Sairia, A fada da Floresta escrita por Teilian


Capítulo 5
Entre a vida e a morte.




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'Hu-mano? '' pensou consigo mesma ao deparar com o ele em sua cama.

Aquele pequeno instante era uma eternidade, seus olhos não se separavam do humano em sua árvore, ela aperta o graveto fortemente, temendo o que fazer, ela se vê em uma situação sem volta, e então os pequenos pés da fada começam a tocar o chão e caminhar ao humano.

–Chegou o seu fim - murmurou.

O graveto brilhou e a espada reluziu o rosto jovem do humano, a inocência nos olhos fechados, talvez ele esteja em um sono profundo, pensando na vida, no seu paradeiro naquela ilha tudo poderia estar acontecendo naquela pobre mente, mas em nenhuma delas ele esperaria a morte.

Ela erguei a espada.

Ele abriu os olhos.

e quando o olhar da caça e a presa se cruzaram um vinculo havia criado de vida e morte.

E o vento foi cortado pela velocidade da espada, e ao toque do aço em seu pescoço. Ele sorriu.

A espada parou no ar encostada no pescoço do humano ainda vivo.

–Você não teme a morte? Indagou a fada.

–Eu temo a vida. - Disse ainda sorrindo com os olhos lacrimejando.

A espada se transformou em graveto os olhos da fada transmitiam terror.

E seu único pensamento e claro.

''Há algo nele que vai além da minha razão me impedindo de mata-lo, um sentimento antigo, mas não me recordo. ''

O Humano então se levanta.

–Nesses dois últimos dias venho pensando que morri, mas notei que nunca estive mais vivo do que nunca. E as historias eram reais fadas existem e você e a prova disso.

–Você e magnifica - Disse desnorteado.

Aquelas palavras chegavam a Sairia numa entonação misteriosa, aquela sensação? ela desconhecia e temia.

Seus leves dedos tocaram a rosto de Sairia. Recuou. Ela estava confusa.

–Não me toque, ou não terá dedos para tocar algo novamente -

Aquelas palavras surpreenderam o humano que se amedrontou perante Sairia. Mas ele sorriu.

–Vá embora da ilha, saia enquanto há tempo.– Apontou para o mar.

–A ilha e minha casa agora. - Disse tocando no tronco da árvore.

–Nunca me senti tão livre, as feridas curaram, as cicatrizes sumiram, as marcas da correntes... Quase não lembro delas -

–Pela primeira vez essas palavras vão passar pelos meus lábios. - Nunca estive tão bem em um lugar -

–Não irei embora. - Fitou ela com um olhar desafiador.

–Não é uma escolha - Disse a fada com a espada enorme em sua mão novamente.

–Eu nasci morto e me decomponho a cada ano da minha vida, me matar vai continuar sendo um alivio para mim. -

Aquelas palavras vindo de um humano, alguém desejar a morte? Nem um ser superior consegui decifrar os enigmas da morte, e um misero humano encara para ela com tanta facilidade.

–Quem é você? Indagou ela

Ele caminhou passando por ela, e saiu da árvore ela continuou parada encarando a parede e quando olhou para trás ele havia sumido, sem rastros.

As asas não bateram e seus pés caminharam pela floresta naquela noite de lua cheia.

A lua cheia a animava, mas não naquela noite, papear com um sapo era a melhor coisa a se fazer? Sim, sentou-se no lago e encarou um sapo na folha.

Luzes saíram de sua mão, pequenas partículas de luz amareladas chegaram ao sapo.

–Boa noite senhor sapo.

–Jack por favor. - Disse o sapo com olhar desdenho.

–Oh!! Claro senhor Já-ck.

–Ambos riram por alguns instantes.

–A noite está encantadora. -

–Seus olhos dizem outra coisa. - Disse comendo uma mosca que estava ao redor sua língua foi rápida.

