No cálice no meio do lago está Sairia, em busca de onde estaria o humano, ela está convicta que tem que elimina-lo o mais rápido possível

As pontas de seus dedos tocam a agua cristalina.

Me mostre aquele que atormenta a paz da floresta. - murmurou passando a mão sobre a agua quase não encostando.

Mas nada apareceu.

Ela fica perplexa, e tenta novamente.

–Me mostre aquele que atormenta a paz da floresta - E nada novamente.

O céu escureceu uma tempestade se formou sobre o lago, raios são disparados na agua e a começa a ficar turbulenta.

–Me mostre aquele que atormenta a paz da floresta- Gritou.

Os animais começam a correr e alguns voar com medo da tempestade.

Os ventos estavam avassaladores.

A única coisa que pode ser vista no cálice enorme, era o seu próprio reflexo, o reflexo de uma fada com os olhos furiosos, aquela não era a Sairia que a floresta conhecia, e então ela se tocou.

–Eu? - Murmurou

Ela olhou em volta e notou a tempestade, tudo parecia estar se formando de acordo com seus sentimentos este poder de Sairia ela não

controlava.E então as lágrimas caíram em conjunto com as gotas de água as nuvens descarregaram uma chuva intensa começou, com raios e ventos fortes.

Ela bateu asas à sua árvore e sentou, com os joelhos dobrados e o rosto afundado em seus braços, atormentada pelos seus sentimentos.

E uma lembrança percorreu sua visão. -

Ela tinha a aparência de uma criança de cinco anos, com os cabelos curtos e um vestido rodeado e branco, estava decorando sua casa na árvore colocando um quadro pintado com o sulco de frutas.

Pendurando suas plantinhas e os passarinhos voando e cantando em volta.

Fazia poucas horas que ela havia se tornado a fada da Floresta.

Ela bateu suas asinhas ate uma parte desconhecida da floresta, ela havia recebido ordens de não ir lá, mas adivinha quem estava metros dali? O lugar era cercado por flores um paraíso colorido, tudo ali era mais bonito, ela se deparou com uma enorme cachoeira com mulheres despidas com cabelos soltos que marinhavam no rio.

Ela se refrescavam e conversavam, muitas caiam na risadas, outras ficavam no relento comendo frutas.

–Olá, Moças - Falou com ternura.

Todas pararam o que estavam fazendo e direcionaram o olhar para aquela pequena criança.

Uma mulher com cabelos ruivos diferente de todas vestia um vestido enorme e branco que deixava um dos braços amostras com corte diagonal.

–A nova fada da floresta, Que visita grandiosa - Disse sorrindo e se aproximando.

–Obrigada Ninfa -

Os passarinhos que estavam junto de Sairia começaram a puxa-la pelo cabelo enquanto a mulher se aproximava, quando ela estava perto demais eles saíram voando.

–Este lugar e tão lindo. -

–Bem vinda ao canto das ninfas do sul-

–Ninfas do Sul- repetiu em tom de medo

Todas as mulheres levantaram e começaram a formar uma roda em volta de Sairia.

–Desculpe, mas tenho que ir- Disse sem jeito.

–Não podemos permitir - Ela deu uma pausa - Sem lhe mostrar o lugar - Sorriu.

A mulher tocou Sairia no braço para leva-la mas naquele momento ela teve a pior dores de todas, sua pele linda ficou seca e desnutrida parecia ter envelhecido toda a sua vida em segundos, aos poucos ficou sem força e ficou de joelhos perante Sairia enquanto as outras ninfas se distanciavam -

–Então essa e a face da sua alma - Disse Sairia se aproximando.

–Sabe o que aprendi com a Santa árvore? Não se engane com as aparências, você devia frequentar mais lá.

–Fiquei curiosa com as ninfas deste lado, dizem que o coração foi arrancados e substituídos pelos pecados humanos.-

–Não se sinta superior criança todas se rendem aos prazeres humanos uma hora ou outra e um ciclo vicioso -

–Não posso me render a algo morto. - Disse dando um sorriso inocente seus olhos brilharam neste momento.

–Parece que a santa árvore está envenenando as almas das fadas desde pequenas -

–Sairia pegou um galho no chão, dali para frente ela e aquele galho nunca mais se separaram.

–Mas não posso criticar totalmente os humanos. -

–O fato de serem fracos os fazem fortes, pois se adaptam as feras e superam o ciclo -

E aquele graveto se transformou em uma espada um aço poderoso que reluzia tudo ao redor.

–E são ótimos em armas -

–Recebi reclamações de vocês o tempo todo, todas as fadas antecessoras relataram a vergonha que nos faz passar, mas nenhuma conseguiu acabar com essa vergonha -

–Ela olhou para todas as ninfas ao redor e uma tomou a iniciativa.

As mãos da ninfa brilharam uma luz verde e raízes brotaram do chão e formaram pontas afiadas e foram rumo a Sairia, que apenas levantou sua mão e naquele momento as raízes pararam no ar e voltaram para a terra.

–Eu sou a última voz - Disse com os cabelos aos ventos

E sua mão fechou com seus delicados e pequenos dedos.

O chão estremeceu e formou rochas afiadas que brotavam do chão perfurando os corpos das ninfas a todo instante o sangue escorria por todo o jardim respingando nas flores.

–As ninfas que cederam aos pecados humanos, não são mais bem vindas a está floresta -

A Ninfa líder com a pele desnutrida murmurou com um sorriso de olheira a olheira.

–Você se renderá à um humano - Gargalhou

E então a espada atravessou a garganta dela e a decepou -

Sairia acordou da lembrança, que não era boa, pois este lado dela foi adormecido através do tempo, e o mal da floresta assim exterminado deu apenas espaço para as coisas boas.

'' Você se renderá à um humano '' - Murmurou.

Aquelas palavras lhe davam calafrios.