Sairia, A fada da Floresta escrita por Teilian


Capítulo 8
A Sombra se esconde na escuridão.


Notas iniciais do capítulo

Batalha de Ninfas, e Demónios sugadores de almas, tudo em apenas um cápitulo.



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Bateu suas asas rumo à ele.

Pousou em sua frente e encararam-se por alguns segundos.

–Você ainda não foi embora. - Especulou.

–Tudo indica que ainda estou aqui - Brincou

–Há perigos nesta ilha, você devia ir embora o mais rápido possível.

Ele suspirou, fazendo pouco caso.

Um enorme rugido ecoou pelas florestas e duas enormes panteras, negras com os olhos amarelados, elas começaram a rosnar para o humano.

–Como disse, há muitos perigos. -Sorriu -

–Devo temer as panteras ou à você?

Ela arregalou os olhos.

–A única ameaça que vejo e você - Disse convicto.

–E o que pretende fazer contra essa ameaça? - Fitou ele com um olhar desafiador

Ele riu.

–Isto não e um combate, nem mesmo uma guerra.

–Sei que você é a ultima voz desta ilha e pode me aniquilar a qualquer momento, mas o que te impede? -

Ela ficou sem palavras, quanta ousadia deste humano em falar assim comigo pensou.

–Considere que estou de bom humor, mas não irá durar para sempre. -

Ela não esperou uma contra resposta, alçou voo naquele momento.

''Me recuso a acreditar que alguém possa me desafiar, um humano raça insignificante um corte e acabaria com ele agora mesmo, quanto ódio, ele pensa que é quem? deixo ele viver na floresta por este tempinho e acha que pode dirigir a palavra a mim. Suspirou.
Talvez eu esteja sendo mesquinha neste momento, sou a protetora a floresta permite ele viver nela, por algo misterioso não consigo rastreá-lo, venho deixando este humano de lado neste meio tempo, mas está na hora de tirar isto à limpo.''

Bateu asas ate uma área da ilha perto da enorme montanha, era um vulcão adormecido, ao lado tinha alguns pequenos lagos térmicos a agua era quente.

Retirou todas suas roupas, e suas curvas foram banhadas pela agua quente, flutuou enquanto o vapor passava pelo seu corpo, seus pensamentos sincronizavam um único foco o humano que ela nem sabia o nome.

''Cabelos pretos, pele branca, magro, desengonçado, realmente a floresta deve ver o interior para manter ele aqui. '' riu sozinha.

–E tão fácil matar, difícil e viver com a culpa. -Murmurou

Ela fechou seus olhos e começou a ouvir uma voz levemente em sua cabeça que aumenta gradativamente.

–Samanta.. Samanta, Samanta..

–Oi? Disse Samanta com os cabelos louros em uma estrada abandonada.

–Me seguindo novamente Joseph -

–Vou começar a achar que é um psicopata -

–Talvez eu seja -

Samanta deu dois passos para trás.

Ambos se encararam e começaram a rir intensamente.

–O psicopata ataca, já posso ver a matéria no Jornal - Disse ela

–E qual seria? Sorriu de leve.

–O psicopata que desenha suas vitimas antes da morte -

–As vítimas mais lindas -

–As? - Disse o fuzilando com o olhar.

Ele aproximou-se dela ficando com os rostos colados um no outro, seus lábios estavam prestes a se encostar.

Mas ele recuou roubando uma caixa que ela carregava.

–OH, Meu Deus - Gritou ao abrir a caixa.

–Encontrei a sequestradora de gatos -

–Sem paranoia, por favor - Pegou a caixa novamente com os gatinhos dentro dela.

Estava apenas ajudando os gatos, os encontrei hoje perto da escola, estavam abandonados.

–Este pretinho e lindo - Estavam próximos novamente.

Os olhares se cruzaram, ambos hipnotizados um pelo outro.

''Barulho de gato gritando''

–Socorro!! -

Um gato pulou de dentro da caixa e estava na cara de Joseph.

–Ai meu Deus -

Samanta retirou o gato, com dificuldade do rosto de Joseph -

–Acho que pegamos o psicopata - Disse com voz de dor.

Ambos começaram a rir ele era desengonçado com os cabelos negros, magro um pouco mais alto que Samanta, ela gostava dele, ambos se encaravam enquanto sorriam um para o outro, como se fossem dois bobos, estavam apaixonados, ele se aproximou do rosto de Samanta e seus lábios se tocaram, ele arrepiou.

Sairia acorda da lembrança, Que sensação era aquela? O Humano estava em cima dela com seus lábios entrelaçados no seu, Queria que aquele momento nunca acaba-se, seu corpo em cima do dela, ela mal conseguia sentir o seu próprio corpo, mas o dele era como se fossem unicamente um.

Ele se afastou e ela começou a tossir saindo água de seu corpo.

