Another Hermione escrita por Mrs Rainbow


Capítulo 16
16 - O que vai.. FILHA DA...


Notas iniciais do capítulo

OLÁ! :D
Muito, muito obrigada por completarem 154 comentários. CENTO E CINQUENTA E QUATRO! TÔ SURTANDO MEU POVO!

Bem, eu queria falar uma coisinha que muitas falaram nos comentários, sobre eles ainda serem novos.
Minha gente, o Rabastan tem 14 indo fazer 15! A Hermione tem 12, mas ela, como bem disse, estaria com 20 no momento. Sua mentalidade não é infantil, nem mesmo nas marotagens. E os marotos já são descritos assim como cafajestes.
— "Mas porque você não esperou mais para deixá-los cafajestes?!"
Minha gente, quando eu tinha 12, eu estava no oitavo ano e tinha corpo de alguém de 16. Nunca fui infantil, então eu entendo isso, sabe? Não, eu não saía por ai pegando o povo!

Bem, era isso! Fiquem com esse capítulo deliciousor!



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Assistindo James fazer o teste só tenho uma coisa a dizer. Quero fazer o teste para batedora.

Eu sei, é loucura sendo que quando eu era Granger eu tinha um medo horrível de altura, mas como Potter é como se esse medo virasse desejo. Eu até gosto de quadribol, não tanto quanto papai e James, mas eu gosto.

– Será que ainda dá tempo de fazer o teste para batedora? – Murmurei pensativa, Sirius olhou as horas.

– Apenas se conseguir pegar sua vassoura, buscar e trocar de roupa tudo isso em 10 minutos. – Falou e eu saltei do banco pegando minha varinha e fazendo um feitiço conjuratório, uns três minutos depois, minha vassoura voou até minha mão enquanto meu uniforme batia em meu rosto. Olhei sorridente para os três e os mesmo estavam pasmos. – Até um feitiço conjuratório? Sério?

Dei de ombros rindo.

– Levantem e façam uma barreira para mim, vai demorar se eu for para o vestiário. – Eles arquearam as sobrancelhas e eu os apressei. – Andem! Eu tenho um teste a fazer! – Eles levantaram num salto e se colocaram ao meu redor de costas para mim. – Nada de espiar, Black. – Murmurei e ele riu pelo nariz.

– Que droga, lá se vai meu plano. – Eu rolei os olhos e tirei os shorts rapidamente colocando a calça, tirei a camisa e Sirius olhou sobre o ombros sorrindo malicioso.

– Belo sutiã. – Remus lhe deu uma forte cotovelada nas costelas e ele virou para frente enquanto eu ria colocando a camisa e os protetores. Os cutuquei e os mesmo voltaram a se sentar me olhando admirados. – A batedora mais gostosa que a grifinória já teve. – Eu ri rolando os olhos e comecei a descer a arquibancada correndo com a vassoura no ombro, no exato momento em que eu coloquei os pés no gramado, o capitão gritou.

– Batedores! – Sorrindo, eu fui até onde indicado com meu bastão, papai insistiu em me fazer botar no malão dizendo que eu seria poderia mudar de ideia e que seria uma ótima batedora. James me olhou surpreso, ele havia implorado para que eu fizesse o teste de batedora, mas eu recusei todas as vezes. O capitão me olhou debochado, eu era a mais baixa e a única menina dali. Ah, coitado, mal sabe ele que eu tenho uma força enorme... – Certo, meninos e... menina, voem ao redor do campo que nós iremos soltar os balaços, vocês tem que acertar os alvos que estão em movimento. – Eram bonecos com uniformes da sonserina que voava de um lado para o outro de modo zonzo, eu quase ri, que belo modo de declarar guerra contra os sonserinos. – São 10 pessoas fazendo o teste para batedores, apenas três vão passar para a última prova, entenderam? – Acenamos com a cabeça e eu prendi o bastão entre os joelhos e amarrei meu cabelo negro de modo firme e decidido, o capitão me olhou interessado mas deu de ombros. – Quando eu contar até três, um... Dois... Três! Fora do chão, seus molengas! – Ele nem precisou gritar duas vezes, eu já estava ziguezagueando pelo ar de modo elegante, igual a James até. Ouvi um balaço e o rebati com força acertando o primeiro boneco e o derrubando do ar, Sirius torceu para mim assim como fez para James.

