Memory of the Future - Parte 2 escrita por chrissie lowe


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Oláaa! Sentiram saudades??? Bom, eu não estava planejando começar a postar essa fic agora, mas a mão de postar chegou a tremer, então decidi postar pelo menos o prólogo hehehe. Sejam bem-vindxs à Memory of the Future parte 2! o/ Espero que gostem e tenham uma boa leitura :)



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Londres - 2529

– NÃO PARE! CONTINUE CORRENDO! – Gritou Eddie atirando nos guardas que os perseguiam.

As pernas de Claire doíam, sendo que ela mal as sentiam e o coração batia de forma tão acelerada que parecia prestes a explodir. O suor caía de sua testa, encharcando seu rosto e fazendo com que mechas de seu cabelo loiro grudassem nele. A criança que segurava no colo e a qual acabara de salvar pesava cada vez mais.

A idade também não ajudava. Apesar de ágil para seus quarenta e dois anos, e isso graças aos seus tempos de Resistência, seu fôlego não era mais o mesmo de quando era mais jovem. Faltava pouco para que caísse de joelhos no chão duro e áspero.

Mas ela não podia parar de correr.

– Temos que pará-lo! – Exclamou Claire.

– Ele fez a escolha dele, não há mais o que fazer! – Respondeu Eddie.

– Mas tem que haver um jeito! Não podemos deixar que ele continue com uma coisa dessas! – Disse ela apontando para um grande ferimento na cabeça da criança.

– Olha, é tarde demais! Nós falhamos e teremos que arcar com as consequências. – Disse Eddie em tom de derrota. – O que nos resta a fazer é sobreviver e torcer para que um pouco de juízo entre na cabeça dele. E torcer para que as pessoas consigam escapar.

Lágrimas brotavam dos olhos de Claire, dificultando sua visão. Ela tentava enxugá-las com as costas da mão, mas seu ato era inútil uma vez que ela estava molhada por causa do suor.

– Onde foi que erramos? – Perguntou ela mais para si do que para Eddie.

– Não é hora de discutirmos isso. – Disse Eddie tentando não entrar naquele assunto que tanto lhe incomodava. – Fizemos tudo o que podíamos para evitar que isso acontecesse.

– Nada disso teria acontecido se tivéssemos feito o que estava ao nosso alcance! – Retrucou ela. – Lutamos para nos livrar daqueles Daleks malditos para cairmos nisso? Isso não é justo!

– Sei que não é, mas ficar se questionando não irá nos ajudar em nada. Vamos voltar para casa e pensar no que fazer, está bem? – Disse ele dando um beijo na testa da esposa.

– É tudo culpa minha. Se eu tivesse ao menos percebido isso antes. – Lamentou-se ela novamente.

– Não faça isso com você mesma. – Pediu Eddie.

Os dois se preparavam para partir, quando foram surpreendidos pelo sinal de alerta dos guardas da base principal.

– Os intrusos estão na base. Os intrusos devem ser destruídos! – Repetiam os guardas com sua voz robótica.

Claire e Eddie deram as mãos e voltaram a correr. Não podiam ser capturados, pois, caso contrário, suas vidas tomariam um rumo que eles não desejavam para si.

Eles ainda não haviam se recuperado totalmente da corrida anterior. Suas pernas mal sustentavam seus corpos e suas visões eram turvas.

A pequena criança se remexia e choramingava no colo de Claire, ainda desnorteada devido ao ferimento em sua cabeça.

– Aguente só mais um pouquinho, está bem? – Sussurrava ela tentando acalmá-la.

Não aguentariam por muito mais tempo.

– Estamos próximos do portal. Eles não podem ultrapassá-lo! – Exclamou Claire.

– Não conte com isso. Agora que a atualização se tornou obrigatória, os guardas terão livre acesso para irem onde quiserem, afinal, é evidente que terão que levar pessoas à força.

– Não tinha pensado nisso. Você tem razão. Se é que já não estão ultrapassando. Se lembra dos boatos? As pessoas desaparecendo... não é difícil adivinhar o motivo, não é mesmo. – Lembrou ela. – Mas ainda assim estaremos em melhor situação se sairmos daqui.

Então, eles juntaram o resto de força que havia dentro deles para chegarem ao portal. Faltavam alguns metros para alcançarem o grande arco de ferro recém-construído e que demarcava os limites do cerco que se formava.

No entanto, faltando muito pouco para chegarem, um dos guardas puxou Eddie pelo braço, quase atirando-o no chão.

– NÃO! – Gritou Claire soltando a mão de Eddie por conta do susto.

– NÃO PARE POR MINHA CAUSA, CONTINUE CORRENDO! – Berrou ele tentando se livrar dos guardas que surgiam aos montes.

– EU NÃO VOU EMBORA SEM VOCÊ! – Gritou ela tentando atirar nos guardas que cercavam Eddie. – Não pode ficar aqui, não pode!

– Mas você tem que ir! Nosso esforço não valerá nada se nós dois formos capturados! E você tem que levá-lo em segurança! – Insistiu ele tentando afastar a mulher. – Não se preocupe comigo. Vou ficar bem.

Os dois olharam um para o outro. Era óbvio que ele não ficaria bem.

Os guardas jogaram Eddie do chão e o seguraram com tamanha força que seria impossível se livrar deles. Um dos guardas estava prestes a agarrar Claire pelos cabelos, mas ela habilmente desviou-se dele e correu em disparada, deixando, a contragosto, o marido para trás.

Ela olhou para Eddie, segurando-se para não voltar atrás e deixar-se ser capturada junto com ele, mas, como ele dissera, tudo estaria perdido se os dois fossem pegos.

Além disso, sua equipe toda já havia sido capturada.

Então, com o coração pesado, Claire atravessou o portal, deixando Eddie a própria sorte.

Ela correu até não poder enxergar mais os portões da Cidade. Mas para onde ir agora? Não podia voltar para casa, pois seria o primeiro lugar em que a procurariam. E ela sequer tinha a certeza de que a casa ainda se encontrava inteira.

– O que faremos agora? – Perguntou ela para a criança em seus braços.

O menino apenas a olhou, soltou um bocejo e aninhou-se no colo da mulher, caindo no sono.

Segura de que ninguém a seguiria, sentou-se com as pernas cruzadas, pôs a criança recém-adormecida em cima delas e cobriu o rosto com as mãos. Era difícil acreditar que estava passando por aquele tormento mais uma vez. E o que a deixava pior, é que tudo isso não teria acontecido se ela não tivesse sido tão cega. Cega por não ver que o perigo se encontrava mais perto do que ela poderia imaginar.

Claire não esperava ter que fazer isso, pelo menos não depois de tantos anos, mas naquele momento, ela rezou para que uma grande caixa de madeira azul caísse dos céus mais uma vez.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Sintam-se a vontade para comentar e dizer o que gostou ou o que não gostou. Ainda estou desenvolvendo a história, por isso não posso afirmar com que frequência a atualizarei, mas farei o meu melhor para não levar dois ou três meses que nem fiz com a primeira parte aksldjfljelafjl. Bom, por enquanto é isso. Beijosss!



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