Sairia, A fada da Floresta escrita por Teilian


Capítulo 7
O portal.


Notas iniciais do capítulo

Notas:
Neste capitulo Sairia conversa com o espirito da árvore mãe e recebe uma visita de outra dimensão.



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Sairia está confusa, o que um ser divino ganharia em salva-la?

Dúvidas, está e a palavra.

Um cerco se formou perante a fada da floresta, mas o dever à chama, acima de tudo ela e a protetora, a escolhida.

O graveto está em suas mãos, caminhando rumo ao lago ela toca ele na agua avermelhada, ao leve toque o vermelho rubro sumiu e a água brilhou, nunca esteve tão limpa.

Aos poucos a lua deu espaço para a grandiosa estrela, o Sol.

A floresta sofria de chuvas frequentemente, e logo começou as pequenas gotas a caírem do céu, e a grandiosa estrela deu espaço para as nuvens fazerem seu trabalho.

Sairia caminha com passos curtos e cabeça baixa, estava pálida, estaria sofrendo? Perdida em seus próprios pensamentos, este era o único dia da sua vida que pensou em uma folga, ela queria um tempo para pensar, um tempo para ela mesma.

Aquele dia foi longo, os fazeres pareciam intermináveis, a floresta parecia ter perdido o seu brilho, mas o único brilho perdido era o dela mesmo, suas asas bateram em poucos momentos.

E então no fim da tarde ao por do sol, voou para a arvore mais alta ficava quase ao centro da floresta, era enorme, um monumento da natureza.

Ela escorou naquele tronco, em cima de um galho, sozinha observou o por do sol.

Sua harpa estava acionada e seus dedos foram vagarosos, a musica logo fluiu, aquela melodia era a mais triste de todas, a cada corda tocada uma lágrima escorria. O sofrimento transpassava sua alma e afetava tudo ao seu redor. Mas não era apenas o seu sofrimento, ela carregava um fardo de muitas vidas.

–Uma canção muito triste não e mesmo? Uma voz rouca de uma mulher.

A melodia parou e Sairia olhou de canto para a Idosa, uma aparência amigável vinha daquela senhora, com seus velhos trapos e cabelos brancos amarrados.

–O sofrimento vêm para todos os seres, até mesmo para você minha querida. - Olhou com um olhar vago. - Você precisará ser forte para o que virá, a ruina está na alma sedimentada de duvidas -

–Preciso de respostas - murmurou a fada.

–Todos nós temos perguntas, mas nem todas tem respostas, para o ciclo continuar temos que aprender a guardar apenas o necessário - Colocou sua mão no ombro da fada.

–Eu faço parte de você e você faz parte de mim - A senhora sorriu ao dizer.

Será quer errarei com ele, do mesmo jeito que fiz com... - Ela não queria pronunciar o nome parecia trazer uma dor imensa.

–Se apaixonando novamente?

–Nunca me apaixonei. - Murmurou

–A paixão tem várias formas, sei que sofre por ele, o visitou depois daquele tenebroso dia?

Ela mexeu a cabeça negativamente.

–Sinto que estou errando, sempre errando. -Suas lagrimas escorreram.

–O seu erro e acreditar que existe algum erro, você e a senhora da floresta à nossa protetora - Suspirou -Minhas raízes passaram diversas camadas de terra, aos olhos de muitos estou presa, mas poucos sabem que a nossa liberdade está nos mínimos detalhes, vim de uma pequena semente plantada e germinada pela primeira fada, sou a primeira de todas, sou mãe de muitas. - Seus olhos brilhavam a cada palavra. - Sou a referencia para cada pequena planta que cresce, e estou nos pensamentos das ultimas que morrem -

A fada fecha os olhos por alguns segundos minutos e o vento transpassa seu corpo.

–Mesmo presa ao solo, parada em um único lugar, sei que existe pessoas que crê em mim e está é a minha liberdade, posso acordar triste e inevitável– Pausou e admirou a paisagem - Mas ao olhar para a vasta floresta ganho forças - disse sorrindo

–Substitua sua carga de problemas, valorize as respostas que você já possui e viva intensamente -

–A Floresta e o meu solo - Murmurou a fada, seus olhos lacrimejavam.

