergonha é essa?! – Ouvimos a voz de um monitor e nos separamos na hora encarando ofegantes a monitora da corvinal com os braços cruzados e olhar repreendedor. – Detenção para os dois e menos 20 pontos para a sonserina por agarração no corredor! – Rosnou com um olhar raivoso e magoado e eu arqueei uma sobrancelha, Rabastan suspirou frustrado e a ruiva virou jogando os cabelos e correndo até fora do corredor.

– O que eu perdi? – Perguntei e ele sorriu de lado.

– Ela é minha amiga, e bem... Ela tem uma queda por-

– Você? – O cortei e ele riu negando com a cabeça.

– Por você. – Fiz cara de surpresa e ele riu.

– Ela tem algum problema? Quer dizer, você eu sei que tem, mas para mais alguém ter uma queda por mim é estranho. – Murmurei e ele gargalhou jogando a cabeça para trás, quando conseguiu respirar novamente nós começamos a andar lentamente até a saída para o campo de quadribol, daqui a pouco os testes devem começar, o capitão ainda deve estar expulsando os de outras casas do campo.

– O que ela tem é mais como um tombo, sabe? – Falou rodeando minha cintura possessivo ao notar a atenção de alguns lufanos. – E não sei se sabe, mas é uma das mais desejadas esse ano, Hermione. Sério, nós do quarto e quinto ano temos uma lista na sonserina e você está em terceiro lugar, perdendo só para Parkinson e Martinez, a corvina que tem um tombo por você. – Eu neguei com a cabeça rindo e ele sorriu de lado, Rabastan fitou meu pingente de lobo e franziu o cenho. – Quem te deu isso?

– Remus, de natal. – Falei tentando conter o sorriso, coisa que foi bem sucedida. Ele deu de ombros e apertou mais minha cintura, chegamos no campo e ele me deu um beijo demorado indo para o lado dos amigos enquanto eu subia as arquibancadas até Sirius, Remus e Pedro, os três me encaravam repreendedores com os braços cruzados e balançando a cabeça em negação.

– Que foi, se cansaram? – Debochou Sirius e eu sorri de lado me sentando no banco abaixo deles e deitando a cabeça em seu joelho.

– Não, uma monitora nos pegou. – Eles bufaram e eu rolei os olhos. – Olhem pelo lado bom, a sonserina pelo menos está com a pontuação zerada agora. – Pedro guinchou feliz mas foi repreendido por Remus e Sirius.

– E aposto que perdeu pontos para a grifinória também? – Falou duro Remus e eu franzi o cenho negando com a cabeça.

– A monitora tem uma queda por mim. – Sirius engasgou junto com Remus, e Pedro ficou dando tapinhas nas costas deles para eles voltarem a respirar.

– É o que?! – Gritou Sirius atraindo atenção até de quem estava no campo, chiei para ele e o mesmo me encarou boquiaberto. Olhei para o campo e vi James com os braços cruzados e uma carraca virado para mim, arqueei uma sobrancelha e ele apontou para Lestrange e fez sinais de “conversamos depois” virando para frente de modo duro, rolei os olhos e bati em Remus e Sirius.

– Seus idiotas, porque contaram? – Enquanto eu batia eles tentavam se proteger e reclamavam.

– Ai! Não contamos nada, porra! Ele viu o pornô de vocês lá embaixo. – Sirius exclamou e eu comecei a bater só nele. – Ai! Me ajuda Aluado!

– Eu não, vai que ela volta a me bater. – Resmungou abrindo o livro.

– Vocês. Se pegam. Com garotas. Na porra do armário de vassouras. E eu é quem tô de pornô? – Falei entre tapas e socos pausadamente.

– Mas você é uma menina, não deveria ficar se expondo assim. – Murmurou Remus e eu parei de bater em Sirius de supetão, o mesmo olhou assustado para Remus.

– Corre. – Remus notou o que acabou de falar e seguiu o conselho de Sirius, correu deixando o livro para trás. Eu fui atrás fula da vida e o xingando.

– Eu sou uma menina, não tem para quê correr! Não é como se eu fosse te bater tanto que você nunca mais vai falar merda! – Rosnei pulando alguns meninos, que me olharam admirados, Remus choramingou e voltou a correr mais rápido. Me irritei e aumentei a velocidade agarrando a parte detrás de sua gola, ele caiu de bunda aos meus pés e eu me virei sentando no seu colo e o deitando prendendo suas pernas com meus joelhos, segurei seus braços e ele choramingou querendo sair.

– Me solta, Hermione! – Exclamou assustado se remexendo, eu rosnei e murmurei.

– Eu sou uma menina, tenho certeza que você o machão, vai conseguir sair com um pouco mais de esforço. – Ele suspirou e desistiu depois de um tempo me encarando, ele sorriu de lado malicioso.

– Que posição comprometedora. – Falou rindo, eu corei lhe olhando irritada. Remus as vezes era bipolar, tinha vezes do nada que ele era malicioso e igual a Sirius, mas não durava muito.

– Sim, e daí? – Murmurei e ele arqueou uma sobrancelha sedutor.

– Acho que Lestrange não vai ficar feliz ao ver isso. – Fiz carranca e dei um soco em seu estômago o fazendo gemer de dor, saí de cima dele limpando os shorts enquanto o mesmo tossia se contorcendo no banco.

– Ele não é meu namorado. – Falei petulante e o mesmo gemeu.

– Desculpa, coitado de Sirius. Então é isso que ele sofre? – Murmurou e se levantou fraco, ele tentou rodear meu pescoço mas eu dei um tapa em sua mão cruzando os braços. – O.k, desculpa, eu fui um idiota machista. – Acenei com a cabeça e voltei a andar notando que agora as atenções estavam em nós, ignorei e andei o longo caminho novamente, nós praticamente corremos mais da metade das arquibancadas. Quando voltamos, os testes já tinham começado e os apanhadores estavam na sua vez, Sirius ainda me encarava espantado.

– Que foi?! – Perguntei irritada e ele levantou as mãos em sinal de rendição.

– Nada, é só que eu não sabia que você corria tanto assim, que equilíbrio, eim. – Falou e eu dei de ombros prestando atenção no teste. – Aposto que você vai ser um animal de grande porte. – Murmurou perto do meu ouvido e eu sorri de lado repetindo a frase de James.

– Espero que eu seja um dragão.


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Notas finais do capítulo

É isso! Espero que tenham gostado! Me digam o que acharam e uma perguntinha básica..
Que casa vocês pertencem? Eu sou Sonserina. E com muito orgulho, por sinal.

Lição do dia! Cuidado com as delicias gasosas, a menos que queira comer um Billywing (gira-gira). São insetos com uma picada muito loucona, a picada proporciona uma tontura e levitações. Cuidado para não ficar doidão! Se eu fosse você maneirava nas Delicias Gasosas, já que são feitas de Billywings!