Perfectly Imperfect escrita por Ana Martins


Capítulo 32
Capítulo 32


Notas iniciais do capítulo

Gente, esse é o último capítulo. Sinto muito pelos erros, pela demora. Só quero dizer que amei escrever essa história do fundo do meu coração, vocês são os melhores leitores, e quero agradecer pela recomendação que recebi. Amo muito vocês!



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— Liz, diz pro seu namorado deixar no canal que estava? – Alex disse enquanto Thomas passava os canais com tédio – Deixa ali, seu abusado!

   Eu ri da minha cunhada. Estava deitada no sofá maior com Thomas, minhas pernas sobre seu colo e Alex estava deitada no sofá menor apenas reclamando. Me inclinei para frente e beijei o pescoço de Thomas passando as mãos pelo seu braço, e bem rápida, tirei o controle das mãos do meu namorado e joguei para a cunhada.

— Obrigada, você é a melhor – falou – Estou tão animada, nem acredito que Marji está vindo para cá!

— Quem é Marji? – perguntei

— Minha melhor amiga – ela disse e riu – Ah, ela era louca pelo Thomas.

   Olhei para Thomas.

— Ah, é mesmo? – perguntei ainda lhe olhando e ele corou

— Perdeu a oportunidade de ficar calada, pirralha – retrucou

— Não, ela devia mesmo ter dito – falei – Alex, você já avisou sua amiga que Thomas não está mais disponível né?

— Sim – ela riu e Thomas também

— Ciúmes? – perguntou perguntou Thomas sorrindo de lado

— Cuidado – corrigi e ele me beijou – Não adianta adular.

   Ele passou os beijos para meu pescoço, fazendo minha pele arrepiar. Passei os braços pelos seus ombros e afundei minhas mãos no seu cabelo. Eu já não sentia raiva, nem ciúmes, apenas uma vontade de leva-lo para o andar de cima.

— Arrumem um quarto, não quero ver pornografia – retrucou Alex

— Tudo bem – Thom respondeu e levantou me puxando pela mão

— Nós não vamos... – tentei falar para ela corando

— Eu sei que vão, vocês fazem muito barulho – respondeu rindo, corei mais ainda

    Thomas fechou a porta e me beijou novamente, mas dessa vez de um modo mais vulgar. Tirei sua blusa e comecei a tirar seu cinto, mas antes ele tirou minhas mãos de lá e retirou minha blusa e desabotoando o sutiã.

— Nós não vamos transar – falou com a voz fina rindo

— Se estiver achando ruim eu posso fazer uma greve – respondi me afastando com ele me olhando descaradamente

—Não, está ótimo – disse abaixando meu short e me puxando para sua cama

                                                  ***

— Vamos comer alguma coisa? – perguntei me espreguiçando

— Só se for panqueca – disse sorrindo

   Me vesti com sua camiseta e sua cueca, se bem que a cueca quase desaparecia com a blusa, ele se vestiu com apenas de roupa intima e uma bermuda e me encarou sorrindo de lado.

— Tenho uma leve impressão que minhas roupas ficam melhor em você do que em mim – falou abrindo a porta e saindo

— Esse é o poder de ser linda – brinquei saindo junto

    Estávamos descendo as escadas quando eu ouvi um grito fino e uma menina de cabelos castanhos veio correndo e abraçou o Thomas. Encarei a menina descaradamente, apenas desviei o olhar para Alex.

      Ela era alta, com um cabelo castanho com pontas enroladas, o que eu sempre fazia no meu cabelo, odiava esse liso escorrido, e ela tinha olhos escuros. Marjana tinha um corpo bonito e eu fiquei com um pouco de inveja, eu não tinha tantas curvas.

— Ow, Marjana? Quando você chegou? – perguntou Thomas a afastando porque ele tinha amor a sua vida

— Já tem um tempo, Alex disse que você estava ocupado – ela disse sorrindo e pareceu me notar – Oi?