Elas deram as mãos e o olhar de ambas era de uma cumplicidade inigualável.

As folhas das arvores caiam levemente levadas pelo vento rumo ao por do sol. As folham caíram rumo á senhora e logo sumiu no meio delas. Sairia sorriu levemente admirando ao por do sol.

Era o sétimo dia do mês os problemas precisavam ser apaziguados pois uma visita marcada estava para chegar, ela bateu asas ao se lembrar, tomou um rápido banho no lago, vestiu um pequeno vestido amarelo e voou para as arvores da renascenças, são duas árvores sempre estão uma estação à frente das outras, suas folhas estão amareladas como no outono.

Pousou diante das duas enormes árvores e cravou seu graveto no meio de ambas.

Um circulo formou com labaredas de uma chama azul o rodeava, era intenso e esverdeado por dentro.

Algo começou a sair lá de dentro, dois pés cravados com um aço poderoso, seguido de uma armadura dourada, seus cabelos eram escuros como a noite.

É um cavaleiro seguido por duas pessoas, eram elfos uma mulher com roupagens brancas e bordas douradas que cobriam todo o corpo do pescoço para baixo, havia flores enfeitando o seu cabelo.

O homem vestia também um enorme vestido branco mais formal e mostrava parte do peitoral seus cabelos eram quase brancos.

O vento celebrou aquele momento transpassando a todos.

Mas não apenas o vento, os animais se reuniram em volta.

Os três visitantes com portes reais fizeram reverencia a Sairia.

–É uma honra recebe-los aqui - Sorriu.

–A honra e nossa. - disseram em conjunto.

São três habitantes da terra de Trilian, os dois vestidos de brancos fazem parte da realeza, um acordo foi feito, mas não por Sairia tal aliança vem de outras fadas.

A Floresta e cheia de riquezas, e sétima fada protetora fez a aliança com os Elfos de Trilian, com a seguinte frase marcando o acordo.

''' O bem passará por dimensões, basta crer ''

O intuito de tal ato era fornecer material suficiente para os Elfos vencerem as guerras, prometeram paz no mundo chamado Morthan e assim que venceram aboliram a escravidão e são conhecidos por sua bondade e persistência.

A aliança vêm sendo passada de fada à fadas, todos do mundo sabem que as melhores armas são dos Elfos.

–No que estão interessados? - Indagou a fada começando a caminhar, eles a seguiram.

–Uma praga surgiu na nossa região, e há boatos de uma guerra contra nós - Disse o Elfo.

–A guerra e um defeito que deve ser aniquilado - Murmurou o cavaleiro

–A Ganancia ignora a bondade e cega os tolos em busca de poder - Comentou a fada

Os animais gritavam intensamente comemorando a visita à floresta.

Caminharam muito tempo, a Elfa possuía uma magia de seu mundo conseguia capturar o material e colocar em uma pequena bolsa através de sua magia, a quantidade era razoável não iria fazer nenhuma falta.

Sementes eram recolhidas e colocadas na pequena bolsa. Aquilo iria ser plantado em sua região.

–A Doença que assola vocês, trouxeram? -

Balançaram a cabeça positivamente.

Caminharam um bom tempo ate chegar ao enorme lago com o grandioso caldeirão ao centro.

Sairia com seu graveto fez a agua separar-se formando um trajeto pelo meio das aguas.

–Venham. - Fez sinal com a cabeça para à seguirem.

O caldeirão trazia o sentimento da floresta sua cor estava amarelada, significando. Prosperidade e alegria.

Sairia estendeu sua mão para pegar o pequeno frasco contendo o dedo de uma pessoa infetada com a doença.

Ao colocar no caldeirão a cura e imediata.

Mas antes de efetuar tal ato, a fada os encarou olho a olho.

O medo estava estampados em seus rosto

–Qual a preocupação? - Indagou.

Estavam todos suando frios.

–A bondade que pregam e realmente verdadeira? - Disse Sarcástica

–Será mesmo que o sangue de vocês e azul como dizem? São merecedores do trono que reinam? A voz dela aumentava e a densidade do lugar aumentava.