Rindo eu continuei a cortar vento, um balaço veio para mais baixo do meu pé e eu escorreguei na vassoura ficando pendurada por um braço – Todos gritaram pensando que eu havia escorregado –, e rebati com toda força o balaço acertando outro bonequinho no peito, ele caiu da vassoura de brinquedo e eu montei novamente em minha vassoura. Muitos grifinórios e lufanos começaram a gritar entusiasmados, mas o pessoal da sonserina vaiava tentando me desconcentrar.

Os ignorei e outro balaço veio em minha direção, o único alvo que eu iria conseguir acertar seria o que estava atrás de mim, me preparei e fiz uma manobra um tanto difícil, é chamada de Rabanete Falso, não me pergunte o porquê desse nome. Girei o bastão rebatendo a bola para trás ao invés de para frente, me virei para ver se havia acertado e sorri larga ao ver o boneco caindo.

O capitão parecia mais que impressionado, ele então começou a mandar balaços mais difíceis de pegar, mas eu conseguia rebater todas. Sobraram apenas eu e mais quatro meninos, os outros haviam desistido, um outro bufou ao não conseguir acertar o alvo novamente e desceu a vassoura xingando. Eu ri e voltei a sobrevoar prestando atenção se mais balaços iriam me atacar.

Um garoto que estava voando perto de mim não conseguiu rebater o balaço e a mesma o acertou o fazendo escorregar da vassoura, e tudo foi e câmera lenta, eu só consegui ver seus dedos escorregando na madeira antes de partir em disparada até o corpo gigante caindo de metros de altura, os gritos irromperam das arquibancadas e dos outros jogadores e eu segurei seu antebraço com minha mão direita sentindo meu ombro deslocar. Mordi o lábio tentando não gritar e comecei a descer a vassoura de modo rápido, o deixei no chão e os jogadores e pessoal da arquibancada correram até nós.

Me sentei no chão segurando o cotovelo tentando manter o ombro no lugar e grunhindo querendo xingar Merlin e o mundo, o garoto ficou deitado ofegante no chão pelo susto enquanto eu batia o pé no chão tentando me distrair da dor.

– Ele está bem? – Ofeguei apertando os olhos.

– Sim, foi só um susto. Teria sido bem feio se você não tivesse o segur... Oh meu Merlin! – Gritou o capitão correndo até mim. – Me diga que você não descolocou o ombro! – Exclamou desesperado e James já estava passando por entre a aglomeração que se formava ao meu redor. – Garota, você não simplesmente mostra que é foda e desloca o ombro assim!

– Culpa minha não é! Da próxima vez eu deixo o garoto cair. – Gemi e me senti ser levantada, dei um gritinho e tomei um susto ao ver Rabastan.

– Vou leva-la a ala hospitalar. – Falou respirando ofegante como se tivesse corrido, o capitão acenou rápido com a cabeça. Quando eu já estava um pouco longe, o capitão gritou.

– Uma das vagas já é sua, garota Potter! – Eu ri gemendo de dor logo depois, Rabastan andava rápido pelos corredores, logo atrás dele James, Sirius e Remus viam. Pedro estava mais atrás ofegante.

– James Potter! Saia já! – Expulsei e Rabastan olhou sobre o ombro rapidamente voltando a prestar atenção no caminho.

– O que?! Você tá machucada! Eu vou com você para a enfermaria! – Ofegou e eu fiz carranca, seus óculos escorreram para a ponta do nariz e ele os ajeitou.

– Agora, dê meia volta e vá conseguir a porra da vaga no time senão eu não jogo. – Rosnei entredentes e ele suspirou sorrindo para mim agradecido. – O que ainda está fazendo andando?! Xispa! – Gritei e ele tomou um susto girando pelos calcanhares e correndo de volta a saída. Suspirei jogando minha cabeça para trás e tentando não mexer o braço. – Aposto que você tá morrendo tendo que me carregar. – Ri e ele me olhou indignado.

– Está me chamando de fraco?

– Não, estou me chamando de gorda. – Ele negou com a cabeça e Sirius exclamou.

– Tem diferença entre gostosa e gorda, você é gorda. – Eu ri e Remus negou com a cabeça.

