Sairia, A fada da Floresta escrita por Teilian


Capítulo 4
Cietro, o Deus dos bosques.




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Horas após o humano ser avistado na praia, a floresta continua intacta o ciclo da vida continua, alguns vivem pouco como a borboleta, mas conseguiram passar por todas as fases da vida e no seu último dia voar indo além dos obstáculos.
Outros vivem muito esquecem as horas, dias, semanas, meses, anos, a imagem da imortalidade percorre suas veias, mas nem tudo e para sempre e quando menos esperam estão sentados na poltrona do julgamento prestes a sofrer pela eternidade.

Sairia continua com seus afazeres germinando sementes, purificando aguas, fazendo nascer nascentes, ajudando os animais. Essa era sua vida, a floresta vive nela como ela vive na floresta.
A fada tocava sua harpa em cima de uma árvore, seu vestido branco era enorme e quase chegava ao chão, ela foi abençoada pela beleza, enquanto a melodia ressoava pelos cantos, os animais se reuniam em volta da árvore, eram muitos, naquele momento as presas e as caça não existiam, Minotauros se sentavam junto com Sátiros, Harpias, Ogros, e os animais presentes na floresta até os demônios que aparecem na calada da noite, apareciam por breves momentos, Ninfas do lado oeste aparecem pequeninas e voando em volta da fada acompanhando com suas flautas, se sentavam todos ficavam lado a lado, sentindo a melodia em seus corações.

Os feixes de luz do sol clareavam a floresta e enalteciam aquele momento sagrado, um clarão azul dominou o céu por alguns instantes percorrendo aquele lugar, pequenas bolinhas azuis brilhando parecendo diamantes flutuantes começaram a brotar da terra, todos ficaram encantados. Aquilo era obra da superiora, da divindade suprema da floresta.

Os leves dedos de Sairia tocava levemente as linhas da harpa, como se a cada toque uma explosão de sentimentos acontece-se dentro de todos.

E então a música parou a Harpa se transformou em um graveto, e os longos cabelos dela estavam ao ventos enquanto batia suas asas rumo ao céu, todos gritavam como podiam, eram como palmas.

Voando rumo a montanha passando da floresta, seu bater de asa era rápido, ela estava querendo chegar rapidamente ao seu objetivo, e então chegou ao pico da montanha, e avistou um bosque, ovelhas caminhavam rumo ao cerco feito por mãos de um sátiro, muitos devem achar que aquele bosque está ali para todos. Mas apenas seres divinos podem passar entre a montanha, parece uma miragem uma casa simples de madeira quase caindo aos pedaços. Ela voa em direção aquele lugar, E um sátiro toca as ovelhas com um enorme cajado em suas mãos. Era Cietro Deus dos bosques e dos pastos, protetor dos pastores, veio ao mundo com chifres e pernas de bode um sátiro, parecia um velho com a alma de um jovem.
Ela então pousou a uma distância considerável dele, e o vento do norte os transpassou, era um sinal que ali Sairia não era mais o ser de ultima autoridade, esses lugares de divindades eram os lugares dos Deuses para a perdição, ninfas da Terra e do Ar, poderosas por sua beleza viravam objetos de prazer para eles.

Ele caminhou colocando as ovelhas no cercado virou-se para Sairia e aproximou dela.

–A terra que pisa, agradece pois até mesmos seus doces pés desnorteiam de beleza.

Ela sorriu.

–Seus elogios sempre me engradecem. –

–Casais comigo e terás tudo.- Apontou para suas terras

–Sou casada com a floresta e com os animais. -

–Sou metade animal – Disse gargalhando.

–Um humano pisou e continuou. A Floresta o aceitou? – Disse sendo direta.

E então com dificuldade se apoiando no cajado, caminhou até a humilde casa e a porta se abriu.

–Entre minha amada – Suas mãos apontaram para a porta

Sairia adentrou-se e a porta fechou e levou o barulho do vento dos pássaros e das ovelhas, nenhum som entrava ou saia.

–Um humano em solo divino.

–Alguns pastores dignos passam por aqui em suas troca de dimensões.

–Troca de dimensões? A fitou com um olhar curioso. – A morte já mudou de nome?

–Você e jovem minha querida, aproveite seu tempo de vida, antes que eles descubram sua beleza.

–Elas a sugaram com medo de sofrerem adultérios – Murmurou em seu ouvido passando a mão nos ombros dela.

E quando tentar revidar terá que se ajoelhar, pois não terás poder que irá superar uma Deusa.

–Por que a floresta o aceitou? Cortou novamente o assunto.

–E se aquele humano tem em suas veias sangue de um Deus? Aproximou até a mesa e colocou leite em um copo.

–Você foi uma selvagem uma caçadora admirável, mas foi domesticada pela floresta. Ele colocou metade do leite em outro copo.

–Eu admiro uma boa caçadora. –

–Sirva-se fada.

–Não senti poder em seu corpo – Disse recusando o convite com a cabeça

–Se quiser lhe mostro como e um corpo com poder, você pode toca-lo, satisfazer-me –

–Vocês Deuses são nojentos –

Ele gargalhou enquanto bebia o leite.

–Veio me ofender? –

–Não precisa de mim aqui para ser ofendido. –

A fada virou-se para abrir a porta.

–Se ele for um Semideus, faça sua oração para que não seja um descendentes do Olimpo. – Ele bebeu o leite no outro copo.

–Tenho que ir. – Disse saindo

Quando virou-se ele estava diante dela. Poucos centímetros rosto a rosto.

–Você e sempre bem-vinda – Disse sorrindo com os poucos dentes que tinha eram podres.

–Ela bateu as asas e alçou voou rumo a montanha.

E após alguns minutos avistou a floresta, seus pensamentos são notórios, ela sente tudo na floresta menos a presença do humano, ela nunca o sentiu no entanto ela sente tudo na floresta, animais míseros que seja, ela sabe aonde estão, e não saber e sentir o humano era enlouquecedor.

Ela pousa em sua árvore e grita com seus olhos arregalados.

O humano estava deitado em sua cama.


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Notas finais do capítulo

Comentem por favor, isso me motiva a escrever :)



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