— É, eu estava com minha namorada, futura esposa – ele disse sorrindo abertamente, o sorriso dela vacilou

— Olá, sou Elizabeth – falei e olhei para Thomas – Fiquei um pouco com as visitas, vou preparar as panquecas.

— Ok, amor – ele me beijou e só por isso talvez eu não mate ele

    Olhei para Alex quando estava saindo e fiz uma careta. Ela riu e eu fiz as panquecas. Quando voltei Thomas estava encostado na parede do caminho da cozinha e as meninas sentadas no sofá. Entreguei a Alex e olhei para Thomas.

— Vou ter que ir em casa – falei e ele me olhou confuso

— Pensei que fosse dormir aqui – disse

— Yuri convocou uma reunião – respondi – Ele tem algo a nós dizer.

— Eu acho que já sei o que é – Thomas riu como uma criança

— Então vem comigo? – perguntei lhe abraçando, dando pequenos selinhos e o encarando  

— Como negar um pedido desse? – falou e eu ri

— E eu? E a Marji? – Alex perguntou escutando nossa conversa, Marjana mandou um olhar magoado na direção de Thom

— Você sabe onde está o dinheiro reserva e meu número – Thom beijou sua testa

— Desculpa, Alex – falei corando

— Tudo bem, Beth, não se preocupe com isso – ela sorriu simpática – Você tomou o controle dele para mim, estou te devendo essa.

— Mas nós voltaremos para cá – falei – Só irá ser um jantar, tenho uma ideia do que meu irmão irá dizer.

— Liz! Vem logo se arrumar – falou Thomas do andar de cima

    Subi e me vesti. Me despedi das meninas e fomos em direção da minha casa. Vi o carro do Yuri e do Yan, junto com a caminhonete da minha mãe na garagem. Thomas estacionou e logo já estávamos na bagunça da minha casa. Todos nos cumprimentaram e nós conversamos bastante. Quando já estava tarde, nós nos juntamos na mesa de jantar.

— Então, diz logo Yuri – Thomas fala sorrindo

— Mãe, pai – ele disse se levantando com uma taça de vinho, ele estava com um corte de cabelo militar deixando-o com uma aparência mais séria, mas seu sorriso aberto ainda estava ali – Paul e maninhos.

— Para de enrolar – eu disse e ele riu alto

— Tenho o prazer de dizer que Raphaela está gravida – ele diz sorrindo como nunca

— Ai, meu Deus – minha mãe se levanta e praticamente pula para cima da nora

   A sala explodiu em parabéns. Fiz questão de parabenizar o casal que havia se casado um ano atrás, mais ou menos a época que eu e Thomas assumimos o noivado. Iriamos nos casar logo após da formatura. Eu contava os dias para terminar meu curso.

    Logo depois voltamos para casa de Thomas, nós ficamos na varanda, ouvindo as meninas rirem. Ele me abraçou, passando os braços por meu quadril, seus lábios beijaram meu pescoço com delicadeza, fazendo meu corpo inteiro se arrepiar.

— Nós poderíamos não é? – perguntou para mim

— O que? – perguntei

— Ter um neném também – ele disse sorrindo, nunca tinha visto esse brilho nos seus olhos

— Estou quase terminando a faculdade, amor – falei – Não seria o momento, e tem o noivado...

— Ok, eu sei – ele disse – Eu sei que é uma ideia maluca, mas de repente...

— Eu sei – falei e lhe beijei – Claro que poderíamos. Eu gostaria que fosse menina.

    Ele riu um momento pensando.

— Não me importaria o sexo – diz por fim - Então... nós podemos tentar após o casamento.

— Por enquanto – falo passando as mãos pelos seus ombros em direção à sua nuca – Nós podemos praticar.

    Thomas gargalha alto, me puxando mais para perto.

— Com toda certeza podemos – diz e me beija

                                                         ***

2 anos depois

    Acordei sorridente, a luz do sol entrava preguiçosamente pela janela em que eu tinha esquecido de fechar a cortina. Rolei para o lado, Thomas já tinha ido trabalhar, e deixado um bilhete em cima do travesseiro desejando um bom dia e dizendo que deixou o café pronto.

