Memory of the Future - Parte 2 escrita por chrissie lowe


Capítulo 18
The Mother of the Gallery




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Os Cybermen levaram Claire e o Doutor até o prédio central da Cidade Proibida. Lá, Alec os aguardava.

— Alec Matthew Brooksfield-Williams! – bradou Claire furiosa. – O que pretende fazer desta vez?

— Williams? – murmurou o Doutor para Claire.

— Sim. O sobrenome do Eddie é Williams. – respondeu ela sem entender.

— Mas que falta de criatividade. – disse ele mais para si próprio. – Mas enfim, isso não importa, o que quer conosco? – perguntou ele.

— Temos que terminar isso. – respondeu Alec.

No entanto, o Doutor estranhou a aparência de Alec. Ele viu que o rapaz evitava olhar para eles ou para os Cybermen ou até mesmo para o exército de ciborgues, que se mantinham imóveis a espera de algum comando, e sua voz saía baixa e insegura, como se ele estivesse dizendo algo contra a sua vontade. 

Alec estava nervoso. O que ele temia acontecera, os Cybermen não mais obedecia às suas ordens. O jogo havia virado e os dois Cybermen que seguravam seus braços eram a prova disso. 

— O elemento externo é o último obstáculo para o nosso êxito. – disse um dos Cybermen. – o elemento externo deve ser destruído.

Claire olhou apreensiva para o Doutor e, em seguida, para Alec.

— Não vai deixar que seus robozinhos me matem. – resmungou ela para Alec.

— O humano não tem mais nenhum poder sobre os Cybermen. – disse outro Cyberman, para a surpresa do Doutor. – A partir de agora o humano é quem obedecerá aos nossos comandos.

— Ah não. – disse o Doutor.

***

Enquanto isso, nas galerias, Rhonda, com a cabeça enfaixada, olhava o relógio compulsivamente.

Depois que Claire e o Doutor foram levados, Vince deu o sinal e todos correram para as profundezas das galerias. Alguns estavam feridos e Spencer teve que correr para dar conta de ajudar a todos. Aquele espaço raramente era ocupado, e sequer estava terminado, pois por se localizar muito próximo a um canal, o solo era úmido e não tinha firmeza o suficiente para aguentar qualquer tipo de construção. Mas aquele também era o lugar mais longe possível do salão principal.

— Já anoiteceu e nenhum sinal deles. – Disse ela preocupada. – Acho que deveríamos ir até lá.

— E por que iríamos? – Perguntou um rapaz ruivo com o rosto cheio de sardas e curativos. – Claire nunca nos contou que Alec era filho dela! Ela mentiu para nós! 

Alguns concordaram com o rapaz e um burburinho começou a se espalhar entre eles. Rhonda franziu o cenho, irritada.

— Mas que hipocrisia, Roland! – retrucou ela. – Se não fosse por ela, você ainda estaria vivendo de lixo nuclear da superfície! Claire pode não ter contado sobre Alec, mas ela nos ajudou! Ela nos acolheu e ajudá-la agora é o mínimo que podemos fazer para retribuir! 

Roland olhou arrependido para Rhonda.

— É, tem razão. Me desculpe. – Disse ele abaixando a cabeça.

— Muito bem. – disse ela. – Escutem, sei que estão chateados por descobrirem sobre Alec, mas… mas Claire não é igual a ele. Ela é boa e quer o nosso bem. Vocês mesmo sabem disso tão bem quanto eu. E o Doutor também quer nos ajudar, mas os dois não poderão fazer isso se estiverem em perigo. Então, o que acham?

Os jovens se entreolharam, ainda um tanto incertos. Mas, pouco a pouco, foram concordando a garota.

— Mas Rhonda, olhe para você! Como vai lutar assim? – perguntou Spencer preocupado. 

— Eu estou bem! – insistiu ela. 

— Não, não está, mocinha. – retrucou ele. – Nem você e nem eles! – acrescentou indicando os jovens que se levantavam pouco a pouco. – Vão ser massacrados se lutarem assim.

— Mas o que faremos, então? – perguntou ela irritada. – E se Claire não voltar? 

Spencer soltou um suspiro. Ele sabia que Claire precisava de ajuda, mas também sabia que seria loucura mandar aqueles jovens já feridos por conta da explosão causada pelos Cybermen para o campo de batalha. Ele próprio estava ferido. Ele precisava pensar em alguma alternativa.

***

— Então, podem repetir o que pretendem fazer conosco mesmo? – pediu o Doutor a fim de ganhar algum tempo. 

— O Doutor e o elemento externo devem ser levados à câmara de deleção. – afirmou um dos Cybermen. 

— A eliminação do elemento externo fará com que o humano siga ao comando dos Cybermen. – respondeu outro. – Ninguém será capaz de impedir o domínio Cybermen.

— Domínio Cybermen! – bradaram os outros com a voz tão monótona quanto aquele Cyberman.

— Típico. – ironizou o Doutor. – Escutem, por quê não tentam algo diferente pelo menos uma vez na vida? Estou cansado de impedir que vocês tentem conquistar a Terra!

Claire olhava sem entender para o Doutor.

— O Doutor não é capaz de deter os Cybermen. Os Cybermen são…

— Sim, sim, eu já sei dessa parte também. – interrompeu ele. – Bom, mas parece que vocês têm razão desta vez, infelizmente. – disse ele desgostoso.

— Doutor, o que está fazendo? – perguntou Claire sem entender o plano do Senhor do Tempo, se é que havia algum.

— Bom, mesmo que conseguíssemos nos livrar desses Cybermen, os outros iriam simplesmente atirar em nós antes que pudéssemos fazer qualquer coisa, então por quê não aproveitar esse tempo para bater um papo?

Apesar de tentar aparentar o contrário, o Doutor não havia nenhum plano e sequer um truque mirabolante na manga naquele momento. Era difícil admitir, mas parece que, naquela hora, não havia mais nada a ser feito. 

— Então é isso? Os Cybermen colocam o seu plano em prática enquanto “batemos papo”?! – indagou Claire revoltada.  

No entanto, antes que pudesse pensar em alguma resposta, o Doutor logo olhou para trás e viu uma agitação estranha vindo em direção a eles. Ele cerrou os olhos para enxergar melhor e soltou uma expressão de empolgação ao ver do que se tratava.

— Sabe, Cybermen? – disse ele em voz alta para garantir que todos o ouvissem. – Acabaram de cometer um erro terrível. E sabe qual foi?

— Cybermen não cometem erros. – afirmou um dos Cyberman.

— Bom, uma pena acharem isso. E sabem por quê? Porque vocês mexeram com Claire Brooksfield. E sabe quem é Claire Brooksfield? Sabem?

Tanto os Cybermen quanto os outros ciborgues permanecerem em silêncio.

—  Não tem problema, eu explico pra você. –  disse o Doutor em um tom cada vez mais triunfal. – Claire Brooksfield é uma mãe! E… não… se… mexe… com… uma… MÃE!

Nisso, todos os jovens da galeria, liderados por Rhonda e acompanhados por um bando de adultos mais velhos, mas todos igualmente sedentos para lutar, invadiram o prédio atirando para todos os lados e destruindo a entrada de vidro daquele prédio colossal. Eles gritavam e partiam para cima de todos os ciborgues que viam, enquanto estes se posicionavam para revidar.

E foi assim que a batalha deu início.


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