–Aonde quer chegar fada? O tom da voz da elfa estava sombrio.

O tempo de piscarem e Sairia havia recolhido parte do cabelo de cada um deles, estavam perplexos com sua velocidade, ela estava com uma espada em sua mão, certamente o graveto.

–Vocês temem a mim? Sorriu.

Foi jogado os cabelos recolhidos dos três elfo dentro do caldeirão.

–O que está fazendo? O elfo está evidentemente apavorado.

–O Caldeirão vai dizer a verdade– murmurou a fada.

Logo após isso jogou o frasco com a doença dentro do caldeirão.

–Farei algumas perguntas, se for verdade a cor da água ficará verde se for mentira vermelho. -

–Ousa duvidar da verdade da realeza - Disse o cavaleiro.

A elfa o fitou com olhar amedrontador e ele aquietou-se.

–A Bondade reina no reino de vocês? Indagou olhando para o Elfo.

–Reina como sempre reinou - Sorriu

Vermelho, a mão de Sairia passou sobre a agua do caldeirão.

–No reino há bondade, mas a ganancia reina dentro de vocês -

O elfo caiu de joelhos no chão, o sangue começou a escorrer por sua boca seguido de uma tosse seca.

A Elfa ajoelhou-se com lágrimas rolando pelo seu rosto e segurou em seus braços.

–Por favor, não - Olhou diretamente para Sairia.

–Não fui eu que fiz isto, foi ele mesmo.- Suspirou –Está infetado com a doença do seu mundo não se aproxime muito. -

O cavaleiro atacou Sairia com a enorme espada em punho e foi parada no ar com o pequeno graveto. - Ele tentava medir forças com a fada.

Ambos recuaram. Os olhos dele ficaram vermelhos e sua espada mudou de direção, começou a caminhar em passos lentos à elfa.

–Vossa majestade perdoe-me não sois eu que me controlo -.

A Elfa ficou de pé novamente olhando fixamente ao cavaleiro que caminhava até ela com a espada em punho.

–E vamos a segunda pergunta, seja sincero – Fitou seu olhar para o cavaleiro.

–Você viveu dos pobres, sofreu da escravidão e foi abençoado como guarda real, mas continua insatisfeito -

–Por que cavaleiro? O que lhe deixa tão insatisfeito?

As lágrimas começaram a rolar de seu rosto, ele escondia algo de todos, parecia sentir uma dor terrível para começar a falar.

Desfruo de inúmeras riquezas, mas você me tirou a maior delas. - Olhou para a Elfa.

Está delirando. - Disse a elfa

–Era pequeno, estávamos todos em casa, era humilde tínhamos muitas terras na época tinha cerca de oito anos, quatro irmãos mais velhos eu era o casula, mãe e pai sentavam-se na mesa juntos comigo, preparados para jantar, passamos o dia pastando, era nosso ultimo momento de repouso para o termino daquele dia.

Na primeira garfada desfrutávamos o amor e paz dentro da casa, na ultima não havia nada para desfrutar.

As janelas quebraram tentei entender o que acontecia mas quando olhei para os lados vi apenas os rostos da minha mãe, pai e irmãos caídos na mesa, o sangue escorria de suas bocas, quando levantei vi as flechas cravadas em suas costas, flechas reais, meu mundo acabou ali.

Mal consegui compreender a situação olhei para o alto e o teto soltava labaredas de fogo, a casa estava em chamas.

Tentei correr pela porta da frente então escutei a voz, à sua voz senhora.

''-Talvez alguém esteja vivo, fiquem de guarda. Essas terras agora são propriedades reais.''

Algo me salvou naquela noite, apenas me lembro de uma luz sobressaindo as chamas e me cobrindo, acordei perto de um riacho e quando me dei conta do acontecido caí em lágrimas.

Fui à minha casa querendo acreditar que tudo foi um sonho, e encontro a guarda real junto com uma multidão de pessoas.

''–Essas terras são abençoadas pelos Deuses, serão prosperas e dominará à bondade vamos erguer a nova cidade de Trilian, - Kama -''

–O publico foi ao delírio.

