Perfectly Imperfect escrita por Ana Martins


Capítulo 29
Capitulo 29


Notas iniciais do capítulo

Helloooooo
Aqui estouuuu



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    Ajeitei o vestido olhando meu reflexo no espelho da Elaine, ela tinha me convencido à ir em uma festa, porque o novo ficante dela iria. Ou seja, irei ser vela. Olha que maravilha, não tem coisa melhor.

   Se bem que Maycon também vai, então talvez eu não seja tão vela assim. Por essa razão, eu estava meio paranoica com meu visual. O vestido era vermelho justo, porém comportado, coloquei saltos pretos com detalhes brilhantes para combinar com meu colar.

    Cacheei as pontas do meu cabelo e fiz uma maquiagem leve por duas razões: Eu não sabia fazer uma maquiagem complexa e não gostava muito de ter o rosto carregado.

   Olhei para minha amiga já pronta, Elaine estava com um vestido preto curto e justo ao seu corpo. Recentemente ela tinha cortado o cabelo, deixando cachos pequenos ao redor do rosto e acima dos ombros.

— Pronta? – perguntou

— Lógico – respondi – John vai vir nos buscar?

— Sim, já está lá embaixo – respondeu pegando a bolsa

   Descemos juntas, John estava com calça jeans e uma blusa social. Ele era muito loiro, já desconfiei que era albino, pelo seu cabelo quase branco, mas suas sombrascelhas são escuras como seus olhos.

— Oi, gatinha – ele disse e beijou rapidamente Elaine – E aí, Liz?

— Tudo bem, John? – perguntei sentando no banco de trás

— Tudo ótimo – respondeu e acelerou

    Nos dirigimos à casa que haveria a festa. A casa era enorme, superbem desenhada para adolescentes a destruírem em suas festas. Entrei sem esperar pela minha amiga, que já tinha começado sua missão de me deixar de vela.

   Por dentro a casa estava com uma iluminação vermelha, e jogos de luz. Uma amiga veio me abraçar, ela era branca dos cabelos castanhos, mas o que chamava atenção era seus olhos de cores diferentes, um castanho e outro azul.

— Elizabeth, tenho um cara para te apresentar – ela disse rápido – Acabou de chegar de viagem e mandou pastar quase todas da festa.

— Mell, eu não estou interessada – falei procurando May ao redor

— Por favor, você nem viu o cara – ela debochou – Sabe o Maycon? Fica no chinelo. Vem – ela pegou minha mão – Vou te passar as coordenadas, na esquerda tem o bar, lá no fundo tem os drogados, não vá para lá – disse rápido e gesticulando – Lá em cima tem os caras da camisinha – e me olhou – Se bem que você tem cara de inocente.

     Abri a boca para falar, mas quando olhei para frente o mundo pareceu parar de rodar por um segundo. Meu coração parecia uma britadeira dentro do meu peito enquanto eu encarava aqueles olhos brilhantes.

    Thomas também me encarava de volta, e como eu poderia descreve-lo? Acho que esse tempo no Canadá foi muito melhor para ele do que imaginava. Estava musculoso, podia notar pelo tecido grudado aos seus bíceps. Seu cabelo estava maior e jogado para o lado de um jeito desleixado.

    Mas seus olhos, eram o que matava. Continuavam brilhantes e mais verdes do que me lembrava, um arrepio subiu na minha espinha lembrando de algumas coisas.

— Melissa, eu preciso de uma bebida forte – falei quando ele deu um passo à frente

— Mas... Beth – ouvi ela dizer antes que eu pudesse dar o pé dali

    Fui ao bar, pedindo a bebida mais forte que eles tinham.

POV YAN

— Eu não vou ficar de vela para vocês! – falei para Yuri e Rapha

— Da um tempo nessa sua vida de galinha, Yan – Rapha falou do banco da frente

— Só esperando pela garota certa, Rapha – falei

— Quem sabe você não encontra ela lá? – Yuri riu da minha cara

   Estacionou o carro e eu pulei para fora, mas logo me arrependi, Elaine fora a primeira pessoa que vi. Ela estava maravilhosa, acho que até passei um tempo paralisado, mas então notei um cara loiro ao seu lado.

    Ela ria de algo e limpava o batom vermelho no rosto dele. Meu estômago se revirou e eles entraram pela porta da frente. Alguém deu tapinhas no meu ombro e encarei os olhos azuis da minha cunhada.