– Não é não, olha só ela! É um violão, nem sei para onde toda a comida vai. – Rabastan rosnou baixinho e eu apertei sua bochecha o fazendo me olhar questionador. Sorri e ele suspirou sorrindo de volta.

– Um palito com belos peitos e uma bunda perfeita. – Sirius falou o mais pensativo possível.

– Remus, bata nele enquanto eu não posso, sim? – Pedi olhando ameaçadora para Sirius, Remus sorriu de lado e deu um tapa na nuca de Sirius. – Sorte sua que o braço fodido é o direito, cachorro. Ou então você estava morto agora. – Ele sorriu de lado e abriu a porta da enfermaria para que Rabastan passasse comigo.

– Madame Pomfrey? – Chamou Remus entrando, tentei descer do colo de Rabastan, mas ele me apertou mais contra o peito.

– Eu sei ficar em pé, sabia? – Resmunguei e ele chiou para mim me colocando sentando e uma das macas de modo ultra cuidadoso, rolei os olhos e Madame Pomfrey saiu de seu escritório resmungando sobre ter gente demais na enfermaria. Ela me encarou sentada na maca segurando o cotovelo e suspirou chegando perto.

– Até que a senhorita demorou para aparecer aqui esse ano, senhorita Potter. – Eu ri pelo nariz, é que no segundo dia de aula ano passado eu havia caído e torcido o pé, mas não foi algo grave, mas parecia que a cada duas semanas eu me machucava de alguma forma. – Três semanas, deve ser um recorde. – Murmurou e eu ri. – O que aconteceu, afinal?

– Teste para batedores do time da grifinória. – Remus deu de ombros chegando perto, mas Rabastan se pôs ao meu lado mais rapidamente, eles se olharam desafiadores e eu contive a vontade de rolar os olhos.

– Um garoto caiu da vassoura. – Gemi rangendo os dentes quando ela começou a mover meu braço.

– E cadê ele?

– Provavelmente no banheiro lavando as cuecas, Mione o segurou. – Sirius riu e a medi-bruxa o repreendeu com o olhar.

– Ele era bem grande e mais pesado que a Hermione, então, pop! E os ossos estão fora do lugar! – Rimou Pedro meio ofegante, ele tinha nas mãos minha Nimbus 1900 e o meu bastão velho, sempre o tive e não tenho muita certeza se conseguiria trocá-lo. Franzi o cenho com meus pensamentos longes, era meio estranho ter memórias de algo que eu vivi e ao mesmo tempo não vivi, eu sentia como se essa vida era de outra pessoa mas ao mesmo tempo, me pertencia.

– Bem, isso vai doer. – Ouvi Madame Pomfrey falar e voltei a realidade.

– O que vai... FILHA DA PUTA! – Gritei em plenos pulmões sentindo meus olhos lacrimejarem quando ela colocou meu ombro de volta no lugar, a mesma segurou o riso e me olhou repreendedora.

– Vou te dar as poções e você já vai estar nova em folha. – Murmurou depois de fazer um feitiço para deixar tudo certo, eu ofeguei respirando fundo e levantei o braço sentindo a dor incômoda, ela chiou para mim e colocou uma cortina me fazendo tirar o uniforme e enfaixou a parte do meu ombro. Rolando os olhos e bufando, Madame Pomfrey tirou a cortina depois que eu coloquei a camisa novamente, Sirius e Pedro riam da minha reação enquanto Rabastan se colocava a minha frente pegando meu rosto entre as mãos.

– Está doendo muito? – Murmurou fazendo carinho em minha bochecha com o dedão e eu sorri sem mostrar os dentes.

– Não tanto... Está muito cuidadoso para um sonserino, têm que manter as aparências, Rabastan. – Ri baixinho e ele rolou os olhou falando de modo falsamente frio e apertando os olhos.

– Espero que esteja doendo muito, morte aos grifinórios! – Corrigiu e eu ri sendo seguida por ele, o mesmo beijou a ponta do meu nariz me fazendo corar.

Awnnn, que fofo, Mione! Olhem isso, Granger, Potter! – Ouvi Draco gritar e logo depois o movimento das minhas originais. – Beija ele!

– Não! Você está na frente dos seus amigos e de uma funcionária da escola! – Gritou a Granger.

