Perfectly Imperfect escrita por Ana Martins


Capítulo 31
Capítulo 31


Notas iniciais do capítulo

Gente, esse é o penúltimo capítulo. Só queria dizer logo como eu fiquei feliz escrevendo essa história, mesmo sem tempo praticamente, valeu a pena todas as horas escrevendo. ♥ Tenham uma boa leitura.



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      Nem acreditava que Thomas era meu vizinho. Não sei se era sorte ou azar, mas sua janela era de frente para a minha. Mas não pensei muito nisso, já que tinham três homens muito bravos comigo por ter dormido fora.

— Onde estava Elizabeth? – perguntou Yuri – Quer me matar?

— Você dormiu fora? – perguntou meu pai – Esperava mais de você, ao menos usou preservativo?!

— Pai, pelo amor de Deus – falei – Eu bebi um pouco demais, e uma amiga me levou para sua casa, tomei um banho e dormi no quarto de hospedes.

— Que amiga? – perguntou Yan me olhando curiosamente

— Hum – pense rápido garota – Elaine, lógico.

— Espero que isso não seja mentira – meu pai realmente estava com raiva – Suba e tome outro banho, ainda está com cheiro de álcool.

    Assenti e subi as escadas, entrei no meu quarto e joguei os saltos em qualquer canto, junto com a bolsa e amarrei meu cabelo em um coque. Fui procurar um remédio para ajudar com a ressaca quando Yan entrou no quarto com tudo.

— Me fala a verdade agora – mandou me olhando

— Já falei, encosto – respondi e ele sentou do meu lado

— Vamos, Liz, eu sei que você não dormiu na casa da Elaine – disse – Me diga quem é o cara. Eu sei que você não é virgem, então abre o jogo.

     Corei como nunca.

— Eu encontrei Thomas na festa, eu comecei a beber. Não sei, eu pensei que tinha superado ele sabe – falei me levantando e andando pelo quarto – Mas quando eu vi ele, senti umas coisas estranhas. Como disse, fiquei bebendo, e fiquei em um estado péssimo, ele me achou, eu vomitei, ele me levou para a casa dele e me deu banho.

    Ele fechou a cara e quase bati na minha testa.

— Não desse jeito, pelo amor – falei – Mas tipo, essa menina quase entrou em coma alcóolico. E eu dormi, acordei a pouco tempo. Essa é a verdade. Nunca vi nosso pai tão raivoso.

— Thomas está na cidade? – perguntou

— Não acredito que falei tudo isso para você pegar só essa parte, babaca – eu ri tomando o remédio

— Então não aconteceu nada entre vocês? – perguntou como um bobo

— Não, nós dormimos – repeti me encostando na cama

— E onde ele está morando? – perguntou

— Na casa do lado – falei – Puta merda!

— Elizabeth Morgan! – repreendeu

— Como sabe que eu não dormi na casa da minha melhor amiga? – perguntei apontando a cartela do remédio para ele acusadoramente

    Ele sorriu, daqueles bem abertos mesmo, mostrando as covinhas das bochechas e formando ruguinhas nos pés dos olhos. olhei desconfiada para ele, isso não poderia ser um chute.

— Porque eu dormi lá – respondeu

— Vocês voltaram? – perguntei e ele assentiu – Caralho, o que tá acontecendo aqui, Jesus?

— Nem eu sei – ele riu com a mão na maçaneta – Mas eu to gostando pra caralho.

— Yan – chamei quando ele ia saindo – Usou preservativo?

— Vá a merda, Liz! – ele disse e eu ri

   Me joguei na cama e praticamente entrei em coma.  Na semana seguinte fiquei contente em ver minha amiga superfeliz, e fiz minhas ultimas provas, mas não consegui passar para Harvard e por isso decidi fazer uma faculdade aqui mesmo, em Londres. Sem contar que fugi o máximo que podia de Thomas, mas sempre lhe via olhando pela janela.

    Mas um dia, de madrugada, acordei com barulhos na minha janela. Me levantei sem me importar de estar apenas com um blusão cinza e um short, amarrei meu cabelo e dei de cara com Thomas inclinado na grade da sua janela. Imitei sua posição.

— Thomas? – perguntei me inclinando na grade

— Esse sono está difícil, hein – ele riu da minha cara, olhei para o chão e peguei os grampos que ele estava jogando e acertei sua testa

— Com sono, mas com pontaria, estrangeiro – rebati

— Ow, calma, garota – falou

— Certo – falei – No que posso ajudar?

— Queria conversar – falou – Temos um assunto para discutir.

— Temos? – perguntei lhe olhando – Posso saber do que é esse assunto?

— É um assunto de mútuo interesse – ele sorriu e isso foi uma covardia com meu cérebro drogado de sono

— Olha aí, dois anos e o cara já fala mútuo – brinquei – Se conseguir entrar aqui nós podemos conversar, acho que não vou poder sair de casa até que minha mãe volte de viagem.

    Ele saiu correndo e voltou com uma porta de guarda-roupa. Ele colocou a porta entre o vão das nossas janelas, e veio engatinhando até minha sacada, fiquei calada, morrendo de medo daquele negócio quebrar ou virar.

     Quando notei Thomas já estava parado na minha frente. Encarei seus olhos sem conseguir me mexer, eram hipnotizantes. Pareciam que tinham ficado mais verdes ainda com um brilho que eu não poderia deduzir o que significavam.