— A fila anda – falou e riu

— Eu sou um babaca não é? – perguntei e Yuri me olhou

— Você já foi, agora é um pobre coitado – respondeu

— Você conseguiu ser mais carinhoso que a Liz, não sei qual eu deixaria morrer primeiro – me afastei entrando na festa

   Eu poderia pegar qualquer garota, tanto que quando entrei várias garotas me olharam curiosas. Fui até o bar e vi Elizabeth bebendo, o que estranhei, então como um ótimo irmão, peguei minha bebida e dei o fora dali.

   Fui para o canto e entrei na sacada, já que lá estava muito quente. Me apoiei e olhei para o céu, estava brilhante. Me senti solitário e me chamei de otário por estar sozinho em uma festa.

— Idiota, não acredito nisso! – alguém diz

— Eu só estou um pouco alterado, gatinha, relaxa – respondeu – Ainda podemos curtir a noite.

— Justin! Justin! – chamou a pessoa, garota – Leva ele para casa, está muito bêbado.

— Oh, merda – falou a terceira vez – Desculpa pelo meu irmão, Elaine.

— Só leve ele para casa – respondeu

    Fiquei calado. Parece que não era só eu que não estava curtindo a noite, continuei do jeito que estava, me sentindo um intruso por ter escutado conversas dos outros.

— Ow, caralho – falou a voz atrás de mim – O que está fazendo aqui?

— O mesmo que você – falei me virando para Elaine e levantando minha cerveja sorrindo – Isso é uma festa, Anny me convidou.

— Dormiu com ela também? – perguntou seca e se apoiou na grande como eu e olhou para baixo

— Não precisei dessa vez – respondi cínico – Eu já te pedi desculpas, eu gostava de verdade na época, não fiz aquilo querendo.

   Ela continuou olhando para baixo de depois me encarou.

— Ok, melhor esquecer isso – respondeu baixo e se afastou

— Elaine – falei e segurei seu pulso me aproximando um pouco – Nós poderíamos ser ao menos amigos, não precisa fugir de mim quando for na minha casa.

— Eu não fujo de você – respondeu empinando o nariz

— Oh, não – ironizei – Você tem medo da escuridão agora?

— É perigoso – falou olhando para os lados – Pode ter um estuprador entre os prédios, sabia?

— Sim, mas eu não iria me importar de te deixar em sua casa – falei me aproximando mais, era impossível não aproximar

   Seu cabelo estava ao redor do seu rosto, algumas mexas caindo sobre a maçãs do rosto. Totalmente sexy, sem contar que seu corpo tinha melhorado, muito mesmo.

— Mas você não tinha razão para isso – falou parecendo atordoada – Não sou nada sua.

   Lhe olhei como se ela tivesse falado a maior besteira da vida dela. Porque na realidade, eu realmente me preocupava, e nunca me perdoaria se ela se machucasse no caminho para casa.

— Não importa – ela balançou a cabeça, fazendo as mexas voarem – Aqui não é o lugar, e muito menos o momento para discutir isso.

   Ela soltou sua mão da minha e se afastou, mas fui mais rápido, passando os braços pela sua cintura e a puxando para perto de mim. Sua boca estava aberta em surpresa e a puxei mais para perto.

— Podemos não falar – falei

   Não esperei por qualquer resposta dela, apenas juntei nossos lábios. Quase gemi com o contato, senti o ar ficar rarefeito ao nosso redor e o mundo derreter aos poucos.

   Peguei um pouco do seu cabelo aprofundando nosso beijo, o deixando mais quente. Quando notei ela estava entre mim e a parede, apertei sua cintura e desci minha mão para sua coxa.

   Então ela me afastou.

— Porque fez isso idiota? – perguntou rude

— Porque – olhei para seu rosto – Foi maior do que qualquer coisa.

   Ela suspirou e olhou para outro canto.

— Não era para você ter feito isso – falou se afastando

— Elaine...

— Era para eu te ignorar pelo resto da vida, e jogar na sua cara o quanto fiquei melhor sem você – ela disse e a olhei ferido – E você me beija me fazendo cair na real.

— Como assim? – perguntei depois de um momento

   Ela apenas saiu, queria ir atrás dela, mas minhas pernas estavam grudadas ao chão. Esse é o problema, eu tinha que ir atrás dela, principalmente quando vi ela correr pela rua deserta.


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