–Você está bem? Disse preocupado

Ela olhou não compreendendo a situação, mas estava afundando no mar negro de seus olhos, dessa vez estava hipnotizada mas não pelas sereias, ele era magro mas ao mesmo tempo escultural sua pele estava vermelha, a agua fervente o havia queimado, naquele momento ela queria toca-lo, mas a situação à rendeu perguntas.

–Você me seguiu? Disse com a voz fraca.

–Ótima maneira de agradecer quem acaba de te salvar.

–Salva?

–Você começou a se afogar.

Ela interrompeu.

–Estava me espionando?

Ele ficou sem jeito.

Ela ficou mais ainda ao olhar para seu corpo.

Estava completamente nua.

–Pela Deusa - Gritou

O empurrou para dentro da água ele gritou de dor, e correu para vestir suas roupas, vestiu em um passe de magica e bateu suas asas para longe dali.

Ao chegar em sua árvore começou a pensar no acontecido.

Alguém havia tocado seus lábios pela primeira vez, nunca pensou que seria com um humano, sempre pensou que seria com... desviou seu pensamento tentando esquecer algo do passado.

Ela não estava sobe feitiço de hipnotização, claro foi para salva-la mas e quase um beijo. pensou, estou caindo nos pecados dos humanos? Na perdição que tantos falavam, oh céus. pensou

Mesmo em desespero corou com um sorriso bobo.

Mas foi interrompida com uma sensação ruim, bateu asas cortando o vento ao cálice do lago central.

A cor da agua no caldeirão estava vermelha, algo ocorria na ilha.

Passou levemente sua mão sobre a agua, o caldeirão brilhou mostrando uma batalha na ilha, duas ninfas brigavam, a Ninfa da luz contra a ninfa do Ar. Lília versus Terá.

Briga de Ninfas? Serio? Pensou consigo mesma.

Bateu suas asas voando sobre a floresta ate chegar ao local da luta, uma enorme rajada de vento fez um rastro de destruição.

Logo um feixe de luz foi disparado destruindo mais a floresta.

–Você passou dos limites Lília - Disse Terá com seus cabelos negros e olhos esverdeados vestindo um pequeno vestido branco.

Lília a fada da luz tinha os cabelos roxeados vestia um vestido preto longo, irónico o preto era sua cor favorita.

–Foi você que tentou me matar está noite– Disse Terá

–Por que eu tentaria te matar? Lançou uma feixe de luz que foi bloqueado por uma esfera de vento criado pela Terá.

O ar se quebrava com a velocidade de seus movimentos, a luta não se resumia apenas em seus poderes e sim em suas habilidades.

Terá desviava de todos os ataques de Lilia, ao dominar o ar ela conseguia prever seus movimentos é em um deles o braço de Lilian moveu-se ao rosto dela.

Em uma velocidade estrondosa, Terá desviou e apareceu em cima de Lilia e juntou suas mãos e a socou na cabeça indo em disparada do chão, o barulho foi intenso fazendo animais fugirem, os passarinhos bateram asas os outros corriam em disparada, a poeira os cegou por alguns estantes.

Tera voava no ar esperando a poeira cessar, uma luz intensa tão intensa quanto o sol brilhou rumo à Terá um feixe a atravessou, o seu grito de dor ecoou pela floresta.

Ela caiu no relento do chão com grandes queimaduras na pele.

–Como e sentir a luz do sol aumentada cem vezes? Disse Lilian saindo da cratera após a poeira cessar.

–Você irá lamentar ter me acusado - Disse Lilia rosnando.

–Chega- Gritou Sairia.

Raízes brotaram do chão e agarraram as duas Ninfas à envolvendo o corpo todo, estavam neutralizadas.

–Sabem quantas árvores morreram nesta batalha inútil - Repreendeu.

–Honram serem seres divinos poderosos, mas se rendem a fúria?

–Ela tentou me matar- Murmurou com dificuldade a Ninfa do ar.

–Matar? Disse a fada e fitou o olhar para Lilian a fada da luz.

–A noite adormeci em um sono profundo, e acordei subitamente com algo me sufocando, mas não havia ninguém, porem algo prendia minha respiração naquele momento, não conseguia respirar e então concentrei o meu poder e consegui escapar, a única entidade que senti a energia por perto foi dela. - Disse a ninfa do ar rosnando os dentes.

–Vamos resolver isto no Cálice

Sairia ergueu seu graveto que brilhou é em um piscar de olhos estavam em volta do caldeirão.

Sairia estendeu sua mão e já sabiam o procedimento.

Arrancaram seus próprios fios de cabelo e entregaram à fada que os colocou no caldeirão.

Levemente os dedos de Sairia tocaram a agua que começou a revelar a imagem do acontecido.