Era a vossa alteza a elfa que um dia venerei havia matado minha família e ainda ousava falar de bondade.- aumentou seu tom de voz

–Seu reino foi construído em cima dos sangues dos meus irmãos, dos meus pais.- Sua voz trazia uma dor imensurável.

–Sacrifícios são necessários, foram abençoados pelos Deuses - Disse a Elfa em desespero

Deuses? Eles vão adorar receber sua visita -

Com a espada empunho e olhos em fúria ele aproximou-se dela.

Mas foi paralisado por uma força maior.

–Verde. -

–Você disse a verdade nobre cavaleiro - Disse sorrindo.

–A Vingança e um ato de tolos e o perdão um atributo dos fortes. - As palavras chegaram ao cavaleiro com sua espada reluzindo o rosto em desespero da elfa o encarando.

–Largue a espada, é uma ordem - Gritou a Elfa.

Ele cravou a espada perfurou o mais fundo que poderia ir.

Estava cravada no solo.

Solto a espada, mas não por ordem de ninguém - Respirou fundo

Seus olhos lacrimejavam

–E sim pois não irei me rebaixar ao nível de vocês -

–Ao nível da realeza? Indagou a Elfa, você nunca será do meu nível.

–Terceira pergunta - Os olhos frios da Fada desafiavam o olhar vago da Elfa.

–Qual a prioridade do seu reinado? -

O silêncio foi eminente, o único som foi os gemidos de dor do elfo no chão.

–Quer a verdade? Suspirou.

Dessa vez os seus olhos estavam minando fúria, e a sua graça foi substituída por raiva.

–A prioridade e reinar, não importa se é com paz ou guerra, o poder de sentar ao trono de ter o mundo a nossos pés, não importa quanto sangue será derramado.

Suas mãos brilharam e acertou um feixe de luz no cavaleiro o fazendo ser lançado para longe da espada.

Arrancou a espada do solo.

–E o próximo sangue a ser derramada e o seu. Gritou indo em direção da Fada.

A espada foi em uma velocidade poderosa, digna de alguém treinado pela realeza.

Os olhos da fada brilharam junto com a bolsa magica da elfa.

A elfa desapareceu, a única coisa que sobrou foi a pequena bolsa.

–O que fez com ela -, disse o elfo tentando levantar, estava pálido azulado não possuía mais forças.

A fada ergueu o graveto para o alto a água do lago começou a desabar em cima de todos naquele local.

Fecharam os olhos, o único pensamento era o fim de suas vidas esmagados pela quantidade absurda de agua.

Mas apos alguns segundos abriram os olhos, e a única visão era as duas árvores possuidoras do portal.

A Fada estava diante deles o vestido amarelado estava ao vento com os cabelos dourados quase brancos.

Caminhou até os dois homens.

–Cavaleiro, Você reinará sinto em você a bondade necessária para tal ato, será grandioso como o seu reino, foi abençoado pelos Deuses -

–Obrigado - Curvou-se perante a fada.

O Elfo tentava conseguir forças para levantar mas a única coisa que conseguia era tossir.

A fada apareceu diante o cavaleiro e seus lábios tocaram sua testa.

É jovem, terá tentações em seu caminho se conseguir passar por elas o portal irá abrir para você nesta mesma data.

Olhou para o Elfo.

É ganancioso, mas há esperança sinto a luz brilhar dentro de você, que pelos Deuses que não esteja enganada, irá viver pela vontade do cavaleiro. -

Entregou-lhe a bolsa da elfa.

–A Cura está dentro dela com tudo que necessita -

Agradeceu-lhe novamente.

O Cavaleiro ajudou o elfo a se levantar quase inconsciente olhou clamando um obrigado mas sua voz não saia.

As chamas azuis formaram o portal.

E entraram o sorriso e os olhos do cavaleiro era algo magico, ele será um grande rei.

Logo as chamas desapareceram.

E Sairia sentiu a presença de algo à observando.

Olhou fitando o horizonte.

O olhar de ambos cruzaram os animais, arvores, a distância parecia ser tão pequena, era o humano.


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Notas finais do capítulo

Obrigado para quem está comentando, e gratificante entrar e olhar um comentario. :)



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