Beija, Mione! E daí que esses idiotas e essa velha amarga vão ver? – Potter riu e eu sorri de lado puxando Rabastan devagar pela nuca, nossos lábios mal se encostaram e Madame Pomfrey exclamou.

– Nada de beijos na enfermaria! – Remus bufou satisfeito enquanto Pedro e Sirius riam mais ainda, rolei os olhos e dei um selinho em Rabastan pulando da maca, a medi-bruxa me deu as poções e falou. – Tome as poções de seis em seis horas, entendido?

– Sim, senhora. – Ela acenou com a cabeça e nos expulsou de lá, eu ri e Rabastan pôs o braço ao redor de minha cintura de modo possessivo olhando desafiador para Remus, e o mesmo tinha uma carranca com um bico enorme.

– Eu esperava que a Mione chorasse. – Falou Pedro um tanto impressionado, eu ri baixinho sorrindo.

– Não sou o Sirius. – Remus, Pedro e eu gargalhamos ao lembrar de quando Sirius chorou porque quebrou o dedão do pé ano passado, Sirius corou rolando os olhos.

– Meus olhos só lacrimejaram, tá bem?! – Bufou e nós rimos mais.

– “Vai com calma que isso não é seu nariz, sua velha amarga!” – Imitou Pedro e nós começamos a repetir as frases de Sirius rindo, Rabastan parecia mais preocupado em me guiar do que prestar atenção nas brincadeiras. Sorri para ele e o mesmo sorriu de volta de modo terno, Sirius fez som de vômito e nós o encaramos, ele estava com o dedo na boca enquanto Remus e Pedro imitavam, o que deveriam ser, duas garotas apaixonadas.

– Oh, meu cavaleiro! Me carregue que eu não consigo andar sozinha! – E Sirius se jogou no colo de Remus me fazendo rolar os olhos.

– Coisa feia, traindo James com Remus? – Estralei a língua e ele desceu rápido estufando o peito tentando ficar mais másculo. – Espera só até ele saber.

– Calada, vai engolir a língua do Lestrange que é o melhor que você faz. – Debochou Sirius e eu sorri de lado, o mesmo abriu a boca indignado. – Não ouse...

– Como queira. – Me virei para Rabastan e o beijei ouvindo os outros reclamarem, ele riu contra meus lábios e entrelaçou as mãos atrás de minhas costas aprofundando o beijo.

– Não sou obrigado a ver a minha melhor amiga trocando saliva com um sonserino, tô fora. – Sirius resmungou e eu fiz sinal de positivo com a mão esquerda sem olhar, Pedro meio que guinchou e riu concordando com ele. – E você, Remus, vai ficar para ver o show?

– Não, vou procurar Kath. – Isso me deu certo incomodo no peito, mas ignorei continuando a beijar Lestrange. Seus cabelos eram macios e ondulados, ele trancou minha cintura com uma mão enquanto que com a outra ele ficou acariciando minhas costas.

– Então é verdade. – Ouvi murmúrios femininos.

– Que droga, como ela conseguiu ter algo com um dos príncipes da sonserina? – Choramingou alguém.

– Bastian! – Exclamou uma voz esganiçada e irritantemente familiar, ele suspirou frustrado e me deu um último selinho olhando sobre minha cabeça.

– O que quer, Parkinson? – Ele foi grosso como é com todo mundo, sim eu notei que ele era rude e bruto com pessoas alheias.

– Ain, Bast. O que está fazendo com... Essazinha, ai?

– O que parece que eu estou fazendo? – Perguntou frio e debochado, eu mordi o lábio inferior para não rir e encostei a testa em seu peito respirando fundo para não gargalhar. Me virei franzi a cara ao ver o como Pansy era parecida com a mãe, ela tinha tudo, menos o formato do rosto de buldogue. Isso, Pansy deve ter puxado do pai.

– Uma grifinória e que ainda por cima se atreve a jogar quadribol, onde certamente é o lugar de meninos... – Ela me mediu com o olhar e eu sorri cínica. – Tantas melhores e você me troca por uma dessas? Que vergonhoso.

– Para você, não é? – Retruquei acida e ela arqueou uma sobrancelha.

– Aposto que é uma Potter, irmã daquele garoto que todas estão falando. – Sorri de lado.

– A própria.