— Então o que queria dizer? – perguntei, achando minha voz

— Você ainda sente algo por mim? – perguntou na lata – Mesmo se for ódio, me diga.

— Que tipo de pergunta é essa? – perguntei sem entender

— Só responda – pediu, ele estava tão perto

— Eu sinto magoa, por você ter ido embora do jeito que foi, e por ter demorado três dias para vir atrás de nós. Eu sinto raiva por essa razão por isso também, e muita mesmo – falei e olhei seus olhos – Mas também sinto saudade, e ansiedade por algo que não sei o que é.

— Porra, é muita coisa – falou e se afastou um pouco – Mais alguma coisa?

— O que está aprontando? – perguntei – Me diga de uma vez.

— Você sente falta de nós? – perguntou se aproximando – Ou você já superou o que tivemos?

   Abri a boca para responder, mas não saiu nenhum som. O som que ouvíamos eram os carros passando pelas ruas, Thomas levou aquilo como um sim e se afastou completamente de mim, e de repente me senti fria.

— Tudo bem, não vou mais te perseguir – falou coçando o cabelo bagunçando de um jeito muito sexy e se afastou – Eu mesmo disse para você não esperar por mim.

   Ele foi para a porta de madeira ainda no mesmo lugar, e segurei sua mão, entrelaçando nossos dedos e sorrindo quando notei que ele queria reatar o que tínhamos. Thomas me olhou surpreso, e me aproximei rápida e lhe ataquei com um beijo.

    A melhor sensação de todas foi ter seus lábios nos meus novamente, com toda certeza foi. Ficou melhor quando ele passou os beijos para meu pescoço e deixou um chupão ali mesmo. Me agarrei a ele e o puxei para dentro do quarto, não era seguro fazer aquelas coisas ali fora.

    O empurrei contra a parede e lhe beijei meio feroz, tirei sua camisa com pressa. Me afastei apenas quando o ar faltou e eu fui trancar a porta, voltando para ele e o fazendo deitar na cama.

    Fui para cima dele, beijando seu pescoço e mordendo seu ombro. Minhas mãos passeavam pelo seu abdômen, eu queria matar a saudade do seu corpo, então fui jogada no colchão.

   Ele tirou minha blusa, parecendo contente com o que via. Seus lábios atacaram meus seios com certa agressividade, mas não reclamei, muito pelo contrário. Depois de algum tempo com aquilo, nós dois saibamos que necessitávamos de mais, muito mais.

   Ele tirou da sua carteira uma camisinha e colocou em si mesmo, se encaixando em mim, fazendo nós dois gemermos juntos. Era como o encontro de dois mundos ou o alinhamento dos planetas.

    Eu cheguei ao ponto primeiro, gemendo o nome do meu parceiro e senti o Thomas chegar logo após a mim, mordendo meu ombro e me beijando. Ele caiu sobre mim e rolou para o lado, puxando meu corpo para cima do seu.

— Elizabeth – chamou baixo

— Hum?

— Você ainda me ama ou foi só saudade?

   Me apoiei nos meus cotovelos e lhe encarei.

— Você acha mesmo que eu transaria com alguém por saudade? – perguntei com um pouco de raiva

— Não sei – ele disse – Mas é que eu te amo, não deixei um minuto sequer e quando você fugiu...

— Não duvida dos meus sentimentos, por favor – eu disse e lhe beijei – Meu Deus, você voltou mesmo? – não consegui segurar o sorriso

— Sim, tenho que conviver com a chatinha da minha irmã, mas vale a pena...

— E você não vai embora? – perguntei sorrindo mais ainda

— A lugar nenhum – respondeu sorrindo

— Eu te amo, Carter, seu idiota – falei me aconchegando ao seu abraço

— Repete por favor? – pediu

— Eu te amo, seu Imbecil – falei lhe olhando e sorrindo

— Melhor declaração de todas – e me beijou

                                                      O0O

     Acordei com os braços de Thomas ao redor de mim, e virei e o encarei dormir. Não demorou para que ele acordasse, e um sorriso surgisse no seu rosto. Me apertei contra seu corpo.

— Então é verdade que estamos namorando novamente? – perguntou

— Você está amarrado à mim novamente, garotão – falei sorrindo

   Ele sorriu e me beijou novamente.

— Vamos tomar banho? – perguntei me levantando e indo para o banheiro, deixei a porta meio aberta e logo ele entrou

   O encarei, meu Deus, isso não devia existir. Realmente, Maycon ficava no chão comparado ao Thomas, porque aquilo sim era um homem bonito. Voltamos ao quarto e nós nos vestimos, então ouvimos batidas na porta.

— Liz, abre a porta – era Yuri

— Estou me vestindo, me deixe Yuri – respondi

— Sei que Thomas está aí – falou Yan – Você fez muito barulho de noite, se não for ele é o cara da sua escola.

— Eu... não sei do que estão falando – falei ignorando a careta de Thomas

— Oliver já foi embora – Yuri respondeu – Abre agora!

     Bufei e abri a porta, eles entraram e olharam Thomas.

— Mano, não sei se te abraço por ter voltado ou se te bato por ter dormido com minha irmã – Yan disse e sorriu

— Eu agradeceria se fosse na primeira opção – Thomas respondeu

— Então vem aqui – abriu e braços os dois se abraçaram

    Sorri, finalmente as coisas pareciam estar entrando nos eixos


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Notas finais do capítulo

Recomendem se acharem que mereço!
Bjss gente!



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