    Sorri e me arrumei para o trabalho. Não almoçávamos juntos, nossas empresas eram em cantos opostos e muito distantes. Mas justo naquele dia me senti mal. Começou com tontura, e minha pressão caiu.

    Minha colega sugeriu que eu fosse à um posto de saúde e voltasse para casa. E foi o que fiz, fui direto para o consultório do meu pai, que logo ficou preocupado com meus sintomas.

— Está se alimentando direito? – perguntou e eu assenti

— Estou sim, pai – falei – Deve ter sido apenas a pressão que abaixou.

— Vai sair o resultado em duas horas – ele disse depois de tirar meu sangue e me olhou – Podemos conversar nesse tempo se não tiver com pressa, faz muito tempo que não conversa com seu velho.

    Apesar da sua idade, meu pai não aparentava ter tudo aquilo, mesmo com seu cabelo ficando branco. Fomos para a cantina e conversamos bastante, ele me forçou a comer aquela comida horrível. O tempo passou voando, era sempre assim quando eu estava com as pessoas que amo.

— Já deve ter saído o resultado – falou e me levou para sua sala

    Oliver encarou o papel por um momento e olhou para mim surpreso. Eu não aguentava mais aquele silêncio e logo estava lhe questionando. Ele abriu um sorriso enorme e me passou o papel.

— Parabéns, minha filha – falou e encarei o papel sem acreditar

    Minha mão voou para meu ventre, e logo estava sorrindo com a possibilidade de ter uma criança nos braços. Nem tinha percebido, mas tinha algumas lagrimas descendo pelo meu rosto. Abracei meu pai sem conter a felicidade.

— Vou ser mãe, pai – disse e minha mente voltou para Thomas – Eu tenho que falar para o Thom.

— Sim, vou ser avó – ele diz e ri – De novo.

    Me despedi e voltei para casa. Passando em um mercado e comprando velas aromáticas, e mais umas coisas. Tinha uma ideia de como contaria para Thomas. Voltei para casa e coloquei as velas da porta em direção ao nosso quarto no andar de cima.

    Montei a caixa e deixei em cima da cama. Coloquei a câmera para filmar quando ouvi seu carro no lado de fora e subi para o quarto. Eu vestia uma camisola preta que ele havia comprado para mim um tempo antes e me posicionei ao lado da cama.

     Ouvi sua risada do andar de baixo quando abriu a porta da frente e ele apareceu no quarto com um olhar malicioso. Seu olhar passou de mim para a caixa, e ele pareceu confuso. A luz que havia era das velas.

— O que está acontecendo? – perguntou me beijando

— Tenho uma surpresa – falei sorrindo – Abra a caixa.

    Ele me beijou mais uma vez e virou de costas para abrir a caixa. Eu o vi ficar encarando o conteúdo. O teste de gravidez, um sapatinho esquerda azul e uma direita rosa. Thomas se virou para mim sorrindo.

— Isso é sério, Elizabeth? – perguntou observando meu rosto

  Apenas assenti e passei as mãos pelo meu ventre.

— Aí, meu Deus – ele me abraçou e me beijou – Você não sabe como eu te amo! Caramba... – ele olhou para minha barriga – Também já amo você!

    Eu ri alto.

— Também te amo muito – falei e ele me girou nos seus braços, nos fazendo cair na cama

— Seremos muito felizes – ele me prometeu beijando meu pescoço – Nós três. Seremos muito felizes!

— Eu acredito em você – lhe beijei de volta

   E acreditava mesmo, afinal, com ele eu sempre seria feliz, não importava o lugar, muito menos o momento, e agora com toda certeza tudo iria melhorar mais ainda.


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Notas finais do capítulo

Genteeee, beijoooooos, vou sentir saudades dos comentários de vocês. Mas assim, não esquece de comentar o que achou da história, se puderem recomendem. Um beijo, um queijo, e tchau!



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