– Patético, Rabastan. Ainda por cima é traidora de sangue, aposto que não pode fazer quase nada já que ainda nem saiu das fraudas. – Sorri maliciosa de lado.

– Oh, tem uma coisa que eu posso fazer que você não pode, uma coisa que eu faço muito bem, por sinal.

– Ah é? E o que seria tal coisa? – Perguntou cruzando os braços e empinando o nariz, meu sorriso se alargou e eu me virei para Rabastan novamente o puxando pela nuca e continuando o beijo com mais urgência. Ouvi ela fazer um som indignado e sorri de lado ainda beijando Rabastan. – Garota petulante... – Rosnou e eu terminei o beijo ao notar que ela tirava a varinha das vestes.

– Parkinson, abaixa a varinha. – Pediu Rabastan sério.

– Own, que fofo. Não se preocupe que eu não vou machuca-la seriamente, apenas vou lhe ensinar uma lição. – Debochou e eu quase ri, as pessoas já estavam começando a se aglomerarem ao nosso redor e cochicharem fazendo apostas, a maioria em Parkinson.

– Não estou com medo que você a machucar, estou com medo de ela acabar ganhando outra detenção por acabar com a sua raça. – Falou lentamente dando de ombros despreocupado.

– Ela não chega nem aos meus pés. – Se gabou desdenhosa e eu sorri de lado, eu usava a mão direita, mas era mais do que boa com a mão esquerda para acabar com ela.

– Se quiser tentar a sorte, depois não dia que eu não avisei. – Ele recuou e eu tirei a varinha do coldre que eu havia colocado na coxa da calça de quadribol, a rodei entre os dedos tentando me acostumar com a mão esquerda e sorri novamente.

Ela abriu a boca para gritar um feitiço e eu já havia a estuporado sem precisar nem falar o feitiço, ela voou alguns metros e caiu de bunda no chão enquanto os alunos que estavam no corredor me encaravam boquiabertos. Soprei a ponta da minha varinha em um gesto de deboche e ela ofegou me encarando assustada, lhe dei uma piscadela e comecei a saltitar pelo corredor passando por entre os alunos para chegar ao campo de quadribol. Pedro ainda estava com minha vassoura e provavelmente com o bastão também, os cochichos eram escutados por onde quer que eu passasse, havia a “fofoca” de que eu era uma duelista fodona, só que eu não havia duelado de verdade com ninguém, além de Lúcio e Bellatrix, mas ninguém sabe disso já que se soubessem eles provavelmente estariam a caminho de Azkaban. Cheguei no campo e vi Sirius e Pedro sentados na parte mais baixa da arquibancada, sorri com isso e me sentei ao lado deles.

– Como está indo? – Perguntei e Sirius murmurou concentrado.

– Seu irmão passou para o teste final com mais cinco. Três deles já estavam no time antes... – Acenei com a cabeça e peguei minha vassoura e o bastão que Pedro havia me estendido.

– Obrigada. – Murmurei prestando atenção nos testes, James estava voando de modo convencido na vassoura, como sempre.

Mas o pior é que ele tem esse direito, ele realmente é um bom artilheiro.

– O que aconteceu para você voltar?

– Oh, eu estuporei a Parkinson. – Ele riu negando com a cabeça.

– Você é muito macho.

– Obrigada. – Ri e ele me seguiu.

No final, James conseguiu a vaga e ficou mexendo no cabelo e se gabando por uma semana, meu braço já havia sarado então eu tinha que participar dos treinos. O capitão, que coincidentemente é pai de Olivio, pegava tão pesado quanto o filho.

O jogo da grifinória contra sonserina era amanhã, sábado, segundo mês de volta as aulas e um tempo chato e imprevisível de outubro.

– Venha aqui, Potter! – James e eu olhamos e o capitão rolou os olhos. – Garota Potter. – Suspirando eu comecei a descer a vassoura, desmontei me pondo a sua frente e olhando para cima.

– Sim?

– Eu soube que você está namorando com o Lestrange...

– Ele não é meu namorado! – Exclamei irritada, porque todo mundo insistia nisso?

– Tanto faz, ele é artilheiro da sonserina. Não hesite só porque é seu não namorado! – Eu rolei os olhos girei o bastão na mão.