Os pés da fada marinhavam na agua. - A vida nos pega surpresa -

–A vida e um quebra cabeça, conseguimos montar o que precisamos, mas a parte mais difícil e preencher o que nos completa. - Ele pausou e pulou no colo de Sairia.

–Feche os olhos minha fada -

Ela sorriu e fechou por alguns segundos.

Algo tocou seus lábios, seus olhos abriram.

Ela encarou os olhos profundos do humano, enquanto seus lábios se encontravam, ele colocou a mão na cintura e carregou Sairia ate o meio do lago e a colocou para boiar enquanto acariciava seu rosto, e se aproximava para seus lábios se tocarem novamente, Sairia nunca sentiu tal sensação. Ela estava presa à ele sem saber o que fazer.

–Quero fazer você feliz - Disse enquanto colocava o corpo de Sairia para boiar ela estava hipnotizada, a paixão roubou sua consciência.

A agua se movimentou e uma corrente agarrou suas mãos, e seus pés.

e ela foi puxada ao fundo do lago numa velocidade estrondosa. bateu contra o chão, quase perdeu a consciência seus olhos estavam confusos.

A escuridão do profundo lago a faziam entrar em um desespero maior.

Um leve barulho e luzes se ascenderam por todo o lago, algas junto com esferas de energias.

Um tridente havia tocado o chão.

–Então a fadinha se apaixonou - Disse Jasmin A Imperatriz das Sereias do norte.

Por ser de uma classe superiora Sairia conseguia respirar dentro da água mas não por muito tempo.

Sereias começaram a gargalhar da cena da Fada da Floresta acorrentada no mar.

–Hoje o banquete será delicioso - Disse apontando o tridente para Sairia. - Você vai amar o prato principal - Fadinha espetada - Gargalhou.

Sairia começa a clarear a situação em sua cabeça.

–O humano... no lago....

–Ilusão. - Interrompeu Jasmin.

–Você e fraca o suficiente para se apaixonar por um humano -

–Temos uma aliança, Jasmin, não importa o que fizer irá sofrer as consequências. -

–OH! Vou adorar sofrer, mas não será mais grandioso do que sua morte.

–Cansamos das suas ameaças fada. - Disse uma das sereias rosnando os dentes.

–Calma minha sereia - Aproximou-se alisando o rosto da sereia na multidão.

–Logo não teremos com o que nos preocupar. -

–Pode ter certeza, a não ser que tenham mais preocupações apos a morte. - Disse Sairia com os olhos brilhando

O tridente ecoou e atravessou Sairia.

Ela gritou de dor enquanto seu sangue saia de seu corpo indo a superfície.

–Você... V-você fala demais fadinha -

–Vou emplacar mais uma fada para minha coleção -

–Então... e você... - Disse com dificuldades.

–Você desonra a nossa divindade, se apaixonando por um humano. Alem do mais em miseros dois dias -

–Não entenderá, nunca vai saber, mas eu não sei como, mas faz mais de dois dias, de semanas, meses. anos. -

–Minha energia - Murmurou a fada.

–As correntes da vingança, quanto mais poderosa o sentimento de odio, mais poderosa são, função? Neutralizar poderes. -

–Por que tanto odio? Indagou Sairia perdendo o folego, sem seus poderes não poderia ficar muito tempo na agua, e então começou a cogitar, esse seria realmente o fim?

–Vocês fadas, são a desgraça do mundo, Deuses se curvam perante a beleza de vocês, e nós sereias? sempre jogadas de lado.

–Então estamos falando de inveja? Riu com dificuldade.

Jasmin apareceu em um piscar de olhos segurando o tridente, era rápida demais.

E o apertou mais ainda contra o corpo da fada, e atravessava seu corpo vagarosamente.

A dor era algo surreal para Sairia e logo caiu em devaneios sua visão a cegou as vozes das sereias foram sumindo aos poucos e aparecendo novas, aquele momento de dor trouxe algo novo para sua mente.


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Notas finais do capítulo

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