Terá adormecia fora de sua árvore repousando entre as raízes amostras, as estrelas brilhavam intensamente e a luz da lua estava fraca, um vulto aparece diante dela, uma sombra ficou parada por alguns segundos, aparentava seu um homem com um capuz mas era como se a noite e ele fossem um só, a energia de Terá começou a ser sugada a sombra estendeu suas mão à ela, sua alma começava a sair de seu corpo vagarosamente, sua vida esvaia aos poucos, sem tempo de reação, mas seus olhos abriram e ela começou a se debater contra o chão, não conseguia respirar, a sombra continuou sugando a energia, e então houve uma explosão de poder, Terá conseguiu respirar e olhou para os lados em busca de algo mas a sombra havia desaparecido.

Sairia trocou olhares tenebrosos com as ninfas, todas estavam sem palavras.

–Demónios atacando ninfas? Murmurou Lília

–Isto só acontece quando param de temer a Fada protetora - Disse Terá provocando.

Sairia a fitou com um olhar desafiador.

–Quando dormimos fora da árvore estamos expostos à eles, o espirito da árvore nos protege no momento de sono.

–Você estava fora. -

–Mas porque atacar uma ninfa? Indagou Lília

Sairia suspirou.

–Se caso ainda tiverem com a hipótese de que minha presença não causa medo, ela será respondida está noite.

O vento as transpassou.

Sairia voltou para sua árvore, organizou algumas coisas e esperou a noite cair sobre a floresta, logo os raios solares deixaram de tocar o solo fértil e a noite banhou a todos com sua luz fosca.

Sairia saiu de sua árvore e ao canalizar sua energia colocou sua mão no solo, ao toca-lo havia acesso a tudo na floresta, ela procurou em cada canto e o encontrou. Bateu suas asas rapidamente chegou ao local, ficou escondida esperando o melhor momento.

Seus olhos arregalaram ao ver o humano deitado no chão em meio as folhas.

A Sombra apareceu, mesmo longe do humano Sairia já podia notar o corpo dele arrepiando-se com a presença maligna.

–A sombra raramente mostrava sua verdadeira forma, mas naquela noite Sairia conseguiu ver os seus olhos vermelhos sedentos por alma da cintura para cima sua silhueta era de um homem com um capuz, mas seu rosto era desconhecido coberto pela escuridão..

Ele começou a se aproximar do humano quando Sairia apareceu com passos cautelosos.

–Atacando ninfas,? - Brincou.

A sombra virou-se rapidamente para a fada.

–Fada... - Sua voz era rouca e grave.

–Foi um erro atacar a ninfa, não irá se repetir.- Disse educadamente.

–Não irá - Ela ergueu seu graveto que se transformou em um cajado

–Mas antes, por que se arriscar atacando uma ninfa?

Ele gargalhou

–O mestre voltará -

Os olhos de Sairia arregalaram-se

–Sua sorte fada, e que ele gosta de você. -

Ela ergueu o cajado e ele brilhou intensamente.

A sombra ao ver tentou fugir se misturando com a escuridão da noite, mas algo o impedia, ele estava preso em uma caixa de energia.

–Não pode me prender aqui para sempre - Gargalhou.

–E não irei - Sorriu a fada cravando o cajado no chão.

–Você irá voltar para o seu doce lar -

–Os olhos dele arregalaram-se e um grito ensurdecedor pode ser ouvido por quase toda a floresta.

Sairia usou sua energia para que o humano não acorda-se

Ela bateu suas asas e raios saíram de sua mão rumo ao cajado no chão.

–Por favor, não. -

O demónio tentava sair a todo custo da caixa, mas uma labareda de chama rubro sangue formou-se em baixo dele, logo completou o circulo e gritos começaram a vir la de dentro, gritos de dor, pedidos de socorro e misericórdia, e vozes rindo na desgraça dos outros.

–Eu lhe imploro. - Suplicou.

–Volte para o lugar que nunca devia ter saído - Ergueu o cajado - Ao submundo -

A caixa abriu-se e o circulo de chamas começou a sugar o demónio que no seu ultimo estante mostrou sua verdadeira forma, era horripilante, chifres e dentes afiadas dominavam seu rosto, deixaria qualquer criatura com os joelhos trémulos, mas não Sairia, ela já havia convivido com o pior dos demónios.

O circulo se fechou e Sairia caminhou em passos curtos ate o humano adormecido.

Ela ajoelhou-se perante ele.

'' És tão lindo enquanto dorme, uma criatura pura, no entanto um humano''

Ela acariciava seu rosto, tocar ele lhe dava prazer, um sentimento inexplorado surgia dentro da fada, ao mesmo tempo que queria parar, desejava passar a noite alisando seus cabelos.

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Notas finais do capítulo

Estou adorando entrar e ver um comentario, significa muito. Obrigado



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