– Não vou, assim como ele não vai hesitar só porque sou sua... – Parei a frase e olhei pensativa para o alto, o que eu era dele?

– Certo. Volte ao treino... Está indo muito bem, garota Potter, é uma ótima batedora. – Elogiou e eu sorri de lado o ouvindo suspirar, montei na vassoura e voltei a ganhar altura, a parte boa de ser batedora junto com o menino que você salvou de se machucar, é que ele presta atenção se você estiver prestes a correr perigo. Ele pegou um balaço que ia na direção da minha nuca uma vez, em minha defesa, Sirius me distraiu da arquibancada gritando alguma coisa sobre unicórnios.

– Merda. – Praguejou James olhando para o chão e eu segui seu olhar suspirando frustrada, os Sonserinos viam com suas vassouras e olhares desdenhosos. Todos descemos ficando atrás de Wood.

– O que acham que estão fazendo interrompendo o treino da grifinória? – Rosnou cruzando os braços musculosos, ele era o goleiro.

– Está na hora do nosso treino. – Desdenhou o capitão da sonserina me olhando debochado, alguns sonserinos ainda não aceitavam a ideia de uma menina jogando, e ainda mais como batedora.

– Do que estão falando? Reservamos o campo faz semanas. – James se intrometeu, o capitão acenou com a cabeça ainda com uma carranca.

– Bem, temos aqui uma solicitação dos professores. – Wood arrancou da mão do sonserino e leu bufando alto.

– Vamos dar o fora, não precisamos treinar mais para derrotar esses nojentos. – Sibilou jogando a declaração no peito dele, os meus companheiros de time bufaram e rosnaram enquanto eu rolava os olhos. Soltei meus cabelos jogando a vassoura no ombro, passei batendo o ombro no peito do capitão e ele cambaleou rosnando, olhei sobre o ombro dando uma piscadela debochada.

Os grifinórios riram e eu passei por Rabastan lhe dando um selinho rápido, ele sorriu e seus companheiros de equipe lhe repreenderam com o olhar, fui até a arquibancada, onde Lily, Marlene, Remus e Sirius estavam.

– Oi. – Cumprimentei dando beijo nas bochechas de Sirius e Remus, esse último levantou o olhar do livro e sorriu tímido, Lily sorriu maliciosa e Marlene me ignorou continuando a brigar com Sirius. – Qual o motivo da briga, dessa vez? – Perguntei para ninguém em especial me sentando no banco abaixo entre Lily e Remus.

– Sirius falou que você iria hesitar em derrubar Lestrange da vassoura e Marlene o xingou, então a briga continuou. – Lily deu de ombros e eu ri chamando James com a mão, ele subiu ofegante e eu rolei os olhos.

– Odeio... Subir essa arquibancada... – Ofegou se sentando ao outro lado de Lily, a mesma franziu a cara em nojo se arrastando para longe, ele ficou com o rosto triste por um momento antes de sorrir contagiante. – Pedro já perdeu 4 quilos! – Exclamou e até Sirius e Marlene pararam de brigar para bater palmas, mas logo continuaram a discussão.

– Uau, porque não nos contou antes? – Perguntei e ele deu de ombros. – Cadê ele, afinal?

– Está correndo pelo jardim de hogwarts.

– Bem que eu notei que ele tinha emagrecido. –Murmurou Lily com o olhar no outro lado da arquibancadas, segui seu olhar e sorri maliciosa ao vê-la encarando boba Amos Diggory. O mesmo acenou para ela e Lily corou acenando tímida de volta.

James notando isso olhou para quem recebeu o aceno fechando a cara, ele ficou vermelho de raiva e Remus se afastou discretamente junto comigo esperando a bomba.

– Mas que merda foi essa?! – Berrou e Lily se sobressaltou o olhando de cara feia.

– Do que está falando? – Sibilou fria e James riu irônico.

– Desse aceno para o Diggory. – Marlene e Sirius pararam de brigar e começaram a assistir a briga dos dois apostando quem teria a última palavra, Marlene apostou em Lily enquanto que Sirius apostou em James.

– Do que te interessa se eu estou acenando para o Amos? – Rosnou entredentes e James franziu a cara.

– Me interessa o fato de que você está caindo na lábia do Diggory, não quero você acenando ou falando com ele. Pensei que fosse mais inteligente. – Ela abriu a boca indignada e se levantou de supetão.

– Para a sua informação, eu sou mais inteligente do que você jamais será. Você, Potter, não tem o direito de mandar em mim, ou até mesmo pensar em um dia me mandar parar de falar com alguém. – Ela foi chegando mais perto e ficando mais fria, eu até fiquei constrangida com seus foras. – Você, seu metido a besta arrogante e cafajeste, se agarrando com qualquer uma que lhe oferecer um sorriso, você me dá nojo. – E saiu, eu e Remus estávamos boquiabertos enquanto Sirius tinha o rosto vermelho de raiva e Marlene uma expressão de pena, ela se levantou sorrindo penalizada para James e foi atrás de Lily. James tinha uma expressão magoada e surpresa, meu pobre irmão ainda vai sofrer muito na mão dela.

Todo mundo estava surpreso demais para conseguir falar algo, eu me levantei e me sentei onde antes Lily estava, abracei James de lado e o mesmo tirou os óculos os limpando na blusa dando uma desculpa para olhar para baixo.

– Não fica assim, Jay. – Murmurei e ele deu de ombros ainda sem falar nada. – Tenho certeza que no futuro ela muda de opinião. – Ele suspirou e colocou os óculos novamente.

– Sabe o que vai te animar? – Perguntou Sirius sorrindo malicioso, James o olhou curioso. – Azarar o seboso, eu soube que ele tem espalhado algumas mentiras sobre nós. – James sorriu maldoso e eu franzi o rosto suspirando em seguida, eles se levantaram e correram escadaria abaixo. Subi um banco e me deitei no mesmo com a cabeça no colo de Remus, ele automaticamente acariciou meus cabelos e eu ronronei.

– Você... Você está namorando Lestrange? – Perguntou ainda lendo e acariciando meu cabelos.

– Não sei... Realmente não sei. – Suspirei e virei o rosto para ver o treino da sonserina, eles eram bons, amanhã seria um jogo e tanto.

– Ah, ok... Mione, porque você não desiste de ser uma animaga? – Murmurou hesitante e eu ri pelo nariz.

– Você sabe que não importa quantas vezes diga isso, eu não vou desistir, não sabe?

– Sei, mas não custa tentar. É que se você desistir, James desiste, e então Sirius desiste e Pedro vai junto. – Deu de ombros e eu sorri para ele.

– Por isso mesmo que eu continuo tendo que aguentar a Murta que geme apenas para fazer as poções. – Ele riu e eu suspirei. – “Você vai se encrencar.” “Espero que um monitor te ache aqui.” – Imitei a voz aguda da Murta soluçando e ele jogou a cabeça para trás gargalhando.

– Ela vive aparecendo no banheiro masculino para conversar com James, só que ele sempre a faz chorar. Mesmo sem querer. – Eu ri alto e ele me seguiu, senti alguém me encarar e olhei ao redor procurando a pessoa, no campo, Rabastan nos encarava carrancudo e com os braços cruzados. Sorri para ele e o mesmo apertou os olhos virando a cara, arqueei as sobrancelhas sem entender. Suspirei resignada e passei a tentar ignorar o certo receio que cresceu em minha barriga. – Sem falar que ela é uma taradinha! Vive tentando espiar os meninos e ainda se faz de inocente. – Riu e eu o segui me sentando novamente.

– Igual ao Pirraça, no vestiário uma vez ele escondeu minha blusa do uniforme! Tive que vestir a do Steve, aquele merdinha. – Bufei e Remus riu novamente.

– Como vocês estão se saindo como animagos? – Perguntou, Remus disse que ajudaria na hora da transformação, mas não queria saber de como estávamos nos saindo. Mas ele sempre quebrava a promessa quando à cada dois dias me perguntava como estávamos indo.

– Bem, talvez daqui a uns três ou quatro anos nós vamos conseguir nos transformar. – Sorri de lado e ele soltou um longo “hm” pensativo.

– Tem certeza que não quer desistir? – Perguntou novamente e eu rolei os olhos.

– Tenho, Aluado. – Ele suspirou e sorriu para mim voltando a ler o livro.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, como esse é o terceiro capítulo que solto num só dia, não haverá lição do dia. :v
Espero que tenham gostado! c: